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Diagnóstico e Tratamento da Sepse

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Para analisar o caso apresentado, seguem-se as respostas para as questões 
levantadas:
▏Qual é o diagnóstico mais provável?
O diagnóstico mais provável, com base nas informações fornecidas, é sepse ou 
choque séptico. Esta suspeita é levantada devido à combinação dos seguintes 
fatores:
Sinais vitais alterados:
Hipotensão: Pressão sanguínea de 84/46 mmHg.•
Taquicardia: Frequência cardíaca de 130 bpm.•
Taquipneia: Frequência respiratória de 25 ipm.•
•
Febre: Temperatura de 38,3 °C.•
Baixa saturação de oxigênio: SaO2 de 80% em ar ambiente.•
Alteração do estado mental: Confusão e lentidão nas respostas.•
O paciente tem um histórico de cólica renal e hidronefrose, sugerindo que uma 
infecção no trato urinário ou uma complicação decorrente dessa condição pode ter 
levado à sepse.
▏Como aferir a gravidade do quadro clínico do paciente?
A gravidade do quadro clínico pode ser aferida pelos seguintes métodos:
Escala SOFA (Sequential Organ Failure Assessment): Avalia a disfunção de 
múltiplos órgãos. Uma alteração significativa pode indicar choque séptico.
•
Índices de sepse:
qSOFA (Quick SOFA): Considera três critérios - pressão arterial sistólica ≤
100 mmHg, frequência respiratória ≥ 22 ipm e alteração do estado mental. Uma 
pontuação ≥ 2 sugere alto risco de sepse.
•
•
Exames laboratoriais:
Hemograma completo para avaliar leucocitose ou leucopenia.
•
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Hemograma completo para avaliar leucocitose ou leucopenia.•
Eletrólitos, função renal e hepática.•
Lactato sérico, que quando elevado indica má perfusão tecidual.•
Sinais de disfunção orgânica: Indicadores de complicações decorrentes de 
sepse ou choque séptico.
•
▏Quais são os próximos passos no tratamento e o que 
deve ser feito dentro da primeira hora de apresentação 
do quadro do paciente?
Os passos iniciais para o tratamento do paciente devem seguir as diretrizes para 
gerenciamento de sepse e choque séptico. As principais ações dentro da primeira 
hora são:
Oxigenoterapia: Devido à baixa saturação de oxigênio, deve-se administrar 
oxigênio suplementar para manter SaO2 ≥ 92%.
•
Acesso venoso: Um ou mais acessos venosos devem ser obtidos para 
administração de fluidos e medicamentos.
•
Administração de fluidos intravenosos: A reposição com cristaloides é 
necessária para tratar a hipotensão e a hipoperfusão. O objetivo é manter uma 
pressão arterial média (PAM) ≥ 65 mmHg.
•
Antibioticoterapia de amplo espectro: Iniciar antibióticos o mais rápido 
possível, idealmente dentro da primeira hora, após a coleta de culturas (sangue, 
urina, entre outras, conforme a suspeita clínica).
•
Monitoramento: Monitorar os sinais vitais, especialmente pressão arterial, 
frequência cardíaca e frequência respiratória.
•
Avaliação adicional: Realizar exames de imagem ou outros testes conforme 
necessário para identificar o foco da infecção ou complicações adicionais.
•
Essas medidas são cruciais para estabilizar o paciente e reduzir a mortalidade 
associada à sepse e choque séptico. A abordagem requer uma equipe multidisciplinar 
e uma resposta rápida para obter melhores resultados.
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