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Estenose Cáustica de Esôfago-Miliane Santana

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Estenose Cáustica de Esôfago 
 Caso clínico
 Miliane Oliveira Santana Pereira
1Curso de Nutriçãodo Centro Universitário de Caratinga, Caratinga-MG Brasil. 
.
E-mail: adm.miliane@yahoo.com.br
 
 Caratinga, Junho 2019
Introdução
A ingestão acidental ou proposital de agentes corrosivos ainda é frequente no país e significa um desafio tanto aos médicos como a medicina preventiva em geral.
A ingestão leva às complicações agudas e crônicas dessa agressão ao esôfago, tais como hemorragia, broncopneumonia, perfuração, dor e estenose cicatricial.
A ingestão de hidróxido de sódio, mais comumente conhecida como soda cáustica, prevalece na literatura como uma das principais causas de estenose benigna do esôfago.
Sendo acidental em crianças e autoextermínio em adultos quase sempre.
Fisiopatologia
É o estreitamento do esôfago que impede a progressão normal de saliva ou alimentos. Pode ocorrer em qualquer altura do trajeto esofágico, na porção superior, média ou superior.
Disfagia, recusa a deglutição, odinofagia, salivação excessiva e dificuldade respiratória, o que comumente leva a perda de peso e/ou desnutrição.
Diagnóstico
É realizado através de exames de imagem RX ou endoscopia digestiva alta.
Tratamento
Conservador-Dilatações
Cirúrgico-Esofagectomia
As estenoses esofágicas de etiologia cáustica tendem a ser multisegmentares, rígidas, tortuosas, mais extensas, com maior dificuldade de dilatação e maior taxa de recorrência se comparadas às estenoses esofágicas de outras etiologias. 
As complicações ligadas a dilatação esofágica são raras, contudo pode ocorrer perfuração do esôfago, sangramento.
Pode ser necessário várias sessões para a completa dilatação do esôfago.
Terapia Nutricional
A dilatação é amplamente empregada no tratamento da estenose e visa atenuar o sintoma disfágico, o que facilita a ingestão alimentar.
No entanto a recorrência de disfagia é frequente, fazendo com que constante modificações na consistência da dieta sejam realizadas afim de possibilitar o processo de deglutição.
O início da dieta deve ocorrer apenas quando a deglutição não for dolorosa. 
Em caso de disfagia prolongada optar por via alternativa de alimentação (Gastrostomia ou jejunostomia).
Em casos com comprometimento gástrico e intestinal optar por nutrição parenteral.
Recomendação nutricional para o paciente adulto:
Energética: 25-35Kcal/Kg/dia;
Proteica: 1,0-2,0 g/Kcal/dia; dependendo da condição clínica
Caso Clínico
Nome: ***************
Idade: 25 anos
Sexo: feminino
Sem doenças prévias
Diagnóstico: Estenose cáustica de esôfago
Admissão: 15/10/2015
Exame Físico
Consciente e orientada em tempo e espaço;
Hidratada;
Emagrecida, relata perda de peso;
Sinais vitais sem alteração;
Funções fisiológicas preservadas
Antropometria
Desnutrição grave
Terapia Nutricional
Dieta via oral conforme tolerância e preferência do paciente.
Após segmento do caso clínico por disfagia passa a dieta jejunostomia .
Considerações Finais
A estenose cáustica acarreta graves consequências na vida do paciente;
É necessário a atuação de uma equipe multiprofissional para prestar atendimento a pacientes nessa situação;
A terapia nutricional é indispensável nessa condição, uma vez que a alimentação oral está comprometida e o risco de desnutrição é elevado, fazendo assim a atuação do nutricionista essencial.
 
Referências Bibliográficas
https://www.abcdasaude.com.br/gastroenterologia/estenose-de-esofago
ANDREOLLO, et al. Tratamento conservador das estenoses estenoses benignas benignas do esôfago através de dilatações. Rev Ass Med Brasil 2001
CREMA, et al. Fístula esôfago-traqueal após ingestão cáustica. J. bras. pneumol. [online]. 2007, vol.33, n.1. ISSN 1806-3713.
SANTOS, et al. Lesões cáusticas do trato gastrointestinal superior. GE - J Port Gastrenterol 2008; 15: 63-70
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