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DO TRABALHO DIREITO RENATO SARAIVA com OAB XXXV FÉRIAS, REMUNERAÇÃO E SALÁRIO, GRATIFICAÇÃO NATALINA, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE TEMAS FÉRIAS ART. 7º XVII CF/88 REMUNERAÇÃO DE FÉRIAS = REMUNERAÇÃO NORMAL + TERÇO CONSTITUCIONAL (1/3) CLT ARTIGOS 129 a 148 CLT PERÍODO AQUISITIVO (ART. 130 CLT) E NÚMERO DE DIAS DE FÉRIAS 30 DIAS DE FÉRIAS até 05 faltas injustificadas 24 dias de férias de 06 a 14 faltas injustificadas 18 dias de férias de 15 a 23 faltas injustificadas 12 dias de férias de 24 a 32 faltas injustificadas PERÍODO CONCESSIVO – ART. 134 CLT § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) AVISO DE FÉRIAS – ART. 135 CLT ÉPOCA DA CONCESSÃO DE FÉRIAS –ART. 136 §§ 1º e 2º CLT PERDA DO DIREITO – ART. 133 CLT Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. PAGAMENTO EM DOBRO DAS FÉRIAS – ART. 137 CLT FÉRIAS COLETIVAS – ART. 139/140 CLT ABONO PECUNIÁRIO – ART. 143/144 CLT Art. 143 CLT. É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. § 1º O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. PRAZO PAGAMENTO FÉRIAS – ART. 145 CLT DOS EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CT – ART. 146/147 CLT REMUNERAÇÃO E SALÁRIO ART. 457 CLT REMUNERAÇÃO = salário + gorjeta IRREDUTIBILIDADE SALARIAL – ART. 7º VI CF/88 SALÁRIO BÁSICO = SALÁRIO EM DINHEIRO + SALÁRIO IN NATURA Art. 457 CLT § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.419, de 2017) § 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) SALÁRIO IN NATURA Art. 458 CLT A doutrina estabeleceu um critério para definir se a prestação fornecida pelo empregador é salário in natura ou não: • se a utilidade é fornecida como uma vantagem pela prestação dos serviços, terá natureza salarial (ex.: automóvel que o empregado também se utiliza nos finais de semana, casa fornecida pela empresa etc.), pois representa uma vantagem concedida pelo trabalho executado e não apenas para o trabalho; • ao contrário, se a utilidade for fornecida para a prestação de serviços, estará descaracterizada a natureza salarial (ex.: fornecimento de EPIs, moradia cedida ao caseiro ou zelador de edifício para desempenho de suas funções etc.). “SÚMULA 367, TST. Utilidades in natura. Habitação. Energia elétrica. Veículo. Cigarro. Não integração ao salário. I – A habitação, a energia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso do veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. II – O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde”. ART. 458 § 2º CLT: § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; ART. 458 § 2º CLT: IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; VII – (VETADO) VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. Art. 458 § 5º CLT: O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) ART. 459 CLT – PERIODICIDADE E PRAZO PARA PAGAMENTO DO SALÁRIO ART. 462 CLT – DESCONTOS NO SALÁRIO – S. 342 TST ART. 462 § 1º CLT – DESCONTO EM CASO DE DANO ART. 467 CLT – PAGAMENTO PARCELAS INCONTROVERSAS EQUIPARAÇÃO SALARIAL – Art. 461 CLT “Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1.º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. § 2.º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. § 3.º No caso do § 2.º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4.º O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial”. § 5.º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. § 6.º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.” EQUIPARAÇÃO SALARIAL SÚMULA 6 TST GRATIFICAÇÃONATALINA Art. 7º, VIII, CF/88 Lei 4090/62 Lei 4749/65 Decreto 57.155/65 O décimo terceiro salário deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano; O adiantamento da gratificação natalina é pago entre os meses de fevereiro e novembro, correspondendo à metade do salário percebido pelo empregado no mês anterior ao do adiantamento. Embora o empregador não tenha a obrigação de conceder o adiantamento a todos os empregados no mesmo mês, se o trabalhador requerer, no mês de janeiro, o adiantamento da gratificação natalina, esta, obrigatoriamente, deverá ser paga no mês de férias do obreiro. Na hipótese de dispensa sem justa causa do empregado ou mesmo havendo pedido de demissão pelo obreiro, fará jus o trabalhador à gratificação natalina proporcional do ano em curso. O Decreto 57.155/1965 disciplinou o pagamento da gratificação natalina para os trabalhadores que recebem remuneração variável. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE INSALUBRIDADE: São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189, CLT). O adicional de insalubridade é devido ao empregado que presta serviços em atividades insalubres, sendo calculado, em função do contido no art. 192 da CLT, à razão de 10%, 20% e 40% sobre o salário-mínimo, respectivamente para os graus mínimo, médio e máximo. Para se configurar a existência do direito ao adicional de insalubridade não basta a perícia constatar que o ambiente de trabalho é agressivo à saúde do empregado, sendo indispensável o enquadramento da atividade ou operação entre as insalubres pelo Secretaria das Relações do Trabalho INSALUBRIDADE: Não há direito adquirido ao recebimento do adicional de insalubridade. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, devendo tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo dos equipamentos de proteção individual – EPIs, pelo empregado (Súmula 289, TST). O trabalho executado em caráter intermitente, em condições insalubres, não afasta, por essa circunstância, o pagamento do adicional de insalubridade (Súmula 47, TST). A verificação por meio de perícia a respeito da prestação de serviços em condições nocivas à saúde do empregado, considerando agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade (Súmula 293, TST). O art. 7.º, inciso XXXIII, da CF/1988 proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos e de qualquer trabalho ao menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. PERICULOSIDADE: O art. 193 da CLT considerou como atividades ou operações perigosas: • as que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica, ou ainda, roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial; • o empregado que trabalha sobre motocicleta. O adicional de periculosidade consistirá no percentual de 30% (trinta por cento), calculados sobre o salário-base, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios etc. (art. 193, § 1.º, CLT). Os empregados que operam bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Súmula 39, TST). Não há direito adquirido ao recebimento do adicional de periculosidade. Portanto, eliminado o risco à saúde ou integridade física do trabalhador, cessa o pagamento do atinente adicional. PERICULOSIDADE Súmulas do TST: 132, 191, 364 e 453 OJ’S DA SDI-I TST: 345 e 347 QUESTÕES FÉRIAS, REMUNERAÇÃO E SALÁRIO: Questão 01 (exame 2010.2) Com relação ao regime de férias, é correto afirmar que: A) As férias devem ser pagas 20 empregado com adicional de 1/3 até 30 dias antes do início do seu gozo. B) Salvo para as gestantes e os menores de 18 anos, as férias podem ser gozadas em dois períodos. C) O empregado que pede demissão antes de completado seu primeiro período aquisitivo faz jus a férias proporcionais. D) As férias podem ser convertidas integralmente em abono pecuniário, por opção do empregado. Questão 02 (EXAME XVIII) Jorge, Luiz e Pedro trabalham na mesma empresa. Na época designada para o gozo das férias, eles foram Informados pelo empregador que Jorge não teria direito às férias porque havia faltado, injustificadamente, 34 dias ao longo do período aquisitivo; que Luiz terá que fracionar as férias em três períodos de 10 dias e que Pedro deveria converter 2/3 das férias em abono pecuniário, podendo gorar de apenas 1/3 desta, em razão da necessidade de serviço do setor de ambos. Diante disso, assinale a afirmativa correta. A) A informação do empregador foi correta nos três casos. B) Apenas no caso de Jorge o empregador está correto. C) O empregador agiu corretamente nos casos de Jorge e de Luiz, mas não no de Pedro. D) O empregador está errado nas três hipóteses Questão 03 (EXAME VII) Determinado empregado, durante quatro anos consecutivos, percebeu pagamento de adicional de insalubridade, já que desenvolvia seu mister exposto a agentes nocivos à saúde. A empregadora, após sofrer fiscalização do Ministério do Trabalho, houve por bem fornecer a todos os seus empregados equipamento de proteção indivídual (EPI) aprovado pelo órgão competente do Poder Executivo, eliminando, definitivamente, os riscos à higidez física dos trabalhadores. Diante do relatado, assinale a opção INCORRETA: A) Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. B) Tendo o empregado recebido adicional de insalubridade com habitualidade, a rubrica não pode ser suprimida, ainda que o empregador promova a eliminação dos riscos à integridade física do empregado. Questão 03 (EXAME VII) C) O trabalhador somente faz jus ao pagamento do adicional de insalubridade enquanto permanecer exposto a agentes de riso à sua saúde, independentemente do tempo em que percebeu o aludido adicional. D) A eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância ou com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância Questão 04 (EXAME VII) “Arlindo dos Santos ajuizou ação trabalhista em face do seu antigo empregador, pleiteando adicional de insalubridade e indenização por danos morais. Nas suas alegações contidas na causa de pedir, Arlindo argumentou que trabalhou permanentemente em contato com produtos químicos altamente tóxicos, o que lhe acarretou, inclusive, problemas de saúde. Em contestação, o réu negou veementemente a existência de condições insalubres , por consequência, a Violação do direito fundamental à saúde do empregado, não apenas porque o material utilizado por Arlindo não era tóxico, como também porque ele sempre utilizou equipamento de proteção individual, (luvas e máscara). Iníciada a fase instrutória, foi feita prova perícial. Ao examinar o local de trabalho, o perito constatou que o material usado por Arlindo não era tóxico como mencionado por ele na petição inicial Entretanto, verificou que o autor trabalhou submetido a níveis e ruído muito acima do tolerado e sem a proteção adequada. “Assim, por força desse outro agente insalubre não referido na causa de pedir, concluiu que o autor fazia jus o pagamento do adicional pleiteado com o percentual de 20%. Questão 04 (EXAME VII) Com base nessa situação concreta, é correto afirmar que o juiz deve Julgar A) improcedente o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, uma vez que está vinculado aos fatos constantes da causa de pedir, tal como descritos pelo autor na petiçãoinicial B) procedente em parte o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, concedendo apenas metade do percentual sugerido pelo perto, haja vista a existência de agente insalubre distinto daquele mencionado na causa de pedr. C) improcedente o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, uma vez que a existência de ruído não é agente insalubre, D)procedente o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, uma vez que a constatação de gente insalubre distinto do mencionado na causa de pedir não prejudica o pedido respectivo Questão 05 (EXAME XVI) “Hugo, José e Luiz são colegas de trabalho na mesma empresa. Hugo trabalha diretamente com o transporte de material inflamável, de modo permanente, nas dependências da Empresa. José faz a rendição de Hugo durante o intervalo para alimentação e, no restante do tempo, exerce a função de teleoperador. Luiz também exerce a função de teleoperador. Acontece que, no intervalo para alimentação, Luiz pega carona com José no transporte de inflamáveis, cujo trajeto dura cerca de dois minutos. Diante dessa situação, assinale a afirmativa correra. A) Como Hugo, José e Luiz têm contato com inflamáveis, os três têm direito ao adicional de periculosidade, B) Aperas Hugo, que lida diretamente com os inflamáveis em toda a jornada, tem direito o adicional de periculosidade. Questão 05 (EXAME XVI) C) Hugo faz jus ao adicional de periculosidade integral; José, o proporciona! ao tempo de exposição ao inflamável; e Luiz não tem direito ao adicional, sendo certo que a empresa não exerce qualquer atividade na área de eletricidade. D) Hugo é José têm direito ao adicional de periculosidade. Luiz não faz Jus ao direito respectivo Questão 06 (EXAME XXVI) Solange é comissária de bordo em uma grande empresa de transporte aéreo e ajuizou reclamação trabalhista postulando adicional de periculosidade, alegando que permanecia em área de risco durante o abastecimento das aeronaves porque ele era feito com a tripulação a bordo. Iracema, vizinha de Solange, trabalha em uma unidade fabril recebendo adicional de insalubridade, mas, após cinco anos, sua atividade foi retirada da lista de atividades insalubres, por ato da autoridade competente. Sobre as duas situações, segundo a norma de regência e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta: A) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perdera o direito ao adicional de insalubridade. B) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o adicional de insalubridade por ter direito adquirido. Questão 06 (EXAME XXVI) C) Solange não tem direto ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o direito o adicional de insalubridade. D) Solange tem direto ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade. Questão 07 (EXAME XXX) Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante armado de um agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de um empresa de logística. Avalie os três casos apresentados , observadas as regras da CLT, assinale a afirmativo correta. A) Paulo e Leticia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de periculosidade. A atividade de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve receber adicional. B) Considerando que os três empregados não lidam com explosivos e inflamáveis, salvo por disposição em norma coletiva, nenhum deles terá direito ao recebimento de adicional de periculosidade. Questão 07 (EXAME XXX) C) Os três empregados fazem jus ao adicional de periculosidade, pois as profissões de Edimilson e Paulo estão sujeitas no risco de violência física e, a de Letícia, a risco de vida. D) Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de periculosidade por conta do risco de violência física Questão 08 (EXAME VII) Um frentista de posto de gasolina sofreu desconto no seu salário referente à devolução de cheque sem provisão de fundos, em razão de não ter observado recomendação prevista em acordo coletivo de trabalho no tocante à verificação da situação cadastral do cliente no ato da venda do combustível. Diante dessa situação hipotética, e considerando que à norma coletiva autoriza o desconto salarial no caso de negligência do empregado, assinale a alternativa correta. A) O empregador não podia ter efetuado o desconto no salário do empregado, em razão do princípio da intangibilidade salarial, sendo inválida a norma coletiva autorizadora. B) O desconto foi lícito, em face da não observância das recomendações previstas em norma coletiva. Questão 08 (EXAME VII) C) O desconto somente pode ser considerado lícito se comprovado o dolo do empregado. D) O desconto é ilícito, pois o empregador não pode transferir ao empregado os riscos da atividade econômica, sendo inválida a norma coletiva que o autoriza Questão 09 (EXAME XI) “Paulo, motorista de ônibus, mantém contrato de trabalho com a empresa Transporte Seguro S/A, no qual há estipulação escrita de que o motorista envolvido em acidente de trânsito será descontado pelas avarias e prejuízos causados. Em um dia comum, Paulo ultrapassou o sinal vermelho e colidiu com veículo que vinha do outro lado do cruzamento. Não houve vítimas, mas os veículos ficaram impedidos de trafegar em razão das avarias e o coletivo foi multado por avanço de sinal. A empresa entendeu por bem descontar do salário de Paulo o conserto do ônibus, bem como as despesas com o conserto do veículo de passeio. Diante disso, assinale a afirmativa correta. A) A empresa agiu de forma incorreta, pois não poderia descontar nada de Paulo, dado o princípio da intangibilidade salarial. B) A empresa agiu de forma incorreta, pois só poderia descontar um dos danos, pois todos os descontos acarretaram bis in idem. Questão 09 (EXAME XI) C) A empresa agiu corretamente, pois Paulo agiu com culpa e havia previsão contratual para tanto. D) A empresa agiu de forma incorreta, pois não houve dolo (por parte do empregado e é dela o risco do negócio. Logo, o desconto é descabido Questão 10 (EXAME XIII) Os garçons e empregados do restaurante Come Bem Ltda. recebem as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que não há cobrança obrigatória na nota de serviço. Diante da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. A) As gorjetas integram a remuneração, mas não servem de base de cálculo para o pagamento do aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado, B) As gorjetas não integram a remuneração, uma vez que são espontâneas, pois não há o controle das quantias concedidas. C) As gorjetas são Integradas, para todos os efeitos, na remuneração do empregado, repercutindo, assim, no pagamento de todos os diretos trabalhistas. D) As gorjetas integram a remuneração apenas para efeitos e aviso prévio trabalhado, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado, pois as demais parcelas não estão relacionadas com o dia a dia de trabalho efetivo; não havendo trabalho, não há gorjeta Questão 11 (EXAME XVI) João trabalha na área de vendas em uma empresa de cigarros. Recebe do empregador, em razão do seu cargo, moradia e pagamento da conta de luz do apartamento, além de ter veículo cedido com combustível. Tal se dá em razão da necessidade do trabalho, dado que João trabalha em local distante de grande centro, sendo responsável pela distribuição e venda dos produtos na região. Além disso, João recebe uma quota mensal de 10 pacotes de cigarro por mês, independentemente de sua remuneração, não sendo necessário prestar contas do que faz com os cigarros. A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta. A) Os valores relativos à habitação, h energia elétrica e ao veículo integram a remuneração de João, por serem salário-utilidade, mas não o cigarro, por ser nocivo à saúde. Questão 11 (EXAME XVI) B) Os valores de habitação e veículo integram a remuneração de João. A energia elétrica e o combustível, não, pois já incorporados, respectivamente,na habitação e no veículo. O valor do cigarro não é integrado, face à nocividade à saúde. C) Nenhum dos valores da utilidade integram a remuneração de João. D) Tratando-se de salário in natura, todos s valores Integram a remuneração de João, pois são dados com a ideia de contraprestação aos serviços Questão 12 (EXAME XVIII) “Plácido, empregado de um restaurante, sem qualquer motivo, passou a agredir verbalmente seu superior, até que, violentamente. quebrou uma mesa e uma cadeira que estavam próximas. Contornada a situação, Plácido foi dispensado e a empresa descontou no seu TRCT os valores do prejuízo com os móveis, que correspondiam a 60% do salário do trabalhador. Sobre o episódio apresentado, assinale a opção correta. A) A empresa pode descontar o valor mesmo sem previsão contratual para tanto, pois a atitude de Plácido, ao praticar o dano, foi dolosa. B) O desconto na remuneração do empregado relativo ao dano causado é vedado em qualquer hipótese. C) A empresa só poderia descontar o valor do dano causado por Plácido se houvesse previsão contratual nesse sentido. D) Não estando a parcela relacionada a um desconto tipificado em lei, não pode haver o desconto nas verbas Devidas a Plácido Questão 13 (EXAME XXII) Lino trabalha como diagramador na sociedade empresária XYZ Ltda,, localizada em um grande centro urbano, e recebe do empregador, além do salário, moradia e plano de assistência odontológica, graciosamente. Sobre o caso narrado, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. A) Ambos os benefícios serão incorporados ao salário de Lino. B) Somente o benefício da habitação será integrado ao salário de Lino. C) Nenhum dos benefícios será incorporado ao salário de tino. D) Somente o benefício do plano de assistência odontológica será integrado ao salário de Lino Questão 14 (EXAME XXII) Pedro é empregado da Sociedade empresária X e, em determinado mês, recebeu diárias na ordem de 70% do seu salário, sem ter prestado qualquer conta ao empregador. De acordo com a CLT e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. A) A diária, na hipótese retratada, terá natureza salarial na totalidade. B) A diária terá natureza indenizatória porque visa ressarcir gastos realizados pelo empregado. C) Somente o que ultrapassar 50% do salário terá natureza salarial, logo, 20%, na hipótese. D) A lei determina que metade da diária paga tenha natureza salarial e metade, indenizatória Questão 15 (EXAME XXVI) Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, computandose o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. Diante disso, observando o entendimento Jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições da CLT, assinale a afirmativa correta. A) Os valores recebidos a titulo de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por se tratar de liberalidade. B) Os valores recebidos à titulo de comissão não devem integrar à remuneração de Jorge, porque relacionados a produtos de terceiros. Questão 15 (EXAME XXVI) C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. D) Os valores recebidos a título de comissão não devem Integrar remuneração de Jorge, uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é remunerado pelo banco Questão 16 (EXAME XII) Calçados Mundial S.A. contratou duas empresas distintas para prestação de serviços de límpeza e conservação nas suas instalações. Maria é empregada de uma das terceirizadas, exerce a função de auxiliar de limpeza e ganha salário de R$ 1.150,00. Celso é empregado da outra terceirizada, exerce a mesma função que Maria, trabalha no mesmo local, e ganha R$1020,00 mensais. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta A) Celso poderá requerer o mesmo salário que Maria, pois na hipótese pode-se falar em empregador único. B) Impossível a equiparação salarial, mas se outro direito for violado, a empresa tomadora dos serviços terá responsabilidade solidária. C) Viável a equiparação desde que Maria e Celso trabalhem no mínimo dois anos nas instalações do tomador dos serviços. D) Não será possível a equiparação salarial entre Maria e Celso porque os respectivos empregadores são diferentes Questão 17 (EXAME XXIII) A sociedade empresária Gardênia Azul Ltda. aprovou acordo coletivo junto ao sindicato de classe dos seus empregados prevendo um plano de cargos e salários. Nele, as promoções seriam feitas no máximo a cada dois anos, exclusivamente pelo critério de antiguidade. No período de vigência dessa norma, Walter ajuizou uma ação requerendo equiparação salarial a Fernando, referente ao período do acordo coletivo. Diante da situação concreta e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. A) O pedido de equiparação salarial não é possível Juridicamente porque a sociedade empresária possui plano de cargos e salários. B) A equiparação salarial é possível se atendidos os demais requisitos legais, porque o plano de cargos e salários em questão não tem validade. C) A observância ou não ao acordo ficará a cargo de cada juiz, Porque inexiste previsão legal ou jurisprudencial a respeito. D) O plano de cargos e salários, por ser fruto de negociação coletiva e atender nos requisitos legais, precisa ser observado pelo magistrado GABARITO 1-C 2-B 3-B 4-D 5-D 6-A 7-A 8-B 9-C 10-A 11-C 12-A 13-B 14-A 15-C 16-D 17-A