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Alterações cadavéricas post mortem

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Alterações cadavéricas
· Post mortem
Importante saber reconhecer as alterações que ocorreram depois da morte e as que aconteceram antes da morte, reconhecer o tempo que houve o óbito (cronotanagnose). São não transformativas (abióticas) imediatas, tardias (mediatas) ou transformativas/significativas como putrefação (heterólise) e pode atrapalhar a análise/avaliação.
Algor mortis- Frigor mortis, cadáver entra em resfriamento até chegar a temperatura ambiente, varia de 3-4h após a morte, ocorrem pela perda de capacidade da termorregulação e pela evaporação.
Livor mortis- Hipostasia cadavérica, manchas nos declívios da carcaça, 2-4h, pela gravidade + parada cardíaca. DIFERENCIAL- congestão hipostática (pneumonia hipostática) que é uma alteração ante mortem. Ingurgitamento, aumento (dilatação dos vasos) por conta da quantidade de sangue aumentando a pressão hidrostática gera edema que extravasa pelos alvéolos e vai acumulando partículas no pulmão. Escuro saindo líquido espumoso rico em albumina que reage com O2 por isso dá espuma- ante mortem, líquido ainda em movimento vai ter pus no líquido. No post mortem os pulmões vão estar na mesma consistência ambos.
 Hipostase 
Rigor mortis- Rigidez cadavérica, mandíbulas e articulações, 2-4h, pode ser precoce em tétano, caquexia, exercício, dura 12-24h e são menos duradouras nos exemplos acima. Pré rigor fibra muscular com reserva de energia (glicogênio, quando vai sendo consumido a actina e miosina se ligam e não se soltam mais, por isso entra em rigor e não se desfaz até o pós-rigor), ATP é produzido pelos filamentos de actina. Pós-rigor- Degradação de organelas, principalmente lisossomas, as enzimas proteolíticas vão extravasando e agem na parte de ligação da miosina onde relaxa novamente. Se inicia no coração em menos de 1h, diafragma, músculos da cabeça, pescoço, tronco e membros, resto do corpo e também ocorre em músculo liso.
Coagulação sanguínea- coágulo cruórico (vermelho) e lardáceo (amarelado mais claro), comum em cavalos, em outros animais pode significar que ele estava anêmico ou teve uma morte lenta ou agônica, 2h e pode durar até 8h. Hipóxia- Tromboquinose - coágulo. É normal encontrar o coágulo cruórico no coração, principalmente no lado direito. Trombo não é brilhoso e nem liso como o coágulo.
 Coágulo cruórico no lado direito 
Embebição pela hemoglobina- Principalmente nas leptomeninges e comum quando congelado/resfriado. Embebição sanguínea, a medida que o coágulo se desfaz começa a haver hemólise, onde as hemácias se rompem e libera hemoglobina - embebição pela hemoglobina. Se diferencia da hemorragia pelo padrão de distribuição que tende a ser bem delimitado e cor mais intensa.
 Embebição é mais claro que hemorragia e não é profunda. 
 Embebição pela hemoglobina e começando uma pseudo melanose em suíno
Embebição pela bile- Manchas amarelo-esverdeadas ao redor da vesícula biliar, o aparecimento após a morte é variável, forma sais biliares e a ação deles na parede causa autólise. Sem muito significado.
 
Meteorismo (intestino) ou timpanismo (estômago)- Todo animal após a morte distende o abdômen, muito comum em dias quentes.
Deslocamento, torção e ruptura de vísceras - Mesmo mecanismo do meteorismo e timpanismo, alteração circulatória é o que diferencia de uma ante mortem (congestão e hemorragia).
 Ruptura ante mortem 
Pseudo prolapso retal- Mesmo mecanismo, gás excessivo que comprime as víscera e a 'põe' para fora.
Pseudomelanose- Manchas acinzentadas, esverdeadas em vários tecidos, embebição pela hemoglobina, forma sulforeto de ferro.
Enfisema cadavérico- Na manipulação sente bolhas de ar nos tecidos.
 
Maceração- Sistema digestório, mucosa se desprende.
Coliquação- 'Liquefação'
Redução esquelética- Desintegração dos tecidos moles, aumento da temperatura e das alterações cadavéricas, da proliferação de bactérias e ação de enzimas.
Quanto maior o animal mais lento o resfriamento é, apodrece rápido . Animais magros entram em algor mortis e as alterações demoram a aparecer. Em silvestres as alterações ocorrem de forma mais acelerada, em animais jovens também.
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