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APS de Histerectomia - ECC

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13
UNIVERSIDADE PAULISTA – CAMPUS TATUAPÉ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Alan Evangelista Dias
Allan Gomes dos Santos
Eliane de Araújo Galindo
Flavia Muniz Macedo
Geiziane Rosa da Silva
Kawane Vitória Conceição de Oliveira
Letícia de A C Silva
Luis Felipe Vieira
Tatiane Vieira Lemos
Vinicius Batista Beltran
CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS AO PACIENTE
SUBMETIDO A CIRURGIA DE HISTERECTOMIA
SÃO PAULO - SP
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA – CAMPUS TATUAPÉ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Alan Evangelista Dias – F109BH9
Allan Gomes dos Santos – N507888
Eliane de Araújo Galindo – F01CHH2
Flavia Muniz Macedo – D7871G8
Geiziane Rosa da Silva – F062D6
Kawane Vitória Conceição de Oliveira – F0562C1
Letícia de A C Silva – D501780
Luis Felipe Vieira – N5101B8
Tatiane Vieira Lemos – F096JF6
Vinicius Batista Beltran – N457112
Trabalho de Cuidados perioperatórios ao paciente submetido à Cirurgia de Histerectomia, apresentado à disciplina Enfermagem em Centro Cirúrgico, Curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade Paulista.
Orientadora: Débora C. Silva Popov 
SÃO PAULO - SP
2020
SUMÁRIO
1. RESUMO	1
2. INTRODUÇÃO	3
3. OBJETIVO	5
4. MÉTODOS	6
5. DESENVOLVIMENTO	7
5.1 Período Pré-operatório	7
5.2 Período Transoperatório	9
5.3 Período Pós-operatório	11
6. CONCLUSÃO	16
ANEXO	20
ANEXO A- Folder educativo	20
1. RESUMO
A histerectomia é a definição para o procedimento cirúrgico para a remoção total e permanente do útero, sendo esse um dos principais métodos contraceptivos, junto com a Laqueadura. Essa cirurgia é realizada em grande parte, para tratar de complicações referentes à saúde feminina. Existem num total 4 tipos de histerectomia, sendo elas, a subtotal, que consiste na retirada de 2/3 do útero, permanecendo somente o colo do útero. A parcial realiza a retirada do útero por inteiro, já a histerectomia total é realizada ao retirar o útero e a cerviz (em alguns casos, também é retirado as trompas de falópio e os ovários, sendo essa cirurgia chamada de histerectomia total com salpingo-oophorectomy, e se caso for realizada, a mulher terá de imediato a experiências da menopausa, com seus sinais e sintomas). Também existe uma cirurgia que é realizada em último caso, a histerectomia radical, que normalmente é realizada quando há sinais de cancro, sendo retirado além do útero, todas as estruturas circunvizinhas¹.
Essa cirurgia é realizada com diversos fins, um deles é o tratamento permanente dos fibroides (tumores uterinos não cancerígenos que causam o sangramento vaginal prolongado, anemia e dor abdominal). Também é responsável pela cura permanente de endometriose (endométrio crescendo para fora do útero) e adenomiose (aumento do forro uterino). Uma das principais complicações que se é utilizada a histerectomia, é no prolapso uterino, que é quando o útero, por fraqueza nos ligamentos, cai na vagina, causando incontinência urinaria e pressão pélvica severa. Ela também é utilizada para adequação sexual (feminino para masculino)¹.
A histerectomia pode ser realizada de três formas:
Vaginal: esse procedimento tem o tempo de recuperação superior aos dos outros métodos citados. O útero é retirado pela vagina, contudo ela não pode ser realizada caso a paciente tenha um útero maior, ou complicações de cirurgias precedentes¹.
Abdominal: essa é a forma menos utilizada, tendo em vista as inúmeras complicações que são causadas, algumas sendo dano ao tecido, infecções, sangramento, e um tempo de recuperação maior. Nesse procedimento é feito uma incisão na parte inferior do abdômen e o útero é retirado através dele¹.
Laparoscópica: é uma cirurgia com uma complexidade um pouco menor, são realizadas pequenas incisões no abdômen, por onde o laparoscope entra e realiza a retirada do útero. Esse procedimento, se não bem feito, pode causar lesões a outros órgãos, incluindo o aparelho urinário¹.
Após a cirurgia, os resultados pós-operatórios variam principalmente do tipo de procedimento realizado. A abdominal geralmente exige uma estadia de alguns dias no hospital para recuperação. A constipação é um sintoma comum, junto com a dificuldade de urinar. Esse procedimento também leva a infertilidade, o que pode causar danos/aflição emocional a certas mulheres. A mulher também não terá mais o sangramento vaginal, e se caso os ovários não forem removidos, a mulher pode não passar pela menopausa de imediato, porem ela tem leves sintomas da menopausa, como a sensação de calor¹.
2. INTRODUÇÃO
O útero é um dos principais órgãos que compõe o sistema reprodutor feminino. Ele é dividido anatomicamente em colo, istmo e corpo. Tendo como função o alojamento do feto para o desenvolvimento2.
Esse órgão fica situado na parte inferior do abdome, a frente do reto e acima da bexiga. Sendo um órgão oco que mede cerca de 8 centímetros e pode pesar de 40 a 80 gramas2.
São registrados quase 570 mil novos casos no mundo de câncer do colo do útero no ano, sendo assim, o quarto tipo de câncer mais acometido em mulheres.
Esse tipo de câncer registra cerca de 311 mil óbitos por ano2.
Em 2020, no Brasil, são esperados 16.710 casos. Em 2018, ocorreram 6.526 óbitos por esta neoplasia, que representa uma taxa de mortalidade de 6,10/100 mil mulheres (Instituto nacional do câncer, INCA)².
Em alguns casos de doenças relacionadas ao sistema reprodutor feminino como o câncer de colo do útero, que seja necessária intervenção cirúrgica é realizado a histerectomia que consiste na retirada total ou parcial do útero².
Há duas categorias de histerectomia a total, ocorre quando há retirada total do útero envolvendo o corpo, istmo e colo e a parcial onde apenas o colo do útero é preservado².
Dados mostram que a primeira histerectomia foi realizada em 1507 na cidade de Bolonha na Itália, onde o útero foi retirado pela vagina, não se pode confirmar se foi total ou parcial².
Existe uma classificação de vias de acesso:
A histerectomia vaginal que é realizada pela retirada do útero pelo canal vaginal, sendo a primeira via de acesso registrada para essa categoria cirúrgica34.
A histerectomia abdominal, que consiste na retirada do útero por meio uma incisão na parte inferior do abdome34.
E a histerectomia laparoscópica realizada através de pequenos cortes na região inguinal e no umbigo234.
Atualmente a histerectomia é combinada com outro procedimento cirúrgico dado como salpingectomia que seria a retirada das tubas uterinas, sendo categorizada como uma cirurgia de oportunidade. Uma vez que não se tem mais útero a tubas uterinas perdem a funcionalidade podendo causar outras neoplasias5.
A histerectomia é indicada em outros casos de doenças do sistema reprodutor feminino além do câncer do colo do útero, como por exemplo: prolapso uterino, câncer de endométrio, hemorragias disfuncionais e outras patologias. Sendo também realizadas como prevenção de outras doenças em potencial5.
3. OBJETIVO
O Objetivo geral dessa pesquisa consiste em um acompanhamento completo por todas as etapas da histerectomia. Os objetivos específicos consistem em demonstrar as atividades da equipe de enfermagem durante o procedimento da histerectomia; identificar possíveis complicações com base no histórico da paciente submetida ao procedimento de histerectomia.
Muito se discute os efeitos da histerectomia, tanto no meio religioso quanto no meio cientifico. Dito isso, esse procedimento é sempre realizado como ultima alternativa, e tem qualidade e eficácia comprovadas.
4. MÉTODOS
Neste trabalho, utilizamos de vários artigos científicos publicados por médicos e doutores. Entre os anos de 2009 a 2020 sobre o livro Nanda, artigos científicos por meio do Google acadêmico e referências bibliográficas.
5. DESENVOLVIMENTO
5.1 Período Pré-operatório
Os cuidados do período pré-operatório do paciente abrangem às 24 horas antes do procedimento cirúrgico e termina quando o paciente é levado até o CC. Neste momento a equipe de enfermagem tem o papel de abordar o paciente e fazer a anamnese pré-operatória, este procedimento vem com a intenção de coletar dados para o processo cirúrgico a serfeito, como tipo de anestesia (regional ou local), quais possíveis riscos e complicações, também saber quem é o paciente (avaliar estado geral, qual a idade, se existe doenças progressivas, se o paciente tem algum tipo de alergia), no intuito de saber o maior número possível de informações e fazer um levantamento de problemas que possam vir a ocorrer durante o período em que o paciente será cuidado, devemos considerar a família para melhor cuidado do quadro clinico, levando em consideração os cuidados que os familiares possam ter com este paciente num pós-operatório6.
Como é o preparo pré-operatório para a cirurgia de histerectomia
O enfermeiro tem um importante papel para que se faça um histórico completo que deve englobar o exame físico, avaliação de possíveis riscos, e riscos de complicações no pré-operatório, verificar se o paciente assinou o termo de consentimento que deve ser informado, observar o resultado dos exames de hemograma, aos quais podemos observar eletrólitos, fator Rh positivo ou negativo, seu tipo sanguíneo caso precise de uma transfusão de sangue. Confirmar com o paciente se o mesmo se encontra em jejum, certificar-se dos sinais vitais, alerta-la sobre a retirada de adornos, perucas, revisar prontuários, fazer a identificação do paciente, identificar a sala operatória ao qual o paciente será designado, auxiliar o paciente na colocação da camisola hospitalar, se necessário fazer a realização de tricotomia, verificar as condições do acesso venoso do paciente7.
É importante que a cliente seja orientada que se deve suspender o uso de medicamentos anticoagulantes, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), assim também como o uso de vitamina E, e o ácido acetilsalicílico antes do procedimento cirúrgico. Já no caso dos antibióticos profiláticos (cefazolinas) podem ser aplicados imediatamente antes do procedimento e interrompidos no dia seguinte7.
Quanto à prevenção do trombolismo, podemos incluir o uso de heparina também o uso de meias de compressão7.
Pré-operatório: Preparo do ambiente (Centro Cirúrgico)
 A sala pré-operatória é preparada de modo que tanto o paciente como os médicos, enfermeiras e todos os presentes não sofram ou transmitam infecções ou doenças. A mesma é limpa e esterilizada por meio de agua e sabão (lavagem) e uso de agentes químicos para esterilização (álcool e outros componentes). Encontramos muitos contaminantes na sala cirúrgica como staphylococcus aureus que ficam presente nas barras protetoras, no chão e na microbiota das mãos dos médicos e enfermeiros, por esse motivo a falta ou falha na desinfecção e limpeza da sala cirúrgica e das superfícies podem trazer riscos e consequências sérias na propagação e transferência de microrganismos no ambiente cirúrgico já que o mesmo é considerado uma área critica devido o seu alto risco de transmissão de infecção. No pré-operatório o preparo do ambiente é feito de modo que reduza o risco de contaminação, primeiro pela lavagem das superfícies com sabões e detergentes depois a esterilização com álcool (etílico ou isopropílico) que é aplicado nas superfícies com fricção. Antigamente também eram usados componentes fenólicos mais não estão mais em uso devido a sua toxicidade, os componentes mais usados são os hipocloritos de sódio, cálcio e de lítio que tem ação bactericida, virucida e entre outras.
5.2 Período Transoperatório 
 
O período transoperatório inicia-se no momento ao qual o paciente é admitido no Centro Cirúrgico até o momento da transferência do paciente para a URA (Unidade de Recuperação Anestésica), considerado um período crítico para o paciente8. 
 A assistência​ de enfermagem no​ período transoperatório diz respeito aos cuidados​ de forma indireta​ da equipe não só na preparação do centro​ cirúrgico(​ CC) mas também na preparação da sala de operações (SO), com antecipação e fornecimento​ de​ todos os meios, equipamentos e materiais necessários para que ocorra realização tanto do ato anestésico​ -​ cirúrgico mas também conforme os cuidados​ diretos​ prestados pela equipe​ de enfermagem ali designada8. 
 
Temos hoje variados modelos de histerectomia, como também há diversas vias de abordagens cirúrgicas. A decisão do tipo do procedimento e do acesso de histerectomia mais viável vai depender, contudo, da: 
· Indicação cirúrgica; 
· Cirurgias abdomino-pélvicas;
· Pré-disposições da doente; 
· Habilidade e experiência do cirurgião; 
· Preferência optativa da paciente; 
· Disponibilidade da técnica institucional. 
Todas essas condições são de fato, motivos que proporcionam impacto na morbimortalidade cirúrgica desse tratamento. 
Há três principais vias​ de introdução cirúrgica para a realização de uma histerectomia que são: 
· Via abdominal por laparotomia/convencional;
· Via vaginal;
· Via laparoscópica.
No método abdominal por laparotomia seria a mais convencional ao qual o paciente é submetido a um corte no abdômen transversal ou longitudinal com a média de 13 cm e tem a recuperação mais lenta8. 
Na histerectomia via vaginal é feita uma incisão profundamente na parte interior da Vagina ao qual é feita a retirada do útero. 
Na via abdominal laparoscópica. Existem várias classes dependendo o tamanho da extensão do componente endoscópico, podendo ser divididos em subcategorias que são denominadas de: Histerectomia vaginal assistida por laparoscopia (HVAL)9.
Histerectomia supra cervical laparoscópica (HSL) 
Histerectomia total laparoscópica (HTL) onde o procedimento todo é feito via laparoscopia e inclui a utilização de um laparoscópico (um telescópio com uma luz e estreito)9. 
Existe um novo procedimento conhecido como SILS, ao qual seria a laparoscopia com uma única incisão, ao qual no processo é utilizado um endoscópio rígido e apenas um corte onde é colocado uma “porta” flexível, como se fosse um rolha em esponja, com diversos orifícios, por onde entram aparelhos que o cirurgião usa e manipula de acordo com a imagens projetadas pelo computador9. 
5.3 Período Pós-operatório
Principais diagnósticos de enfermagem pós histerectomia
Na assistência de enfermagem pós-operatória de histerectomia, é de importante elaboração os diagnósticos, médicos e da área da enfermagem, que consiste na identificação de problemas que o paciente pode apresentar decorrente do procedimento cirúrgico. Pacientes do sexo feminino após passar por esse procedimento, frequentemente apresentam incontinência urinária, prolapso genital entre outros. Portanto é indispensável a sistematização da enfermagem10.
Principais diagnósticos da enfermagem na SRPA:
· Mobilidade física prejudicada: relacionada à dor evidenciada por redução na amplitude de movimentos;
· Risco de infecção: evidenciado por alteração na integridade da pele, alteração no peristaltismo relacionado a procedimento invasivo;
· Baixa autoestima situacional relacionada à alteração da imagem corporal evidenciado por prejuízo funcional;
· Risco de: constipação evidenciada por motilidade gastrointestinal reduzida.
 Assistência imediata de enfermagem
Quando um paciente é submetido a procedimentos cirúrgico com uso de anestésicos, no seu pós-operatório deverá passar por uma ala do hospital, da qual irá se recuperar dos efeitos dos mesmos e prevenir alguns riscos e/ou complicações que possam vir a surgir, seja decorrente do procedimento cirúrgico relacionado ou uso da analgesia. A atenção pós-anestesia, se trata das atividades de tratamento e monitorização do paciente após ser submetido a processos cirúrgicos.
SRPA- Ambiente de recuperação posterior à anestesia
Imagem 1 - Sala de recuperação pós-anestésica
Fonte: Google imagens, 2013.
Enquanto o paciente da histerectomia não tenha recuperação total ou parcial da sua consciência e estabilização dos seus SSVV (sinais vitais) ele é encaminhado para um ambiente de recuperação chamada de (SRPA) sala de recuperação pós-anestésica. A equipe obrigatória multidisciplinar que participa da SRPA é composta por:
· Médico anestesiologista;
· Enfermeiro;
· Técnicos de enfermagem plantonistas. 
A saleta para recuperação anestésicasó passou a ser de existência obrigatória a partir de 1997, regulamentada pela resolução CFM Nº 1802/2006, conforme a portaria 400 do Ministério da Saúde.
A SPRA deve ser equipada com:
· Tênsiometro;
· Laringoscópio (pediátrico e adulto);
· Ventiladores pulmonares (todas as idades);
· Aspiradores elétricos;
· Macas de recuperação (possuindo grades);
· Estetoscópio;
· Oxímetro para pulso;
· Saída de oxigênio e ar a vácuo;
· Eletrocardiógrafo;
· Medicamentos.
Algumas complicações podem aparecer em procedimentos pós-anestésicos cirúrgicos, como distúrbios pulmonares, hipotermias, distúrbios renais entre outros, por tanto é necessário monitoramento constante desses pacientes nas primeiras 24h11. 
Na cirurgia de remoção do útero é normal que haja dores locais, em região abdominal, ocasionada dores muitas vezes pela cicatriz, em situações de histerectomia abdominal. Essas dores, quando não causadas por complicações, podem ser inicialmente tratadas com medicamentos anestésicos e uso de cintas abdominais11. 
Também é normal que ocorra distensão da parede do abdome, leva em torno de 24h para que o intestino volte a sua peristáltia normal. Sangramentos vaginais também são comumente presentes nesse tipo de procedimento.
“A incidência de complicações na SPRA está relacionada às condições clínicas pré-operatórias, a extensão e tipo de cirurgia, às complicações cirúrgicas ou anestésicas e a eficácia do tratamento. Portanto dependem de fatores intrínsecos do paciente...” Relata a Mestre em enfermagem pelo programa de pós-graduação do Departamento de Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso, Débora Cristina Silva Popov.
Atenção de Enfermagem na SRPA
· Verificar a identificação do paciente, como nome, idade, sexo e procedimento ao qual foi submetido;
· Monitorar sinais vitais como: Pressão arterial, saturação de O2, nível de dor e consciência, temperatura;
· Manter as vias aéreas acessíveis;
· Deixar o paciente aquecido e confortável;
· Balanço hídrico (se for necessário);
· Observar se o paciente vier a apresentar dor em alta escala, náuseas ou vômitos;
· Administrar medicação (antibióticos entre outros) conforme prescrito pelo médico responsável;
· Verificar a condição dos curativos, como por exemplo, presença de sangue e/ou secreções anormais, fixação de sonda e drenos.
· Fazer instalação de oxigênio, quando prescrito, para manter oximetria periférica > que 92%;
· Observar retenção urinaria;
· Evitar fatores que provoquem estresse;
· Manter acessos venosos;
· Aplicar o índice de Aldrete Kroulik;
· Encaminhar o paciente ao seu destino após alta médica.
Portanto o papel da enfermagem no processo pós-operatório é de extrema importância, e todas as alterações evidentes e descobertas devem ser anotadas e comunicadas ao anestesiologista12.
Tabela 1 - Processo de elaboração de alta de SRPA: Índice de Aldrete e Kroulik
Fonte: SOBECC, 2007.
As exigências para o recebimento de alta do paciente, seu nível no índice deve ser > ou = a 8. Ter seu SSVV (sinais vitais) estabelecidos e estáveis, não ter presença de anúria ou sangramentos ativos; vômitos controlados sobre tratamento medicamentoso; tônus muscular para realizar tosse e respirações profundas; paciente deve estar orientado sobre o espaço e tempo, dor controlada ou com tratamentos farmacológicos. Esse processo e autorização da alta são feitos exclusivamente pelo médico anestesiologista, e deve ser realizado no período de 30/30 minutos. O tempo de recuperação histerectômica total leva em média 30 dias de repouso, porém o cliente que passa por esse procedimento leva em torno de 14-24h para alta da SPRA12.
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. RESUMO. In: SINHA DUTTA, Dr. Sanchari. Que é uma histerectomia?. Brasil: News Medical Life Sciences, 2020. Disponível em: https://www.news-medical.net/health/What-is-a-Hysterectomy-(Portuguese).aspx#:~:text=A%20histerectomia%20%C3%A9%20um%20procedimento,e%20o%20recto%20nas%20mulheresQue é uma histerectomia?Que é uma histerectomia?. Acesso em: 15 set. 2020.
2. INTRODUÇÃO. In: CÂNDIDO MURTA, Eddie Fernando; DELFINO DOS REIS, Juliana; MISSON ABRÃO, Juliana; MUNIZ MIZIARA, Juliana. HISTERECTOMIAS: ESTUDO RETROSPECTIVO DE 554 CASOS. Vol. 27 – n o 5 — 307. ed. Brasil: Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rcbc/v27n5/03.pdf. Acesso em: 10 set. 2020.
3. INTRODUÇÃO. In: BEDOSCHI, Dr. Bruno. Quais são os tipos de histerectomia?. Brasil: Clínica BedMed, 2015. Disponível em: https://bedmed.com.br/quais-sao-os-tipos-de-histerectomia/#:~:text=De%20acordo%20com%20dados%20hist%C3%B3ricos%2C%20a%20primeira%20histerectomia,da%20t%C3%A9cnica%20e%20das%20vias%20de%20acesso%20cir%C3%BArgico. Acesso em: 11 set. 2020.
4. INTRODUÇÃO. In: COSTA, Joana Raquel; COSTA, Antónia. Tipos e vias de abordagem cirúrgica em histerectomia e sua relação com lesão do sistema urinário. Brasil: Scielo, 2016. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/aogp/v11n1/v11n1a07.pdf. Acesso em: 11 set. 2020.
5. INTRODUÇÃO. In: PROFISSIONAL DE SAÚDE, Gestor e. CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO : Conceito e Magnitude. Brasil: INCA, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/conceito-e-magnitude. Acesso em: 11 set. 2020.
6. DESENVOLVIMENTO: Período Pré-operatório In: GRAZZIANO, Eliane da Silva. Enfermagem Perioperatória e Cirurgia Segura. Brasil: Yendis, 2016. 344 p. ISBN 9788544700648. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/159249/pdf/0?code=/dWprzGb0Y+39s4cPg3YQVqHag1LnTfRLfD5/L/F8fHVVnYMMnkjTOBMxIhJf8QqjEYf/aLs2ugRVQg0EljJew==. Acesso em: 4 set. 2020.
7. DESENVOLVIMENTO: Como é o preparo pré operatório para a cirurgia de histerectomia. In: MARTINS GOMES, Ivone; MONCLÙS ROMANEK, Flávia Alves Ribeiro. Enfermagem perioperatória: cuidados à mulher submetida à histerectomia. Brasil: Recien - Revista científica de enfermagem, 2013. Disponível em: https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/53/151. Acesso em: 12 set. 2020.
8. DESENVOLVIMENTO: Período Transoperatório. In: COSTA, Joana Raquel; COSTA, Antónia. Tipos e vias de abordagem cirúrgica em histerectomia e sua relação com lesão do sistema urinário. Brasil: Scielo Portugal, 2017. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302017000100007. Acesso em: 5 set. 2020.
9. DESENVOLVIMENTO: Período Transoperatório. In: JARDIM, Dulcilene Pereira; COUTINHO, Raquel Machado Cavalca; BIANCHI, Estela Regina Ferraz; COSTA, Ana Lucia Siqueira; VATTIMO, Maria de Fátima Fernandes. Assistência de enfermagem no período transoperatório. Brasil: BVS - Biblioteca virtual em saúde, 2016. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ses-32650. Acesso em: 9 set. 2020.
10. DESENVOLVIMENTO: Período Pós-operatório. In: DE MATTIA, A.L.; FARIA MAIA, L.; SANTOS SILVA, S.; DE OLIVEIRA, T.C. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES EM SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA. Brasil: Scielo, 20 set. 2020. Disponível em: http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n18/pt_clinica1.pdf. Acesso em: 4 set. 2020.
11. DESENVOLVIMENTO: Período Pós-operatório. In: POPOV, Débora Cristina Silva; PENICHE, Aparecida de Cássia Giani. As intervenções do enfermeiro e as complicações em sala de recuperação pós-anestésica . Brasil: Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342009000400030&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 1 set. 2020.
12. DESENVOLVIMENTO: Período Pós-operatório. In: SOARES, Lenir Honorio; ABRÃO, Ana Cristina Freitas de Vilhena; PINELLI, Francisca da Graças Salazar. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM MULHERES PÓS HISTERECTOMIA E MASTECTOMIA. Brasil: 57° Congresso Brasileiro de Enfermagem, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/57cbe/resumos/1955.htm. Acesso em: 10 set. 2020.
ANEXO
ANEXO A- Folder educativo

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