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Podcast 03

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Podcast 
Disciplina: Fornecimento de tensão secundária de 
distribuição 
Título do tema: Características das entradas de serviço 
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto 
Leitura crítica: Charles William Polizelli Pereira 
 
Olá, ouvinte, tudo bem com você? Você sabe quais são os procedimentos para 
o dimensionamento de um padrão de entrada para fornecimento de tensão? Se 
você ficou curioso, então acompanhe esse podcast, que irei te contar mais 
sobre isso. 
O padrão de entrada de energia é responsável pela conexão das unidades 
consumidoras à rede de distribuição. Assim, cada unidade consumidora deve 
dispor de um medidor de energia, que computa o consumo do consumidor em 
kWh. Por isso, para que possamos definir o tipo de padrão de entrada, 
devemos realizar o levantamento das cargas que serão atendidas pelo padrão 
de entrada. Em outras palavras, essa etapa consiste em preencher um 
Detalhamento de Carga Instalada (DCI) para o caso de aumento de carga ou 
um levantamento de cargas, para o caso de um padrão novo. 
Para o caso em que a edificação possua o projeto elétrico, basta analisar o 
quantitativo de potência declarado. Para o caso em que não possua, é 
necessária uma análise no local e uma conversa com o consumidor. Após o 
levantamento de carga, realiza-se uma consulta as normas técnicas, e o 
dimensionamento geralmente está disposto em tabelas, que fornecem a 
relação de potência de acordo com o padrão de fornecimento: monofásico, 
bifásico, trifásico ou unidade com posto de transformação (para potência 
superior a 75kW). Lembrando que existem diferentes níveis de tensão de 
fornecimento que podem mudar de acordo com a região e as distribuidoras 
locais de energia elétrica. 
Para os casos das potências superiores a 75kW, normalmente são atingidas 
por consumidores industriais, que atuam no Grupo A e são alimentados em 
média tensão. Nessa situação, uma subestação de transformação ou um posto 
de transformação – definido como um conjunto de dispositivos e equipamentos 
responsável pela transformação dos níveis de tensão para o fornecimento a um 
consumidor, deve ser construída. 
Para os demais casos, o fornecimento ocorre em baixa tensão. No Grupo B, 
que são consumidores residenciais, comerciais e edifícios alimentados com 
tensão inferior a 2,3kV, o padrão de entrada pode ser em poste, ou embutido 
em muro ou embutido em parede com a entrada ancorada. O ramal de entrada 
também pode ser aéreo ou subterrâneo. A escolha por uma das topologias de 
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fornecimento leva em consideração o espaço físico local, a distância até a via 
pública e a altura da edificação. 
Após a definição da topologia de fornecimento, deve-se seguir as normas 
técnicas das distribuidoras e da ABNT, de modo a dimensionar: a bitola dos 
condutores de descida (para o ramal entre o ponto de entrega e o medidor de 
energia – geralmente no mínimo 10mm²), a bitola do condutor de aterramento 
(mesma bitola dos condutores fase), as dimensões da caixa de medição; a 
seção dos eletrodutos utilizado para proteção mecânica, os tipos de terminais 
(terminais de compressão para cabos flexíveis e sem terminais para cabos 
rígidos), o sistema de identificação de fases por cores (fase A – amarela, fase 
B – branca, fase C – vermelha, neutro – azul claro, verde – aterramento), o tipo 
e a capacidade de proteção do disjuntor, dentre outros. 
Lembrando ainda, a necessidade de respeitar os padrões de segurança 
estabelecidos pela NR 10. 
Bom, esse foi nosso podcast de hoje, gostaria de agradecer sua presença e 
espero ter contribuído com essas informações. Um forte abraço e até uma 
próxima!

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