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COMENTÁRIOS AO ART. 194 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a 
seguridade social, com base nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas 
contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a 
ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter 
contributivo da previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019) 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil introduziu, pela primeira vez, 
no nosso ordenamento jurídico, o conceito de seguridade social que foi inspirado no 
direito inglês. 
O caput do art. 194 conceitua, com total clareza, o que venha ser seguridade social, 
o que dispensa maiores comentários. Por outro lado, destaca-se que, pela primeira vez, na 
história do Brasil, a saúde ganhou o status de direito constitucional. 
Entende-se por conjunto integrado de ações como a elaboração de políticas 
públicas para viabilizar, na sua plenitude, o atendimento das demandas da população, no 
que se refere ao atendimento das necessidades da saúde pública, bem como a política 
assistencial das populações que estão inseridas numa situação de carência extrema. 
Quanto à previdência social, trata-se de um complexo e enorme plano previdenciário que 
abarca todos os trabalhadores e outras pessoas que desejam aderir ao sistema. O estudo 
desse sistema previdenciário é o objetivo maior do conteúdo da disciplina. 
No que tange à saúde, a Lei 8080 implantou no Brasil um revolucionário sistema 
de saúde pública, conhecido como SUS – Sistema Único de Saúde que tem a 
responsabilidade de atender, gratuitamente, todos os brasileiros, bem como os 
estrangeiros de passagem no território brasileiro. 
O SUS, apesar de seus problemas e deficiências, é o maior e mais amplo plano de 
saúde do Brasil, bem como um dos maiores do mundo, que já inspirou a implantação de 
modelos similares, em outros países. Por isso, sempre digo que é importante a sociedade 
fazer a sua defesa, para que a política de saúde pública no Brasil possa evoluir com a sua 
permanente melhoria. 
A assistência social foi regulamentada pela Lei 8742/93 que organizou um 
complexo sistema de proteção assistencial para as pessoas que estão localizadas abaixo 
de uma linha de pobreza. O benefício mais conhecido é o Benefício de Prestação 
Continuada (BPC) que é concedido às pessoas com mais de 65 anos de idade e pessoas 
portadoras de deficiência, cuja renda per capta familiar venha ser inferior a 25% (vinte e 
cinco por cento do salário mínimo). Recente projeto de lei que tramitou no Congresso 
brasileiro, aumentou o limite para renda per capta inferior a 50% do salário mínimo. 
O projeto de lei foi vetado pelo Presidente da República, porém, o veto foi 
derrubado pelo Congresso Nacional. 
O parágrafo único estabelece os objetivos norteadores do sistema de seguridade 
social, que já foi devidamente regulamentado por um conjunto de leis ordinárias, a saber: 
a) A Lei 8080/90 regulamentou o SUS; 
b) A Lei 8742/93 regulamentou a assistência social; 
c) As Leis 8212/91 e 8213/91 regulamentaram a previdência social. 
Entende-se por universalidade da cobertura e do atendimento o direito de toda 
pessoa em território brasileiro integrar-se à seguridade social. Esse objetivo é mais 
evidente na prestação de serviço de saúde, já que toda pessoa, em trânsito, no Brasil, pode 
ser atendida pelo SUS, independentemente de fazer qualquer contribuição financeira para 
fazer jus ao benefício. Por exemplo, se um estrangeiro, em viagem de turismo no Brasil, 
sofrer um grave acidente de trânsito, certamente será levado para um hospital público e 
lá será atendido, sem nenhum custo. 
A uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais foi, na minha opinião, uma das maiores conquistas da Constituição de 1988. Até 
então, as populações rurais e urbanas não tinham o mesmo tratamento, sendo que os 
direitos dos trabalhadores rurais eram inferiores aos direitos dos trabalhadores urbanos. 
A partir de então, tanto do ponto de vista previdenciário, quanto do ponto de vista 
trabalhista, os direitos se igualaram. Deixamos de ter trabalhadores com direitos 
diferentes, o que era uma afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana. 
A leitura apressada do inciso III, que impõe a obrigação de que se estabeleça a 
seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços, pode parecer uma 
contradição com o inciso I, que garante o direito universal ao atendimento, para todos. 
O inciso III deve ser visto como regra de planejamento e uso adequado dos 
recursos disponíveis. Determina, na verdade que os benefícios sejam distribuídos para 
quem precisa, para que se evitem gastos desnecessários. Vejamos: Tem necessidade de 
se fazer uma vacinação, em massa, em localidades que não apresentam risco de contágio 
de febre amarela, por exemplo? Por outro lado, temos que fazer campanhas nacionais de 
vacinação de sarampo e gripe, porque são doenças que atingem todo o território nacional. 
Assim, como a vacinação da pólio. 
Portanto, todos têm direito ao atendimento, mas o gestor deve selecionar onde é 
necessária a adoção de determinadas medidas, e onde elas não são necessárias. 
O Inciso IV introduziu a regra da irredutibilidade do valor dos benefícios, ou seja, 
mesmo em períodos de crise fiscal, não poderá haver a redução dos benefícios pagos pela 
seguridade social, destacando os benefícios previdenciários e o benefício de prestação 
continuada (BPC) da assistência social. 
Deve-se ressaltar que o referido regramento não significa que haja uma vinculação 
dos benefícios previdenciários, com o salário mínimo. Somente o piso do benefício tem 
esse privilégio. Isso significa que os reajustes anuais dos benefícios serão concedidos de 
acordo com um índice de preço que corrige a inflação e não pelo reajuste do salário 
mínimo. Atualmente, o beneficio previdenciário é corrigido pela variação anual do INPC 
– Índice Nacional de Preço do Consumidor. 
A equidade na forma de participação no custeio é, na realidade, a aplicação do 
princípio da capacidade contributiva, do Direito Tributário. Cada um contribui com a sua 
capacidade, razão pela qual os empregados contribuem menos que as empresas e as 
instituições financeiras, contribuem mais que outros segmentos. Por outro lado, dos 
beneficiários da assistência social e da saúde não são exigidas contribuições diretas, para 
que possam utilizar o sistema. 
Quando se fala em contribuição direta, refere-se à exigência de pagamento mensal 
de uma contribuição social, nos moldes da contribuição previdenciária, de quem é exigida 
para que sejam concedidos os benefícios previdenciários. Por outro lado, a sociedade 
contribui indiretamente para a seguridade social, quando adquire produtos que são 
tributados pela COFIN, PIS e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, por exemplo.A Emenda Constitucional nº 103 de 2019 promoveu uma alteração significativa 
na redação do inciso VI: “diversidade da base de financiamento, identificando-se, em 
rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações 
de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da 
previdência”. 
A redação originária previa, simplesmente, a possibilidade de que a seguridade 
social teria uma diversidade da base de financiamento, para financiar o seu custeio. 
A novidade impõe regras de gestão das finanças públicas que concedem mais 
transparência aos recursos arrecadados e gastos. Exige-se a adoção de rubricas específicas 
de arrecadação e gastos das contribuições de cada área (previdência, saúde e assistência 
social). Dessa forma, poderemos acompanhar a evolução do quadro de receitas e despesas 
para ter ciência de como o dinheiro é gasto e, se realmente, temos déficits na previdência 
e falta de recursos nas demais áreas. Ou, teremos condições de verificar se os recursos 
estão sendo utilizados em outras áreas, pelo gestor público. 
Destaca-se que a Emenda Constitucional extinguiu a desoneração das receitas da 
União, o que permitia que recursos da seguridade social fossem gastos em outras áreas da 
Administração Pública. Agora, em conformidade com o art. 195 da Constituição, os 
recursos da seguridade social, são gastos, exclusivamente, com a seguridade social. 
Finalmente, o inciso VII introduziu o caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos 
empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Dessa forma, existe 
a participação da sociedade civil nos Conselhos Nacional de Saúde, Assistência Social e 
da Previdência Social, o que, em tese, permite a participação da sociedade civil, na 
elaboração das políticas públicas que envolvem a seguridade social. 
COMENTÁRIOS SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL 103/2019. 
 
A Emenda Constitucional 103 teve como finalidade promover uma ampla reforma 
na previdência social do Brasil. O texto legislativo alterou tanto o regime geral de 
previdência social, quanto o regime próprio de previdência, além de outras providências 
relacionadas ao financiamento da seguridade social. 
 
Nesta parte serão abordados alguns temas relevantes de interesse ao nosso curso. 
 
"Art. 149. ........................................................................................................... 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por 
meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, 
cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que 
poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Vigência) 
(BRASIL, 2019) 
 
Trata-se de norma de direito tributário para amparar a instituição de alíquotas 
progressivas para o custeio dos regimes próprios de previdência social dos entes 
federativos. A norma é de aplicação exclusiva para os regimes próprios de previdência. 
Quanto ao regime geral de previdência social, a permissão da progressividade foi inserida 
no art. 195 da Constituição. 
 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos 
aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de 
aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. (Vigência) 
(BRASIL, 2019) 
 
Essa novidade tem por finalidade assegurar o direito de o ente público cobrar 
contribuição previdenciária para suprir eventuais déficits previdenciários. O legislador 
excluiu os aposentados e pensionistas que recebem um salário mínimo, do pagamento da 
contribuição adicional. 
 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para 
equacionar o deficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos 
aposentados e dos pensionistas. (Vigência) (BRASIL, 2019) 
 
O § 1º-B instituiu uma contribuição adicional, exclusiva para a União. 
 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída 
simultaneamente com outras medidas para equacionamento do deficit e 
vigorará por período determinado, contado da data de sua 
instituição. (Vigência) (BRASIL, 2019) 
 
Além das contribuições adicionais, outras medidas devem ser instituídas para o 
equacionamento do déficit, sem dizer quais. Fica difícil compreender melhor quais 
seriam, pois é vedada a redução do valor dos benefícios previdenciários. 
 
"Art. 167. ........................................................................................................... 
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, 
a utilização de recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os 
valores integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a realização de 
despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo 
fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e 
ao seu funcionamento; 
XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias 
e as subvenções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos 
por instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de organização e 
de funcionamento de regime próprio de previdência social.” (BRASIL, 2019) 
 
Fica vedada a utilização de recursos dos fundos de previdência dos servidores 
públicos, para o custeio de outras despesas, que não sejam os gastos com aposentadorias 
e pensões devidas aos respectivos segurados. 
O inciso XIII introduziu uma sanção para quem desrespeitar as regras gerais de 
organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência social, inclusive a 
norma contida no inciso XII, do respectivo art. 167. 
Art. 2º O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a 
vigorar com a seguinte redação: 
 
 
"Art. 76. ............................................................................................................. 
§ 4º A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas das 
contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social." (NR) 
 
O parágrafo 4º põe fim a desvinculação das receitas da seguridade social. A 
desvinculação das receitas da seguridade social permitia a utilização dos recursos 
arrecadados em prol da assistência social e da saúde serem utilizados no custeio de outras 
despesas ordinárias da União. 
Desta forma, todas as receitas provenientes das contribuições sociais e 
previdenciárias serão utilizadas, exclusivamente, no custeio da seguridade social. 
 
Art. 32. Até que entre em vigor lei que disponha sobre a alíquota da 
contribuição de que trata a Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988, esta será 
de 20% (vinte por cento) no caso das pessoas jurídicas referidas no inciso I do 
§ 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 
2001. (Vigência) (BRASIL, 2019) 
 
Neste dispositivo ficou estabelecida a majoração da contribuição social sobre o 
lucro líquido devido pelas instituições financeiras que integram o sistema financeiro 
nacional. 
 
O CUSTEIO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: 
ART. 195 
 
Veja o que estabelece o art. 195 da Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988: 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o 
lucro; 
I - do empregador,da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - dos trabalhadores; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser 
adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas 
à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União. 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma 
integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida 
Provisória nº 526, de 2011) (Vide Lei nº 12.453, de 2011) 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em 
lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o 
pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, 
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota 
sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios 
nos termos da lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para 
a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 9° As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica 
ou da utilização intensiva de mão-de-obra. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade 
econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da 
condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005) 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização 
intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do 
mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo 
diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do 
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema 
único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada 
a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de 
que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior 
ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 
(sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das 
contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do 
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do capu t, serão não-
cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição 
gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela 
incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Revogado pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019) 
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao 
Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual 
ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, 
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
 
Como se pode observar, ao longo destes 32 anos, o art. 195 da Constituição sofreu 
diversas alterações. 
O caput, cuja redação foi alterada pela Emenda Constitucional nº 20/98, impõe à 
sociedade o dever de financiar a seguridade social, determinando que o financiamento se 
dará de forma direta e indireta. Dessa forma, o modelo de Seguridade Social adotado na 
CR/88 é o contributivo, segundo o qual o financiamento será provido pelas contribuições 
sociais previstas no âmbito do art. 195, bem como por recursos orçamentários da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Podemos concluir que, além dos recursos oriundos das contribuições sociais, cuja 
arrecadação deve ser direcionada ao financiamento da seguridade social, os entes estatais 
podem destinar outros recursos para que os fins da seguridade social sejam alcançados, 
conforme determina o §1º do mencionado art. 195. 
É importante mencionar que outras fontes de custeio podem ser criadas por meio 
de lei complementar, tanto para extensão ou majoração dos benefícios ou serviços já 
existentes, quanto para o financiamento de novos benefícios ou serviços, de acordo com 
a determinação dos parágrafos 4º e 5º acima destacados. 
Destaca-se ainda que, a seguridade social tem receitas próprias destinadas ao 
financiamento de seus segmentos e não se confundem com as demais receitas tributáriasda União, possuindo orçamento próprio, conforme determina o art. 165, §5º da CR/88. 
Todavia, através da Desvinculação das Receitas da União (DRU), a União podia desviar 
30% da arrecadação das contribuições sociais para outras despesas, excetuando-se as 
contribuições sociais incidentes sobre a folha de salários e sobre o rendimento do trabalho 
por força do art. 167, inciso X da CR/88. 
A citada Desvinculação das Receitas da União (DRU) foi extinta pelo art. 2º da 
Emenda Constitucional 103 de novembro de 2019, razão pela qual, atualmente, toda a 
arrecadação das contribuições sociais é destinada, exclusivamente, para o custeio das 
despesas da seguridade social. Assim dispõe o art. 2º da Emenda Constitucional 103: 
 
Art. 2º O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a 
vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 76. ............................................................................................................ 
§ 4º A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas das 
contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social." (NR) 
(BRASIL, 2019) 
 
Pela forma direta de financiamento, entende-se a necessidade de contribuição 
específica e direta para a obtenção de um dos benefícios da seguridade social, como se dá 
com a previdência social. Para que um segurado da previdência social venha obter um 
benefício previdenciário, necessariamente, deverá ser segurado contribuinte da 
previdência social, seja como segurado obrigatório, seja na qualidade de segurado 
facultativo. A União é a responsável pela criação, arrecadação e fiscalização das 
contribuições sociais para a Previdência Social no âmbito do Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS). 
Já a forma indireta de financiamento da seguridade social pode ser exemplificada 
com as contribuições sociais embutidas no custo dos produtos consumidos, tais como PIS 
(Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social) e a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Se 
verificarmos, especialmente nas contas de luz e telefone, poderemos constatar quanto de 
recursos são destinados para a seguridade social, através do pagamento destes serviços 
públicos, que são prestados pelas concessionárias prestadoras de serviços públicos. 
O inciso I define os responsáveis pelo pagamento das contribuições devidas em 
favor da seguridade social. Deve-se destacar neste inciso o conceito de entidade 
equiparada a empresa. 
No direito empresarial, o conceito de empresa, já consolidado pelo art. 966 do 
Código Civil, segundo o qual: 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. (BRASIL, 2002). 
 
Para o direito previdenciário, nos termos do art. 15 da Lei nº 8.212/91, o conceito 
de empresa é mais amplo, veja: 
 
Art. 15. Considera-se: 
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade 
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e 
entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; 
[...] 
Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o 
contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem 
como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou 
finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira 
estrangeiras. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (BRASIL, 1991). 
 
Desse modo, para fins de contribuição previdenciária, por exemplo, o condomínio 
e o Município, que reconhecidamente não são empresas, equiparam-se a empresa, para 
fins de recolhimento das contribuições previdenciárias. 
Isto significa que a contribuição previdenciária, devida por um Município ou 
Condomínio, será calculada da mesma forma que se calcula, por exemplo, a contribuição 
previdenciária, de uma sociedade anônima. 
O parágrafo único acima destacado, também equipara à empresa, o contribuinte 
individual em relação ao segurado que lhe presta serviço. Por exemplo, um advogado que 
contrata uma secretária, ao final do mês ele contribuirá para a previdência do mesmo 
modo que uma siderúrgica, desde que não tenha optado pelo SIMPLES (Sistema 
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições Previdenciárias das Microempresas 
e das Empresas de Pequeno Porte). 
Já o inciso II do art. 195 da CR/88 distingue as duas categorias de segurado da 
previdência social: obrigatórios e facultativos. São segurados obrigatórios todos os 
trabalhadores e são segurados facultativos, aqueles que não exercem atividade 
profissional remunerada, como donas de casa, estudantes, estagiários, mas que podem se 
filiar ao sistema previdenciário segundo sua própria vontade. 
A parte final do dispositivo constitucional retira a possibilidade de instituição, pela 
via da legislação ordinária, de cobrança de contribuição previdenciária sobre 
aposentadorias e pensões, concedidas no âmbito do regime geral de previdência social. 
A Emenda Constitucional 103, de novembro de 2019, introduziu a possibilidade 
de cobrança das alíquotas progressivas, até o teto do salário de contribuição, das 
contribuições previdenciárias devidas pelos segurados da previdência social. Conforme 
se observará, através do estudo da Lei 8212, verifica-se que a Emenda Constitucional 
fixou as alíquotas mínimas e máximas, bem como a periodicidade da correção dos valores 
das contribuições devidas pelos empregados, empregados domésticos e trabalhadores 
avulsos. 
A Constituição faz uma importante distinção entre o momento da exigibilidade 
das contribuições sociais e dos impostos. Enquanto o recolhimento das contribuições 
sociais pode ser exigido no mesmo exercício fiscal de sua instituição, respeitando, apenas, 
o princípio nonagesinal (ou seja, a contribuição social só poderá ser exigida após passados 
noventa dias da sanção da lei que a instituiu), os impostos, além do princípio nonagesimal, 
devem respeitar o princípio da anterioridade, ou seja, só poderão ser exigidos no exercício 
seguinte ao de sua instituição. 
Quanto ao §7º do art. 195, merece se destacar um equívoco na terminologia 
adotada. O texto constitucional isenta as entidades beneficentes de assistência social, 
desde que atendidas as exigências legais, do recolhimento de contribuição para a 
seguridade social. Por se tratar de uma “isenção constitucional”, o que correto seria ter 
utilizado a expressão imune, ao invés de isenção. Tal erro de técnica legislativa não retira 
o alcance da finalidade da norma constitucional. 
O § 8º do art. 195 instituiu uma categoria de segurado obrigatório que é o segurado 
especial, cuja contribuição previdenciária se dará e acordo com o c resultado da 
comercialização da produção. Correta a norma constitucional, especialmente, do ponto 
de vista social, já que o produtor rural e o pescador artesanal, diferentemente das 
atividades urbanas, dependem de ciclos de produção. No caso dos agricultores, eles 
preparam a terra, plantam, aguardam o crescimento da produção, para depois 
comercializarem. Do mesmo modo, o pescador artesanal tem que obedecer ao período do 
defeso, razão pela qual neste período eles não têm renda decorrente da atividade laboral. 
O § 9º foi alterado pela Emenda Constitucional 103. A nova redação aprimorou a 
redação do texto anterior e proibiu a substituição das contribuições previdenciárias que 
incidem sobre o valor da folha de pagamento, por alíquotas incidentes sobre o 
faturamento. 
 O novo texto legal só permite que alíquotas diferenciadas previstas no § 9º do art. 
195 sejam implantadas para a cobrançadas contribuições sociais incidentes sobre o lucro, 
faturamento ou receita das empresas. 
Trata-se de limitação muito importante que evitarão prejuízos ao financiamento 
da previdência social. 
O § 10 é uma norma programática de Direito Financeiro que regulamentará o 
repasse dos recursos do SUS, da União para os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
O § 11, também alterado pela Emenda Constitucional 103, tem redação mais 
ampla que a anterior. Além de vedar a remissão ou anistia de contribuições sociais, salvo 
se houver previsão em lei complementar, somente permitirá o parcelamento dos débitos 
em até 60 meses. Dessa forma, os programas de financiamento de contribuições 
previdenciárias com longos prazos de pagamento estão, constitucionalmente, proibidos. 
Veja que o texto não proíbe financiamento de prazo maior do que 60 meses para outros 
tributos federais. A restrição atinge, apenas, as contribuições previdenciárias. 
O § 12 instituiu a contribuição do PIS e COFINS de forma não cumulativa, 
inclusive quando for incidente sobre a importação e exportação de bens e serviços. Os 
setores já foram definidos pela lei 10.883/2003. 
Uma das boas coisas da Emenda Constitucional 103 foi a revogação do § 13 do 
art. 195. Amparado nesse dispositivo, foi introduzida no Brasil, durante o governo Dilma 
Roussef, a desoneração sobre a folha de pagamento, fato que gerou uma queda brutal na 
arrecadação das contribuições previdenciárias. 
O § 14 foi uma novidade introduzida pela Emenda Constitucional 103. Estabelece 
a possibilidade de agrupamento de contribuições previdenciárias que forem menores que 
a contribuição mínima exigida. Pacifica um problema existente, já que, ao longo da vida 
profissional, muitos contribuintes passam por essa situação e, no momento de requerer a 
aposentadoria tinham o seu pedido negado, porque o INSS entendia que a contribuição 
mensal não tinha atingido o valor mínimo exigido. 
COMENTÁRIOS DO ART. 15 AO 19 DA LEI 8212 
 
Da Empresa e do Empregador Doméstico 
Art. 15. Considera-se: 
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o 
risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins 
lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da 
administração pública direta, indireta e fundacional; 
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite 
a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado 
doméstico. 
Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos 
desta Lei, o contribuinte individual e a pessoa física na 
condição de proprietário ou dono de obra de construção 
civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem 
como a cooperativa, a associação ou a entidade de 
qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a 
repartição consular de carreira estrangeiras. (Redação 
dada pela Lei nº 13.202, de 2015) 
COMENTÁRIOS: 
 
Observa-se que o conceito de empresa, para fins previdenciários é 
bastante amplo, bem mais elástico do que o conceito de empresa, no Direito 
Empresarial. 
Isso se faz necessário para acolher uma gama de segurados que a lei 
considera como empregados, para fins de proteção previdenciária. Sendo assim, 
para fins de contribuição previdenciária, foram equiparados à empresa os 
Municípios que não instituíram regimes próprios de previdência social, bem como 
as autarquias e outros entes federativos, na relação previdenciária entre eles e 
os servidores não efetivos. 
Não se deve confundir a questão previdenciária, aqui posta, com a relação 
funcional dos servidores com os entes públicos. Por exemplo, o Município X não 
tem regime próprio de previdência social. Em função da inexistência de regime 
próprio, os seus servidores estarão filiados ao regime geral de previdência social, 
equiparados aos empregados. Contudo, não se pode esquecer de que a relação 
funcional continuará regulada pelo Estatuto dos Servidores Públicos daquele 
Município. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13202.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13202.htm#art12
O Estado de Minas Gerais tem regime próprio de previdência social. Por 
disposição constitucional, somente podem se filiar a esse regime, os servidores 
públicos efetivos. Por isso, quando houver a contratação de servidores para 
cargos de livre nomeação, esse servidor não efetivo, razão pela qual estará 
vinculado ao regime geral de previdência social. Por isso, a relação, do ponto de 
vista previdenciária, será equiparada a empregado e o Estado equiparado à 
empresa, exclusivamente, para fins e cálculo de contribuições previdenciárias 
devidas em decorrência da contratação daquele servidor não efetivo. 
Também se equiparam à empresa, para fins de contribuição 
previdenciária, o contribuinte individual que contrata empregados para 
trabalharem no exercício de sua atividade. Por exemplo: um médico contrata uma 
secretária. Um dentista contrata uma auxiliar para o consultório. Neste caso, 
exclusivamente para fins de arrecadação das contribuições sociais, eles se 
equiparam às empresas. 
Na mesma equiparação estão as cooperativas e as associações, que são 
sociedades simples. Podemos acrescentar, como outro exemplo dessa 
equiparação, os condomínios. 
O empregador doméstico é aquele que contrata pessoa para prestar 
serviço em proveito de sua família, sem que haja finalidade lucrativa. Caso, o 
empregado doméstico seja utilizado para a prática de atividades da família, com 
o intuito de obter lucro, tal situação descaracterizará a existência do empregado 
doméstico e ele passa a ser empregado. Um exemplo: A família passa a se valer 
do trabalho da empregada doméstica para a produção de marmitas que são 
comercializadas para fins de obtenção de renda para a família contratante. Nesse 
caso, a empregada deixa de ser empregada doméstica e passa a ser empregada. 
Atualmente, o reflexo se dá apenas no custeio das contribuições 
previdenciárias, já que os empregados e empregados domésticos têm os mesmos 
direitos trabalhistas. 
 
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO 
 
Art. 16. A contribuição da União é constituída de recursos 
adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente 
na lei orçamentária anual. 
Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de 
eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, 
quando decorrentes do pagamento de benefícios de 
prestação continuada da Previdência Social, na forma da 
Lei Orçamentária Anual. 
COMENTÁRIOS: 
Como já visto no estudo do art. 195 da Constituição da República 
Federativa do Brasil, anualmente, ao elaborar a lei orçamentária, são destinados 
os recursos para a seguridade social. 
Caso as arrecadações das contribuições previdenciárias não sejam 
suficientes para o custeio dos benefícios previdenciários, a União arcará com a 
complementação dos valores devidos aos beneficiários da previdência social. 
Art. 17. Para pagamento dos encargos previdenciários da 
União, poderão contribuir os recursos da Seguridade Social 
referidos na alínea "d" do parágrafo único do art. 11 desta 
Lei, na forma da Lei Orçamentária anual, assegurada a 
destinação de recursos para as ações desta Lei de Saúde e 
Assistência Social. (Redação dada pela Lei nº 9.711, 
de 1998). 
COMENTÁRIOS 
Trata-se da possibilidade da utilização dos recursos provenientes das 
arrecadações do PIS, COFINS e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido para o 
pagamento de benefícios previdenciários, desde que sejam assegurados recursos 
para a Saúde e Assistência Social. 
A utilização desses recursos somente será possível no exercício em que as 
contribuições destinadas à seguridade social forem maiores que os orçamentos 
da saúde e da assistência social. Caso contrário, a União, para cobrir a 
necessidade com gastos previdenciários deverá obter outras fontes de custeio. 
 
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO 
 
Art. 18. Os recursos da Seguridade Social referidos nas 
alíneas "a", "b", "c" e "d" do parágrafo único do art. 11 
desta Lei poderão contribuir,a partir do exercício de 1992, 
para o financiamento das despesas com pessoal e 
administração geral apenas do Instituto Nacional do Seguro 
Social-INSS, do Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social-INAMPS, da Fundação Legião Brasileira 
de Assistência-LBA e da Fundação Centro Brasileira para 
Infância e Adolescência. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9711.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9711.htm#art23
COMENTÁRIOS: 
O referido artigo permite que a União utilize recursos da Seguridade 
Social para pagamentos de despesas com pessoal e administração geral do INSS 
(Instituto Nacional do Seguro Social), do INAMPS (Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social), da LBA (Fundação Legião Brasileira de 
Assistência) e da Fundação Centro Brasileiro para Infância e Adolescência: 
Todas as instituições acima citadas já foram extintas, exceto o INSS. 
A Emenda Constitucional nº 20/98 inseriu o inciso XI, ao art. 167 da 
CR/88, vedando, a partir daquela data que os recursos arrecadados, conforme a 
previsão do art. 18 da Lei 8.212/91 fossem utilizados para pagamento de 
despesas administrativas. 
Assim dispõe o inciso XI, do art. 167 da CR/88: 
Art. 167 – São vedados: 
[...] 
XI – a utilização dos recursos provenientes das 
contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a e II, para 
realização de despesas distintas do pagamento de 
benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201. (BRASIL, 1988). 
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que 
trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime 
próprio de previdência social, incluídos os valores 
integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a 
realização de despesas distintas do pagamento dos 
benefícios previdenciários do respectivo fundo vinculado 
àquele regime e das despesas necessárias à sua 
organização e ao seu funcionamento; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão 
de avais, as garantias e as subvenções pela União e a 
concessão de empréstimos e de financiamentos por 
instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento 
das regras gerais de organização e de funcionamento de 
regime próprio de previdência social. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
Sendo assim, após a Emenda Constitucional nº 20/98, os recursos 
arrecadados pela previdência social, nos termos do art. 195, I, a e II, somente 
podem ser utilizados para a quitação de benefícios previdenciários previstos no 
art. 201 da CR/88, ficando expressamente vedada a sua utilização para a quitação 
das despesas de pessoal do INSS. 
As despesas de pessoal do INSS devem ser quitadas com recursos 
orçamentários da União, destinados à autarquia previdenciária. 
A Emenda Constitucional 103 acrescentou dois novos incisos,ao art. 167. 
O inciso XII veda a utilização dos recursos provenientes dos fundos de 
previdência dos regimes próprios de previdência social, para o pagamento de 
despesas diversas do pagamento dos benefícios previdenciários e das despesas 
de seu funcionamento. 
Já o inciso XIII, também introduzido pela Emenda Constitucional 103 
estabelece uma série de sanções aos entes federativos que desrespeitarem o 
inciso XII, do art. 163 da Constituição. 
 
Art. 19. O Tesouro Nacional repassará mensalmente 
recursos referentes às contribuições mencionadas nas 
alíneas "d" e "e" do parágrafo único do art. 11 desta Lei, 
destinados à execução do Orçamento da Seguridade 
Social. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 
 
COMENTÁRIOS: 
Trata-se de norma de caráter de direito financeiro que determina o 
repasse das arrecadações destinadas à seguridade social, para que sejam 
utilizadas corretamente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9711.htm#art23
LEI 8212/91: DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO 
DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO 
DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO 
Introdução 
Neste capítulo, a Lei nº 8.212, de 1991, trata da contribuição previdenciária devida 
pelo segurado. 
Como já mencionamos, na previdência social temos duas grandes categorias de 
segurados: obrigatórios e facultativos. 
O que determina a diferença entre segurados obrigatórios e facultativos é a 
existência de trabalho, em sua concepção ampla. 
Os segurados obrigatórios, que são aqueles que desenvolvem atividade 
profissional lícita remunerada e se dividem em: 
a) empregado; 
b) empregado doméstico; 
c) avulso; 
d) contribuinte individual; e 
e) segurado especial, que será objeto de estudo em tópico específico. 
 
Os segurados facultativos, por sua vez, são aquelas pessoas que, apesar de não 
exercerem atividade profissional, desejam se vincular ao sistema previdenciário, se 
inscrevem e passam a contribuir. Temos como exemplos as donas de casas, estudantes, 
estagiários, pessoas que estejam licenciadas, sem vencimentos, de suas atividades 
profissionais. 
É comum a confusão entre o contribuinte individual e o facultativo. 
O contribuinte individual é aquela pessoa que trabalha por conta própria, sem 
vínculo de emprego ou subordinação, como por exemplo, o empresário, o profissional 
liberal, o camelô, o bombeiro e eletricista, os autônomos. Estes profissionais são 
segurados obrigatórios da previdência social por exercerem atividades profissionais 
remuneradas. Ao contrário do que ocorre com o segurado facultativo como já explicado. 
Os segurados empregado e empregado doméstico são aqueles que vivem uma 
relação de emprego. 
O trabalhador avulso é aquele que trabalha com intermediação de um órgão gestor 
de mão-de-obra, mas não vive uma relação de emprego. 
Estes três últimos, ao receberem a remuneração a que fazem jus pelo trabalho 
desenvolvido, sofrem no seu valor, a retenção da contribuição previdenciária que será 
repassada à Secretaria da Receita Federal do Brasil, diretamente pela empresa, 
empregador doméstico, órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato, responsável pelo 
pagamento. 
Importante salientar que o salário de contribuição é o valor que serve de base de 
cálculo para a incidência das alíquotas da contribuição social para a previdência social. 
Para os empregados e empregados domésticos corresponde ao valor total da sua 
remuneração. Para o contribuinte individual corresponde ao total da renda auferida, não 
podendo ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao teto. Para o segurado facultativo 
corresponde ao valor por ele declarado não podendo ser inferior ao salário mínimo, nem 
superior ao teto. 
O salário de contribuição será estudado em tópico específico logo adiante. 
Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do 
trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente 
alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, 
observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte tabela: (Redação 
dada pela Lei n° 9.032, de 28.4.95) (Vide Lei Complementar nº 150, de 
2015) 
 
Salário-de-contribuição Alíquota em % 
até 249,80 8,00 
de 249,81 até 416,33 9,00 
de 416,34 até 832,66 11,00 
(Valores e alíquotas dados pela Lei nº 9.129, de 20.11.95) 
 
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a 
partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma época e 
com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios 
de prestação continuada da Previdência Social. (Redação dada 
pela Lei n° 8.620, de 5.1.93) 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se também aos segurados 
empregados e trabalhadores avulsosque prestem serviços a 
microempresas. (Incluído pela Lei n° 8.620, de 5.1.93) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8620.htm
COMENTÁRIOS: 
Uma das inúmeras novidades introduzidas pela Emenda Constitucional 103 foi a 
instituição da cobrança progressiva da contribuição previdenciária dos empregados, 
conforme se observa do art.28, da Emenda Constitucional 103: 
Art. 28. Até que lei altere as alíquotas da contribuição de que trata a Lei nº 
8.212, de 24 de julho de 1991, devidas pelo segurado empregado, inclusive o 
doméstico, e pelo trabalhador avulso, estas serão de: (Vigência) 
I - até 1 (um) salário-mínimo, 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento); 
II - acima de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais), 9% (nove 
por cento); 
III - de R$ 2.000,01 (dois mil reais e um centavo) até R$ 3.000,00 (três mil 
reais), 12% (doze por cento); e 
IV - de R$ 3.000,01 (três mil reais e um centavo) até o limite do salário de 
contribuição, 14% (quatorze por cento). 
§ 1º As alíquotas previstas no caput serão aplicadas de forma progressiva 
sobre o salário de contribuição do segurado, incidindo cada alíquota sobre a 
faixa de valores compreendida nos respectivos limites. 
§ 2º Os valores previstos no caput serão reajustados, a partir da data de entrada 
em vigor desta Emenda Constitucional, na mesma data e com o mesmo índice 
em que se der o reajuste dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, 
ressalvados aqueles vinculados ao salário-mínimo, aos quais se aplica a 
legislação específica. 
 
https://www.contabeis.com.br/noticias/42041/tabela-inss-confira-os-novos-valores-das-aliquotas-de-
contribuicao/07/02/2020) 
No modelo anterior, existiam três alíquotas de contribuição e bastava fazer o 
enquadramento, na respectiva faixa de contribuição. Agora, na nova modalidade, houve 
a redução de contribuição, nas faixas mais baixas e aumento de contribuição nas faixas 
mais altas, conforme se observa na tabela de contribuição, para o regime geral de 
previdência social, exigível a partir do mês de março de 2020: 
Faixa Salarial Desconto 
Até R$ 1.045 7,5% 
De R$ 1.045,01 até R$ 2.089,60 9% 
De R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 12% 
De R$ 3.134,41 até R$ 6.101,06 14% 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art36i
https://www.contabeis.com.br/noticias/42041/tabela-inss-confira-os-novos-valores-das-aliquotas-de-contribuicao/
https://www.contabeis.com.br/noticias/42041/tabela-inss-confira-os-novos-valores-das-aliquotas-de-contribuicao/
A título de exemplo, vamos considerar um empregado que tem salário de 
R$10.000,00. Neste caso, a contribuição previdenciária incidirá até o valor de 
R$6.101,06, porque é o teto de contribuição do segurado para o regime geral de 
previdência social. Vejamos: 
 
FAIXA 
SALARIAL 
ALÍQUOTA VALOR 
TRIBUTADO 
(R$) 
VALOR DA 
CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRI
A (R$) 
SOMATÓRIO (R$) 
Até R$ 1.045 7,5% 1.045,00 78,37 78,37 
De R$ 1.045,01 
até R$ 2.089,60 
9% 1.044.59 94,01 172,38 
De R$ 2.089,61 
até R$ 3.134,40 
12% 1.044,79 125,37 297,75 
De R$ 3.134,41 
até R$ 6.101,06 
14% 2.966,65 415,33 713,08 
TOTAL 713,08 
 
Segundo a tabela vigente até o mês de fevereiro de 2020, o valor da contribuição 
seria de 11% de R$6.101,06, totalizando o valor de R$671,11. Sendo assim, a partir do 
mês de março de 2020, houve um aumento de R$41,97, no valor da contribuição 
previdenciária devida pelo empregado. 
DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E 
FACULTATIVO. 
 
Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e 
facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-
contribuição. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
I - revogado; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
II - revogado. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data 
de entrada em vigor desta Lei , na mesma época e com os mesmos índices que 
os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência 
Social. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). (Renumerado pela Lei 
Complementar nº 123, de 2006). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm#art80
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm#art80
§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria 
por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite 
mínimo mensal do salário de contribuição será de: (Redação dada pela Lei 
nº 12.470, de 2011) 
I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, 
ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação 
de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado 
o disposto na alínea b do inciso II deste parágrafo; (Incluído pela Lei nº 
12.470, de 2011) 
II - 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) 
a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; e (Incluído pela Lei 
nº 12.470, de 2011) (Produção de efeito) 
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente 
ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a 
família de baixa renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) 
§ 3o O segurado que tenha contribuído na forma do § 2o deste artigo e pretenda 
contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da 
aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo 
de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, 
deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o 
valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em 
vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual 
pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata 
o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Redação dada 
pela Lei nº 12.470, de 2011) (Produção de efeito) 
§ 4o Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea b do inciso 
II do § 2o deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para Programas 
Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) 
salários mínimos. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) 
§ 5o A contribuição complementar a que se refere o § 3o deste artigo será 
exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício. (Incluído 
pela Lei nº 12.507, de 2011) 
 
COMENTÁRIOS 
No que tange aos contribuintes individuais e segurados facultativos, algumas 
particularidades devem ser observadas. 
A regra geral do recolhimento da contribuição previdenciária dos contribuintes 
individuais e facultativos é a aplicação da alíquota de 20% sobre o salário de contribuição. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm#art18a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm#art18a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8213cons.htm#art94.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9430.htm#art5%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12507.htm#art6http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12507.htm#art6
Contribuindo para a previdência social com a alíquota de 20%, tanto os 
contribuintes individuais, quanto os segurados facultativos farão jus a todos os benefícios 
previdenciários previstos em lei, destacando a possibilidade de concessão de 
aposentadoria por tempo de contribuição. 
O contribuinte individual poderá optar por outra sistemática de contribuição. 
Neste caso, poderá contribuir 11% sobre o salário mínimo e não fará jus à aposentadoria 
por tempo de contribuição, resguardado o direito aos demais benefícios, tais como 
aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, por exemplo. 
Se o contribuinte individual se enquadrar como micro empreendedor individual, 
a contribuição será de 5% sobre o valor do salário mínimo. Esta regra foi introduzida pela 
Lei Complementar nº 123/2006 e Lei nº 12.470/2011, que introduziu o inciso II ao art. 21 
da Lei nº 8.212/91. Nesta hipótese, ele também perderá o direito à aposentadoria por 
tempo de contribuição, fazendo jus aos demais benefícios. 
O segurado facultativo, também poderá optar pela sistemática de contribuição de 
11% sobre o salário mínimo, nos mesmos moldes do contribuinte individual. 
O segurado facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico 
(dona de casa) e cuja família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal (CadÚnico) e cuja renda mensal seja de até dois salários mínimos, 
poderá efetuar o recolhimento, em favor da previdência social, de 5% sobre o valor do 
salário mínimo. 
Veja bem, a renda é da família, não podendo ser auferida pela dona de casa. Se a 
dona de casa auferir renda, não será segurada facultativa, mas contribuinte individual ou 
outra modalidade de segurada obrigatória, conforme a fonte de renda. 
Caso o segurado queira contar o tempo de contribuição recolhido sob as alíquotas 
reduzidas acima mencionadas, para fins de aposentadoria por tempo de contribuição, 
deverá efetuar a complementação dos valores não recolhidos, devidamente corrigidos, 
acrescidos de juros de mora. A contribuição complementar poderá ser efetuada a qualquer 
momento. 
Por exemplo, Pedro, contribuinte individual, optou por recolher para a previdência 
social o valor equivalente a 11% de um salário mínimo, o que não lhe garantia o direito à 
aposentadoria por tempo de contribuição. Acontece que Pedro, cinco anos depois, 
conseguiu um emprego, para auferir uma renda de R$2.000,00, passando a contribuir para 
a previdência social, na qualidade de empregado. Assim, caso opte em aproveitar os cinco 
anos de recolhimento como contribuinte individual, deverá efetuar a complementação da 
contribuição equivalente a 9% sobre um salário mínimo, devidamente corrigido e 
acrescido de juros de mora. 
Por outro lado, um contribuinte individual, ou segurado facultativo que recolha 
para a previdência social com a alíquota de 20% sobre um salário mínimo, não precisará 
fazer nenhuma complementação para considerar este período para fins de aposentadoria 
por tempo de contribuição. 
É necessário ressaltar que o segurado, que tenha mais de uma fonte de renda, deve 
observar a retenção até o valor do teto do salário de contribuição, pois a contribuição 
acima daquele valor em nada o beneficiará. 
Portanto, caso o somatório das remunerações do segurado venha extrapolar o valor 
máximo do salário de contribuição, ele deverá informar às fontes pagadoras para que não 
façam retenção de valor superior ao devido. Para tal, basta uma correspondência 
informando que já sofrem retenção até o limite do teto, ou para que a retenção seja feita 
de forma complementar. 
Vejamos um exemplo: Paulo é empregado de uma empresa, recebendo um salário 
de R$7.000,00. Além deste emprego, trabalha como consultor autônomo, tendo como 
cliente outra empresa que lhe paga honorários no valor de R$3.000,00. 
Neste caso, ele deverá informar à segunda fonte pagadora para que não faça 
nenhuma retenção de contribuição previdenciária, pois que ele já sofre a retenção, em seu 
salário, sobre o teto do salário de contribuição. 
Outro exemplo: João é empregado de uma empresa, recebendo salário de 
R$5.000,00. Além desse emprego, trabalha como consultor autônomo, tendo como 
cliente outra empresa que lhe paga honorários de R$3.000,00. 
Neste caso, ele deverá informar à segunda fonte pagadora para que faça retenção 
de contribuição previdenciária no valor de R$ 1.101,06, que é o valor que falta para atingir 
o teto de contribuição previdenciária em favor do regime geral de previdência social. 
Importante destacar que o art. 28 da Emenda Constitucional estabeleceu nova 
regra de financiamento, apenas para os empregados, empregados domésticos e 
trabalhadores avulsos, razão pela qual, no nosso entendimento não houve nenhuma 
alteração na regra de financiamento do contribuinte individual e do segurado facultativo. 
O Quadro abaixo sintetiza as contribuições sociais devidas pelos segurados 
contribuintes individuais e facultativos: 
 
Salário de 
Contribuição 
(R$) 
Alíquota Valor 
R$ 1.045,00 
5% (não dá direito a Aposentadoria por 
Tempo de Contribuição e Certidão de 
Tempo de Contribuição)* 
R$ 52,25 
R$ 1045,00 
11% (não dá direito a Aposentadoria por 
Tempo de Contribuição e Certidão de 
Tempo de Contribuição)** 
R$ 114,95 
R$ 1045,00 até 
R$ 6.101,06 
20% 
Entre R$ 209,00 
(salário mínimo) e 
R$ 1220,21 (teto) 
Fonte: Brasil (2020). 
ESTUDOS SOBRE A LEI 8212: DA CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR 
DOMÉSTICO E DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL E DO 
PESCADOR 
 
DA CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO 
 
Art. 24. A contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de 
contribuição do empregado doméstico a seu serviço é de: (Redação dada pela 
Lei nº 13.202, de 2015) 
I - 8% (oito por cento); e (Incluído pela Lei nº 13.202, de 2015) 
II - 0,8% (oito décimos por cento) para o financiamento do seguro contra 
acidentes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.202, de 2015) 
Parágrafo único. Presentes os elementos da relação de emprego doméstico, o 
empregador doméstico não poderá contratar microempreendedor individual de 
que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, 
sob pena de ficar sujeito a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive 
trabalhistas, tributárias e previdenciárias. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 
2011) 
 
O empregador doméstico, diferentemente das demais empresas, recolhia, em 
favor da previdência social, o equivalente a 12% sobre o valor do salário de contribuição 
do empregado doméstico a seu serviço. 
Esta distinção é importante, pois a contribuição do empregador doméstico está 
sujeita ao mesmo teto do segurado. 
Se um empregado doméstico recebesse salário mensal de R$6.5000,00, a 
contribuição do empregador doméstico seria de 12% sobre o valor do teto do salário de 
contribuição (que a partir de janeiro de 2020 é de R$6.101,06), em vez de 20% sobre 
R$6.500,00 se estivéssemos tratando de uma empresa. 
Concluída a regulamentação da Emenda Constitucional nº 72, a contribuição 
previdenciária devida pelo empregador sofreu algumas alterações, destacando que foi 
mantida a regra geral prevista no art. 24 da nº Lei nº 8.21/91. 
A inovação foi a criação do Simples Doméstico que centralizou as contribuições 
previdenciárias, FGTS e retenção de tributos, num único documento, cuja arrecadação 
será centralizada na Caixa Econômica Federal. 
Assim dispõe o art. 34, da Lei Complementar nº 150/2015: 
 
Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, dos seguintes valores: 
I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, 
a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 
8.212, de 24 de julho de 1991; 
II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciáriapara a 
seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da 
Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; 
III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento 
do seguro contra acidentes do trabalho; 
IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; 
V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei; 
e 
VI - imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7o 
da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente. (BRASIL, 2015, 
grifo nosso). 
 
A data de recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelo 
Empregador Doméstico foi antecipada para o dia 07 do mês subsequente ou do crédito, 
ou do pagamento do salário do empregado. 
Posteriormente, a Lei nº 13.202, de oito de dezembro de 2015 alterou o art. 24 da 
Lei nº 8.212/91, determinando que a contribuição previdenciária do empregador 
doméstico será de 8% sobre o salário de contribuição, acrescidos de 0,8% para o 
financiamento do seguro contra acidentes de trabalho. 
Neste caso, reportando o mesmo exemplo acima, o valor da contribuição 
previdenciária, devido pelo empregador doméstico, passou a ser de 8,8% (oito vírgula 
oito por cento) sobre o valor de R$6.101,06, que é o teto do valor de benefício vigente no 
ano de 2020. 
Com a finalidade de antecipar possíveis violações nas relações trabalhistas, 
envolvendo trabalhadores domésticos, o empregador doméstico não poderá contratar 
microempreendedor individual para lhe prestar serviços como doméstico. 
 
 
DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL E DO PESCADOR 
 
Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à 
contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, 
referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 
desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: (Redação dada pela Lei nº 
10.256, de 2001) 
I - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da 
comercialização da sua produção; (Redação dada pela Lei nº 13.606, de 
2018) (Produção de efeito) 
II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para 
financiamento das prestações por acidente do trabalho. (Redação dada pela 
Lei nº 9.528, de 10.12.97). (Vide decisão-STF Petição nº 8.140 - DF) 
§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição 
obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do 
art. 21 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92) 
§ 2º A pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 contribui, 
também, obrigatoriamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Redação dada pela 
Lei nº 8.540, de 22.12.92) 
§ 3º Integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem 
animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de 
beneficiamento ou industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre 
outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, 
descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, 
fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, 
destilação, moagem, torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos 
obtidos através desses processos. (Incluído pela Lei n º 8.540, de 22.12.92) 
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
§ 5º (VETADO) (Incluído pela Lei n º 8.540, de 22.12.92) 
§ 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). 
§ 10. Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos valores 
decorrentes da comercialização da produção relativa aos produtos a que se 
refere o § 3o deste artigo, a receita proveniente: (Incluído pela Lei nº 11.718, 
de 2008). 
I – da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou 
meação de parte do imóvel rural; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
II – da comercialização de artigos de artesanato de que trata o inciso VII do § 
10 do art. 12 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
III – de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos 
comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de 
entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10256.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10256.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9528.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9528.htm#art1
http://stf.jus.br/portal/diarioJustica/verDiarioProcesso.asp?numDj=69&dataPublicacaoDj=&incidente=5665515&codCapitulo=6&numMateria=44&codMateria=2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8540.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8540.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8540.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8540.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8540.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10256.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de 
visitação e serviços especiais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
IV – do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver 
sido trocada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade; e (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
V – de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 10 do art. 12 desta 
Lei. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
§ 11. Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal 
aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde 
que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados 
– IPI. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
§ 12. Não integra a base de cálculo da contribuição de que trata o caput deste 
artigo a produção rural destinada ao plantio ou reflorestamento, nem o produto 
animal destinado à reprodução ou criação pecuária ou granjeira e à utilização 
como cobaia para fins de pesquisas científicas, quando vendido pelo próprio 
produtor e por quem a utilize diretamente com essas finalidades e, no caso de 
produto vegetal, por pessoa ou entidade registrada no Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento que se dedique ao comércio de 
sementes e mudas no País. (Incluído pela Lei nº 13.606, de 
2018) (Produção de efeito) 
§ 13. O produtor rural pessoa física poderá optar por contribuir na forma 
prevista no caput deste artigo ou na forma dos incisos I e II do caput do art. 
22 desta Lei, manifestando sua opção mediante o pagamento da contribuição 
incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira 
competência subsequente ao início da atividade rural, e será irretratável para 
todo o ano-calendário. (Incluído pela Lei nº 13.606, de 2018) (Produção de 
efeito) 
Art. 25A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio 
simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais 
pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir 
trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, 
mediante documento registrado em cartório de títulos e 
documentos. (Incluído pela Lei nº 10.256, de2001). 
§ 1o O documento de que trata o caput deverá conter a identificação de cada 
produtor, seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o 
respectivo registro no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - 
INCRA ou informações relativas a parceria, arrendamento ou equivalente e a 
matrícula no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS de cada um dos 
produtores rurais. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art40
§ 2o O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador a 
quem hajam sido outorgados os poderes, na forma do 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). 
§ 3o Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão 
responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias. (Incluído 
pela Lei nº 10.256, de 2001). 
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). 
 
A Lei nº 9.528 de 10 de dezembro de 1997 estabeleceu a obrigação tributária de 
haver o recolhimento de contribuição previdenciária sobre a receita bruta proveniente da 
comercialização da produção do produtor rural. 
Acontece que esta imposição legal não tinha apoio no texto original da 
Constituição da República de 1988. 
Em função disto, quando do julgamento do Recurso Extraordinário nº 
700922RG/RS, o STF reconheceu a inconstitucionalidade da cobrança. Por se tratar de 
decisão com repercussão geral, tornou-se definitiva, estendendo o benefício da decisão a 
todos os produtores rurais. 
No voto, assim pode ser lido: 
 
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, por unanimidade e nos termos do voto do relator, em 
conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário para desobrigar os 
recorrentes da retenção e do recolhimento da contribuição social ou do 
recolhimento por sub-rogação sobre a “receita bruta proveniente da 
comercialização da produção rural” de empregadores, pessoas naturais, 
fornecedores de bovinos para abate, declarando a inconstitucionalidade do 
artigo 1º da Lei 8.540/92, que deu nova redação aos artigos 12, incisos V e VII, 
25, incisos I e II, e 30, inciso IV, da Lei 8.212/91, com a redação atualizada 
até a Lei 9.528/97, até que legislação nova arrimada na Emenda Constitucional 
nº 20/98, venha a instituir a contribuição, tudo na forma do pedido inicial, 
invertidos os ônus da sucumbência. (BRASIL, 2013). 
 
Em outra oportunidade, manifestei no sentido de que não se pode dizer que a 
alteração ocorrida no caput do art. 25, através da Lei nº 10.256 de 9 de julho de 2001, 
veio validar a cobrança. Contudo, veja a necessidade de rever este entendimento e 
concordar que, a partir do novo marco legal, a cobrança se tornou constitucional, porque 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2001/Mv729-01.htm
respeitou às alterações introduzidas no art.195 da Constituição da República Federativa 
do Brasil, razão pela qual a cobrança se torna legítima. 
Contudo, deve-se ressaltar que a Resolução nº 15 do Senado Federal, tardiamente, 
nos termos do julgamento do Recurso Extraordinário nº 363852, revogou os incisos I e 
II, do art. 25 da Lei nº 8212/91, bem como o inciso IV do art. 30 da Lei nº 8.212/91. 
Quanto à aplicação atual do inciso I, do art. 25 da Lei nº 8.212/91, diante das 
mudanças legislativas pós Emenda Constitucional número 20/98, me parece superada, 
razão pela qual entendo ser constitucional a cobrança da mencionada contribuição social, 
pairando dúvidas sobre a exigência prevista no inciso II. 
Mas, não me restam dúvidas de que não se pode exigir que o adquirente de 
produtos comercializados pelo produtor rural, nos termos do inciso IV, do art. 30 da Lei 
nº 8.212/91. 
Tal situação está no fato de que a exigência foi declarada inconstitucional, nos 
termos da Resolução nº 15 do Senado Federal e não há nenhuma lei, posterior à decisão 
do Supremo Tribunal Federal, reintroduzindo tal obrigação no ordenamento jurídico 
nacional. Contudo, o Supremo Tribunal Federal, “ressuscitou” o inicso IV, do art. 30 da 
Lei 8212, e as empresas estão sofrendo autuações por não terem promovido a retenção 
dos valores fixados na Lei 8.212, quando adquiriram produtos de segurados especiais. 
(Petição incidental ao RE 718.874) 
 
Contudo, o Supremo Tribunal Federal já se posicionou favoravelmente à vigência 
do inciso IV, do art. 30 da Lei 8212, tornando obrigatória a retenção da contribuição 
previdenciária, pela: 
 “a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa ficam 
sub-rogadas nas obrigações da pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso 
V do art. 12 e do segurado especial pelo cumprimento das obrigações do art. 
25 desta Lei, independentemente de as operações de venda ou consignação 
terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa 
física, exceto no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em 
regulamento; (Redação dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) (Vide decisão-
STF Petição nº 8.140 - DF)” 
 
DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA 
 
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, 
além do disposto no art. 23, é de: 
I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas 
a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores 
avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer 
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de 
utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos 
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador 
ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de 
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação 
dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (Vide Lei nº 13.189, de 
2015) Vigência 
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de 
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do 
trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do 
mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela 
Lei nº 9.732, de 1998). 
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco 
de acidentes do trabalho seja considerado leve; 
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse 
risco seja considerado médio; 
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse 
risco seja considerado grave. 
III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a 
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais 
que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação 
de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por 
intermédio de cooperativas de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 
1999). (Execução