RESUMÃO ODONTOLOGIA HOSPITALAR

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GIOVANNA MORELLI – DIREITOS AUTORAIS 
 
Odontologia Hospitalar 
 
Introdução 
 
A odontologia hospitalar pode ser definida como 
conjunto de ações preventivas, diagnósticas, 
terapêuticas e paliativas em saúde bucal, 
executadas em ambiente hospitalar em 
consonância com a missão do hospital e inseridas 
no contexto de atuação da equipe multidisciplinar. 
O principal foco da odontologia hospitalar é o 
atendimento aos pacientes que se encontram em 
nível terciário. 
 
 
A odontologia hospitalar vai compreender a um 
conjunto de ações terapêuticas, diagnósticas e 
preventivas frente a doenças orofaciais, 
manifestações bucais de origem sistêmica ou de 
sequelas de seus respectivos tratamentos, em 
pacientes de ambiente hospitalar (sejam eles 
internados ou não) ou ainda em assistência 
domiciliar, inseridas no contexto multiprofissional, 
visando à manutenção da saúde bucal e à melhoria 
da qualidade de vida. 
 
 
 
Código de Ética Odontológico 
 
Capítulo IX – Odontologia Hospitalar 
 
▪ Artigo 18 = compete ao cirurgião dentista 
internar e assistir o paciente em hospitais 
públicos e privados, com e sem caráter 
filantrópico, respeitadas as normas técnico 
– administrativas das instituições. 
 
▪ Artigo 19 = as atividades odontológicas 
exercidas em hospital obedecerão às 
normas do Conselho Federal. 
 
▪ Artigo 20 = constitui infração ética, mesmo 
em ambiente hospitalar, executar uma 
intervenção cirúrgica fora do âmbito da 
Odontologia. 
 
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GIOVANNA MORELLI – DIREITOS AUTORAIS 
 
Dentista em UTI 
 
▪ Estabelece obrigatoriedade da presença de 
profissionais de odontologia em unidades de 
terapia intensiva e dá outras providências. 
 
 
 
▪ Em todas as unidades de terapia intensiva, bem 
como em clínicas e hospitais públicos e 
privados em que existam pacientes internados, 
será obrigatória a presença de profissionais de 
odontologia para o cuidado de saúde bucal do 
paciente. 
 
 
 
▪ Os profissionais de odontologia terão que ter 
qualificação para atuar nessas unidades. 
 
 
 
▪ Torna-se obrigatória a prestação de assistência 
odontológica a pacientes com regime de 
internação hospitalar, aos portadores de 
doenças crônicas e, ainda, aos atendidos em 
regime domiciliar na modalidade home care. 
 
 
▪ A assistência odontológica está relacionada 
entre os recursos assistenciais à beira do leito 
que devem ser. 
 
▪ Estabelece a integração da assistência 
odontológica com as demais atividades 
assistenciais prestadas, devendo participar das 
discussões em conjunto com a equipe 
multiprofissional. 
 
 
Portaria N 1032 – 05/05/2010 
 
Dentistas – Hospital / SUS 
 
“Inclui procedimentos odontológicos na Tabela 
de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, 
Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único 
de Saúde – SUS, para atendimento de pessoas 
com necessidades especiais.” 
 
▪ Descrição = consiste em procedimentos 
odontológicos realizados em ambiente 
hospitalar, sob anestesia geral ou sedação, 
em usuários que apresentam uma ou mais 
limitações temporárias ou permanentes, de 
ordem intelectual, física, sensorial e / ou 
emocional que o impeça de ser submetido 
a uma situação odontológica convencional. 
 
▪ CFO = reconhece o exercício da 
Odontologia Hospitalar e a apresenta como 
uma nova área de atuação dentro da 
profissão, com os objetivos de promoção 
de saúde bucal, prevenção, terapêutica, 
diagnostico de doenças orofaciais, 
GIOVANNA MORELLI – DIREITOS AUTORAIS 
 
manifestações bucais de origem sistêmica e 
de consequências dos respectivos 
tratamentos. 
 
 
Perfil do Dentista em Hospital 
 
▪ Preferencialmente que este profissional seja 
cirurgião dentista habilitado em Odontologia 
Hospitalar, conforme a resolução do CFO. 
 
▪ Possuir experiencia em atendimento hospitalar, 
pois além da atuação clínica em ambiente 
hospitalar, compreender o fluxo de pacientes, 
gestão do trabalho hospitalar, linguagem 
médica e dos demais profissionais, solicitação e 
interpretação de exames complementares de 
interesse odontológico, seja direto ou não, 
registro de informações em prontuário médico. 
 
▪ Respeitar e interagir com o profissional da 
mesma classe, mantendo o foco e a atenção 
centrada nos cuidados ao paciente 
hospitalizado. 
 
 
▪ Cuidado ao paciente cuja doença sistêmica 
possa ser fator de risco para agravamento e / 
ou instalação de doenças bucais, ou cuja 
doença bucal possa ser fator de risco para 
agravamento / instalação de doenças 
sistêmicas. 
 
▪ Participação nas decisões da equipe 
multiprofissional, incluindo internação, 
diagnostico, solicitação de exames, prescrição, 
intervenção odontológica, acompanhamento e 
alta, conforme a resolução do CFO, sendo 
responsável por tomada de decisão em 
intervenção na cavidade bucal. 
 
 
 
▪ Registrar as informações em prontuário, de 
acordo com as normas do hospital. 
 
 
 
▪ Promover ações de saúde bucal junto à equipe 
de cuidados ao paciente hospitalizado 
(profissionais, familiares e cuidadores). 
 
 
Área de Atuação do CD 
 
▪ Coagulopatias 
▪ Diabetes mellitus 
▪ Nefropatias 
▪ Transplante renal 
▪ Hepatopatias 
▪ Cardiopatias 
▪ Neurologia 
▪ Psiquiatria 
▪ Pediatria hospitalar 
▪ Cuidados paliativos 
▪ Laserterapia (oncologia) 
▪ UTI 
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Contribuição do Dentista 
 
▪ Redução do tempo de internação 
▪ Redução da incidência de infecções bucais 
▪ Redução dos custos hospitalares 
▪ Redução da incidência de mucosite oral 
▪ Redução no nascimento de prematuros 
▪ Melhoria no controle / acompanhamento* 
▪ Melhoria na qualidade de vida do paciente 
 
*do paciente após a alta hospitalar. Além disso, o 
dentista poderá atuar na redução do nascimento de 
crianças de baixo peso. 
 
 
Atendimento Odontológico 
 
▪ Anamnese bem detalhada 
▪ Avaliação médica completa 
▪ Exame físico intra e extra oral 
 
 
 
 
Procedimentos Odontológicos Gerais 
 
▪ Higienização bucal = em pacientes 
dentados, optar por escovas de dente que 
tenham cabeça pequena, cerdas macias e 
uniformes. Em pacientes desdentados, usar 
uma trouxinha de gaze embebida em 
solução antimicrobiana não alcóolica para 
higienizar os tecidos moles. 
 
 
 
▪ Remoção de focos infecciosos e adequação 
do meio bucal = uma condição bucal 
desfavorável pode interferir no prognóstico 
de pacientes debilitados. As condições 
inflamatórias são consideradas fontes de 
difusão dos microrganismos por vias 
hematogênicas. Para isso, o profissional 
deverá tratar cárie, infecções endodônticas, 
gengivais e periodontais. 
 
 
▪ Adequação do meio = dentre os 
procedimentos que se enquadram nesse 
processo, podemos citar tratamentos 
endodônticos, exodontias e tratamentos 
restauradores. 
 
 
 
 
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Odontologia Hospitalar 
Procedimentos segundo as áreas médicas 
 
▪ Hematologia 
▪ Oncologia 
▪ Cardiologia 
▪ Cabeça e pescoço 
▪ Dermatologia 
▪ Endocrinologia 
▪ Neurologia 
▪ Psiquiatria 
▪ Gastroenterologia 
▪ Transplante hepático 
▪ Pneumologia 
▪ Nefrologia 
▪ Doenças infecto contagiosas 
 
OBS: alguns pacientes acabam realizando o 
transplante de células tronco hematopoiéticas e 
com isso, cabe ao cirurgião dentista: 
 
→ Acompanhar o paciente durante todo o período 
de neutropenia + aplasia medular, porque o 
paciente poderá desenvolver um quadro de 
mucosite oral, infecções oportunistas e até 
mesmo hemorragias. 
 
→ Em relação aos transplantes alogênicos, o 
paciente poderá desenvolver a doença do 
enxerto contra o hospedeiro, que poderáacarretar em manifestações bucais. 
 
 
→ Podem ocorrer emergências após os 6 
primeiros meses do transplante de células 
tronco hematopoiéticas autólogo e 12 meses 
para TCTH alogênico. 
 
→ Emergências após os 6 primeiros meses pós 
quimioterapias – tratamento hospitalar. 
 
 
 
Infecções Oportunistas Frequentes 
 
▪ Candidose bucal 
▪ Herpes oral 
▪ Herpes zoster 
 
Alterações Bucais 
Associadas ao uso de medicamentos 
▪ Hipossialia 
▪ Mucosite 
▪ Sangramento 
 
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Cuidados na UTI 
 
▪ Higiene bucal → pneumonia aspirativa 
 
▪ Principais causas de mortalidade → infecção de 
origem comunitária ou nosocomial. 
 
▪ Biofime bucal – colonizado por patógenos 
respiratórios → microrganismos associados a 
pneumonia nasocomial. 
 
 
Paciente em UTI 
 
Normalmente, os pacientes que estão em unidade 
de terapia intensiva se encontram entubados, 
necessitando de cuidados especiais, principalmente 
da parte odontológica. 
 
▪ Posição de 30º para evitar pneumonia1 
▪ Aspirar a região de orofaringe a todo momento 
 
Em casos de pacientes que se encontram na UTI 
mas não estão entubados, deve-se levar em 
consideração que eles estão recebendo 
alimentação por via oral e com isso, deve ser 
orientada a higienização bucal 3x ao dia. 
Em casos de alimentação que não ocorra por via 
oral, indicada a realização da higiene bucal 2x ao 
dia. 
 
Existem alguns fatores que debilitam a resposta 
imune de pacientes sob cuidados intensivos, como: 
 
▪ Nutricionais 
▪ Envelhecimento 
▪ Imaturidade 
▪ Corticoterapia 
 
Porém, existem fatores que modificam a microbiota 
oral, que devem ser de conhecimento do cirurgião 
dentista, como: 
 
▪ Uso de antimicrobianos 
▪ Uso de inibidores de prótons 
▪ Uso de antiácidos 
 
 
Controle de Drooling 
 
▪ Escopolamina = pode-se manipular o gel, 
porque ele é menos oneroso e fazer a 
aplicação em pele, nunca em mucosa. 
 
- VO, EV, gel ou adesivo 
- Gel (manipulado) 
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- Adesivo tem alto custo 
 
OBS: recentemente, foi utilizada a toxina botulínica 
para esse controle, aplicada em glândulas salivares. 
Mucosite Oral 
Em pacientes que apresentarem esse tipo de 
alteração, deve-se fazer um curativo. 
 
▪ Digluconato de clorexidina 0,12% 
▪ Lidocaína 
▪ Gelclair 
▪ Camomila 
▪ Traumeel S 
▪ Glutamina 
▪ Doxepina 
▪ Morfina 
▪ Benzidamina 
▪ Iseganan 
▪ Pentoxifilina 
 
 
Anotações Complementares 
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