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1 A Aplicação Da Logística Reversa Com Foco Na Gestão Ambiental: Um Estudo De Caso Greice de Bem Noro (UNIFRA) greice@unifra.br Renata Coradini Biachi (UNIFRA) renata@unifra.br Vinícius Radetzke da Silva (UNIFRA) radetzke@bol.com.br RESUMO: A atual realidade brasileira revela que as empresas estão adotando estratégias que visam conciliar sua produção com o cumprimento de questões ambientais. Neste contexto, as empresas perceberam que a ferramenta para a solução destes problemas seria a Logística Reversa (LR) que trata da preocupação da empresa em criar um fluxo contrário a seu fluxo normal de produção. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo Identificar os benefícios obtidos por uma empresa da Indústria de Bebidas da cidade de Santa Maria/RS, com a prática da logística reversa interna de pós- consumo. Para tanto, a forma de coleta de dados baseou-se em uma pesquisa qualitativa, juntamente com a realização de uma entrevista, in loco, com os responsáveis pelas áreas de logística e química ambiental da indústria em estudo. Logística Reversa é importante à organização, pois se mostra viável e sustentável, uma vez que cumpre com sua finalidade e ainda possibilite uma gestão eficaz dos resíduos, reduzindo custos e auxiliando a cadeia de produção da indústria. PALAVRAS-CHAVE: Logística reversa, gestão ambiental, reciclagem. 1 Introdução Até pouco tempo, as empresas tinham como preocupação realizar o processo de logística em um fluxo direto de distribuição caracterizado apenas pelo transporte da carga da sua origem até ao cliente-consumidor finalizando o processo. Neste ínterim, as empresas perceberam que teriam de resolver o problema de o que fazer com as sobras do consumo de seus produtos e de que forma esta saída poderia trazer como retorno benefícios à organização. Foi aí então que houve a descoberta da ferramenta logística reversa (LR), que segundo Muller (2005) trata-se apenas de uma versão contrária da Logística a exemplo do que é conhecido. O fato é que o caminho inverso utiliza os mesmos processos que um planejamento convencional. Ambos tratam de nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoque, fluxo de materiais e sistema de informação. No entanto a Logística Reversa deve ser vista como um novo recurso que busque ganhos financeiros para a empresa. Aliado a implantação e execução da logística reversa está a gestão ambiental que Barbieri (2006) cita ser como as atividades administrativas e operacionais, tais como planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outros processos realizados com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente. O tema do trabalho é relacionado à logística reversa no canal reverso de pós-consumo para as embalagens descartáveis. De acordo com Leite (2004) o canal de pós-consumo é o canal caracterizado pelos bens que possuem materiais que possam sofrer a reutilização e ter destinos finais diferentes. Assim a presente pesquisa conta com o seguinte objetivo geral: Identificar os benefícios obtidos por uma empresa da Indústria de Bebidas da cidade de Santa Maria/RS, com a prática da logística reversa interna de pós-consumo. 2 Este trabalho contribui para que o conhecimento deste estudo chegue as empresas ao modo de que seja apresentado um tema atual para maioria dos profissionais, acadêmicos e sociedade num todo. Desta forma, como a empresa realiza de forma contrária o processo logístico. Para isso entende-se por logística conforme Fleury et al. (2000) apud Braga Junior et al. (2006) O processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos dos consumidores. 2 A Logística Reversa Nos conflitos históricos realizados pelo homem, a luta foi ganha ou perdida através do poder ou da capacidade logística de um dos adversários, onde quem possuía uma melhor distribuição dos materiais bélicos e soldados levou a melhor. Mas atualmente a constante atualização e o aperfeiçoamento fazem da logística, uma das principais ferramentas interligando a relação entre clientes, distribuidores e empresas (CRISTHOPHER, 2002). Segundo Christopher (1997) apud Junior, Costa, Merlo (2006) a logística empresarial apresenta como preocupação a realizar: o suporte à produção, através da disponibilização de matérias-primas no lugar e momento necessários; à distribuição dos produtos acabados aos pontos de venda, que geralmente estão mais próximos aos clientes; e à integração de todas estas atividades, com vistas à redução de custos e melhoria da eficiência, através de uma aproximação com os fornecedores e clientes. Para Ballou (2007) a logística empresarial pode ser descrita como: Uma ferramenta que colabora na Administração, a fim de prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento organização e controle efetivo para as atividades de movimentação, armazenagem, objetivando promover o fluxo de produtos. Devido à utilização por diversos setores da economia da economia, a logística é considerada um termo vital de sobrevivência a qualquer organização. Hoje, as empresas necessitam realizar o planejamento eficaz nas atividades de transporte, redução no tempo de entrega, encurtamento de rotas e custos de operação. Ou seja, os gerenciamentos das etapas deste processo imediato refletem na eficiência e capacidade estruturais em que a empresa consiga atender seus clientes com bens e serviços que possam suprir as necessidades, expectativas e desejos dos mesmos (BALLOU, 2007). Segundo Bowersox, Closs (2001) o objetivo da logística é tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados, e este processo envolvem a integração de informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio e materiais e embalagens. A logística reversa é o estudo dos canais de distribuição reversos, é uma nova área da logística empresarial, ainda mais recente, concentra-se principalmente no exame dos fluxos reversos, ou seja, naqueles que fluem no sentido inverso ao da cadeia direta, a partir dos produtos descartados como pós-consumo ou de produtos de pós-venda, visando agregar-lhes valor de diversas naturezas, por meio da reintegração deles de seus componentes ou materiais constituintes ao ciclo produtivo e de negócios. Embora com a dificuldade natural da prática empresarial, pode-se identificar os objetivos estratégicos econômicos, ecológicos e legais como os principais motivadores da implementação da logística reversa de pós-consumo nas empresas ou em setores empresariais (LEITE, 2003). 3 Sinnecker (2007) explica que a logística reversa pode ser classificada como sendo apenas uma versão contrária da Logística como é conhecida. O fato é que um planejamento reverso utiliza os mesmos processos que um planejamento convencional. Ambos tratam de nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoque, fluxo de materiais e sistema de informação. Em Stock (1998) apud Leite (2003) define que: “logística reversa: em uma perspectiva de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura”. Para Leite (2003, p.16-17) logística reversa: É a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós- consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. A definição de logística apresentada por Dornier etal. (2000) apud Leite (2003) abrange áreas de atuação novas, incluindo o gerenciamento dos fluxos reversos para eles, a logística é a gestão de fluxos entre funções de negócio. Há alguns anos, as organizações incluíam a simples entrada de matérias-primas ou o fluxo de saída de produtos acabados em sua definição de logística. Hoje, no entanto, essa definição expandiu-se e incluí todas as formas de movimentos de produtos e informações. Mueller (2005) explica que as principais razões que levam as empresas a atuarem na Logística Reversa são as seguintes: Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus produtos e Cuidar do tratamento necessário; Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de Produção, ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo; Crescente conscientização ambiental dos consumidores; Razões competitivas – Diferenciação por serviço; Limpeza do canal de distribuição; Proteção de Margem de Lucro; Recaptura de valor e recuperação de ativos. Portanto, além dos fluxos diretos tradicionalmente considerados, a logística moderna engloba, entre outros, os fluxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e seus acessórios, de produtos vendidos devolvidos e de produtos usados/consumidos a serem reciclados. Um resumo dessas idéias é apresentado na figura 1 adaptado da proposta de Dornier et al.(2000) apud Leite ( 2003). Fluxos diretos Fluxos reversos Logística �Com fornecedores (fornecimento de materiais e de componentes) �Com clientes (produtos, peças de reposição, materiais promocionais e de propaganda) �Com fornecedores (embalagem, reparo) �Com fabricantes (eliminação, reciclagem) �Com clientes (excesso de estoque, reparos) Figura 1- Diferentes tipos de fluxos logísticos Fonte: DORNIER et al. (2000, p.40-42) apud LEITE, Logística Reversa Meio Ambiente e competitividade (2003, p.16) 4 Desta forma Leite (2003, p.17) explica que “a logística reversa por meio de sistemas operacionais diferentes em cada categoria de fluxos reversos, objetiva tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios”. Agrega valor econômico, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas e as respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo desde a coleta dos bens de pós-consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao ciclo. Segundo Novaes (2004) a logística reversa tem dois objetivos distintos: (1) recapturar valor; e (2) oferecer disposição final. Estas atividades visam três finalidades: reciclagem, reprocessamento ou descarte. Entende-se como reciclagem a transformação de componentes/materiais usados para serem reincorporados na fabricação de novos produtos. Este é o exemplo do aço: a sucata de produtos descartados é misturada ao mínimo de ferro em indústrias siderúrgicas. As empresas que se utilizam o processo de gestão ambiental, indiretamente estarão colaborando com o processo da logística reversa. Os benefícios estratégicos alcançados com a adoção da gestão ambiental nas empresas são explicados por North (1997) apud Barbieri (2006) são os seguintes: Melhoria da imagem institucional; Renovação do portifólio de produtos; Produtividade aumentada; Maior comprometimento dos funcionários e melhores relações de trabalho; Criatividade e abertura para novos desafios; Melhores relações com autoridades públicas, comunidades e grupos ambientalistas ativistas; Acesso assegurado aos mercados externos; e Maior facilidade para cumprir os padrões ambientais. Conforme Lacerda (2004) os processo de logística reversa tem trazido retornos consideráveis para as empresas. A reutilização dos materiais e a economia com embalagens retornáveis apresentam ganhos que acabam por influenciar a criação de novas idéias e esforços para o desenvolvimento nos processos e melhorias do fluxo logístico. De acordo com Valle (1995) os resíduos são a tradução mais correta de riscos ambientais, de acordo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), um resíduo caracteriza-se por ser algo que a organização ou consumidor não deseja mais, em um determinado tempo/etapa e que não vem a acrescentar valor de mercado. De acordo com Oliveira (2008) o desenvolvimento de alternativas de reutilização, remoção bem como manuseio, tratamento e destinação final para com os resíduos industriais, líquidos, sólidos, e pastosos ocasionados pelo plano de gerenciamento de resíduos (Logística Integrada) garantem a redução do impacto causado pela indústria ao meio ambiente, e proporcionam ainda: Redução nos custos totais do processo; Racionalização das atividades; Permanente interação entre a empresa e o cliente na busca continua de melhorias no processo; Apresentação de soluções que visem à redução na geração de resíduos; Inovação de tecnologias no controle, acondicionamento, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos gerados; Redução dos riscos de sanções por parte dos órgãos fiscalizadores. De acordo com Adede y Castro(2004) a regularização aos atos realizados pela ação do homem e das empresas contra o meio ambiente é realizada pela Lei Nº 9.605 de 12.02.1998 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e outras práticas lesivas ao meio ambiente. A Constituição Federal em seu artigo Nº 225 ressalta que todos possuem o direito de ter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, e que seja de uso comum e apresente qualidade de vida ao povo, cabendo a sociedade e ao poder público defendê-la e preservá-la para futuras gerações. Adede y Castro (2004) comenta ainda que esta lei foi criada para zelar e regulamentar as práticas exercidas pela sociedade e também pelas 5 organizações perante o meio ambiente. O autor ainda menciona que conforme o artigo Nº 225 § 3º, da Lei Nº 9.605/98 as condutas e atividades consideradas prejudiciais ao meio ambiente, sujeitarão aos infratores, pessoas físicas e jurídicas, a sanções penais administrativas, com isto a obrigação referente a um dano causado ao meio ambiente não pode ser responsabilizada a pessoa jurídica e sim a quem responde por ela. Segundo Ribeiro (1999) a forma com que a empresa desenvolve ações e trata o meio ambiente podem alterar o valor de seu patrimônio de forma positiva ou negativa, logo, os efeitos destas ações afetam seu resultado financeiro. O desenvolvimento de programas de redução de desperdício, reutilização e reciclagem de materiais, conscientização dos colaboradores são estratégias que podem promover significativas reduções nos custos de fabricação. Por outro lado, acidentes ambientais ocasionados por má gestão de resíduos sólidos, efluentes líquidos ou falhas operacionais, podem ocasionar em grandes custos para empresa. 2.2 Gestão Ambiental Atualmente uma quantidade crescente de atenção, por parte das organizações, tem se voltado para problemas que vão além das considerações meramente econômicas, mas que atingem um patamar mais amplo, onde se insere preocupações de caráter político-social, que abrangem a proteção do consumidor, controle das taxas de poluição, segurança e qualidade dos produtos. Na mesma mão, são intensificados os movimentos sociais reinvidicatórios que influenciam em novas leis e regulamentações que possuem a finalidade de serem benéficos tanto para as empresa como para a sociedade (BUCHHOLZ 1989 apud DONAIRE, 2007). A solução dos problemas ambientais, ou a sua minimização exigiram uma nova atitude dos empresários e administradores, que devem passar a considerar o meio ambiente em suas decisões, adotando medidas administrativas e tecnológicas que contribuam para que as empresas deixem de serem problemas e sejam parte das soluções (BARBIERI, 2006). Nas últimas décadas ocorreram significativas mudanças no ambiente em que as empresas operam: as empresas que anteriormente eram vistas apenas como instituições econômicascom atribuições financeiras fundamentais, têm presenciado o surgimento de novos papéis que devem desempenhar como resultado de alterações ocasionadas pelo ambiente onde estão inseridas (DONAIRE, 2007). De acordo com Lacerda (2002), a reutilização de produtos e embalagens apresenta significativa evolução nos últimos anos, fato este, ocasionado por questões regulamentares ambientais, agravados pela guerra com a concorrência e também pela diferenciação dos serviços e pela possível redução nos custos da organização. Desta forma percebe-se através da referência do autor que os mecanismos de logística reversa apresentam a função vital para o desenvolvimento de um processo de gestão ambiental eficaz, com base nas mercadorias já utilizadas, começando-se o processo desde o consumidor inicial até o fabricante da embalagem. Barbieri (2006) define que gestão ambiental são as atividades administrativas e operacionais que envolvem planejamento, direção, controle e alocação de recursos com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente e visam proteger o meio ambiente das conseqüências das próprias ações humanas. Segundo Bonelli Jr (2006, p.19) A qualidade ambiental é parte inseparável da qualidade total adotada pelas empresas que pretendem manterem-se competitivas e assegurar sua posição em um mercado cada vez mais globalizado e exigente. A qualidade ambiental consiste no 6 atendimento aos requisitos de natureza física, química biológica e social, econômica e tecnológica que assegurem a estabilidade das relações ambientais no ecossistema no qual se inserem as atividades da empresa. Donaire (2007) cita que as preocupações com o meio ambiente estão em constante crescimento em decorrência acabaram por atingir o próprio mercado, remodelando-o para nova denominação de mercado verde, que torna os consumidores tão temíveis quanto os órgãos de meio ambiente Para Leite (2003) a sensibilidade ecológica, tanto na sociedade como das organizações empresariais, tem se transformado recentemente pela crescente visibilidade dos citados efeitos, seja por serem realmente evidentes ou por informações percebidas nos desastres ecológicos. Essa percepção e crescente sensibilidade com relação ao meio ambiente tornaram-se obrigatória em declarações de missões empresariais. Andrade, Tachizawa, Carvalho (2006) citam que dados recentes evidenciam que a tendência de preservação ambiental e ecológica por parte das organizações deve continuar de forma permanente e definitiva, pois existe uma tendência mundial de crescimento ambientalista reforçado pela valorização dos clientes e sociedade no geral que passam a valorizar cada vez mais a proteção do meio ambiente e, diante disso, as empresas passaram a sofrer pressão pelo comportamento do público consumidor que exigirá produtos de organizações comprometidas ambientalmente. De acordo com Bonelli Jr (2006), as empresas que almejam serem líderes de mercado no segmento de economia em que atuam não devem deixar de utilizar a gestão ambiental como parte de sua estratégia. Para isso a as ferramentas para alcançar a qualidade ambiental são, em sua essência, idênticas àquelas utilizadas pela empresa para garantir sua qualidade de produção: Treinamento, plano de ação, controle de documentação, organização e limpeza, inspeções e análises periódicas da situação. North (1992) apud Donaire (2007) aponta os argumentos para que as empresas possam se engajar nas causas ambientais, tais como: Ser pioneira nas questões ambientais antecipando-se aos seus concorrentes; Demonstrar interesse pelo meio ambiente e demonstrar isto a clientes, fornecedores, ao governo e a comunidade, divulgar que a questão ambiental é levada á sério e que a empresa realiza isto de forma eficiente; Utilize ferramentas que contribuam a prevenção da poluição. O rótulo de uma empresa amiga do meio ambiente e que cumpra as normas dos órgãos regulamentadores, propicia vantagens de imagem em relação aos concorrentes, consumidores, comunidade e demais órgãos governamentais e; Receba o comprometimento dos colaboradores. Possuir empregados interessados, dedicados e comprometidos dependem de uma política e imagem institucional positiva. A gestão ambiental juntamente com a responsabilidade social são instrumentos gerenciais para capacitação e criação de condições de competitividade para as organizações, qualquer que seja seu segmento econômico (TACHIZAWA, 2007). Segundo Donaire (2007) muitas empresas começaram a perceber que as despesas realizadas com a proteção ambiental poderiam transformar-se numa vantagem competitiva. Os principais motivos que levam as empresas a aceitar a responsabilidade pela proteção ao meio ambiente são: Sentido de responsabilidade ecológica, requisitos de lei, salvaguarda da empresa, imagem, proteção do pessoal, pressão do mercado, qualidade de vida, e por fim lucro. De acordo com Lacerda (2004), os clientes valorizam as empresas que desenvolvem políticas de retorno de produtos, pois existe a garantia e o direito de devolução ou troca por 7 produtos. Esta logística caracteriza-se por existir uma estrutura para recebimento do produto, classificação e expedição do material retornado, e também como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. Diante disso Donaire (2007) concluiu que muitas organizações passaram gradualmente a incluir na gestão de seus negócios a dimensão ecológica. Esta mudança é explicada pela flexibilização e adaptação das empresas. Segundo Mueller (2005) O perfil do novo consumidor é de preocupação com o meio-ambiente, pois ele tem consciência dos danos que dejetos podem causar em um futuro próximo. Esta preocupação se reflete nas empresas e indústrias, que se mobilizam em prol da criação de processos que visem à redução dos resíduos bem como um destino a eles. 3 Metodologia O presente estudo apresenta como fundamentação uma pesquisa do tipo qualitativa de acordo com Malhotra et al. (2006) a pesquisa qualitativa proporciona melhor visão e entendimento sobre determinado problema, além de realizar uma análise mais detalhada sobre as hipóteses levantadas a respeito do estudo. Além disso, o estudo possui caráter exploratório e utilizou-se primeiramente de pesquisa bibliográfica em livros, artigo, sites e revistas e consiste explicar à temática utilizando o conhecimento disponível em teorias formuladas por pesquisadores sobre os pontos tratados (YIN, 2001), o que proporcionou subsídios para o melhor entendimento do tema objetivo de estudo. O desenvolvimento do trabalho foi realizado em uma indústria de bebidas de grande porte da região central do estado do Rio Grande do Sul-RS, classificando-se como um estudo de caso que segundo Serra (2006) é a apresentação de um caso real ou fictício para exercício de análise, em que o aluno realiza a aplicação da teoria vista em sala de aula com a realidade observada e verificada na empresa. A coleta dos dados para a composição deste trabalho foi realizada através da observação realizada pelo pesquisador no local de estudo in loco na indústria de bebidas Alfa, onde se observou os processos utilizados pela indústria, a forma de aplicação da logística reversa dos resíduos gerados pela produção e as práticas adotadas para a reciclagem e comercialização dos mesmos. Para o melhor entendimento e compreensão do tema em estudo foi realizada uma entrevista estruturada com apoio de um formulário composto com perguntas abertas, aos responsáveis pela área química/ambiental e de logística da indústria de bebidas Alfa. A entrevista foi realizada pessoalmente pelo autor do trabalho in loco. Objetivando ao pesquisador melhor organização das conclusões a partir dos dados coletados (MATTAR, 1999), como plano de análise dos dados, utilizou-se da análise de conteúdo das respostas obtidas após a aplicação das entrevistas. Após o conteúdo foi descrito ao longodeste trabalho, bem como, quando possível, organizado em tabelas para melhor entendimento e análise. 4 Análise dos Resultados A Indústria de bebidas Alfa é uma das maiores fábricas do ramo de bebidas do estado do Rio Grande do Sul. Anualmente são produzidos 400 milhões de litros de bebidas, o que credencia a indústria atender a 189 cidades do estado, uma população total estimada em 2,7 milhões de pessoas (25,3 % da população do Rio Grande do Sul). Hoje esta fábrica possui uma linha de produção que realiza o envase de aproximadamente 32 produtos diferentes, estes produtos são classificados em descartáveis (produtos que são envasados em embalagens de plástico, papel e latas) e retornáveis (produtos envasados em garrafas de vidro). O portfólio 8 total de produtos comercializados chega a 190, este número refere-se a produtos fabricados e que provém de outras fábricas pertencentes ao mesmo grupo no estado e no Brasil. A empresa em estudo desenvolve processos que visam à gestão de resíduos produzidos ao longo de seu processo de produção, distribuição e manutenção de suas operações que envolvem o recolhimento e o controle destes resíduos. O controle é primeiramente realizado por uma divisão que estabelece o destino dos resíduos líquidos que sofrem um processo de tratamento no interior da fábrica e por causa disto são os únicos resíduos que possuem um reaproveitamento na produção, após é realizado o controle dos resíduos sólidos perigosos e não perigoso. Os resíduos de classe I, recebem a denominação de resíduos perigosos ou industriais devido ao fato dos mesmos apresentarem perigo de contaminação ao meio ambiente e ao ser humano, por isso, esses materiais recebem na Indústria de bebidas Alfa um tratamento específico, realizado por uma empresa terceirizada que desenvolve processos totalmente diferenciados de acordo com as normas da fábrica. Esse material é armazenado separadamente em tonéis e contêineres, que tem como destino um depósito preparado exclusivamente para o recebimento de materiais perigosos. Esta precaução é adotada necessariamente a fim de atender e adequar-se as normas internas de preservação ao meio ambiente, qualidade dos produtos e segurança dos alimentos impostas pela fábrica, e que vão de acordo com padrões estabelecidos por lei, estes processos são desenvolvidos com acompanhamento da gestora química/ambiental que realiza também o controle e o a supervisão deste processo. Cada tipo de resíduos possui um tratamento, sendo que cada um destes produtos é destinado a um aterro específico. Estes materiais são enviados a um aterro, respeitando uma cota mensal estabelecida função executada pela empresa terceirizada de gestão de resíduos. A indústria utiliza a logística reversa para produtos não conformes, são aqueles produtos que retornam a fábrica por apresentarem prazo de vencimento ultrapassado, embalagens perfuradas, amassadas, ou quebradas e com rótulos abertos. Estes produtos (refrigerantes, cerveja, sucos, água mineral) são abertos e despejados em tanques. Diariamente são gerados em média 8000 mil litros destes resíduos líquidos, que são enviados a estação de tratamento de efluentes dentro da própria indústria, e as embalagens são destinadas a reciclagem da fábrica. Quando há uma grande quantidade destes resíduos líquidos a empresa envia em um de seus caminhões os resíduos e entrega a estação de tratamento da CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento) para que realize o tratamento e que seja dado destino final a estes líquidos. Os resíduos da classe II ou não perigosos recebem esta classificação devido ao fato de que os elementos que compõem este grupo possuem capacidade de reciclagem ou reaproveitamento em outras funções. Pelo fato de ser reciclável o produto também apresenta valor comercial, segundo a responsável pela área química e industrial da indústria de bebidas Alfa, estes resíduos são armazenados, separadamente em caixas e contêineres por uma empresa terceirizada que presta serviços a indústria, realizando a pesagem o transporte e a compra destes produtos. Conforme dados levantados, pode-se perceber que dentre os resíduos de classe 2 considerados não perigosos mais produzidos pela indústria de bebidas Alfa até o mês de agosto de 2008, estão os resíduos orgânicos (líquidos de bebidas vencidas, de baixa qualidade ou com defeito) com 12,1 toneladas, este índice é justificado pela produção da indústria estar diretamente ligada a utilização deste materiais para seus os produtos. 9 A indústria de bebidas Alfa reaproveita somente seus resíduos líquidos produzidos ao longo de seu processo de produção, conforme a informação da gestora ambiental da fábrica, a água recebe um processo totalmente diferenciado onde sua reutilização é desenvolvida para o processo de limpeza dos equipamentos e máquinas, cujo destino é o tanque de água reaproveitável da última etapa do processo de limpeza, e assim constantemente a água passa pelo mesmo processo por muitas vezes durante o dia. Ainda pode-se perceber que, com base no comparativo entre a produção total de resíduos gerados mensalmente contra o total de resíduos reciclados ao mês, estes índices revelam que o processo de reciclagem na indústria de bebidas Alfa consegue ser desenvolvido na medida em que os resíduos produzidos possam ser reciclados, pois os percentuais revelam a soma das quantidades totais de resíduos produzidos, ou seja, não são discriminados na realidade os resíduos que podem possuem reaproveitamento. 4.1 Resultados Obtidos pela Logística Reversa. A forma de utilização da logística reversa pela indústria de bebidas Alfa segue alguns procedimentos sistematizados. Primeiramente o processo é iniciado com o encaminhamento dos resíduos líquidos através de uma tubulação específica para tratamento a na divisão dos resíduos, onde parte sofre tratamento na E.T. E (Estação de Tratamento de Resíduos) e a outra parte é destinada à empresa terceirizada de gestão de resíduos, responsável pelo recolhimento, compactação, armazenamento e controle dos resíduos recicláveis entre eles garrafas PET- (Politereftalato de Etila) sacos de ráfia, latas de alumínio e garrafas de vidro. Na sequência é realizada a pesagem dos resíduos descartados ao longo do processo de produção e os materiais legalmente e ambientalmente permitidos que possuem valor comercial e que podem ser reaproveitadas em outras atividades comerciais. O valor arrecadado é utilizado exclusivamente para parte do pagamento para a empresa que presta os serviços de gestão de resíduos. A indústria de bebidas Alfa dispõe de outra forma para desenvolver seu programa de reciclagem, que consiste em o consumidor trazer até a fábrica uma quantidade determinada de garrafas recicláveis ou latas de alumínio para trocar por uma quantidade X de produtos produzidos pela fábrica. Este programa tem como objetivo recolher as embalagens de produtos comercializados pela fábrica em consonância desenvolver a consciência ambiental para a população. A empresa possui metas previamente estipuladas, que são chamadas de indicadores, alguns como: a porcentagem de resíduos gerados x litros de bebidas produzidas ou percentuais de resíduos recicláveis x percentual de resíduos gerados. Desta forma a indústria desenvolve sua produção com base nas informações destes indicadores, bimestralmente são apurados os resultados, onde são verificados se os índices estão de acordo aos que foram previamente estabelecidos e também tolerados pela indústria. Este método é uma das maneiras utilizadas para controlar a produção efetuada pela indústria Alfa, sendo assim, existe um desenvolvimento estratégico focado na apuração dos resultados obtidos com a logística reversa. Na indústria de bebidas Alfa, as práticas da logística reversa têm como benefício à complementação junto à gestão do meio ambiente e da missão ambiental que a empresa cumpre, auxiliando nos processosque envolvem esta política. Considera-se também que as práticas da logística reversa possam ser consideradas como vantagem competitiva da empresa diante dos demais concorrentes, em função do trabalho desenvolvido em prol do meio ambiente. 10 Outro aspecto verificado é a possibilidade da LR conseguir amenizar os custos com o alto investimento de seus processos, através da venda dos resíduos recicláveis, que são controlados por indicadores conforme a produção. Na opinião dos gestores responsáveis pelas áreas de logística e química ambiental/industrial, o principal auxílio que a prática da logística reversa pode beneficiar a empresa é que ela proporciona a reintegração de parte dos elementos (Recaptura de valor e recuperação de ativos) utilizados pela produção, proporcionando a redução nos valores gastos com a venda dos resíduos. Outro aspecto é o atendimento a legislação ambiental, questão pertinente para este ramo de atuação. Desta forma pode-se colocar que os objetivos estratégicos econômicos, ecológicos e legais como os principais motivadores da implementação da logística reversa de pós-consumo nas empresas ou em setores empresariais. 5 Conclusão De acordo com o que foi verificado neste estudo, percebe-se a importância da utilização da logística reversa (LR) como uma ferramenta de auxílio ao desenvolvimento dos processos que compõem o fluxo reverso da produção da empresa. Constatou-se que a gestão ambiental aliada a LR é uma saída para o desenvolvimento de responsabilidade empresarial que preocupada em não somente exercer o fluxo tradicional da logística , mas também qual será o destino dos descartes. No entanto, sabe-se ainda que a aplicação da logística reversa está muito distante da realidade de muitas empresas brasileiras, pois o custo inibe o desenvolvimento e sua implementação. Partindo-se da pesquisa realizada dentro da fábrica, observou-se que a logística reversa (LR) possuí grande influência no fluxo reverso das operações que a indústria de bebidas Alfa desenvolve, pelo fato de que esta ferramenta auxilia na gestão dos resíduos da fábrica, possibilitando maior controle à organização no que tange o fluxo das informações pertinentes a produção e processo de comercialização dos produtos. Verificou-se que os procedimentos utilizados pela empresa com seus resíduos gerados recebem duas classificações distintas, a primeira trata dos resíduos de classe I- que recebem a nomenclatura de perigosos ou industriais, estes resíduos caracterizam-se por receber um tratamento diferenciado pelo risco que representam ao meio ambiente e ao ser humano. Já a segunda classificação conta com os resíduos de classe II- considerados não perigosos onde alguns destes resíduos têm a possibilidade da reciclagem com fins comerciais. Identificou-se que entre os principais resultados obtidos com o auxílio da LR interna de pós-consumo na gestão ambiental estão, à redução de custos, o fortalecimento da consciência de preservação ambiental entre os colaboradores o desenvolvimento de processos para a reciclagem, e a possibilidade de ganho financeiro. Além disso, os gestores consideram que a imagem da empresa perante aos demais concorrentes é valorizada. Segundo Donaire (2007) muitas empresas começaram a perceber que as despesas realizadas com a proteção ambiental poderiam transformar-se numa vantagem competitiva, uma vez que o público consumidor identifica que a empresa tem o compromisso com a preservação do meio ambiente. Ao buscar de que forma a empresa trabalha com os resultados obtidos com a logística reversa, observou-se que a indústria de bebidas Alfa com auxílio da ferramenta da LR, consegue programar um fluxo reverso para o controle de seus resíduos ao longo de todo processo de produção, possibilitando, além disso, que sejam estabelecidos indicadores de desperdício pela produção assim como pela comercialização de seus produtos. 11 Logo, a indústria de bebidas Alfa através da utilização da logística reversa para as embalagens descartáveis obtém como retorno, recursos financeiros provindos da venda de resíduos recicláveis vindos de sua produção e também trazidos pelo público consumidor através da troca de embalagens recicláveis; obtém auxílio para o cumprimento de normas regulamentadas por lei, pois a empresa acredita que isso seja um compromisso social que ela deva cumprir; quanto à estruturação do processo de gestão de resíduos, consegue-se desenvolver um controle mais aprofundado de tudo o que a fábrica produz e reaproveita. Embora a indústria de bebidas Alfa seja uma das pioneiras com a implantação da logística reversa na região onde está situada, o fluxo reverso não pode ser considerado por completo, pois segundo os gestores entrevistados existe a intenção a um médio espaço de tempo, de a empresa criar um fluxo reverso completo, onde consiga atingir não somente sua logística interna, mas também sua cadeia de distribuição. Outro ponto ressaltado na pesquisa é a de que o fato da empresa utilizar a LR, se isso for bem explorado em termos de marca e imagem institucional, possa ser considerada uma vantagem competitiva diante de seus demais concorrentes, desde que a empresa tenha o interesse de divulgar isto à sociedade, pois atualmente isto não é realizado. 6 Referências Bibliográficas ADEDE Y CASTRO, JOÃO MARCOS. Crimes Ambientais: Comentários à Lei Nº 9.605/98. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Editor, 2004. ANDRADE, R.O.B; TACHIZAWA, T; CARVALHO, A.B. 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