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Odontologia Hospitalar

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Apostila Odontologia Hospitalar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Odontologia Hospitalar 
A odontologia foi tradicionalmente exercida nas Unidades Básicas de Saúde 
(UBS) ou em consultórios particulares. Nos hospitais o atendimento odontológico 
se restringia à realização de cirurgias e traumatologia bucomaxilofacial ou 
quando havia necessidade de atendimento sob anestesia geral. 
Ao longo do tempo a presença do cirurgião dentista tornou-se cada vez mais 
necessária dentro dos hospitais. O cuidado com a saúde em âmbito hospitalar 
exige o trabalho em equipe multidisciplinar composta por médicos, dentistas, 
psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, fonoaudiólogos, auxiliares e técnicos de 
enfermagem, fato que demandou a introdução da odontologia nos hospitais. 
No ambiente hospitalar, as responsabilidades são compartilhadas entre 
médicos, cirurgiões-dentistas e toda a equipe auxiliar. De modo geral, nos 
hospitais são atendidos pacientes cuja condição de saúde contraindica ou 
impede a realização de intervenção nos consultórios odontológicos, devido à 
falta de infraestrutura ou mesmo à ausência de uma equipe auxiliar bem 
treinada. Por outro lado, o atendimento odontológico a pacientes 
hospitalizados portadores de enfermidades sistêmicas contribui efetivamente 
para a recuperação destes. 
Para o paciente em regime de convalescença ou em tratamento, a assistência 
odontológica em ambiente hospitalar é favorecida por contar com maiores 
recursos diante de situações de emergência e urgência, além do trabalho, 
quando em equipe, proporcionar melhores condições de saúde do paciente. 
Atenção em Saúde Bucal em Ambientes Hospitalares 
O atendimento odontológico hospitalar exige o trabalho em equipe, incluindo 
a participação dos TSB e ASB, que precisam conhecer a dinâmica do serviço 
hospitalar (especialidades médicas, os exames e os tratamentos disponíveis), 
pacientes comumente atendidos (principais necessidades) e os serviços 
prestados pelos dentistas e sua equipe. 
Exemplos de atendimentos odontológicos que devem preferencialmente ser 
realizados em ambiente hospitalar: 
Procedimentos da cirurgia bucomaxilofacial: grandes enxertos ósseos para 
viabilizar a fixação de implantes dentários, tratamento das fraturas dos ossos da 
face, cirurgia ortognática, tratamento de grandes lesões patológicas, 
reconstrução após remoção de tumores. 
Atendimento a pacientes com intolerância a anestésicos locais. Procedimentos 
cirúrgicos em crianças de tenra idade. 
 
 
 
 
Promoção de saúde bucal a pacientes que estejam internados 
Pacientes com necessidades especiais com extensa limitação física, mental, 
emocional ou médica que impeça o tratamento em ambiente de consultório. 
Alguns pacientes com esses quadros podem apresentar, por exemplo, múltiplas 
extrações, raspagens e profilaxia, ou restaurações a serem realizadas, pois a 
higienização bucal desses pacientes é bastante complicada. 
A vantagem de atender esses pacientes em ambiente hospitalar é que sob 
sedação é possível que o cirurgião-dentista realize grande parte ou mesmo 
todo o tratamento necessário em apenas uma sessão. Um tratamento que 
requer várias visitas ao consultório dificulta a adesão da família pela dificuldade 
ou mesmo impossibilidade de locomoção, comprometendo a realização do 
mesmo. O atendimento hospitalar deixa os profissionais mais seguros para 
realização dos procedimentos necessários no centro cirúrgico com a presença 
de anestesistas responsáveis pela anestesia geral, controlando a ansiedade do 
paciente, monitorando os sinais vitais e administrando fármacos 
adequadamente. 
Pacientes com distúrbios sanguíneos, como os hemofílicos ou usuários de 
anticoagulantes orais ou sistêmicos que requerem retaguarda da equipe 
médica pelo risco de hemorragia. 
Pacientes cujo controle das doenças bucais é considerado relevante para o 
quadro geral de saúde durante o tratamento e controle da doença ou no pré 
e pós- operatório de cirurgia médica. Estão incluídos pacientes em tratamento 
de radioterapia ou quimioterapia de neoplasia (tumores / câncer). Pacientes 
que se submeterão à cirurgia cardíaca, renal, hepática e outras. 
O atendimento hospitalar pode ocorrer em diversos locais do hospital como em 
ambulatórios, enfermaria, pronto-socorro, unidade de terapia intensiva (UTI), 
centro cirúrgico, conforme a condição de saúde do paciente. 
A equipe de saúde bucal, em especial o ASB e TSB, colabora na assistência 
individual e coletiva dos pacientes e dos seus familiares. 
Atuação do ASB e TSB nos Serviços Hospitalares 
No atendimento hospitalar o ASB e TSB irão exercer as mesmas atribuições legais 
que constam na lei 11.889 de 2008, agora aplicadas aos ambientes hospitalares. 
Segundo a lei, o TSB sob a supervisão do cirurgião-dentista 
Participa do treinamento e capacitação de ASB e de agentes multiplicadores 
das ações de promoção de saúde. No hospital, auxiliares de enfermagem 
poderão ser treinados para a prática diária dos cuidados bucais dos pacientes 
hospitalizados. 
 
 
Participa de ações educativas de promoção da saúde e prevenção de 
doenças bucais (ensino de técnicas para higiene bucal). Essas ações podem 
ser desenvolvidas com pacientes, cuidadores e familiares, de forma individual 
ou coletiva, durante o tratamento médico ambulatorial, internação e no 
momento de alta do paciente. 
Realiza em pacientes sob cuidado hospitalar, conforme orientação do 
cirurgião-dentista, isolamento do campo operatório, aplicação tópica de flúor 
para a prevenção de doenças bucais, remoção do biofilme (remoção 
mecânica com instrumento de baixa rotação, quando for possível em 
ambulatório, ou com gaze embebida em solução aquosa de gluconato de 
clorexidina 0,12% em indivíduos internados em UTI ou enfermarias); fotografar 
em ambulatórios e centro cirúrgico os casos clínicos autorizados pelos pacientes 
e/ou familiares; insere e distribui materiais odontológicos no preparo cavitário 
de restaurações dentárias diretas (resinas e amálgamas) e remove suturas 
(pontos). 
Efetua limpeza do campo operatório antes e depois de atos cirúrgicos, inclusive 
em ambientes hospitalares e aplica medidas de biossegurança no 
armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos. 
Por fim o TSB exerce todas as suas competências no âmbito hospitalar, 
instrumenta o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares. 
Segundo a lei o ASB pode sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do TSB 
Preparar o paciente para o atendimento. Processar filme radiográfico. 
Adotar medidas de biossegurança, visando ao controle de infecção no 
ambiente hospitalar. 
Organizar e executar atividades de higiene bucal em enfermarias, UTI, 
ambulatórios, corredores ou onde planejar a ação para os usuários de serviços 
hospitalares. 
Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em 
ambientes hospitalares. 
Registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao 
controle administrativo em saúde bucal na rotina hospitalar. 
Manipular materiais odontológicos. 
Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização de instrumentos, 
equipamentos e do ambiente de trabalho. 
Apicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e 
descarte de produtos e resíduos odontológicos. 
Realizar em equipe levantamento de necessidade em saúde bucal. 
 
Atendimento ambulatorial: é aquele executado no ambulatório, incluindo a 
realização de curativos, pequenas cirurgias, primeiros socorros e outros 
procedimentos que não exijam uma estrutura mais complexa de atendimentos. 
A prioridade é o atendimento de urgência e dar retaguarda às situações de 
emergência em prontosocorro. 
Urgência: uma urgência não apresenta um risco imediato de vida, porém pode 
se transformar em uma emergência se não for solucionada rapidamente. Sua 
solução deve ser em curto prazo. Exemplos de casos de urgência: luxações, 
torções e fraturas. 
Segundo o Ministério da Saúde e a Secretaria de estado de Saúde do DF, 
urgência odontológica pode ser entendida como medidas rápidas de 
atendimento que tem por objetivo aliviar os sintomas dolorosos e infecciosos da 
cavidade bucal. Essa condição apresentada pelo paciente deve, portanto, ser 
tratada de forma iminente. 
Várias situações podem gerar uma urgência odontológica e levam, 
geralmente, ao afastamento do trabalho e da escola, assim como baixa na 
qualidade de vida. São exemplos de urgências odontológicas: pulpites, necrose 
pulpar, fratura dentária, etc. 
Emergência: Situação onde a vida e a saúde enfrentam uma ameaça 
imediata. Aparece de forma súbita ou imprevista e a solução do problema 
deve ser imediata. São exemplos de emergências: hemorragias, parada 
respiratória e parada cardíaca. 
Serviços a serem realizados em ambulatórios: Os casos odontológicos mais 
frequentes: pacientes com infecção odontogênica, trauma dentário e fratura 
em região da face. Segundo a Política Nacional de Saúde devemos atender 
todas as urgências e emergências. 
Quando o paciente chega ao ambulatório em situação de urgência o ASB 
(auxiliar em saúde bucal) poderá realizar o acolhimento, fazer o preenchimento 
de ficha de identificação, posicionar o paciente na cadeira, separar 
instrumentais e materiais odontológicos e montar a mesa clínica para o 
atendimento enquanto o TSB (técnico em saúde bucal) instrumenta o 
CD(cirurgião- dentista) durante o procedimento. Após o atendimento inicial o 
CD poderá solicitar nova conduta em nível hospitalar ou encaminhar o 
paciente para consultório odontológico, se necessário. 
Serviços realizados em pacientes internados em ambiente hospitalar: Alguns 
pacientes internados necessitam de avaliação odontológica pelas mais 
variadas doenças sistêmicas com complicações orais, desde dor de dente por 
cáries e fraturas até a dificuldade de se alimentar pelo mau estado bucal. 
As informações observadas pelo CD devem ser anotadas no prontuário do 
paciente. Para o tratamento desses problemas bucais o CD deve, junto com a 
equipe multiprofissional, decidir o melhor momento para intervenção. Essa 
intervenção depende da condição do paciente e poderá se realizada no 
próprio leito ou em ambulatório. Conforme o plano de tratamento 
 
estabelecido, o ASB e TSB devem dar assistência ao paciente dentro de seus 
limites profissionais assim como auxiliar o CD durante os procedimentos 
odontológicos. No término do atendimento é importante descrever no 
prontuário os procedimentos realizados, as intercorrências durante o ato, bem 
como os cuidados pós-operatórios recomendados. 
 
Serviços a serem realizados em pacientes internados em UTI 
O Projeto de Lei 2.776, de 04 de março de 2008, tem como finalidade 
estabelecer a obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia nas 
unidades de terapia intensivas. Pacientes internados em UTI devem receber 
atendimento odontológico individualizado para a melhor sobrevida e 
prevenção da pneumonia nosocomial (pneumonia hospitalar), que é 
responsável pelas altas taxas de morbidade, mortalidade e aumento dos custos 
hospitalares. Esse tipo de pneumonia acontece comumente pela aspiração do 
conteúdo presente na boca e faringe. 
Todos os integrantes da equipe de saúde bucal devem receber treinamento 
adequado relacionado principalmente à biossegurança, e sempre atuar sob a 
supervisão do cirurgião-dentista. 
Os serviços de odontologia devem elaborar um protocolo de atendimento 
onde devem constar as informações sistêmicas (gerais) e bucais de cada 
paciente, por exemplo: pressão arterial, medicações em uso, tempo de 
permanência na UTI, idade, grau de consciência, além de dados sobre o 
estado de saúde bucal atual e necessidades de tratamento. Esses dados são 
importantes para se ter uma avaliação geral da saúde do paciente. 
Os procedimentos odontológicos comumente realizados em UTI são: remoção 
de restos radiculares, raspagem periodontal, escoriação de cavidades de cárie 
através da técnica de intervenção atraumática (TRA) e aplicação tópico de 
flúor gel neutro a 2%, na tentativa de eliminar focos de infecção que possam 
prejudicar a saúde geral do paciente e preservar a saúde bucal. 
Em pacientes sedados e ou entubados, independente da necessidade de 
intervenção, a placa bacteriana da cavidade bucal assim como a saburra 
lingual devem ser removida diariamente pelo TSB utilizando gaze embebida em 
solução de digluconato de clorexidine a 0,12%. 
Em pacientes conscientes e em boas condições físicas a equipe odontológica 
deve orientar para que faça a higiene bucal após as refeições. 
Serviços a serem realizados em centros cirúrgicos 
Algumas situações de traumatismos, biópsias extensas e necessidade de 
assistência odontológica curativa básica em pacientes sem condição de ter o 
tratamento odontológico realizado em ambulatório, são realizadas em centro 
cirúrgico sob anestesia geral. 
 
A equipe odontológica (ASB e TSB) que acompanham o CD deve receber 
treinamento adequado em relação à biossegurança, manipulação dos 
materiais e instrumentação do CD. 
Funções relacionadas ao TSB: saber identificar os instrumentos odontológicos de 
todas as especialidades da odontologia como cirurgia, periodontia, 
endodontia, dentística. 
Funções relacionadas ao ASB: preparar e testar o funcionamento dos 
equipamentos odontológicos que serão utilizados no ato operatório como 
caneta de alta e de baixa rotação, equipamento para profilaxia ultrassônica e 
jato de bicarbonato, aparelho fotopolimerizador de resinas compostas, motores 
de implantes, etc. manipular materiais odontológicos como cimentos, 
forradores, amálgamas e resinas. 
Trabalhos sobre Odontologia Hospitalar ( Módulo 2) 
1-Pesquise e faça um texto sobre Odontologia Hospitalar contendo as seguintes 
informações: O que é a Odontologia Hospitalar e qual a lei que estabelece a 
obrigatoriedade da presença de profissionais da Odontologia nas unidades de 
terapia intensiva. 
 
2-Cite exemplos de atendimentos odontológicos que devem preferencialmente 
ser realizados em ambiente hospitalar. 
 
3-Em relação a odontologia hospitalar quais os serviços a serem realizados em 
ambulatório, em pacientes internados em ambiente hospitalar e internados em 
UTI 
 
 
 
 
 
 
O texto deve conter no mínimo 07 linhas. 
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