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Pedido de Busca e penhora de crédito que o executado tenha junto à redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube)- monetização de vídeos

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Pedido de Busca e penhora de crédito que o executado tenha junto à redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube)- monetização de vídeos
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA __________________.
PETIÇÃO SIGILOSA
Processo n. º ___________________________
NOME DO EXEQUENTE, já qualificado nos autos, vem, respeitosamente, à presença de V. Exª., por intermédio do seu advogado ao final subscrito, requerer que seja efetuada a busca e penhora de crédito que o executado tenha junto às redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube), em razão do valor atualizado da dívida de R$ XX,XX (valor por extenso), conforme cálculo atualizado anexo.
Primeiramente, requer-se que a presente medida seja apreciada em CARÁTER SIGILOSO, posto que se o devedor dela tomar conhecimento, é possível que cause embaraços à penhora a ser realizada.
No mais, convém informar que o credor buscou todas as maneiras possíveis para ter saldado o crédito liquidado (sisbajud, renajud, infojud, etc), restando infrutíferas todas as tentativas, razão pela qual se faz necessário que a penhora recaia sobre o crédito que, eventualmente, o executado possua junto às redes sociais.
Cabe explicar que quem utiliza as redes sociais, pode lucrar com isso através da monetização. A chamada monetização, significa, literalmente, transformar algo em dinheiro, permitindo que pessoas comuns rentabilizem suas redes a partir dos conteúdos que produzem, bem como, através de publicidades.
A toda evidência, o exequente não tem como comprovar ao juízo se o executado possui o crédito que se pretende penhorar, posto que tal informação não é pública e, embora o requerente tenha encaminhado ofício solicitando esclarecimentos às empresas como Youtube e Instagram (OU OUTRA), até o momento não obteve resposta, conforme AR em anexo.
Todavia, observa-se que o devedor possui redes sociais e/ou um site sob seu domínio, conforme dados encontrados na plataforma Registro.BR. Diante disso, pode estar monetizando seus conteúdos, conforme documento em anexo, visto que, de acordo com reportagem do CanalTech (anexo), o conteúdo monetizado do YouTube distribuiu US$ 30 bilhões a youtubers em 3 anos. 
Além disso, a penhora em questão equivale à penhora de crédito em poder de terceiros, sendo que o art. 855, inciso XIII, do Código de Processo Civil, prevê a possibilidade da penhora recair sobre os créditos que o executado detenha com terceiros, desde que o exequente comprove a existência e a titularidade dos créditos indicados, conforme já comprovado com os documentos em anexo. 
Destaca-se, ainda, que a penhora de valores provindos de monetização de mídias sociais é perfeitamente possível, haja vista tais verbas não constarem no rol do artigo 833 do Código de Processo Civil, não ostentando caráter alimentar e, além disso, tais valores não representam a única fonte de renda do executado.
Nesse sentido são os precedentes sobre o tema:
PENHORA – Execução – Penhora de conta vinculada ao canal do Youtube de propriedade do Coexecutado – Alegação de impenhorabilidade nos termos do artigo 833, inc. IV, do Código de Processo Civil – Não cabimento - Existência de outros meios de subsistência- Aplicação da ordem de preferencia do artigo 835 do mesmo diploma legal: – Possível o deferimento da penhora de conta vinculada ao canal do Youtube de propriedade do Coexecutado, se demonstrada a existência de outros meios de subsistência, afastando-se a alegação de se tratar de impenhorabilidade nos termos do artigo 833, inc. IV, do Código de Processo Civil, e aplicando-se da ordem de preferencia do artigo 835 do mesmo diploma legal. RECURSO PROVIDO.  
(TJSP;  Agravo de Instrumento 2221390-47.2019.8.26.0000; Relator (a): Nelson Jorge Júnior; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 6ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/02/2020; Data de Registro: 05/02/2020)
Embora tal pedido de penhora não seja o mais comum, atualmente, nossa sociedade vive uma era de constante mudança. O mundo cada vez mais interconectado e transformador e exige que a justiça acompanhe tais transições e modernidades, a fim de que toda sociedade ganhe com a melhora na produção e na satisfação das demandas judiciais.
Ainda, não é justo que o executado goze de tais valores que serão a ele disponibilizado, enquanto a presente ação de execução se arrasta por XX anos, prejudicando não só o exequente, mas também o próprio Poder Judiciário, que já se encontra assoberbado de processos judiciais em trâmite.
Ademais, o deferimento da penhora pleiteada conferirá efetividade à execução, isto pois, o crédito pode ser depositado diretamente no processo, com o pagamento do devedor, sem qualquer dificuldade material para o ato, uma vez que não há necessidade de avaliação ou leilão.
Por fim, cabe pontuar que o requerimento, caso deferido, não causará ofensa aos direitos do executado, visto que este poderá defender eventual impenhorabilidade por meio de embargos ou impugnação.
Posto isto, considerando que o exequente esgotou todos os meios tradicionais para tentar saldar seu crédito e com o propósito de salvaguardar o cumprimento da sentença e consequentemente o crédito devido, a parte autora requer que V. Ex:
1. Determine que se oficie para as empresas controladoras de redes sociais abaixo listadas, para que informem a este juízo se o devedor possui algum crédito junto a elas e, em caso positivo, que faça o bloqueio liberação de tais créditos e não os pague ao devedor; e
2. caso haja resposta pela existência de crédito, que seja o mesmo imediatamente penhorado, intimando-se o terceiro para não pagar ao devedor destes autos, mas que deposite perante o juízo.
Pede deferimento.

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