Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊTICA DO RECÉM-NATO E DA CRIANÇA Profª. Dra. Thabata P. Soeira Bibliografia Caso clínico • HMA: • Léo, um menino de 5 anos de idade com diagnóstico de Paralisia Cerebral espástica, bilateralmente do tipo quadriplegia – GMFCS IV. • Necessita de ser transportado no colo dos cuidadores e de cadeiras de rodas para se locomover por longas distâncias. • Segundo relato da mãe: Léo, nasceu prematuro, pesando 1045g, parto vaginal, com 29 semanas de gestação, devido a um deslocamento prematuro de placenta. • Ao nascimento: apresentou desconforto respiratório, sendo necessário intubação. Necessitou de cuidados na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), onde permaneceu por 1 mês. • Nesse período apresentou hemorragia peri-intraventricular (HPIV) graus IV bilateralmente. • Aos 6 meses de idade corrigida, ele apresentava importante atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. • Se expressa verbalmente, é interessado, e capaz de acompanhar o desempenho de sua turma em escola regular na rede pública. Relata dificuldade em jogar bola com os amigos. • A queixa principal da mãe é que a criança seja capaz de se locomover de maneira mais independente nos ambientes domiciliares e escolar. O médico ortopedista sugeriu uma intervenção cirúrgica para realinhar as articulações do quadril (tenotomia parcial dos músculos adutores) e do tornozelo (tenotomia parcial dos músculos flexores plantares), isso para facilitar o treino de marcha. Atividade motora grossa: Léo, engatinha, mas não reciprocamente, se arrasta no solo para se locomover em curtas distâncias. Se mantêm sentado com apoio das mãos no banco e com os pés no solo. Passa da posição sentada para em pé com apoio (mas de maneira lenta). Se mantêm na posição ortostática com apoio por 30 segundos – tem dificuldade em manter a extensão de joelhos e quadris. É capaz de dar 2 passos com apoio – mas não apresenta marcha independente com dispositivo de auxílio. Faz uso contínuo de órteses suprapodálica (AFO) rígida bilateralmente. Avaliações Descobrir se existe uma incapacidade ou atraso sensório motor e o que pode ser feito para reduzir seus efeitos. AVALIAÇÃO EM PEDIATRIA: fisioterapeuta deve ser flexível, espontâneo e criativo com jogos e outras atividades que promovam motivações intrínsecas na criança Avaliações ü Testes padronizados nem sempre avaliam a qualidade do movimento, iden4ficam a melhoria nas crianças que se modificam lentamente ou medem as habilidades funcionais. ü O importante para entender a disfunção é: • O que a criança faz? (capacidades funcionais) • Como ela faz? (deficiências secundárias) • Porque ela faz? (deficiências primárias) • O que vamos fazer para melhorar? (tratamento Avaliação Neurológica – Modelo Biopssocial • A avaliação neurológica faz parte da anamnese e do exame 9sico geral do paciente • Durante a anamnese deve ser observado as condições 9sicas, ambientais, comportamentais, cogni>vas emocionais do paciente Avaliação neurológica • Exame físico em neurologia compreende 5 etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensi5vo Reflexos Avaliação neurológica • Função Cerebral • Observar aspectos comportamentais do indivíduo: • Postura, gestos, expressão facial • Atividade motora • Discurso • Independência funcional • Responsivo e alerta? Ou sonolento e torporoso? Avaliação neurológica • Exame 7sico em neurologia compreende 5 etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensi5vo Reflexos Avaliação neurológica • Nervos Cranianos • Os 12 pares de nervos podem ser avaliados de acordo com sua função específica I II III IV V VI Olfatório Óptico Oculomotor Troclear Trigêmeo Abducente VII VIII IX X XI XII Facial Vestíbulococlear Glossofaríngeo Vago Acessório Hipoglosso Motricidade Voluntária Membros superiores Membros inferiores Tronco (ativos ou não – flexão; extensão; rotação e lateralização). Analisar movimentos de: cabeça e pescoço, incluindo os mm. inervados pelos nervos cranianos: oculomotor, troclear e abducente (III,IV,VI); trigêmeo (V), facial (VII), acessório (XI) e hipoglosso (XII) – mímica facial . III, IV, VI NERVOS CRANIANOS: OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE. São basicamente motores, contendo axônios de neurônios motores inferiores que inervam os músculos extra-oculares que movem o olho e controlam a constrição reflexa da pupila. V NERVO CRANIANO: TRIGÊMEO • É um nervo misto contendo fibras sensoriais e motoras. • Sensoriais: Transmitem informações da face e da articulação temporomandibular. • Motoras: inervam músculos da mastigação. Designado por seus ramos: oftálmico, maxilar e mandibular (sensação facial: ex: tato discriminativo, propriocepção da mastigação, dor e temperatura), ramo mandibular (também relaciona- se ao mm. da mastigação). VII NERVO CRANIANO: FACIAL • É um nervo misto, contendo tanto fibras sensoriais quanto motoras. • Fibras sensoriais: Transmitem informações de tato, dor e pressão da língua, da faringe e da pele próxima ao canal auditivo e informações dos quimiorreceptores localizados nas papilas gustativas da porção anterior da língua. VII NERVO CRANIANO: FACIAL • Fibras motoras: inclui os músculos que fecham os olhos, movem os lábios e produzem expressões faciais. • Também inerva as glândulas salivares, nasais e lacrimais. XI NERVO CRANIANO: ACESSÓRIO • É motor, proporcionando inervação ao músculo trapézio e esternocleido. XII NERVO CRANIANO: NERVO HIPOGLOSSO • É motor, fornecendo a inervação dos músculos da língua ipsilateral. Avaliação neurológica • Exame físico em neurologia compreende 5 etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensitivo Reflexos Avaliação neurológica • Sistema Motor • Tônus • Força • Coordenação e equilíbrio Tônus Muscular • Definição: • Estado de tensão elétrica do musculo em repouso (ligeira atividade muscular) • Estado de prontidão que permite a rápida contração muscular com exigida Tônus Hipertonia Hipotonia Normal Espasticidade Flacidez Hipotonia § Diminuição da atividade muscular normal § As crianças com hipotonia devido a distúrbios do SNC são descritas como flácidas. § A hipotonia também é verificada no estágio agudo de doença ou trauma da medula espinhal, por perda do suprimento sanguíneo à parte do encéfalo-ex: Acidente Vascular Encefálico (AVE). § Reflexos de estiramento não podem ser evocados, e o músculo se mostra hipotônico. § Déficit motor generalizado: → não tem movimento; não tem reflexo, não tem força. Interrompidos por uma lesão aguda NMS NMI (inativos) (CHOQUE ESPINAL OU CEREBRAL) Comandos motores descendentes Reflexos de estiramento não podem ser evocados, e o músculo se mostra hipotônico. Déficit motor generalizado: não tem movimento; não tem reflexo, não tem força. Tônus muscular Hipertonia Espas,cidade Rigidez Espasticidade • Desordem motora caracterizada pela hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento velocidade dependente, com exacerbação dos reflexos profundos e aumento do tônus muscular. (Lance,1984; Teive et al,1998). • Desordem do controle motor resultante de uma lesão no neurônio motor superior e que se apresenta como ativação involuntária dos músculos. Espasticidade • Características clínicas Aumento do reflexo miotático: respostas mais acentuadas de contração dos músculos que estão sendo estirados. Resultado de um aumento do ganho do reflexo miotático e de redução em seu limiar, e dependente da velocidade de estiramento. Quanto mais rápido o examinador movimentar o braço de um paciente com espasticidade, maior será o aumento do tônus muscular. “Fenômeno de canivete” Espasticidade • Afeta predominantemente os músculos antigravitacionais: flexores de membros superiores e extensores de membros inferiores; • Reflexos tendíneos aumentados: evidência da maior responsividade domúsculo ao estiramento. Espasticidade levam a contraturas por um “círculo vicioso”: o ganho anormal do reflexo miotático faz com que o músculo encurte, o músculo encurtado sofre remodelação que leva á contratura. ADM, função e a movimentação: prejudicadas. Tônus Muscular • Espasticidade • A espasticidade surge em situações clínicas tais como: acidente vascular cerebral, paralisia cerebral, lesões medulares, neoplasias, trauma crânio- encefálico, doenças heredo-degenerativas e desmielinizantes entre outras alterações do NMS Espas%cidade Tônus Muscular Perda das influências inibitórias descendentes (via retículo espinhal) decorrente de lesões do trato córtico-espinhal no controle das vias do reflexo de estiramento. Hiperexcitabilidade dos motoneurônios, caracterizando por um controle motor excessivo. Posteriormente, ocorrem de alterações viscoelásticas dos músculos e articulações afetadas (tecido conjuntivo e gordura podem substituir os sarcômeros, contraturas e restrição da mobilidade articular) • Como ocorre a espasticidade? Avaliação do Tônus • Segura um membro relaxado do paciente e tenta movê-lo, observando a quantidade de esforço necessária para superar a resistência – o tônus muscular. Alternativamente: observa-se como o membro responde ao ser solto subitamente: quanto maior a resistência ao movimento / maior o tônus muscular. Escala de Ashworth Tônus muscular Rigidez üResistência aumentada ao movimento em todos os músculos. ü Ex: flexionar e estender o punho lentamente (resistência sentida em todo movimento). ü Resistência em “cano de chumbo” – resistência plástica. (flexão, extensão) ü Resistência em “roda denteada” – resistência é intermitente. ü Aparece nas síndromes extrapiramidais. COMPARAÇÃO ENTRE ESPASTICIDADE E RIGIDEZ ESPASTICIDADE RIGIDEZ Padrão de comprometimento muscular Natureza do tônus Reflexos tendíneos Flexores dos MMSS; Extensores dos MMII. Aumento do tônus dependente da velocidade “canivete” Aumentado Flexores e extensores igualmente. Constante em todo movimento “cano de chumbo” Normal Fenômenos: Clônus • Contrações rítmicas involuntárias após o estiramento muscular súbito ou aplicação de uma força sustentada. • O estiramento súbito ativa o fuso muscular, resultando no reflexo de estiramento, a tensão produzida pela contração muscular ativa os órgãos tendíneos de Golgi que, por sua vez, ativam um reflexo de estiramento “inverso”, relaxando o músculo. • Se o estímulo for mantido, ocorre nova ativação e o ciclo de contração relaxamento se mantém. Fenômenos: Espasmos • Movimentos involuntários súbitos que envolvem um grupo de músculos e articulações, podem ser repetitivos e sustentados. • São causados pelo reflexo de retirada exacerbado a um estímulo nociceptivo, mediado pelos circuitos dos neurônios medulares. Avaliação neurológica • Sistema Motor • Tônus • Força • Coordenação e equilíbrio Etapas Importantes do Desenvolvimento Motor 1° mês Prono: o bebê deve ter a capacidade de liberar as vias aéreas e fazer pequenas elevações da cabeça 2° mês Prono: elevar a cabeça e manter por algum tempo 3° mês Prono: fazer apoio de cotovelos, braços próximos do corpo, cabeça elevada enquanto houver motivação 4° mês Prono: fazer apoio de braços com extensão dos cotovelos/ Supino: levar mãos na linha média; movimentos de MMSS e MMII contra a gravidade 5° mês Prono: faz apoio de braço, com extensão do cotovelo e rola para supino/ Supino: executa movimentos com os 4 membros contra a gravidade 6° mês Colocado na postura sentada: permanece com a coluna ereta, rola de supino para prono 7° mês Passa para sentado partindo da postura de deitado; arrasta-se 8° mês Fica de quatro apoios ou engatinha 9° mês Deve estar engatinhando ou se preparando para isso, brinca com as transferências d epeso na postura de quatro apoios 10° mês Passa para de pé e engatinha 11° mês Fica de pé com apoio 12° mês Fica em pé sem apoio, pode ou não estar andando 38 Etapas Importantes do Desenvolvimento Motor 14° mês Anda sozinho 16° mês Assume a postura de cócoras 18° mês Sob escada com apoio, sem alternar degraus 24° mês Corre bem, com boas reações de equilíbrio, chuta uma bola sem cair Avaliação neurológica • Sistema Motor • Tônus • Força • Coordenação e equilíbrio Introdução - Atividade motora útil, adequada e harmônica (coordenação muscular). Dependente de que? - SENSIBILIDADE PROFUNDA: afêrencias sensitivas (feixe grácil e cuneifor- me) que se comunicam sempre com o cerebelo e córtex cerebral. 3- Cerebelo 1-Córtex Cerebral (central) 2-Medula espinhal (1 - Planejo movimento voluntário) (periferia) (2- De acordo com o planejamento,em quais grupos musculares serão necessários produzir contrações coordenadas) Analisar Comparar Modificar Harmonizar (1 + 2) (3 – Ok, pode realizar o movimento) Trato córtico-ponto-cerebelar Trato espino-cerebelar 4- Não age diretamente (ex: trato vestibular – trato eferente (mm. axial e proximal dos membros) Fisiologia Cerebelo • Funções: • 1- Manutenção do equilíbrio e da postura, promovendo contração adequada dos músculos dos membros, de modo a manter o equilíbrio e a postura normal mesmo nas condições em que o corpo se desloca. • 2- Controle do tônus muscular (mantém um determinado nível de atividade espontânea mesmo na ausência de movimentos). Lesões do paleocerebelo (inibidor): aumento dos reflexos miotáticos (hipertonia). Lesões do neocerebelo (facilitador): hipotonia. Cerebelo • 3-Regula e controla os movimentos voluntários: planejando e corrigindo-os : -Dos olhos -Da cabeça -Dos membros -Aprendizado de habilidades motoras: quanto mais repetimos, mais estamos aptos a realizar tarefas. • 4- Integra os sinais da periferia do corpo trabalhando em conjunto com outros subsistemas → Quem produz o movimento (centros motores) e quem elabora e coordena é o cerebelo. üCoordenação • Index-nariz/ index-index • OBS: Alteração da sensibilidade profunda: não consegue atingir o alvo e com ataxia piora, com olhos fechados. • Calcâneo-joelho (oposto) • OBS: Repetir 5 vezes. Primeiro olhos abertos e depois olhos fechados. Movimentos alternativos ou diadococinesia: • OBS: Com olho aberto. Confirmar com o olho fechado. • Lesões unilateral do cerebelo: o movimento é mais lento do lado do cerebelo lesado. Avaliação neurológica • Exame físico em neurologia compreende 5 etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensitivo Reflexos Avaliação Sensitiva • Avalia a habilidade de senMr ou perceber os esNmulos aplicados em uma área • Sensação: é uma informação que o nervo aferente leva ao SNC • Sensibilidade: é uma habilidade de sen>r ou perceber, reconhecimento e discriminação da impressão sensorial • Auxilia no processamento cogniMvo e orientação do movimento. Várias classificações (mais práticas e importantes): → Exteroceptiva: estímulos somáticos externos → Proprioceptiva: avaliação da posição do corpo no espaço e de suas mudanças através do movimento → Enteroceptiva: (ou visceroceptiva): estímulos originados dentro do próprio organismo Avaliação Sensitiva Ponto de vista clínico Superficial ou Exterocep0va • Tátil • Térmica ( frio e calor) • Dolorosa superficial Profunda ou Proprioceptiva: (consciente ou inconsciente) • Palestésica ou Vibratória • Barestésica (pressão) • Dolorosa profunda • Cinético-postural • Estereognóstica • Discriminação Tátil Avaliação Sensitiva Usada para: • Avaliar o status da sensibilidade dos nervos; • Determinar grau de regeneração e reinervação; • Indica um prognós>co funcional; • Auxilia na determinação da melhor órtese a ser u>lizada; • Determina o >po de intervenção (educação para prevenir sequelas, reeducação sensorial e dessensibilização). • Mais uMlizados: Estesiômetro (Monofilamentos de Semmes Weinstein) Avaliação SensiFva • Indicações: • Afecções do SNC (AVE) • Afecções do SNP (neuropa>as); •Lesão Medular; • Paralisia Cerebral; • Queimaduras; • Fraturas; • Má formações congênitas e transtornos do desenvolvimento Sensibilidade • Superficiais ou Exteroceptivas: • Sensibilidade tátil: → Exame: utiliza-se algodão ou um pincel → Respostas: hipoestesia, anestesia e hiperestesia • Sensibilidade dolorosa: → Exame: pesquisada por meio de uma agulha → Respostas: hipoalgesia, analgesia • Sensibilidade térmica (frio e calor): → Exame: recipientes (água gelada e quente 40 e 45º) → Respostas: hipoestesia, anestesia e hiperestesia térmica Sensibilidade • Sensibilidades profundas ou proprioceptivas Sensibilidade cinestésica ou postural: → Exame: noção da posição segmentar → Respostas: reprodução com o segmento homólogo Sensibilidade vibratória ou palestésica: → Exame: pesquisada com o auxílio de um diapasão de vibrações lentas (128ciclos/seg) em saliências ósseas → Respostas: Se vibra ou não, onde? Sensibilidade • Sensibilidades profundas ou propriocep4vas Sensibilidade barestésica (pressão): → Exame: pressão progressiva com a polpa de um dedo ou um objeto rombo, sobre a pele. → Respostas: Em que ponto exerceu maior pressão? Sensibilidade dolorosa profunda: → Exame: compressão de massas musculares, nervos e dos tendões. Sensibilidade • Sensibilidades profundas ou propriocep4vas Sensibilidade discriminação tá4l: → Exame: paciente com olhos fechados deverá indicar exatamente o ponto em que foi pra4cada a excitação cutânea e se são dois pontos ou não . → Respostas: o que sente? em que local? Dois ou um ponto? Sensibilidade estereognós4ca: → Exame: reconhecimento de objetos pela palpação → Respostas: agnosia tá4l, abolição da sensibilidade • Abolição da sensibilidade esterognóstica: → astereognosia (lesão do córtex parietal) Agnosia tátil • morfoagnosia: perda da capacidade de distinguir a forma do objeto. • hiloagnosia: incapacidade de reconhecer a estrutura material do objeto. • assimbolia tátil: reconhece as qualidades elementares / significação Estesiometria Também conhecido como Monofilamentos de Semmes Weinstein; Avalia toque leve ou limiar de pressão profunda; Usado para avaliar lesão ou compressão de nervos periféricos, bem como déficit sensoriais associados a doenças crônicas (diabetes, hanseníase); O kit é formado de 5 a 20 filamentos de Nylon com diâmetros diferentes exercendo força de pressão diferentes. Estesiometria • Paciente sentado confortavelmente, mão em supino, sobre um suporte que pode ser um rolo de toalha; • Demonstre em outra região do corpo como será o teste e em seguida peça para o paciente fechar os olhos; • Paciente apresenta hipersensibilidade ao toque? VERIFICAR! Estesiometria • Cada monofilamento é aplicado perpendicular à pele por 1,5s; • Monofilamento verde (0,05g) e azul (0,2g) é aplicado três vezes e espera a resposta do paciente. Os demais são aplicados apenas uma vez; • Paciente indica se sen^u (Sim ou Não). Mapa de sensibilidade Avaliação neurológica • Exame 7sico em neurologia compreende 5 etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensi5vo Reflexos Revisão Reflexos • Reações involuntárias em resposta a um es3mulo externo e consistem nas primeiras formas de movimento humano. Servem como fonte primária de informações, as quais se armazenam no córtex em desenvolvimento. EsYmulo Reflexo de Preensão Palmar e Plantar: A excitação leve da planta do RN, causa uma flexão plantar dos dedos. Reflexo de Sucção e de busca Qualquer coisa que toca na bochecha, ou perto da boca da criança, faz ele virar a cabeça em direção ao estímulo. Reflexo de Moro e Marcha Automá;ca Reflexo de Galant , Reflexo Tónico Cervical Assimétrico (RTCA) e Reflexo Tónico Cervical Simétrico (RTCS) Reflexo Tónico Labirín;co (RTL) • Na criança com Paralisia Cerebral provoca uma hipertonia na posição supina e uma hipotoniana posição prono. Está presente no primeiro mês de vida, desaparecendo no sexto mês com o aparecimento da Reação de Landau. Reações de Re-ficação e Equílibrio • Placing: Nos membros superiores tem início por volta do segundo mês, tornando-se um reflexo de extensão protecbva por volta do sexto mês. • Reação de An7bio: Esta reação torna o indivíduo capaz fazer flexão dos membros inferiores na preparação para o arrastar, proporcionando a dissociação entre tronco, ombros e pélvis. Esta reação inicia-se no quarto mês e permanece para a toda a vida. O teste é realizado levantando-se um lado da pélvis, sob a virilha. O membro inferior deste lado flexiona e abduz, enquanto que o membro do lado oposto entra em extensão. • Reação posi;va de apoio: aparece entre o 1º e o 3º mês e desaparece por volta do oitavo mês. É provocado através de esgmulo propriocephvo (dorsiflexão das partes distais dos membros) ou exterocephvo (provocado pelo contacto das plantas dos pés com o solo). Como resposta teremos a contração simultânea de extensores de quadril e flexores de joelho. • Reação Cervical de Re;ficação: Está presente ao nascimento e desaparece por volta do segundo mês. É obhda virando-se a cabeça para um lado (pode ser ahva ou passivamente). Como resposta vamos ter um aumento do tônus do tronco e tendência a virar para o lado oposto em bloco. Reação Labirín.ca de Re.ficação: • Está presente no recém- nascido e começa a ficar mais presente por volta do quarto mês. Esta reação permite a elevação da cabeça na posição prona. Ao conseguir levantar a cabeça na posição prona, inicia- se um processo de extensão geral do tronco e dos membros, contra a gravidade, que começa céfalo-caudal e alcança a pélvis e joelhos por volta do sexto mês. Reação Óp.ca de Re.ficação: • Quando os olhos se movem, a cabeça e o corpo também giram em direção ao objeto, ao qual a atenção foi direcionada. Com a maturação das vias óp^cas por volta dos seis meses de idade, é que se inicia a reação de re^ficação pela visão. Reação de Extensão Prote.va: • Também conhecida como reação de paraquedas ou de precipitação. Esta reação consiste em duas fases e ajuda a se manter sentado: numa primeira fase ocorre a extensão do membro superior para a^ngir o solo ou, outro apoio; na segunda fase a criança coloca o peso sobre o braço e a mão. Para pensar... Nem arreflexia nem hipereflexia podem ser consideradas evidência absoluta de anormalidade ou a normoreflexia ser fator de exclusão para lesões neurológicas Achados devem estar correlacionados com outras observações neurológicas comparados com reflexos contralaterais Pequenas alterações podem ser negligenciadas, mas assimetrias devem sempre ser notadas
Compartilhar