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1ª SÉRIE
Aula 7 – 3º bimestre
Etapa Ensino Médio Filosofia
Pensadores 
contratualistas
• Pensadores 
contratualistas.
• Analisar a relação entre 
“estado de natureza” e 
contrato social.
• Compreender a diferença 
entre os posicionamentos dos 
filósofos contratualistas.
• Aplicar as reflexões dos 
contratualistas na resolução 
de exercícios pautados em 
sua filosofia.
Conteúdo Objetivos
Para começar
O que vem por aí
Assista ao vídeo, de forma 
a elaborar e/ou refinar a 
ideia do que é o 
contratualismo.
Em um vídeo curto, de 
apenas um minuto, estão 
postos os principais 
autores da filosofia 
contratualista e seus 
conceitos. https://youtu.be/z52IwcKfV98 
https://youtu.be/z52IwcKfV98
Na prática
a) uma explicação lógica para a formação do 
Estado.
b) a ideia de que o Estado sempre existiu.
c) uma explicação cronológica de quando o 
Estado foi criado.
d) uma solução para a permanência do 
Estado frente às discordâncias de seus 
membros.
Entendeu?
De acordo com o que foi dito no vídeo, o contratualismo é:
VITA VITA ‧ 塔仔不正/Giphy 
Na prática Correção
a) uma explicação lógica para a 
formação do Estado.
b) a ideia de que o Estado sempre existiu.
c) uma explicação cronológica de quando o 
Estado foi criado.
d) uma solução para a permanência do 
Estado frente às discordâncias de seus 
membros.
De acordo com o que foi dito no vídeo, o contratualismo é:
Entendeu?
VITA VITA ‧ 塔仔不正/Giphy 
Foco no conteúdo
Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques 
Rousseau foram pensadores contratualistas que 
contribuíram para a reflexão sobre relações de 
poder entre Estado e indivíduos. Eles 
desenvolveram teorias sobre formação de 
governos, direitos individuais e contrato social a 
partir de uma situação hipotética, exemplificada 
por meio do “estado de natureza”. Suas ideias 
sobre política os tornaram filósofos influentes na 
história, moldando as ideias sobre democracia, 
direitos humanos e papel do Estado. 
Contratualistas
Fire Group/Giphy 
Foco no conteúdo
O Leviatã, de 1651, é uma das principais obras 
de Hobbes, na qual ele traz a visão de um homem 
agressivo, quando no estado de natureza, 
justificando, segundo ele, a necessidade de um 
“governo forte”, pois os seres humanos viviam em 
um estado de natureza caótico e violento. Para 
escapar dessa condição, as pessoas deveriam 
voluntariamente entregar seus direitos ao 
soberano, que governaria com autoridade absoluta 
para garantir a ordem e a segurança da sociedade.
Thomas Hobbes (1588-1679)
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Foco no conteúdo
[...] Apesar das leis naturais (que cada um respeita quando tem 
vontade e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído 
um poder suficientemente grande para garantir sua segurança, cada 
um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria 
força e capacidade, como proteção contra todos os outros. É esta [a 
motivação para] a geração daquele grande Leviatã [...]. É nele que 
consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: “Uma 
pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos 
recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como 
autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da 
maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a 
defesa comum”. (HOBBES, 1997, p. 141 e 144)
Foco no conteúdo
O Segundo tratado sobre o governo civil 
(1690) é a obra de Locke em que ele 
desenvolveu uma teoria política baseada nos 
direitos naturais e no consentimento dos 
governados. Locke argumenta que todos os 
seres humanos têm direitos inalienáveis, como 
a vida, a liberdade e a propriedade, e que o 
propósito do governo é proteger esses direitos. 
Caso falhe em fazê-lo, ao povo é assegurado o 
direito de estabelecer um novo governo. 
Também defendeu a separação dos poderes e a 
tolerância religiosa.
John Locke (1632-1704)
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Foco no conteúdo
E se qualquer um no estado de natureza pode punir a outrem, por 
qualquer mal que tenha cometido, todos o podem fazer, pois, nesse 
estado de perfeita igualdade, no qual naturalmente não existe 
superioridade ou jurisdição de um sobre outro, aquilo que qualquer um 
pode fazer em prossecução dessa lei todos devem necessariamente ter 
o direito de fazer. (LOCKE, 1998, p. 386)
A única maneira pela qual uma pessoa qualquer pode abdicar de sua 
liberdade natural e revestir-se dos elos da sociedade civil é 
concordando com outros homens em juntar-se e unir-se em uma 
comunidade, para viverem confortável, segura e pacificamente uns com 
outros, num gozo seguro de suas propriedades e com maior segurança 
contra aqueles que dela não fazem parte. (LOCKE, 1998, p. 468)
Foco no conteúdo
Em Do contrato social, publicado em1762, 
Rousseau propôs que a sociedade deveria ser 
governada pela vontade geral, ou seja, por 
decisões tomadas em benefício do povo como 
um todo. As bases do governo se apoiariam 
em um contrato social voluntário, de forma a 
proteger direitos e interesses coletivos, pois a 
vida em sociedade corrompe a bondade 
inerente aos humanos. Rousseau também 
enfatizou a importância da liberdade individual 
e da educação para uma sociedade justa.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
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Foco no conteúdo
Suponhamos os homens chegando àquele ponto em que os 
obstáculos prejudiciais à sua conservação no estado de natureza 
sobrepujam, pela sua resistência, as forças de que cada indivíduo 
dispõe para manter-se nesse estado. Então, esse estado primitivo 
já não pode subsistir, e o gênero humano, se não mudasse de 
modo de vida, pereceria (ROUSSEAU, 1978, p. 31). [É preciso] 
encontrar uma força de associação que defenda e proteja a pessoa 
e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual 
cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo [por 
meio da vontade geral.] [...]
Foco no conteúdo
Estado de 
natureza
HOBBES
“O homem é o 
lobo do homem.”
 LOCKE
“O homem é livre 
e vive sem 
limitações.”
ROUSSEAU 
“O homem é bom.”
Na prática
De que forma Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques 
Rousseau justificam a necessidade de haver um “contrato 
social” para a vida em sociedade?
Aponte distinções entre eles.
Todo mundo escreve
Na prática Correção
Ao partirem de condições distintas, Thomas Hobbes, John 
Locke e Jean-Jacques Rousseau justificam a necessidade do 
contrato social para se viver em sociedade por motivos 
muito particulares . 
• Hobbes diz ser preciso haver um poder (governo) absoluto 
para proteger os homens da própria selvageria. 
• Locke compreende que o poder (governo) deve garantir 
direitos e liberdades; caso não o faça, pode ser destituído. 
• Rousseau afirma que a convivência em sociedade corrompe 
a bondade inerente aos homens, o que impele à 
constituição de um governo que garanta a condição inicial 
por meio da vontade geral, que visa ao bem comum.
Aplicando
Certo é certo
(ENEM 2018)
TEXTO I - Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que 
todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo 
durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes 
pode ser oferecida por sua própria força e invenção. 
TEXTO II - Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma 
ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria 
dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de 
nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, 
por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero 
humano.
Aplicando
a. predisposição ao conhecimento.
b. submissão ao transcendente.
c. tradição epistemológica.
d. condição original.
e. vocação política.
Certo é certo
Os trechos apresentam divergênciasconceituais entre 
autores que sustentam um entendimento segundo o qual 
a igualdade entre os homens se dá em razão de uma:
O que aprendemos hoje?
• Os filósofos contratualistas se ocuparam sobre os 
fundamentos para formação de governos para 
organizar a vida em sociedade;
• O “estado de natureza” é uma situação hipotética da 
qual Hobbes, Locke e Rousseau partem para 
justificar a necessidade de governos;
• Hobbes defende um estado absolutista, com os 
cidadãos submetidos a ele. Locke e Rousseau 
divergem, compreendendo que o Estado deve 
servir ao cidadão, garantir direitos naturais 
(Locke) e expressar a “vontade geral” 
(Rousseau).
Tarefa SP
Localizador: 98334
1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com 
seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
http://tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br/
http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão 
de audiência. Tradução: Leda Beck. Consultoria e revisão técnica: Guiomar N. 
de Mello e Paula Louzano. 2. ed. São Paulo: Da Prosa/Fundação Lemann, 2011.
SÃO PAULO (Estado). Currículo em Ação. Caderno do Professor. Primeira 
Série, volume 2, 3º bimestre (Filosofia), p. 192-200.
SÃO PAULO (Estado). Currículo Paulista: etapa ensino médio. Organização: 
Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica: União dos Dirigentes 
Municipais de Educação do Estado de São Paulo – UNDIME. São Paulo: SEDUC, 
2020.
Slide 8 – HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um 
Estado eclesiástico e civil. Tradução: João Paulo Monteiro e Maria Beatriz 
Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1997.
Referências
Slide 10 – LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. São 
Paulo: Abril Cultural, 1983.
Slide 12 – ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social e outros 
escritos. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Abril 
Cultural, 1978.
Slide 16 – HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
Slide 17 – ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento 
da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 
(adaptado).
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slides 2 e 19 – Marcelo Ortega/@ortega_alemão
Slide 3 – https://youtu.be/z52IwcKfV98
Slides 4 e 5 – VITA VITA ‧ 塔仔不正/Giphy IjDUNvOuKrxkX73tE6
Slide 6 – Fire Group/Giphy 0khpiagLovRW2zNvCG
Slide 7 – Autor desconhecido, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Slide 9 – Página de Segundo tratado sobre governo civil, Domínio 
Público, via Wikimedia Commons
Slide 11 – Página do contrato social, Domínio Público, via Wikimedia 
Commons
Material 
Digital
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