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Fisioterapia na Atencao Secundaria

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Fisioterapia na saúde 
do adulto na atenção 
secundária
Fisioterapia nas doenças 
cardiovasculares
Profa. Gabriela Krinski
Contextualização
Nessa aula, vamos aprender sobre a fisioterapia nas disfunções 
provocadas pelas doenças cardiovasculares
➢ Hipertensão arterial sistêmica
➢ Arteriosclerose
➢ Revascularização do miocárdio
➢ Reabilitação cardiovascular
Vamos estudar?
Hipertensão arterial sistêmica
HAS
Doença crônico-degenerativa: Caracterizada pela elevação crônica da pressão arterial sistólica e ou 
diastólica 
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Limítrofe PAS (130-139 mmHg) e PAD (85-89 mmHg).
Hipertensão estágio 1: PAS (140-149 mmHg) e PAD (90-99 mmHg).
Hipertensão estágio 2: PAS (160-179 mmHg) e PAD (100-109 mmHg).
Hipertensão estágio 3: PAS (≥ 180 mmHg) e PAD (≥ 110mmHg).
Hipertensão sistólica isolada: PAS (≥ 140 mmHg) e PAD (< 90 mmHg).
O risco de desenvolver uma doença arterial coronariana cresce
na proporção em que a pressão arterial aumenta.
Mecanismos de controle
Ação rápida ou lenta
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Ação rápida: barorreceptores 
arteriais, quimiorreceptores 
arteriais e os receptores 
cardiopulmonares.
Ação lenta: neuro-hormonais para 
controle do volume de líquido 
corporal pelos rins e o sistema 
renina angiotensina- aldosterona 
A pressão arterial varia com o débito cardíaco (DC) e a 
resistência vascular periférica (RVP).
DC é a medida do fluxo sanguíneo produzido pelo coração a cada batimento
RVP é a resistência que deve ser superada para empurrar o sangue através do 
sistema circulatório e criar fluxo. 
Hipertrofia ventricular
Sobrecarga a longo prazo
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A hipertrofia 
ventricular esquerda 
(HVE) é uma resposta 
adaptativa do coração 
à hipertensão arterial. 
Fator de risco para o 
desenvolvimento de
insuficiência cardíaca, 
arritmias e isquemia 
miocárdica
Material didático
HAS
Fator de risco para acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio e 
doença renal.
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Vasculatura do rim com constrição e consequente 
redução do calibre do ureter diminuindo o fluxo urinário 
Material didático
Fisioterapia
Prevenção secundária
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➢ Exercícios aeróbicos são benéficos para redução da PA (4 a 9 mmHg)
Treinamento resistido: Manutenção das habilidades funcionais 
Melhora do 
condicionamento 
físico
Melhora da 
capacidade de 
exercício
Melhora da 
funcionalidade 
Aterosclerose
Aterosclerose
Arteriosclerose X Aterosclerose 
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Arteriosclerose: 
enrijecimento da 
parede arterial (fase 1)
Aterosclerose: formação 
de placa de ateroma na 
parede arterial
Aterosclerose
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Fatores de risco:
✓ Tabagismo
✓ Dieta rica em lipídios
✓ Sedentarismo
✓ Diabetes mellitus
✓ HAS
✓ História familiar
A patogenia da doença aterosclerótica 
está relacionada a lesão ou disfunção 
da célula endotelial.
Diagnóstico
✓ Eletrocardiograma (ECG)
✓ Ecocardiograma
✓ Cineangiocoronariografia 
(cateterismo)
Aterosclerose
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Ambiente pró-
inflamatório e pró-
trombótico
Aumento da 
permeabilidade 
vascular
Entrada de 
lípides 
(colesterol)
Adesão de monócitos, 
linfócitos, plaquetas e 
fatores de crescimento.
Proliferação das 
fibras musculares 
lisas
Migração para a 
íntima
Produção de 
matriz 
extracelular. 
Aterosclerose
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➢ A apresentação clínica depende do grau de obstrução do lúmen e da 
velocidade de desenvolvimento da obstrução. 
➢ A obstrução crônica pode ser clinicamente evidente quando há 
redução da luz em pelo menos 70%. 
➢ Obstruções agudas, associadas à trombose, podem ocorrer sobre 
placas clinicamente silenciosas.
Doença arterial 
obstrutiva periférica
Amputações
Aterosclerose
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Sinais e sintomas
✓ Dispneia
✓ Fraqueza muscular
✓ Fadiga
✓ Claudicação
✓ Palidez periférica
✓ Parestesia
✓ Angina
✓ Arritmia
As complicações da arteriosclerose 
dependem de quais artérias
foram afetadas.
Doença 
arterial 
coronariana
HAS, IAM 
e IC
Doença 
arterial 
carotídea
AVC
Doença 
arterial 
periférica
Amputação
***Prevenção secundária
DAC, Angina e 
Revascularização do miocárdio
Doença arterial coronariana (DAC)
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➢ Desequilíbrio do suprimento de oxigênio para o miocárdio 
➢ Cardiopatia isquêmica.
➢ Isquemia é uma deficiência temporária do fluxo de sangue 
oxigenado para os tecidos, precursora do IAM.
➢ 50% dos pacientes com DAC apresentam morte súbita sem 
sintomas precedentes (fibrilação ventricular).
➢ Sinal de Levine
Sinal de Levine
Angina
Estável
➢ Causa conhecida (esforço físico ou emoções fortes).
➢ A interrupção da atividade que provocou a dor determina o 
seu rápido desaparecimento
Instável
➢ Ocorre em qualquer momento sem fator precipitante.
➢ Necessidade de conduta médica imediata pois podem 
ocorrer complicações como IAM.
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Objetivos fisioterapêuticos
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✓ Promover a circulação colateral
✓ Melhorar o fluxo sistêmico e tecidual.
✓ Promover angiogênese e arteriogênese dos vasos do músculo esquelético e miocárdio.
✓ Diminuir o risco de trombose
Reabilitação cardiovascular
Intervenção fisioterapêutica
✓ A intervenção fisioterapêutica é composta de treinamento aeróbico 
regular de intensidade moderada.
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70 a 85% da FC máxima
Pacientes iniciantes: 50 a 60% da FC máxima 
FC máxima = 220 - idade
Treino resistido: 40 a 60% do teste de 1 RM. 
Aplicados nos principais grupos musculares – de 10 a 15 repetições.
Situação Problema
José, 82 anos, é cardiopata (DAC e IC) e é seu paciente há 5 anos.
➢ Ele relatou o desejo de realizar algumas condutas diferentes de esteira e exercícios 
com halteres.
Quais condutas podemos realizar com José?
Situação Problema
Quais condutas podemos realizar com José?
➢ Aeróbicos: caminhadas ao ar livre, fisioterapia aquática e pedalinhos no lago.
➢ Resistidos: pilates, fisioterapia aquática e treinamento 
funcional.
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Necrose ou morte de tecido do miocárdio por isquemia seguida de hipóxia
Aterosclerose DAC IAM
Revascularização 
do miocárdio
Sinais e sintomas 
✓ Dor torácica e epigástrica
✓ Dor mandibular
✓ Dispneia
✓ Náuseas e vômitos
✓ Sudorese
✓ Sinal de Levine
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Quanto mais precoce for a intervenção para o 
restabelecimento do fluxo sanguíneo, menor será o 
tamanho da área necrosada do músculo cardíaco.
Diagnóstico
✓ Onda T invertida, onda Q profunda e alteração do segmento ST
✓ Exame bioquímico: troponina e creatinofosfoquinase 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Tratamento clínico
✓ Medicamentos: anticoagulantes, vasodilatadores, antitrombolíticos.
✓ Oxigenoterapia.
✓ Angioplastia com ou sem 
STENT: dilatação por meio de 
cateterismo.
✓ Revascularização do 
miocárdio.
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de fisioterapia na reabilitação 
cardiovascular 2a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
Revascularização do miocárdio 
Procedimento recomendado para pacientes com bloqueios 
importantes das artérias que nutrem o coração.
➢ O objetivo é restabelecer o fluxo de sangue e oxigênio para a região 
suprida por uma artéria do coração que apresenta alguma obstrução.
Melhorar a 
qualidade de vida
Aumento de 
sobrevida
Alívio de sintomas 
anginosos
Dispneia Fadiga Angina
Revascularização do miocárdio 
Enxertos
✓ Artéria mamária interna: Suturada na aorta.
✓ Veia safena: Retirado dos MMII
✓ Artéria radial: Retirado do antebraço não dominante. Tem uma 
duração maior que a safena, portanto, é uma opção para os 
pacientes mais jovens.
✓ Artéria epigástrica inferior: retirado da região suprapúbica, com 
incisão menor parecida com a “cesariana”.
✓ Artéria gastroepiploica direita: retirado do estômago.
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de fisioterapia na reabilitação 
cardiovascular2a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
Revascularização do miocárdio 
Alternativas cirúrgicas
✓ Cirurgia com circulação extracorpórea: parada do coração para 
realizar a cirurgia..
✓ Cirurgia sem CEC: Pacientes de alto risco. Uso de estabilizador 
cardíaco.
✓ Cirurgia minimamente invasiva: Robótica ou vídeo. Cirurgia de 
tórax fechado. 
✓ As incisões utilizadas possuem normalmente de 3-6 cm ao 
invés de 15-30 cm na cirurgia convencional. 
✓ Sem necessidade de esternotomia.
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de fisioterapia na reabilitação 
cardiovascular 2a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
Reabilitação cardiovascular
Reabilitação cardiovascular
Fase I
Fase aguda do 
evento 
coronariano – 
hospitalar
Fase II
8 a 12 
semanas
Fase 
subaguda – 
domiciliar ou 
ambulatorial
Fase III
12 semanas 
Ambulatorial
Fase IV
Manutenção do 
condicionamento
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de 
fisioterapia na reabilitação cardiovascular 2a 
ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
Objetivos fases II e III são: melhorar a capacidade de exercício, controlar os 
fatores de riscos e reduzir a morbidade.
Reabilitação cardiovascular
✓ Paciente de baixo risco: Após CRM ou IAM sem complicações. 
TCPE ≥ 7,5 METS.
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de fisioterapia na reabilitação 
cardiovascular 2a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
✓ Paciente de risco moderado: TCPE < 7,5 METS. Apresenta 
angina ou desnivelamento do ST ao exercício, anormalidade de 
perfusão, disfunção de ventrículo esquerdo de leve a moderado 
e taquicardia ventricular não sustentada. 
✓ Paciente de alto risco: TCPE ≤ 4,5 METS. Desnivelamento do 
ST ao exercício, hipotensão induzida com baixos níveis de 
exercícios, persistência de isquemia após o exercício e 
arritmias ventriculares sustentadas, induzidas ou espontâneas.
Fisioterapia fase II e III
Intensidade:
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de fisioterapia na reabilitação 
cardiovascular 2a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
✓ Até 5 METS
✓ 50 a 70% da capacidade funcional (TC6) ou 60% VO2 máximo.
✓ FC: FC de repouso + 20 bpm quando não têm teste ergométrico precoce.
✓ FC treino = FC repouso + 1X (FC máxima – FC repouso) x 0,6 (alto risco) ou 0,7 (baixo risco).
✓ Fórmula de Karvonem: 
FC máxima (homem 220-idade e mulher 210-idade)
✓ FC submáxima = (195-idade)
Tipo de exercício: aeróbico intervalado para melhor adaptação 
hemodinâmica e menor sobrecarga cardíaca
✓ Aquecimento
✓ Condicionamento
✓ Desaquecimento
Fisioterapia fase II e III
Manifestações de esforço excessivo durante a fisioterapia 
Umeda, Iracema Ioco K. Manual de fisioterapia na reabilitação 
cardiovascular 2a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd 
edição). Editora Manole, 2014.
✓ Angina
✓ Bradicardia ou taquicardia excessiva
✓ Arritmia
✓ Claudicação intermitente
✓ Palidez e cianose
✓ Confusão, incoordenação motora e desequilíbrio
✓ Náusea e vômito
✓ Dispneia
✓ Distúrbios gastrointestinais.
Situação Problema
Rodolfo, 74 anos, realiza reabilitação cardiovascular (fase III) após cirurgia de 
revascularização do miocárdio.
O paciente é reavaliado periodicamente e realiza os testes: TCPE e TC6
Explique os testes e os diferencie:
30m
Situação Problema
Explique os testes e os diferencie:
30m
Recapitulando
	Slide 1
	Slide 2: Contextualização
	Slide 3
	Slide 4: HAS
	Slide 5: Mecanismos de controle
	Slide 6: Hipertrofia ventricular
	Slide 7: HAS
	Slide 8: Fisioterapia
	Slide 9
	Slide 10: Aterosclerose
	Slide 11: Aterosclerose
	Slide 12: Aterosclerose
	Slide 13: Aterosclerose
	Slide 14: Aterosclerose
	Slide 15
	Slide 16: Doença arterial coronariana (DAC)
	Slide 17: Angina
	Slide 18: Objetivos fisioterapêuticos
	Slide 19: Intervenção fisioterapêutica
	Slide 20: Situação Problema
	Slide 21: Situação Problema
	Slide 22: Infarto agudo do miocárdio (IAM)
	Slide 23: Infarto agudo do miocárdio (IAM)
	Slide 24: Infarto agudo do miocárdio (IAM)
	Slide 25: Revascularização do miocárdio 
	Slide 26: Revascularização do miocárdio 
	Slide 27: Revascularização do miocárdio 
	Slide 28
	Slide 29: Reabilitação cardiovascular
	Slide 30: Reabilitação cardiovascular
	Slide 31: Fisioterapia fase II e III
	Slide 32: Fisioterapia fase II e III
	Slide 33: Situação Problema
	Slide 34: Situação Problema
	Slide 35

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