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Opioides · qualquer substância natural, semissintética ou sintética que reage com os receptores opioides natural - semissintético - sintético - agonista parcial (estimula com ↓ potencial que estimulante endógeno) mais potente - agonista opioide puro — intermediário - agonistas parciais POTÊNCIA AGONISTA μ AGONISTA δ AGONISTA κ SUFENTANIL 1000x +++ + + 50mcg/ml - ampola 1ml e 5ml 5mcg/ml - ampola 2ml analgesia 0,5-5 mcg/kg - 10-25mcg geral ≥ 8 mcg/kg - 25-50mcg FENTANIL 100x +++ 50mcg/ml - ampola 2ml, 5ml, 10ml pré 1-3mcg/kg geral 50-100mcg/kg EV NUNCA em bolus REMIFENTANIL 100x +++ pó 1mg / 2mg / 5mg 0,5-1mcg/kg/min buprenorfina 30x levorfanol +++ ALFENTANIL 10x +++ 0,554 mg/ml - ampola 5ml indução ≥ 120 mcg/kg bolus 3min oximorfona 1,5x hidromorfona +++ + fenazocina metadona 2x +++ 10 mg/ml - ampola 1ml cp 5 e 10 mg 2,5-10mg VO cada 6,8 ou 12h 2,5-10mg IM/SC cada 3-4h dose máxima 120 mg oxicodona 1,5x MORFINA 1x +++ + cp 10 e 30mg 0,1 - 0,2 - 1 - 10 mg/ml 2-10mg/70kg de peso EV direta 3-5 min ou EV intermitente 15-30 hidroxicodona tapentadol di-hidrocodeína tramadol -10x 50mg 50mg/ml 50-100mg EV 4/4h ou 6/6h injeção 2-3min ou infusão 30-60min 50-100mg cada 4 ou 6h codeína -10x 30 e 60mg / 30mg/ml - ampola 2ml cp 30mg VO 4/4h ou 6/6h 1ml IM/SC 4-6x/dia opióides endógenos - beta-endorfina, encefalina, dinorfina, norciceptina/orfanina RECEPTORES OPIOIDES · presentes em todo SNC - principalmente núcleo do trato solitário, área cinzenta periaquedutal, córtex cerebral, tálamo e substância gelatinosa da medula espinhal · MOR/MOP (receptor peptídico opióide mu) - μ - mu/mi · subtipos - 2 MOR · principais responsáveis pela analgesia - espinhal, supra-espinhal e periférica · depressão respiratória · miose (maior escala) · redução motilidade TGI · sedação · euforia · dependência · DOR - δ - delta · 2 DOR · analgesia espinhal · depressão respiratória · redução motilidade TGI · KOR - κ - kappa · 3 KOR · alucinações e disforia · sedação · miose (menor escala) MECANISMO DE AÇÃO OPIOIDES · ligação opioide ao receptor (μ principal) acoplado a proteína G na membrana neuronal - mensagem intracelular inibindo adenilato ciclase e ativando MAP quinase · neurônio pré-sináptico - INIBIÇÃO abertura canais de Ca voltagem dependentes (influxo Ca para estimular exocitose vesículas) - redução exocitose vesículas com neurotransmissores · neurônio pós-sináptico - ABERTURA canais de K - hiperpolarização da membrana · REDUÇÃO geração potencial de ação + REDUÇÃO liberação neurotransmissores = REDUÇÃO dor FARMACOCINÉTICA · bases fracas - se dissociam em fração ionizada (mais hidrossolúvel) e não ionizada (mais lipossolúvel) · meios ácidos (estômago) - alto grau ionização (base - opioide - doa próton ao meio) e baixa absorção · meios básicos (delgado) - predomínio forma não ionizada e ALTA absorção · elevada lipossolubilidade facilita biodisponibilidade - quanto maior a lipossolubilidade mais rápido o início de ação · metabolização hepática em metabólitos ativos e inativos excretados na urina e bile · extra-hepática - morfina - rins / remifentanil - esterases plasmáticas e teciduais · morfina EXCRETA em parte pela bile - hidrossolúvel · maior volume distribuição: elevada lipossolubilidade, maior fração não ionizada e baixo grau de ligação proteica · tempo de ação varia com clearance, meia-vida, lipossolubilidade (quanto menor, menor o tempo de ação) e velocidade de distribuição ANTAGONISTAS OPIOIDES · ligação reversível aos receptores opioides = bloqueio receptores μ δ κ naloxona (narcan) - - - - - - 0,4 mg/ml - ampola 1ml superdose 0,4-2mg EV/IM/SC repetir a cada 2-3min até máx 10mg depressão narcótica pós-op 0,1-0,2mg EV/IM/SC repetir a cada 2-3min naltrexona - - - - - - - cp 50mg EFEITOS · ANALGESIA - μ principal + δ · SUPRESSÃO DA TOSSE - efeitos alvo · euforia μ / disforia e alucinações κ · depressão respiratória - μ - redução FR ou amplitude respiração · REDUÇÃO sensibilidade centro respiratório - regula respiração com base em sinais químicos (níveis CO2 e pH séricos) - ativação μ = redução sensibilidade desse centro ao CO2 · aumento níveis PaCO2 - depressão do centro respiratório gera falha na eliminação CO2 · curto prazo aumenta - longo prazo reduz · inibição produção ritmo respiratório - capacidade do cérebro de gerar os sinais necessários para respiração · náuseas e vômitos - ativação receptores opioides da zona bulbar de gatilho do vômito · miose - estímulo nervo oculomotor por ativação μ e κ · constipação intestinal - aumento tônus e redução motilidade TGI · retardo esvaziamento gástrico · prurido e urticária - liberação histamina = MORFINA - demais opioides não · hipotensão e bradicardia - ação sobre bulbo quando doses elevadas · espasmos uterinos, de bexiga e ureteres · síndrome do tórax rígido - fenta rápido INTOXICAÇÃO POR OPIOIDES · depressão respiratória · pupilas mióticas · estado comatoso ou letárgico image1.png