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Aula 13 Proteção de Transformadores PROF. MIGUEL MORETO MIGUEL.MORETO@UFSC.BR LABSPOT – LABORATÓRIO DE S ISTEMAS DE POTÊNCIA AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 1 mailto:miguel.moreto@ufsc.br o Duas categorias principais: ◦ Externas: ocorrem fora do transformador. ◦ Internas: ocorrem dentro do transformador. Faltas em transformadores AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 2 Faltas externas o Condições que podem provocar danos ou reduzir a vida útil do equipamento. ◦ Sobrecarga: provoca o aquecimento, podendo provocar danos e perda da vida útil. Constante de tempo longa, pode levar horas. Em geral é utilizado um alarme (não há proteção dedicada). ◦ Sobretensão: ◦ Sobretensões transitórias: podem provocar danos nos enrolamentos (usa-se proteção anti-surto). ◦ Sobretensões devido a oscilações: provoca sobrefluxo no núcleo (perdas) e rápido aquecimento. Pode provocar danos ao isolamento. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 3 Faltas externas ◦ Subfrequência: Causada por oscilações de potência. Efeitos semelhantes a sobretensão. ◦ Trafo até pode operar em sobretensão ou subfrequência, mas ambas ao mesmo tempo podem provocar danos sérios. Usa-se a proteção “volts por hertz”. Tensão/freq. < 1.1 ok. ◦ Faltas externas: correntes de CC elevadas podem provocar danos nos enrolamentos devido a efeitos mecânicos. Difícil proteção pois o maior dano ocorre no primeiro ciclo. É mais uma questão de design do trafo. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 4 Faltas externas o Em geral, o único relé de proteção para faltas externas é o Volts/hertz que detecta sobretensões, subfrequências ou ambas. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 5 Faltas internas o Faltas que ocorram entre os pontos de instalação dos TCs (não apenas dentro da carcaça). o Incipientes: faltas que se desenvolvem e evoluem lentamente. Podem se tornar faltas mais graves se não detectadas. ◦ Sobreaquecimento: conexões internas mal feitas, perda de líquido refrigerante (vazamento), bloqueio ou falha no sistema de resfriamento. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 6 Faltas internas ◦ Sobrefluxo: períodos contínuos de sobrefluxo podem danificar gradualmente a isolação e provocar curtos cicuitos ou descargas parciais. ◦ Sobrepressão: devido a liberação de gases devido a aquecimentos ou arcos no óleo isolante. Os gases acumulam no tanque gradualmente. ◦ Descargas parciais: pequenos arcos elétricos que ocorrem no meio isolante (em geral óleo). AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 7 Faltas incipientes o Análise de gases para detectar descargas parciais AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 8 Faltas incipientes o Exemplo de efeito de descarga parcial AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 9 Faltas internas o Faltas ativas: curtos circuitos, ocorrem repentinamente e requerem ação rápida dos relés. ◦ Curtos à terra. ◦ Curtos entre fases. ◦ Curtos entre espiras. ◦ Curtos no núcleo magnético. ◦ Defeitos no comutador de “tap”. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 10 Proteções do transformador o Apresentando as principais: ◦ Diferencial (87) ◦ Proteção de terra ◦ Proteção de gás - relé Buchholz (63) ◦ Válvula de alívio de pressão (20) ◦ Proteção térmica (26, 40) ◦ Nível de óleo ◦ Sobrecorrente ◦ Sobreexcitação: Volts/Hertz AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 11 Quando tudo dá errado: AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 12 Proteção diferencial do trafo o Para aplicação, os TCs devem ser adequados e ligados corretamente. ◦ Compensar a defasagem da ligação e a rel. de transformação. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 13 Proteção diferencial do trafo o TCs: dimensionados tal que 𝐼𝑆𝑆 = 𝐼𝑃𝑆 o 𝐼𝑃 𝑅𝑇𝐶𝑃 = 𝐼𝑆 𝑅𝑇𝐶𝑆 o Como 𝐼𝑆 = 𝑁. 𝐼𝑃 𝑅𝑇𝐶𝑆 = 𝑁.𝑅𝑇𝐶𝑃 AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 14 Exemplo o Trafo 10MVA alimenta carga de 8280 kVA. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 15 Ligação dos TCs em trafos 3 o Os enrolamentos dos transformadores podem estar ligados de três formas: ◦ Estrela. ◦ Delta. ◦ Zig-zag. o Cuidado especial nos trafos - correntes de linha no lado podem estar defasadas em ±30°, ± 60°, ± 120° e ± 180° em relação ao lado . AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 16 o Ligações: o Y - Y o - o - zig-zag Ligação dos TCs: trafo sem defasagem AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 17 Ligação dos TCs: trafos - Y o TCs devem compensar a defasagem imposta pelos enrolamentos do transformador. ◦ Em relés digitais esta defasagem pode ser corrigida no ajuste. o Regra geral: ◦ No lado do trafo, os TCs devem ser conectados em Y. ◦ No lado Y do trafo, os TCs devem ser conectados em . ◦ Ligação dos TCs em devem ser as mesmas dos enrolamentos do trafo. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 18 Ligação dos TCs: trafos - Y AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 19 Defasagem Conexões 0º Dd0 Yy0 Dz0 Tipos de conexões e defasagens AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 20 Defasagem Conexões 30º Dy1 Yd1 Yz0 Tipos de conexões e defasagens AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 21 Defasagem Conexões 60º Dd2 Dz2 Tipos de conexões e defasagens AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 22 Defasagem Conexões 120º Dd4 Dz4 Tipos de conexões e defasagens AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 23 Defasagem Conexões 150º Dy5 Yd5 Yz5 Ainda existem ligações com 180º, -150º, -120º, -60º e -30º. Tipos de conexões e defasagens AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 24 Ajuste da proteção diferencial o Correntes secundárias não são idênticas em condições de operação normal. ◦ TCs no lado de alta e baixa geralmente não possuem a relação de transformação exata para compensar a rel. de transformação do trafo. ◦ Erros dos TCs dados pela classe de exatidão. ◦ Erros de ±2,5%, ±5% ou ±10%. ◦ Erros associados a comutação de taps. Geralmente variação de ±10%. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 25 Ajuste da proteção diferencial ◦ Discrepância nos ajustes de tap das bobinas do relé diferencial (somente para os relés eletromecânicos). ◦ Exemplo: relé com taps de: 2,9; 3,2; 3,5; 3,8; 4,2; 4,6; 5,0 e 8,7. ◦ No exemplo. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 26 Ajuste da proteção diferencial ◦ Margem de segurança: porcentagem de erro de “folga”. o Erro total (ajuste do relé). 𝜀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜀𝑇𝐶𝑠 + 𝜀𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑒𝑥𝑎𝑡𝑖𝑑ã𝑜 + 𝜀𝑐𝑜𝑚𝑢𝑡𝑎çã𝑜 + 𝜀𝑡𝑎𝑝𝑠 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑙é + 𝜀𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 Ajuste do relé diferencial AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 27 o Com o Trafo à vazio, a corrente de excitação não deve provocar atuação do relé. Ajuste da corrente mínima AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 28 Corrente de excitação em geral é menor do que 2,5% da corrente nominal do transformador. Exemplo de ajuste o No quadro AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 29 Energização de transformador o Durante operação em regime: ◦ Corrente de magnetização pequena <1% (tipico) AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 30 o Energizando enquanto a tensão passa por zero (10 a 20 vezes Inom): o Corrente com elevada proporção de 2ª harm. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 31 Corrente de magnetização o Pode levar vários minutos AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 32 Corrente de magnetização o Proteção: bloqueio do relé diferencial pela detecção de 2ª harmônica. ◦ 2ª harmônica pode chegar a valores de 16% até 70% da componente de freq. fundamental. AULA 22 EEL7106 - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS 33