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Educação Financeira em Hospitais

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA EM HOSPITAIS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE 
 
Maria Das dores Sousa Lima¹ 
Rômulo Duarque Veloso Fróes1 
Wadson Velez Coelho1 
Hermerson Alves Camarão² 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesse seminário, pontuaremos dados importantes para a saúde financeira de hospitais, bem como pontos atenuantes a serem considerados na gestão financeira de hospitais para obtenção de lucros, aumento de valor patrimonial clínico, captação de recursos, manutenção de serviços prestados no local e ferramentas para aumento de lucratividade no setor terciário. 
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hospital é o elemento complementar de uma organização médica e social, cuja função básica incide em acomodar à população, assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de acolhimento, até mesmo o domiciliar. 
 Para gerenciar um organismo vivo e complexo como um hospital, se faz necessário a presença de um profissional extremamente qualificado e preparado para delinear, estabelecer e controlar todo o funcionamento dessa Instituição de saúde. 
 Existem algumas ferramentas que são utilizadas para a verificação de desempenho, e consequentemente direcionamento das metas estabelecidas anteriormente no planejamento estratégico essa utilização se faz necessário para mensurar a eficiência da gestão. 
 Este trabalho procurar apresentar de maneira resumida uma discussão sobre dois modelos de avaliação da função de controle gerencial em hospitais comumente utilizados. São eles, Certificação Hospitalar e Programa de Reforço e Melhoria da Qualidade em Hospitais (Pro-Hosp). O objetivo principal foi analisar se os hospitais divulgam informações suficientes que permitam que os atores envolvidos possam mensurar de maneira assertiva o desempenho gerencial. 
 
 
 
1 Nome dos acadêmicos 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão Hospitalar (HOS0896) – Prática do Módulo III - 
16/11/2023 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Este trabalho pressupõe que o desempenho dos hospitais depende de suas capacidades gerenciais. A visão propõe que recursos e aptidões considerados escassos e que não podem ser imitados ou substituídos por concorrentes criam diferenças duradouros no desempenho. O pensamento baseado em recursos surgiu no final dos anos 1980 com as contribuições clássicas de vários autores e evoluiu para uma perspectiva teórica dominante nos anos 1990 e início do século XXI. 
“Atualmente, o hospital privado de pequeno e médio porte é pouco estudado no meio acadêmico. O número de estabelecimentos neste segmento é de grande importância para a economia e, por sua abrangência, de grande importância no atendimento da saúde privada” (DE ALMEIDA,2009, p.14) 
 
Dados de 2012 do CNES mostram, porém, que os valores para esses indicadores são diferentes em função do tipo de hospital. Para uma taxa de ocupação preconizada de acima de 85% em condições de eficiência, nos públicos, ela era de 51,2%; nos privados sem finalidade lucrativa, de 50,5%, e, nos privados com finalidade lucrativa, de 41%. Esses dados apontam para uma ineficiência pouco aceitável, principalmente considerando uma média nacional, numa realidade em que há alguns hospitais com cerca de 100% de ocupação. O fato de hospitais públicos terem, em média, taxas de ocupação mais elevadas, pode-se dar pelo fato de que esses têm, com frequência, principalmente no nível municipal, maior disponibilidade de recursos, desde humanos até materiais. O CNES mostra que a taxa de ocupação também aumenta com o porte dos hospitais, sendo mais elevada nos hospitais de portes III e IV (entre 63% e 64%) que nos 0, I e II 
(respectivamente, de 16% a 44%). Órgão internacional de pesquisa e consultoria na área hospitalar 42 afirma que, num hospital de 600 leitos, mais de 21 mil leitos-dia poderiam ser liberados por ano, com a redução de 10% do desperdício em sua utilização (BRITO, 2017, p. 02) 
 Os dados acima mostrou baixo desempenho dos gestores em termos de responsabilidade financeira, havendo discrepância entre o que foi projetado e o que foi implementado. A autonomia e o controle gerencial são rudimentares, a dependência direta de convênios e a vulnerabilidade a atrasos na transferência do serviço é responsável direta pelo resultado operacional, revelado também em concorrentes diretos, conforme resultados obtidos na enquete. 
Segundo Veloso (2010), as organizações da área de Saúde, principalmente os hospitais, 
não têm seu desempenho medido somente por seus aspectos econômicos e financeiros. “Resultados financeiros são uma consequência, não uma meta em si e por si mesma. Um confortável superávit operacional não pode compensar a mediocridade do atendimento aos pacientes” 
Ou seja, as suposições feitas no início do trabalho revela que os resultados obtidos confirmam pouco planejamento de investimentos e baixo sucesso em relação às grandes redes, o que as deixa a mercê de redução de custos administrativos e contratos. 
 
 
FIGURA – 1 PONTOS IMPORTANTES PARA A GESTÃO FINANCEIRA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
https://www.wareline.com.br/wp-content/uploads/2018/10/2021-02-01-Post4-2.png 
Acesso em 19/06/2023, às 16h50min 
 
Diante do exposto podemos concluir que há também atrasos contínuos na obtenção de um acordo o que está afetando o planejamento de curto e médio prazo. Tal fato pode prejudicar os hospitais de pequeno e médio porte em face das Empresas de Convênios de Saúde. Uma sugestão seria a formação de grupos ou fusão de hospitais no intuito de conseguirem adequar melhor os prazos para o recebimento, no entanto tal procedimento seria motivo de um novo estudo que neste momento não foi contemplado. 
Na figura 1, podemos observar que os novos estudos no intuito de avaliar e comparar o desenvolvimento dos hospitais de pequeno e médio porte com aqueles de grande porte, desde sua concepção, estruturação e continuidade, bem como componentes estão ligados a controlabilidade da gestão hospitalar, modelos de decisão dos gestores e padrões de avaliação do desempenho dos gestores. “A eficiência é uma relação entre custos e benefícios. Possuir eficiência na produção de produtos é operar onde existem retornos constantes de escala” (LEÃO FILHA, 2022, p. 46). 
Portanto, os gestores hospitalares são importantes no controle de qualidade dos serviços hospitalares de assistência à saúde, bem como gestão financeira que viabilizam eficiência dos trabalhos em hospitais de pequeno e médio porte tornando mais racional o gerenciamento dos recursos hospitalares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BRITO, Luiz Artur Ledur et al. Práticas de gestão em hospitais privados de médio porte em São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, p. e00030715, 2017. 
DE ALMEIDA, Marco Antonio Veiga. Modelo da gestão financeira em hospitais privados de pequeno e médio porte da cidade do Rio de Janeiro: uma análise focada na visão dos gestores. 2009. Tese de Doutorado. ISCTE-Instituto Universitario de Lisboa (Portugal). 
LEÃO FILHA, Elza Monteiro et al. Manual de implantação e gestão de um centro de manutenção de equipamentos medico-hospitalares para estabelecimentos assistenciais de saúde de pequeno e médio porte. 2022. 
VELOSO, Germany Gonçalves; MALIK, Ana Maria. Análise do desempenho econômicofinanceiro de empresas de saúde. RAE eletrônica, v. 9, 2010. 
 
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