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Bruna Lemos Ribeiro Estudante de nutrição → São todas as drogas, naturais e sintéticas, com propriedades semelhantes a morfina, incluindo os peptídeos endógenos (opióides) → Classe de fármacos de origem natural (endógenos) e artificiais; → Usados para analgesia; → Opiácios é diferente de opióides; → Opiácios: São alcaloides derivadas do ópio (ex. morfina e heroína) – são opióides; → Ópio: planta – queda das pétalas – bulbo – incisão na bolsa – extrai um látex branco – o látex endurece e fica marrom (ópio); → A partir da pasta base (ópio) – 20 alcaloides foram descobertos: morfina (opióide natural), codeína, tabaína, papaverine e heroína; → Ópio: obtido de uma planta denominada Papaver somniferum; → Principal alcaloide do ópio: morfina – a sua descoberta proporcionou a descoberta dos opiódes endógenos; → Curiosidade – Guerra do Afeganistão: diminuição da demanda de envio da pasta base para os EUA – briga da indústria farmacêutica; Opioides endógenos • Encefalinas; • Endorfinas; • Dinofirnas; • Opióides não endógenos: ocupam os mesmos sítios aos peptídeos endógenos – analgesia (menos percepção ou condução da dor); Fenatrênicos → Tem afinidade maior ao receptor • Agonistas fortes: sedação profunda, alteram a percepção, tem mais efeitos colaterais (ex.: náuseas e vomito) – quanto maior a afinidade e a ligação dele ao receptor Mu maior vai ser a ação supra-espinal (acima da medula espinhal); o Morfina; oxicodona (cerca de 10 vezes mais potente que a morfina); • Agonistas moderados: o Codeína • Agonistas leves: o Nalbufina (principal; tem ação antagonista e agonista – varia do receptor) e Buprenorfina; • Antagonistas: usados como antidoto em casos de dose toxica – ao se ligar ao receptor e compete com os agonistas diminuindo a ação dos agonistas; o Naloxona e Naltrexona; Fenilpiperidinas → Maior uso clínico e com menos efeitos colaterais (semissintéticos) – ação supra-espinal (inibe a zona de gatilho – estimulando a sensação de náuseas e vômitos) • Agonistas fortes: o Fentalina (mais utilizado); o Meperidina (fenilpiperidina – tem como efeito colateral a dissociação) o Tramadol: mais fraco dos agonistas fortes; • Agonistas leves a moderados o Loperamida: não é usado como analgésico, é usada como antidiarreico (não atravessa a BHE) Mecanismo de ação dos opioides Bruna Lemos Ribeiro Estudante de nutrição • Redução da liberação de neurotransmissores de fibras aferentes A delta; • Inibição de neurônios pós-sinápticos – transmitem informações da medula espinal para o encéfalo; • Alterações de vias descendentes envolvendo noradrenalina e serotonina; • Ligação entre emoção e dor (subjetiva); Mecanismo da dor • Evento inicial: estímulos nocivos; • Destruição ou lesão do tecido; • Liberação ou síntese de mediadores bioquímicos envolvidos no processo álgico (altacóides - histamina, prostaglandinas e bradicinina); • Interação com nociceptores periféricos e terminações nervosas livres; o Nocicepção: Atividade do sistema nervoso aferente induzida por estímulos nocivos; A irritação ou a lesão tecidual liberam substâncias químicas como prostaglandinas, cininas e íons potássio (K+) que estimulam os nociceptores; o Nociceptores: são terminações nervosas livres encontradas em todos os tecidos do corpo (exceção: encéfalo); o Estímulos nocivos podem ser: Exógenos (mecânicos, químicos, físicos, biológicos) e Endógenos (Inflamação, Isquemia tecidual); o Dor rápida: impulsos nervosos propagados pelas fibras A mielinizadas e de diâmetro médio; o Dor lenta: impulsos nervosos são conduzidos pelas fibras C não mielinizadas e de diâmetro curto; o Hiperalgesia: aumento da sensibilidade ao estímulo doloroso; o Alodínia: sensibilidade dolorosa a estímulos não- dolorosos; • Deflagração de sinais de dor a partir da área de lesão tecidual; Vias de transmissão da dor • Via espinotalamica: parte da medula espinal para o tálamo o Corno posterior da medula – medula – sinapse com o neurônio de 2º ordem – passa para o outro lado (decusa) – sobe em direção ao tálamo – sinapse com o neurônio de 3º - córtex – percepção consciente da dor; o Tálamo: receptor mu; o Medula: receptor kappa; • Via trigeminotalâmica o Nervo trigêmeo – tronco encefálico – sinapse com o neurônio de segunda ordem – tálamo - córtex Receptores opioides • Mu; kappa; delta e sigma • Ação pré-sináptica: Receptores ligados à proteína G com inibição da adenililciclase, redução do AMPc e supressão das correntes de Ca2+ controlados por voltagem; • Ação pós-sináptica: ativação de receptores e abertura do canal de potássio – hiperpolarização da membrana reduzindo a transmissão neuronal; • Neurônio aferente – terminal do axônio (libera o neurotransmissor) – neurônio pós-sináptico – decussa e sobe em direção ao tálamo – córtex – transmissão da informação dolorosa; • Terminação pré-sináptica: atua no receptores mu, kappa e delta; inibe a ptn G e a entrada do cálcio – neurotransmissores não liberados; Bruna Lemos Ribeiro Estudante de nutrição • Neurônio pós-sináptico: hiperpolarizar o neurônio; abertura do canal de potássio; gera um potencial de ação pós-sináptico inibitório; *Teoria do gate control: teoria do controle do portão de entrada da dor; Distribuição dos receptores • Receptor Mu: analgesia supra-espinal, depressão respiratória, euforia, dependência física, miose puntiforme, retenção urinária (Certas regiões subcorticais do cérebro); • Receptor kappa: analgesia espinal, miose, sedação e disforia (Corno dorsal) • Receptor delta: alterações do comportamento afetivo • Receptor sigma: relacionado com efeito disfóricos, alucinógenos e estimulantes cardíacos (uso do LSD); Efeitos dos opiodes no sistema nervoso central • Afinidade por receptores mu no encéfalo e kappa na medula; • Analgesia: alteração da percepção da dor e da reação do paciente a esta dor; • Euforia: sensação agradável de flutuar e estar livre da ansiedade e do desconforto; • Sedação: sonolência e turvação da consciência; • Depressão respiratória: inibição dos mecanismos do tronco cerebral; • Supressão da tosse: mais especificamente a codeína; • Miose: por ação estimuladora sobre o Núcleo de Edinger-Westphal; • Rigidez no tronco: aumento do tônus nos grandes músculos do tronco, interferindo na ventilação; • Náuseas e vômitos: ativação da zona desencadeante quimiorreceptora do tronco cerebral; • Aumenta a pressão do LCR + vasodilatação cerebral – cranalgia; Efeitos dos opioides no Trato gastrointestinal • Diminui a motilidade do estomago e aumento do tônus; • Diminui a produção de secreção gástrica; • Aumento do tônus do intestino delgado e espasmos periódicos; • Aumento do tônus do intestino grosso e aumento das ondas propulsivas – constipação; Efeito dos opioides no trato biliar • Contração do músculo liso biliar - pode ocasionar: cólicas biliares; • Contração do esfíncter de Oddi; Efeito dos opioides no trato geniturinário • Depressão da função renal (diminuição do fluxo plasmático renal); • Aumento do tônus do esfíncter uretral – pode ocasionar: retenção urinária; • Opióides com ação em receptores mu tem efeito antidiurético; Efeito dos opióides no Útero • Pode ocorrer: prolongamento do trabalho de parto; Bruna Lemos Ribeiro Estudante de nutrição Efeito dos opioides no sistema neuroendócrino • Estimulação da liberação do hormônio antidiurético, prolactina e somatotropina; • Inibem a liberação de hormônio luteinizante; Farmacocinética • Principais locais de absorção: via subcutânea, transdérmica, intramuscular, mucosa do nariz, boca e TGI; • A biodisponibilidade dos opióides utilizados por via oral sofre redução devido ao metabolismo de primeira passagem; • Ajuste da dose administradapor via oral - via parenteral (dose oral 10-15x maior) • Os comprimidos de opióides possuem duas formas de apresentação; Distribuição • Ligação a proteínas plasmáticas Þ albumina e alfa-1 glicoproteína ácida; • Distribuição em tecidos altamente vascularizados Þ pulmões, fígado, baço e rim; • Compostos como a heroína e codeína atravessam mais facilmente a barreira hematoencefálica; Excreção • Podem ser excretados em forma inalterada ou em compostos polares pela urina (morfina-3- glicuronídeo); • Os glicuronídeos são excretados na bile; Vias de administração • Via retal: supositório (tramadol); • Via epidural: anestesia; • Via transdérmica: efeito sistêmico; • Analgesia controlada pelo paciente: injeções endovenosas; Efeitos colaterais • Comportamento agitado, tremor, reações disfóricas; • Depressão respiratória; • Náuseas e vômitos; • Aumento da pressão intracraniana; • Constipação; • Retenção urinária; • Urticária; Contraindicações • Doença pulmonar obstrutiva; • Hepatopatas; • Hipertrofia prostática; • Hipotensos; • Paciente com reserva respiratória diminuída (enfisema); • Portadores de TCE; • Pacientes asmáticos; • Portadores de PIC; • Epilepsia, tétano, intoxicação por estricnina;
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