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Aula 02
SEFAZ-PI (Auditor Fiscal e Analista do
Tesouro) Direito Civil - 2023 (Pré-Edital)
Autor:
Paulo H M Sousa
02 de Janeiro de 2023
Paulo H M Sousa
Aula 02
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Pessoas jurídicas - Noções gerais 3
..............................................................................................................................................................................................2) Pessoas Jurídicas - Desconsideração da personalidade jurídica 8
..............................................................................................................................................................................................3) Questões comentadas - Pessoas Jurídicas - Noções gerais - FCC 17
..............................................................................................................................................................................................4) Lista de Questões - Pessoas jurídicas - Noções Gerais - FCC 42
..............................................................................................................................................................................................5) Pessoas Jurídicas - Associações 53
..............................................................................................................................................................................................6) Pessoas Jurídicas - Fundações 54
..............................................................................................................................................................................................7) Questões comentadas - Pessoas Jurídicas - Associações e Fundações - FCC 55
..............................................................................................................................................................................................8) Lista de Questões - Pessoas Jurídicas - Associações e Fundações - FCC 66
..............................................................................................................................................................................................9) Pessoas jurídicas - Domicílio 71
..............................................................................................................................................................................................10) Questões Comentadas - Pessoas Jurídicas - Domicílio - FCC 72
..............................................................................................................................................................................................11) Lista de Questões - Pessoas Jurídicas - Domicílio - FCC 77
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Título II – Pessoas jurídicas 
O que é pessoa jurídica? A pessoa jurídica é titular de direitos e deveres na ordem civil, como remete o 
art. 1º do Código Civil. Elas são aptas a titularizar relações jurídicas de maneira bastante ampla, por isso 
as pessoas jurídicas têm personalidade. Além disso, seus direitos e deveres não são os mesmos que os 
da pessoa natural, em geral. 
Capítulo I – Disposições gerais 
1 – Classificação 
As pessoas jurídicas podem ser de direito público (interno ou externo) e direito privado. Veja cada 
um dos grupos: 
A. Pessoas jurídicas de direito público externo 
Segundo o art. 42 do Código Civil são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público, como a 
ONU, OMC, Mercosul. O Estado, nesse sentido, deve ser visto como ente jurídico dotado de 
personalidade internacional. 
B. Pessoas jurídicas de direito público interno 
O art. 41 do Código Civil classifica as pessoas jurídicas de direito público interno da seguinte forma: 
 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno
União
Estados
Municípios
Distrito Federal
Territórios
Autarquias
Demais entidades de caráter público criadas por lei
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As entidades de caráter público criadas por lei mostram bem claramente a distinção entre as pessoas 
jurídicas de direito público e privado. Exemplo são as fundações criadas por lei, também chamadas de 
fundações autárquicas, bem como as associações públicas. Lembro que, no caso de uma fundação 
pública – criada por lei, portanto – não se aplica o regime previsto para as fundações de direito privado. 
Cuidado com art. 41, parágrafo único, do Código Civil. As pessoas jurídicas de 
direito público interno que tiverem estrutura de direito privado serão regidas 
pelas regras do Direito Privado. Ou seja, apesar de serem públicas são tratadas como 
se fossem privadas. 1 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos 
dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. O art. 43 do Código 
Civil afasta assim, a ideia de irresponsabilidade por parte do Estado. 
Além do fato de o Estado ser responsável pelos danos causados por seus agentes, o artigo ainda ressalva 
o direito de o Estado buscar se ressarcir pela indenização paga. Os requisitos para isso são a culpa ou o 
dolo do agente e o pagamento de indenização ao lesado. Maiores detalhes a respeito estão no Direito 
Administrativo. 
C. Pessoas jurídicas de direito privado 
 
 
 
As pessoas jurídicas de Direito Privado se encontram no art. 44 do Código Civil: 
 
 
1 Aqui há uma divergência superficial entre o Direito Civil e o Direito Administrativo. Isso porque o Direito Civil usa expressões mais 
antigas; é um ramo antigo e clássico do Direito. O Direito Administrativo, por sua vez, usa uma terminologia mais moderna, pois é ramo 
mais novo, apenas. Quando o Direito Civil diz “pessoas jurídicas de direito público interno que tiverem estrutura de direito privado”, o 
Direito Administrativo diz apenas “pessoas jurídicas de direito privado”. Como essas pessoas jurídicas funcionam? Qual é o seu regime 
jurídico? Isso, quem responde, é o Direito Administrativo... 
•Pessoas jurídicas de direito privado
formadas para fins não econômicos
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2 – Personificação 
Importante destacar que a criação, organização e funcionamento das organizações religiosas não 
podem sofrer intervenção estatal, segundo o art. 44, §1º, do Código Civil. Quanto aos partidos políticos, 
seu funcionamento e organização serão definidos por lei específica. 
Como eu costumo dizer, você nunca verá uma pessoa jurídica andando pela rua, mas verá sua conta 
bancária, seu patrimônio, sua fama local etc. Ou seja, ela é uma realidade, mas apenas para o direito, não 
para o “mundo real”. 
Logo, essa personificação, que é quando ocorre a existência legal das pessoas jurídicas de direito 
privado, ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. Ou seja, a 
pessoa jurídica passa a existir, como se fosse pessoa (no sentido do ser humano). Pode 
ser ainda que necessite de aprovação do Poder Executivo, como exposto no art. 45 do 
Código Civil. 
•Reunião de pessoas e bens ou serviços com
objetivo econômico e partilha de
resultados, ou seja, têm natureza
eminentemente lucrativa
•Complexo de bens. Curiosamente, são
pessoas jurídicas sem quaisquerpessoas
físicas/naturais em sua instituição
•Têm por objetivo a união de leigos para o
culto religioso, assistência ou caridade. Por
isso, não podem ter fim econômico (art. 53)
•Associações com ideologia política, cujos
membros se organizam para alcançar o
poder político e satisfazer os interesses de
seus membros
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O nascimento da pessoa jurídica depende de um ato formal. E se houver algum problema 
nessa fase? O direito de anular um ato com defeito é de três anos, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro, como exposto no art. 45, parágrafo único, do 
Código Civil. 
Mas o que é necessário para o registro? O art. 46 do Código Civil estabelece quais são os requisitos gerais 
do registro: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
Cumpridas essas imposições, a pessoa jurídica nasce, adquire personalidade e passa a ter autonomia 
completa. Assim, ela precisa ser administrada. Caso ela tenha administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso 
(art. 48 do Código Civil). 
Caso não exista administrador à pessoa jurídica, o juiz, a pedido de qualquer interessado, 
nomeará um administrador provisório, de acordo com o art. 49 do Código Civil. 
Há situações em que existe mero agrupamento de pessoas e/ou bens, sem que chegue a constituir 
pessoas jurídicas. Esses entes despersonificados, no entanto, possuem direitos e obrigações 
muito semelhantes às pessoas jurídicas. 
Quem são esses entes despersonificados? São os abaixo listados, cujo elemento de importância, no 
Direito Civil, é sua capacidade processual. Por isso, basta saber quem representa o ente: 
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• Pelo administrador judicial
1. A massa falida
• Por seu curador
2. A herança jacente ou vacante
• Pelo inventariante
3. O espólio
• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens
4. A sociedade e a associação irregulares/de fato
• Pelo administrador ou síndico
5. O condomínio
• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens
6. Outros entes organizados sem personalidade jurídica
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Capítulo I – Disposições gerais 
3 – Desconsideração da personalidade jurídica 
Excepcionalmente, a cisão criada pela Teoria da Realidade Técnica, em termos patrimoniais, deixa de 
existir, e é possível se ignorar o véu que separa o patrimônio da pessoa jurídica e o patrimônio pessoal 
dos sócios. Trata-se de homenagem à teoria da aparência e à vedação ao abuso de direito, 
claramente. 
A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas deve ser considerado um instrumento lícito de 
alocação e segregação de riscos. O objetivo é estimular a empresa, com geração de emprego, 
tributo, renda e inovação em benefício de todos. 
Trata-se de uma perspectiva marcadamente empresarial da pessoa jurídica. Não obstante, em que pese 
a necessidade de cisão, notáveis são os casos em que há abuso. Por isso, se presentes os requisitos legais, 
haverá a aplicação do instituto da desconsideração da personalidade jurídica. 
A. Separação ou cisão patrimonial 
A amplitude dessa separação patrimonial ficou ainda mais evidente quando o legislador brasileiro criou 
a EIRELI, em 2011. Essa pessoa jurídica, que não era uma sociedade, mas um novo ente personificado, 
constituída por pessoa natural (Enunciados 468 e 469 do CJF), uma pessoa jurídica unipessoal. 
De qualquer modo, em que pese a confusão entre pessoa física e jurídica ser mais fácil, o Enunciado 470 
do CJF elucidava que o patrimônio da EIRELI responderia pelas dívidas da pessoa jurídica, não se 
confundindo com o patrimônio da pessoa natural que a constituía. Apesar de os enunciados se 
referirem à EIRELI, o mesmo raciocínio pode ser aplicado à sociedade unipessoal, que, em larga medida, 
se tornou a sucessora daquela. 
Para além da EIRELI e da sociedade unipessoal, a cisão patrimonial entre sócios, associados, 
instituidores ou administradores e a pessoa jurídica foi evidenciada também pelo art. 49-A, incluído 
pela Lei nº 13.874/2019. Dita a norma que não se pode confundir pessoa jurídica com pessoas físicas. 
Contudo, vale lembrar que a EIRELI NÃO é mais considerada pessoa jurídica, a partir da entrada 
em vigor da Lei 14.195/2021. 
B. Teorias maior e menor 
A primeira teoria é a chamada Teoria Maior, adotada pelo art. 50 do CC/2002: 
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente 
pelo abuso. 
Em outras palavras, necessário é se verificar o abuso na utilização da personalidade jurídica. Esse 
abuso deve se caracterizar pelo desvio de finalidade OU pela confusão patrimonial. Se não se 
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caracterizar nem uma dessas situações, não se pode desconsiderar a personalidade jurídica. Daí o nome 
de Teoria Maior, pois ela exige a verificação de mais requisitos. 
Segundo a jurisprudência do STJ, para a desconsideração da personalidade jurídica não basta 
dissolução irregular, necessário que se prove fraude ou abuso de personalidade (AgRg no AREsp 
757.873/PR). Posteriormente, com a objetivação da teoria, passou-se a não mais se exigir fraude, 
considerando o STJ que a decretação da fraude é consequência, não fundamento, para a 
desconsideração da personalidade jurídica (AgRg no AREsp 231.558/PR).Essa decisão, no entanto, 
precisa ser vista com cautela, dadas as mudanças ocasionadas ao instituto pela Lei 13.874/2019, a 
Declaração de Direitos de Liberdade Econômica. Isso porque, ao menos na dicção mais literal do §1º do 
art. 50, há exigência de demonstração de "propósito de lesar", numa inequívoca subjetivação da 
desconsideração no caso de desvio de finalidade. 
Tradicionalmente, o abuso da personalidade jurídica se evidenciava pela utilização dos parâmetros 
oriundos do art. 187 do CC/2002, que trata do abuso de direito (cláusula geral) como ato ilícito. Assim, 
era necessário verificar se ocorreu, por parte da pessoa natural, manifesto excesso aos “limites impostos 
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. A colmatação desses limites 
dependia de interpretação judicial, evidentemente. 
Por exemplo, ainda que a pessoa jurídica seja insolvente, simplesmente, não se pode aplicar a 
desconsideração. A jurisprudência foi, ao longo dos anos, consolidando lentamente as situações nas 
quais é cabível ou não a desconsideração a partir da Teoria Maior. 
Inicialmente, essa teoria era claramente subjetivista, pautando-se centralmente na figura da 
fraude. A equiparação do esvaziamento patrimonial à fraude contra credores era bastantefrequente, 
de modo a se fundamentar minimamente em termos legais a aplicação da teoria. 
Paulatinamente, sua aplicação foi se objetivando, até a consolidação em torno do art. 50. Ainda assim, é 
muito comum ver nas decisões judiciais o apelo à fraude para se permitir a aplicação; desnecessário, 
porém, a ocorrência de fraude, sendo imprescindível a verificação do abuso de personalidade, apenas. 
Já a Teoria Menor é adotada pelo art. 28, §5º, do CDC, que assim dispõe: 
Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
O caput do art. 28 estabelece que pode haver a desconsideração em havendo abuso de 
direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito, violação dos estatutos ou 
contrato social, falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa 
jurídica provocados por má administração. Porém, consolidou-se o entendimento de que o 
§5º pode ser aplicado independentemente do caput do dispositivo, de modo que é 
desnecessário visualizar algum dos elementos taxativos do caput, bastando a 
verificação de dano ao consumidor. 
Ou seja, o juiz pode desconsiderar a personalidade jurídica ainda que não tenha havido confusão 
patrimonial ou desvio de finalidade, basta que se configure alguma das hipóteses previstas no art. 28, 
ou ainda a verificação genérica de dano ao consumidor prevista no §5º. Daí o nome de Teoria Menor, 
pois ela exige menos requisitos para ser aplicada. 
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No Direito Civil, portanto, aplica-se a Teoria Maior! Por isso, deve-se comprovar o abuso de 
personalidade caracterizado pelo desvio de finalidade ou a confusão patrimonial. Evidentemente 
que a aplicação da Teoria Maior nas relações interprivadas em geral não afasta a aplicação da Teoria 
Menor nas relações regidas pelo microssistema consumerista, e nem as peculiaridades das demais 
searas (trabalhista, tributária etc.), como afiança o Enunciado 51 do CJF. 
 
 
Fica a dica: a Teoria Maior é aplicável à maioria das relações jurídicas, 
aplicando-se a maior lei, o CC/2002, ao passo que a Teoria Menor é aplicada a 
um conjunto menor de relações jurídicas, aplicando-se a menor lei, o CDC, 
apenas! DECORE! 
C. Requisitos 
De modo a tentar afastar os excessos, preencher as lacunas e evitar o casuísmo, a Lei 13.874/2019 deu 
nova redação ao art. 50 do CC/2002. 
O §1º do art. 50 agora prevê textualmente o que seja o desvio de finalidade. Segundo ele, 
desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar 
credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. Além disso, o §5º 
evidencia que não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da 
finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. Ou seja, o CNAE de 
uma sociedade empresarial indica a finalidade econômica daquela pessoa jurídica, mas isso 
TEORIA MAIOR
previsão: art. 50 do CC
Requisitos:
abuso de personalidade +
desvio de finalidade ou
confusão patrimonial
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não será indicativo para verificação de desvio de finalidade jurídica. Assim, se uma pessoa jurídica 
presta serviços contábeis, e inicia venda de produtos de papelaria, desvirtua sua finalidade econômica, 
mas não sua finalidade jurídica. Não há abuso de personalidade, portanto. 
Já o §2º estabeleceu no texto legal o conceito de confusão patrimonial. De acordo com a norma, entende-
se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada 
por (i) cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou 
vice-versa; (ii) transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os 
de valor proporcionalmente insignificante; e (iii) outros atos de descumprimento da autonomia 
patrimonial. 
D. Ampliação do alcance 
Ao contrário, cabe também a chamada “desconsideração inversa da personalidade 
jurídica”, quando a pessoa física se utiliza da pessoa jurídica, indevidamente, para se 
“blindar” de ataques contra seu patrimônio. 
O fundamento é o mesmo: evitar o abuso no uso da personalidade jurídica. Faz-se, nesse 
caso, uma interpretação teleológica do art. 50, de modo a permitir que se busque o 
patrimônio da pessoa física “escondido” atrás da pessoa jurídica. 
O CPC/2015, inclusive, trouxe regras acerca de um novo incidente processual, o incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica. Esse novo procedimento tem profundo e importante 
impacto no exercício do direito material. 
Finalmente, com a Lei 13.874/2019, a desconsideração inversa da personalidade jurídica integra 
também o texto do CC/2002. Prevê o art. 50, §3º, que os requisitos e consequências da aplicação da 
Teoria Maior também se aplicam à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa 
jurídica. 
Há discussão acerca da responsabilização da pessoa jurídica por atos praticados pelos administradores 
com abuso de poder ou com violação ao objeto da pessoa jurídica. Esse é um tema, a rigor, de Direito 
Empresarial, mas cujas linhas gerais se extraem daqui. 
Como se extrai da interpretação inversa do art. 47 não obrigam a pessoa jurídica os atos dos 
administradores, exercidos fora dos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. É uma 
forma de proteção da pessoa jurídica contra os atos das pessoas naturais que lhe administram (lembre-
se, são pessoas distintas), derivada da Ultra Vires Doctrine do direito anglo-saxônico. 
No entanto, quanto aos terceiros de boa-fé que contrataram com a pessoa jurídica por meio de 
ato exorbitante do administrador, ela continua responsável, por aplicação da Teoria da 
Aparência e do princípio da boa-fé objetiva. É esse o sentido que se sedimentou, inclusive, no 
Enunciado 145 da III Jornada de Direito Civil. 
Pode-se falar, inclusive, na desconsideração positiva da personalidade jurídica. Essa modalidade 
ocorre quando requerida pelo próprio devedor para conservar seu patrimônio mínimo, notadamente o 
bem de família que esteja em nome da pessoa jurídica. O STJ (REsp 1.514.567/SP) já aplicou essa 
vertente inclusive. 
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No caso, a Corte entendeu que a pretensão era suspender a personalidade jurídica da sociedade para se 
conferir proteção ao devedor que utiliza imóvel de propriedade da empresa como moradia. Trata-se de 
forma de justificar proteção conferida pela Lei 8.009/1990 a imóvel pertencente à pessoa jurídica, no 
qual residam os sócios. 
A desconsideração sempre foi utilizada num viés negativo, com pretensão punitiva ou repressiva. No 
caso da desconsideração positiva, ao reverso, ela é utilizada sob o ponto de vista premial, de 
incoercibilidade, ou seja, para salvaguarda patrimonial, em cumprimento aos ditames constitucionais 
da dignidade da pessoa humana. 
Em arremate, é possível visualizar a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica sob 
diversas formas: 
 
A letra da Lei 
Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não 
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é 
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são 
importantes à prova. 
Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar 
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto 
legal para que você não preciseprocurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos 
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos. 
Vamos lá! 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
1. Desconsideração direta ou comum da personalidade jurídica
2. Desconsideração inversa ou invertida da personalidade jurídica
3. Desconsideração indireta ou reflexa da personalidade jurídica
4. Desconsideração econômica ou expansiva da personalidade jurídica
5. Desconsideração positiva da personalidade jurídica
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III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha 
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas 
deste Código. 
III Jornada de Direito Civil 
 
Enunciado 141: A remissão do art. 41, parágrafo único, do Código Civil às pessoas jurídicas 
de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, diz respeito às 
fundações públicas e aos entes de fiscalização do exercício profissional. 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
§ 1 o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações 
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos 
constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
§ 2 o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são 
objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
§ 3 o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
III Jornada de Direito Civil 
 
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Enunciado 142: Os partidos políticos, os sindicatos e as associações religiosas possuem 
natureza associativa, aplicando-se-lhes o Código Civil. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo. 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de 
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial e em 
seus atos constitutivos, poderão realizar suas assembleias gerais por meio eletrônico, inclusive para os 
fins do disposto no art. 59 deste Código, respeitados os direitos previstos de participação e de 
manifestação. 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer 
interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou 
administradores. 
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e 
segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a 
geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos. 
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Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou 
pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações 
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa 
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o 
propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, 
caracterizada por: 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor 
proporcionalmente insignificante; e 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de 
sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste 
artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da 
atividade econômica específica da pessoa jurídica. 
Código de Defesa do Consumidor 
 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em 
detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, 
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração 
também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento 
ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
 
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade 
for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos 
consumidores. 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, 
ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídicaestiver inscrita, a averbação de sua dissolução. 
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§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas 
jurídicas de direito privado. 
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 40 AO 52) 
FCC 
1. (FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Judiciária) As pessoas jurídicas de 
direito privado, elencadas no Código Civil, sem prejuízo de previsão em legislação especial e em seus atos 
constitutivos devidamente registrados, poderão 
a) anular, em até seis meses, as decisões tomadas pela maioria de votos dos presentes, ainda que o ato 
constitutivo dispuser de modo contrário. 
b) realizar suas assembleias gerais por meios eletrônicos, inclusive para os fins de destituir os 
administradores e alterar o estatuto, respeitados os direitos previstos de participação e manifestação. 
c) ter sua existência legal reconhecida após a lavratura e aprovação de seu ato constitutivo em assembleia. 
d) anular a sua constituição, a qualquer tempo, desde que constatado defeito no ato constitutivo. 
e) realizar suas assembleias gerais para nomear administrador provisório, caso a administração venha a 
faltar. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, nos termos do CC/2002: 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Decai 
em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a 
lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
A alternativa B está correta, por ser a literalidade do CC/2002: 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: 
I – destituir os administradores; 
II – alterar o estatuto. 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o 
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. 
A alternativa C está incorreta, nos termos do CC/2002: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição 
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização 
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ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo. 
A alternativa D está incorreta, nos termos do CC/2002: 
Art. 45, parágrafo único, CC: Decai em três anos o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro. 
e A alternativa E está incorreta, nos termos do CC/2002: 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
2. (FCC - 2022 - SEFAZ-AP - Fiscal da Receita Estadual - Conhecimentos Gerais) Acerca da 
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária, considere: 
I. Permite que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos sócios da pessoa jurídica, desde que beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
II. Permite, em determinados casos, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores, ainda que não sejam sócios. 
III. Pode ser determinada com fundamento na mera circunstância de a sociedade integrar um grupo 
econômico, por ligação de controle ou coligação. 
IV. Pode ser determinada de ofício, pelo juiz, em processo judicial, ou pelo órgão julgador, em processo 
administrativo sancionador, independentemente de ordem judicial, desde que garantidos o contraditório e 
a ampla defesa. 
De acordo com o Código Civil, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) II e III. 
Comentários 
Analisemos uma a uma as assertivas: 
O Item I é correto, nos termos do CC/2002: 
Art. 50, caput, parte final do Cód. Civil: "Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica 
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
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O Item II é correto, nos termos do CC/2002: 
Art. 50, §3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão 
das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
O Item III é incorreto, nos termos do CC/2002: 
Art. 50, §4º do Cód. Civil: § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos 
requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da 
personalidade da pessoa jurídica. 
O Item IV é incorreto, nos termos do CC/2002: 
Art. 50, caput, do Cód. Civil: "Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado 
pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la 
para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos 
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta 
ou indiretamente pelo abuso. 
Art. 133, caput do CPC: Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no 
processo. 
Gabarito: A (I e II) 
3. (FCC - SEFAZ-SC – Analista da Receita Estadual – 2021) De acordo com o Código Civil, a existência 
legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a 
a) publicação, no Diário Oficial, da autorização ou aprovação do Poder Executivo para o seu funcionamento, 
nos casos em que uma coisa ou outra seja necessária. 
b) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, independentemente, em qualquer caso, de prévia 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
c) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
d) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
e) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), independentemente, em qualquer caso, 
de prévia autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
Comentários 
O início das pessoas jurídicas ocorre com a inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, devendo 
ser precedida, quando necessário, se autorização ou aprovação do Poder Executivo, nos termos do art. 45 
do CC/2002: “Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
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ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder 
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”. 
Gabarito: D 
4. (FCC/ AFAP – 2019) No tocante à personalidade jurídica das sociedades, 
a) aplica-se a elas a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva - mas não subjetiva - 
e direito à reparação de danos materiais e morais. 
b) aplica-se a elas parcialmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva, mas 
não tendo direito à reparação dos danos morais, embora possa indenizar-se dos prejuízos materiais. 
c) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, porque são uma ficção jurídica e não 
possuem honra de nenhuma espécie, podendo pleitear apenas a reparação de danos materiais. 
d) aplica-se a elas integralmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra subjetiva e 
objetiva e podendo pleitear a reparação dos danos materiais e morais. 
e) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, que é exclusiva às pessoas físicas, mas 
podem ajuizar demandas reparatórias materiais e morais. 
Comentários 
A alternativa A está correta, uma vez que, as pessoas jurídicas possuem personalidade jurídica, mas é 
protegida a honra objetiva, já que, não há como aferir a honra subjetiva, pois esta é inerente aos seres 
humanos, conforme o art. 52: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade”. Ainda, a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, mais uma vez, sendo aferido com critérios 
objetivos, de acordo com a Súmula 227 do STJ: "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. 
A alternativa B está incorreta, pois, a pessoa jurídica tem o direito à reparação de danos morais e materiais, 
conforme a Súmula 227, do STJ. 
A alternativa C está incorreta, as pessoas jurídicas possuem direitos de personalidade, no que couber, sendo 
estes protegidos pela lei, conforme o art. 52. 
A alternativa D está incorreta, eis que, a pessoa jurídica não possui honra subjetiva, apenas objetiva. 
A alternativa E está incorreta, porque são assegurados os direitos de personalidades as pessoas jurídicas, 
segundo Art. 52. 
5. (FCC/ SEAD-AP – 2018) À luz do disposto no Código Civil, considere: 
I. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
II. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for possível, ainda que 
improvável, a morte de quem, segundo ao menos duas testemunhas, estava em perigo de vida. 
III. Cessará, para os menores, a incapacidade, pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público ou particular, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. 
IV. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
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Está correto o que consta APENAS de 
a) I e IV. 
b) I e II. 
c) II e IV. 
d) II e III. 
e) I e III. 
Comentários 
A afirmativa I está correta, pois os direitos de personalidade das pessoas jurídicas também possuem 
proteção, diante do que dispõe o art. 52: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade”. 
A afirmativa II está incorreta, porque, apenas é declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, 
se for extremamente provável a morte da pessoa, conforme o art. 7°, inc. I: “Pode ser declarada a morte 
presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo 
de vida”. 
A afirmativa III está incorreta, uma vez que, a pela concessão dos pais, apenas ocorrerá a emancipação por 
instrumento público, não sendo válida a concessão por instrumento particular, de acordo com o art. 5º, 
Parágrafo único, inc. I: “Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles 
na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos”. 
A afirmativa IV está correta, conforme literalidade do art. 19: “O pseudônimo adotado para atividades lícitas 
goza da proteção que se dá ao nome”. 
Gabarito: A (I e IV) 
6. (FCC/ DPE-AM – 2018) Quanto ao dano moral, considere: 
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento danoso. 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de 
exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e IV. 
e) I e II. 
Comentários 
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A afirmativa I está correta, pois a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, de acordo com a Súmula 227, do 
STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. 
A afirmativa II está incorreta, já que, a correção monetária incide desde o arbitramento do dano moral, 
conforme a Súmula 362, do STJ: “A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde 
a data do arbitramento”. 
A afirmativa III está incorreta, porque a apresentação de cheque pré-datado caracteriza dano moral, nos 
termos da Súmula 370, do STJ: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado”. 
A afirmativa IV está correta, sendo a literalidade da Súmula 402, do STJ: “O contrato de seguro por danos 
pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão”. 
Gabarito: C (I e IV) 
7. (FCC - Prefeitura de Caruaru - PE - Procurador do Município- 2018) São pessoas jurídicas de direito 
público interno: 
I. fundações. 
II. partidos políticos. 
III. autarquias, inclusive as associações públicas. 
IV. Municípios e Estados. 
Está correto o que se afirma em 
a) III e IV, apenas. 
b) II, III e IV, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) I, II, III e IV. 
e) II e III, apenas. 
Comentários 
As afirmativas III e IV estão corretas. As pessoas jurídicas de direito público interno estão classificadas no 
art. 40 do Código Civil que traz expressamente em seu texto: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
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IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Gabarito: A (III e IV) 
8. (FCC - ALESE - Analista Legislativo - Apoio Jurídico- 2018) A empresa Joli's Doces e Guloseimas 
tornou-se insolvente porque todos os seus sócios passaram a desviar recursos da empresa para contas 
pessoais, abusando da personalidade jurídica e causando confusão patrimonial. Em ação de execução de 
crédito decorrente de compra e venda de insumos, uma empresa fornecedora da Joli's Doces e Guloseimas 
a) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que é cabível apenas nas relações 
regidas pelo Código de Defesa do Consumidor. 
b) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, a fim de que os bens dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica respondam pela dívida contraída pela empresa. 
c) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que implica a extinção da empresa. 
d)poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, para excussão dos bens do administrador 
da empresa, porém não de seus sócios. 
e) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, pois a empresa e seus sócios não se 
confundem. 
Comentários 
O art. 50 do CC/2002 consagra o dispositivo da desconsideração da personalidade jurídica, que se dá pelo 
abuso da autonomia da personalidade. Caracteriza-se o abuso, segundo a doutrina, pelo desvio da finalidade 
(conforme a teoria subjetiva) e pela confusão patrimonial (pela teoria objetiva), sendo então o abuso um 
elemento necessário para a desconsideração da personalidade jurídica. O assunto está regulado pelo 
CC/2002: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
Gabarito: B 
9. (FCC/ ATESP – 2017) Entre as pessoas jurídicas classificadas, pelo Código Civil Brasileiro (Lei n° 
10.406/2002) como de direito público interno, inserem-se 
I. a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
II. as Autarquias, inclusive as associações públicas. 
III. as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
IV. os territórios. 
V. partidos políticos. 
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==2c9479==
 
 
 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e V. 
b) II e V. 
c) I, II e V. 
d) I, II e III. 
e) I, II e IV. 
Comentários 
O Item I está correto, pois todas as pessoas descritas são jurídicas de direito público interno, conforme o art. 
41, incs. I, II e III: “São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal 
e os Territórios; III - os Municípios”. 
O Item II está correto, já que, também se tratam de pessoas jurídicas de direito público interno, de acordo 
com o art. 41, inc. IV: “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive as 
associações públicas”. 
O Item III está incorreto, porque em regra, as empresas públicas e sociedades de economia mista são regidas 
pelo direito privado, nos termos do art. 41, parágrafo único: “Salvo disposição em contrário, as pessoas 
jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, 
quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código”. 
O Item III está correto, pois os territórios são pessoas jurídicas de direito público interno, de acordo com o 
art. 41, inc. II: “São pessoas jurídicas de direito público interno: II - os Estados, o Distrito Federal e os 
Territórios; 
O Item V é incorreto, eis que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme dispõe 
o art. 44, inc. V: “São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos. 
Gabarito: E (I, II e IV) 
10. (FCC/ TRT- 24° REGIÃO – 2017) Sobre as pessoas jurídicas, à luz do Código Civil: 
a) o prazo decadencial para anulação da constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do 
ato respectivo, é de 5 anos, contado o prazo da publicação da sua inscrição no registro. 
b) os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público. 
c) o juiz poderá nomear administrador provisório à sociedade, a requerimento de qualquer interessado, se 
a administração da pessoa jurídica vier a faltar. 
d) se uma determinada pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão, em regra, por 
no mínimo 1/3 dos votos dos presentes. 
e) cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela não subsistirá para os fins de liquidação, 
uma vez que possui efeitos imediatos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, dado que, o prazo para a anulação é de três anos, nos termos do CC/2002: 
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Art. 45. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
A alternativa B está incorreta, eis que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, nos 
termos do CC/2002: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. 
A alternativa C está correta, nos termos do CC/2002: 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
A alternativa D está incorreta, já que, neste caso, a decisão deve ser tomada pela maioria dos votos 
presentes, nos termos do CC/2002: 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
A alternativa E está incorreta, pois a pessoa jurídica subsistirá para os fins de liquidação, nos termos do 
CC/2002: 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que está se conclua. 
11. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária- 2017) Luciana e Fernanda são sócias 
em uma sociedade limitada administrada por Renato, que tem por objeto o comércio de artigos 
esportivos. A participação de Luciana na sociedade corresponde a 90% do capital social, ao passo que a de 
Fernanda corresponde a 10%. Havendo abuso da personalidade da sociedade, por conta de desvio de 
finalidade para o qual todos concorreram, o juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade, para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações dela sejam estendidos aos 
bens particulares de 
a) Luciana, apenas. 
b) Luciana e Fernanda, apenas. 
c) Luciana, Fernanda e Renato. 
d) Renato, apenas. 
e) Luciana e Renato, apenas. 
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A despersonalização afetará todos os sócios, sejam diretos ou indiretos, pois respondem subsidiariamente 
com extensão aos seus bens particulares em relação as obrigações que superam o capital social. O 
Consagrado art. 50 do Código Civil prevê que: ”Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado 
pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de 
sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
Gabarito: C 
12. (FCC - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito- 2017) Conforme esclarece 
Maria Helena Diniz, “a pessoa jurídica é uma realidade autônoma, capaz de direitos e obrigações, 
independentemente dos membros que a compõem, com os quais não tem nenhum vínculo, agindo, por si 
só, comprando, vendendo, alugando etc., sem qualquer ligação com a vontade individual das pessoas 
físicas que dela fazem parte. Realmente, seus componentes somente responderão por seus débitos dentro 
dos limites do capital social, ficando a salvo o patrimônio individual” (Curso de Direito Civil Brasileiro – v. 
1, Editora Saraiva, 21. ed., p. 272). Essa circunstância pode, contudo, gerar abusos e prejuízos aos credores 
e, para coibi-los, desenvolveu-se a teoriada desconsideração da pessoa jurídica, a disregard doctrine do 
direito norte-americano. No ordenamento jurídico brasileiro, tal doutrina 
a) não se aplica, salvo para obrigações tributárias em caso de decretação de falência. 
b) aplica-se, exclusivamente, para preservação de direitos decorrentes de relações trabalhistas ou outras 
onde se evidencie a hipossuficiência da parte lesada. 
c) foi introduzida a partir do Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/1990), aplicando-se apenas às 
relações de consumo e de prestação de serviços públicos. 
d) importa a dissolução da pessoa jurídica, sendo aplicada apenas em situações estabelecidas em lei e 
quando haja fraude comprovada. 
e) não retira a personalidade jurídica, mas apenas a desconsidera em determinadas situações, envolvendo 
atos fraudulentos ou abusivos, mediante decisão judicial que permite alcançar patrimônio pessoal dos 
sócios. 
Comentários 
A doutrina se dividiu criando duas correntes, quais sejam a teoria maior e a teoria menor. Na teoria maior, 
adotada pelo Código Civil, que também é conhecida como teoria subjetiva, o magistrado, usando de seu livre 
convencimento, se entender que houve fraude ou abuso de direito, pode aplicar a desconsideração da 
personalidade jurídica. Já teoria menor da desconsideração, basta a prova de insolvência da pessoa jurídica 
para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de 
confusão patrimonial. 
O assunto está regulado pelo CC/2002: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
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certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
Ocorrendo então, que aplica-se a desconsideração da personalidade jurídica não apenas para os abusos que 
ocorreram diretamente, mas também para os abusos que ocorreram de forma indireta que beneficiaram o 
sócio. Ainda, versa o Código Civil no seu art. 50, § 2°, e incisos, trazendo a respeito da confusão patrimonial 
e suas características que: 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por: 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou 
vice-versa; 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor 
proporcionalmente insignificante; 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
Por fim, é importante destacar que a Lei 13.874, de 2019 alterou a redação do art. 50, mais precisamente 
com o § 5°, passando a entender que: “Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da 
finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica”. 
Gabarito: E 
13. (FCC/ SEGEP- MA -2016) Jair é sócio e administrador da pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda., que não 
possui conta corrente, utilizando a conta corrente pessoal de Jair para realizar movimentações financeiras. 
Surpreendido com dificuldades financeiras, decorrentes de suas obrigações pessoais, Jair gastou todos os 
recursos existentes em sua conta corrente. Com isto, a pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda. viu-se 
impossibilitada de honrar compromissos. À vista do ocorrido, Manoel, credor civil da J. Jardinagem Ltda., 
requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de ver penhorados os bens 
particulares e penhoráveis de Jair. De acordo com o Código Civil, tal pedido 
a) deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, autorizando a 
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, com o atingimento dos bens particulares e 
penhoráveis de jair. 
b) não deve ser acatado, pois apenas o abuso da personalidade jurídica caracteriza a desconsideração da 
personalidade jurídica, o que não se dá com a confusão patrimonial. 
c) deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, autorizando a 
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, que leva à sua dissolução. 
d) não deve ser acatado, pois apenas nas relações de consumo se admite a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
e) deve ser acatado, pois o inadimplemento, por si só, autoriza a desconsideração da personalidade jurídica. 
Comentários 
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A alternativa A está correta, pois, neste caso, houve abuso de personalidade, já que houve confusão 
patrimonial entre o patrimônio do administrador e da pessoa jurídica, sendo autorizada a desconsideração 
da personalidade jurídica para atingir os bens particulares do sócio, conforme CC/2002: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que, o abuso de personalidade consiste também na confusão 
patrimonial, permitindo assim, a desconsideração da personalidade jurídica. 
 A alternativa C está incorreta, pois a desconsideração ocorre apenas para que o patrimônio do sócio seja 
atingido, portanto, não há que se falar em dissolução da pessoa jurídica. 
A alternativa D está incorreta, pois a desconsideração da personalidade jurídica não ocorre apenas nas 
relações de consumo, nos termos do art. 50. 
A alternativa E está incorreta, dado que, na Teoria Maior, adotada para as relações não consumeristas, é 
necessário que haja o abuso de personalidade para a desconsideração da personalidade jurídica. 
14. (FCC/ SEGEP- MA -2016) No cumprimento de sentença condenatória transitada em julgado, de 
natureza não fiscal nem ligada às relações de consumo, a Procuradoria do Estado do Maranhão constatou 
que a empresa X Ltda. não possuía bens suficientes ao pagamento do débito. Pretendendo a 
desconsideração da personalidade jurídica da empresa X, a Procuradoria do Estado do Maranhão deverá, 
de acordo com o Código Civil, comprovar 
a) abuso da personalidade jurídica. 
b) que o inadimplemento se deu por ato do cotista majoritário. 
c) a mera insolvência. 
d) má gestão, ainda que o administrador não tenha dado causa a confusão patrimonial ou a desvio de 
finalidade. 
e) que a existência da pessoa jurídica dificulta o ressarcimento do erário, apenas. 
Comentários 
A alternativa A está correta, pois, para que haja a desconsideração da personalidade jurídica, é necessário 
comprovar o abuso de personalidade jurídica, nos termos do CC/2002: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
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administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
A alternativa B está incorreta, pois o mero inadimplemento nãoautoriza a desconsideração da 
personalidade jurídica nas relações não consumeristas, mas assim, o abuso de personalidade, que deve ser 
praticado por um dos sócios ou administradores. 
A alternativa C está incorreta, porque a mera insolvência não autoriza a desconsideração da personalidade 
jurídica neste caso, visto que não se trata de relação de consumo. 
A alternativa D está incorreta, pois a má-gestão não autoriza a desconsideração da personalidade jurídica, 
mas apenas o abuso de personalidade. 
A alternativa E está incorreta, uma vez que, necessário o abuso de personalidade para a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
15. (FCC/ TRT – 9° REGIÃO – 2015) G e R são sócios da pessoa jurídica Tex, a qual, em razão da crise 
econômica, deixou de honrar compromissos com o fornecedor Xis, que requereu, em ação de execução, a 
penhora dos bens de G e R. De acordo com o Código Civil, o pedido deverá ser 
a) indeferido, pois a desconsideração da personalidade jurídica somente é possível com a decretação da 
falência. 
b) deferido, independentemente de qualquer requisito, pois os sócios respondem, em regra, direta e 
pessoalmente pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica. 
c) deferido apenas se comprovado que tex não possui recursos para pagamento do débito. 
d) indeferido, pois em nenhuma hipótese os sócios respondem pelas obrigações contraídas pela pessoa 
jurídica. 
e) deferido se comprovado abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, dado que, a desconsideração da personalidade jurídica ocorre com o abuso 
de personalidade, independentemente da decretação de falência. 
A alternativa B está incorreta, pois a desconsideração da personalidade jurídica deve ser indeferida, pois o 
patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da pessoa jurídica. 
A alternativa C está incorreta, dado que, o inadimplemento apenas é considerado para a desconsideração 
da personalidade jurídica nas relações consumeristas, o que não ocorreu no caso. 
A alternativa D está incorreta, já que, há hipóteses em que os sócios respondem pessoalmente pelas dívidas 
da pessoa jurídica, no caso de abuso de personalidade. 
A alternativa E está correta, já que, apenas seria deferida a desconsideração da personalidade jurídica no 
caso, em caso de abuso de personalidade, conforme dispõe o CC/2002: 
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Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
16. (FCC/TJ-AL – 2015) São pessoas jurídicas de direito público externo 
a) a união e os estados federados, quando celebram contratos internacionais. 
b) somente os organismos internacionais, como a organização das nações unidas. 
c) apenas os estados estrangeiros. 
d) os estados estrangeiros e a união. 
e) os estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito internacional público. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, visto que, a União e os Estados Federados não são pessoas jurídicas de direito 
público externo, mas sim de direito público interno, conforme o art. 41, inc. I e II: “São pessoas jurídicas de 
direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios”. 
A alternativa B está incorreta, dado que, as pessoas de direito público externo não abrangem apenas os 
organismos internacionais, mas também as nações estrangeiras, a Santa Sé, as Uniões Aduaneiras e 
Organizações Internacionais e as demais pessoas regidas pelo direito internacional público, conforme o art. 
42: “São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem 
regidas pelo direito internacional público”. 
A alternativa C está incorreta, conforme a alternativa anterior, não apenas os Estados estrangeiros são 
pessoas de direito público externo. 
A alternativa D está incorreta, visto que, a União é pessoa de direito público interno. 
A alternativa E está correta, pois os Estados estrangeiros e as demais pessoas regidas pelo direito 
internacional público são pessoas jurídicas de direito público externo, conforme o citado art. 42. 
17. (FCC/ MPE-PB – 2015) No que concerne às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
a) as fundações que tiverem finalidade lucrativa serão fiscalizadas pelo ministério público. 
b) as autarquias são pessoas jurídicas de direito privado. 
c) as associações podem ter finalidade lucrativa, de acordo com o que dispuserem a respeito os seus 
estatutos. 
d) o direito de anular deliberações de administradores que forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude 
decai em 3 anos. 
e) nas associações, os direitos e obrigações recíprocos entre os associados devem estar regulamentados no 
respectivo estatuto. 
Comentários 
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A alternativa A está incorreta, visto que, as fundações não podem ter finalidade lucrativa 
A alternativa B está incorreta, porque as Autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, não de 
direito privado, conforme o art. 41, inc. IV do CC/2002: “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - 
as autarquias, inclusive as associações públicas”. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que, as associações não podem ter finalidade lucrativa, nos termos 
do CC/2002: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos”. 
A alternativa D está correta, nos exatos termos do art. 48, parágrafo único do CC/2002: “Decai em três anos 
o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem 
eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude”. 
A alternativa E está incorreta, pois não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos, conforme o 
art. 53, parágrafo único do CC/2002. 
18. (FCC/ TJ-PE – 2015) Segundo a legislação civil vigente, 
a) a proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as pessoas jurídicas. 
b) aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
c) apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da 
personalidade. 
d) para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que também ocorra dano 
patrimonial. 
e) às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois os direitos de personalidade só se aplicam as pessoas jurídicas no que 
couber, conforme o art. 52 do CC/2002: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade”. 
 A alternativa B está correta, já que, no que couber, as pessoas jurídicas tem seus direitos de personalidade 
protegidos, podendo inclusive, sofrer dano moral, conforme a Súmula 227, do Superior Tribunal de Justiça: 
“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. 
A alternativa C está incorreta, porque não apenas o nome é protegido, mas os demais direitos de 
personalidade que couberem a pessoa jurídica. 
 A alternativa D está incorreta, dado que, para a caracterização do dano moral, não é necessário o dano 
patrimonial, conforme entendimento do STJ: 
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. A prova do fato que gerou lesão à 
reputação da pessoa jurídica é suficiente para a indenizaçãodo dano moral, nada 
importando que daí tenha resultado, ou não, prejuízo patrimonial. Agravo regimental não 
provido. (STJ; AgRg no Ag 970204 SC; Julgamento: 02/09/2008). 
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A alternativa E está incorreta, pois as pessoas jurídicas também podem sofrer dano moral, segundo a 
Súmula: 227, do STJ. 
19. (FCC/ TRE - RR – 2015) No tocante as pessoas jurídicas, considere: 
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
do ato respectivo, é de dois anos a contar da publicação de sua inscrição no registro. 
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de 
votos dos presentes. Neste caso, o prazo decadencial para anular as referidas decisões que violarem 
a lei ou estatuto é de dois anos. 
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III 
b) I e II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I e IV. 
Comentários 
A afirmativa I está correta, pois ambas são pessoas jurídicas de direito privado, conforme o art. 44, incs. IV 
e V do CC/2002: “São pessoas jurídicas de direito privado: IV - as organizações religiosas; V - os partidos 
políticos”. 
A afirmativa II está incorreta, já que, o prazo é de três anos, conforme o art. 45, parágrafo único do CC/2002: 
“Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro”. 
A afirmativa III está incorreta, já que, o prazo para anular as decisões é de três anos, nos termos do art. 48 
caput e parágrafo único do CC/2002: “Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Parágrafo 
único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei 
ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude”. 
A afirmativa IV está correta, exatamente como dispõe o art. 52 do CC/2002: “Aplica-se às pessoas jurídicas, 
no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”. 
Gabarito: E (I e IV) 
20. (FCC - 2022 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) De acordo com o Código 
Civil, a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica 
a) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, inclusive 
de ofício, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
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estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, 
independentemente de terem sido ou não beneficiados pelo abuso. 
b) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, somente 
por requerimento da parte ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, independentemente de terem 
sido ou não beneficiados pelo abuso. 
c) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, inclusive 
de ofício, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, desde que 
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
d) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, somente 
por requerimento da parte ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, desde que beneficiados direta 
ou indiretamente pelo abuso. 
e) não constitui desvio de finalidade, nem autoriza, por si só, a desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica. 
Comentários 
Diante da situação narrada, as assertivas devem ser analisadas de acordo com o art. 50 do CC/2002, 
analisemos: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa 
jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer 
natureza. 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por: 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou 
vice-versa; 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor 
proporcionalmente insignificante; 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
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§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o 
caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade 
original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. 
Gabarito: E 
21. (FCC - 2022 - SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual) De acordo com o Código Civil, são 
pessoas jurídicas de direito público interno 
a) as fundações, os partidos políticos e as associações públicas. 
b) a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e os Estados estrangeiros. 
c) os partidos políticos e as sociedades controladas pela União. 
d) as autarquias, inclusive as associações públicas. 
e) as fundações e as autarquias, com exceção das associações públicas. 
Comentários 
Veja que o CC/2002 enumera as pessoas jurídicas de direito público interno no art. 41 do CC, vejamos: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
Gabarito: D 
22. (FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária) A existência legal das pessoas 
jurídicas de direito privado começa com a 
a) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Economia (CNPJ), precedida, 
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
b) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Economia (CNPJ), precedida, em 
todos os casos, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
c) inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
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d) inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, em todos os casos, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
e) publicação, na Imprensa Oficial, da autorização ou aprovação do Poder Executivo da sua inscrição no 
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Economia (CNPJ). 
Comentários 
A questão deve ser analisada a luz do art. 45 do Código Civil Brasileiro: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição 
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização 
ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo. 
Gabarito: C 
23. FCC - 2022 - SEFAZ-AP - Auditor da Receita Estadual - Conhecimentos Gerais) Os partidos políticos 
são pessoas jurídicas de direito 
a) privado, ao passo que organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito público. 
b) privado, ao passo que as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito público. 
c) privado, assim como as fundações e as sociedades de economia mista. 
d) público, assim como as autarquias e as organizações religiosas. 
e) público, assim como as sociedades de economia mista. 
Comentários 
Diante da situação narrada, as assertivas A, B, D e E estão incorretas e devem ser analisadas de acordo com 
o art. 41 e 44 do Código Civil Brasileiro, analisemos: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
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III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 
Gabarito: C 
24. (FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO/MT - Analista Judiciário) De acordo com o Código Civil, a mera 
existência de um grupo econômico 
a) implica responsabilidade solidária dos seus membros pelas obrigações uns dos outros. 
b) implica responsabilidade subsidiária dos seus membros pelas obrigações uns dos outros. 
c) não autoriza, por si só, a desconsideração da personalidade jurídica dos seus integrantes. 
d) basta para configurar confusão patrimonial. 
e) implica responsabilidade pessoal dos sócios e administradores pelas obrigações das pessoas jurídicas que 
o integram. 
Comentários 
Esta questão trata de literalidade do art. 50 do CC/2002, veja: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o 
caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
Gabarito: C 
25. (FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria) De acordo com o artigo 44 do Código Civil, 
são pessoas jurídicas de direito privado as 
a) sociedades, as autarquias e as fundações. 
b) associações, as organizações religiosas e os partidos políticos. 
c) fundações, as sociedades e as agências reguladoras. 
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d) empresas individuais com responsabilidade limitada, a União e os partidos políticos. 
e) organizações religiosas, os Municípios e as associações. 
Comentários 
O CC/2002 lista quais são as pessoas jurídicas de direito privado. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
Gabarito: B 
26. (FCC - 2021 - SEFAZ-SC - Analista da Receita Estadual) De acordo com o Código Civil, a existência 
legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a 
a) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, independentemente, em qualquer caso, de prévia 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
b) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
c) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
d) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), independentemente, em qualquer caso, 
de prévia autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
e) publicação, no Diário Oficial, da autorização ou aprovação do Poder Executivo para o seu funcionamento, 
nos casos em que uma coisa ou outra seja necessária. 
Comentários 
Já que a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, nos termos do CC/2002: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição 
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização 
ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo. 
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Gabarito: C 
27. (FCC - 2019 - TJ-MA - Oficial de Justiça) Quanto às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
a) Obrigam a pessoa jurídica os atos de seus administradores, exercidos ou não nos limites dos poderes 
definidos no ato constitutivo. 
b) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades, 
ainda que pendente de registro seus atos constitutivos. 
c) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que 
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se 
houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
d) Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões tomar-se-ão sempre pela maioria de votos 
dos presentes. 
e) Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, o 
cancelamento de sua inscrição será imediato. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, já que a pessoa jurídica é representada pela pessoa natural e, por meio dela, 
irá manifestar a sua vontade. Em regra, essa pessoa é indicada no próprio ato constitutivo (art. 46, inciso II 
do CC). Em caso de omissão, ela será representada pelos seus diretores. Os atos praticados por tais pessoas 
acabam por vincular a própria pessoa jurídica. 
A alternativa B está incorreta, já que começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com 
o início efetivo de suas atividades, ainda que pendente de registro seus atos constitutivos. Veja CC/2002: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição 
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,de autorização 
ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo. 
A alternativa C está correta, já que está em harmonia com CC/2002: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos 
dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
A alternativa D está incorreta, nos termos do CC/2002: 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
A alternativa E está incorreta, nos termos do CC/2002: 
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Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
28. (FCC - 2019 - AFAP - Analista de Fomento – Crédito) No tocante à personalidade jurídica das 
sociedades, 
a) aplica-se a elas a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva - mas não subjetiva - 
e direito à reparação de danos materiais e morais. 
b) aplica-se a elas parcialmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva mas não 
tendo direito à reparação dos danos morais, embora possa indenizar-se dos prejuízos materiais. 
c) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, porque são uma ficção jurídica e não 
possuem honra de nenhuma espécie, podendo pleitear apenas a reparação de danos materiais. 
d) aplica-se a elas integralmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra subjetiva e 
objetiva e podendo pleitear a reparação dos danos materiais e morais. 
e) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, que é exclusiva às pessoas físicas, mas podem 
ajuizar demandas reparatórias materiais e morais. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme art. 52 do CC/2002: "aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a 
proteção dos direitos da personalidade". 
A alternativa B está incorreta, pois os direitos da personalidade da pessoa jurídica podem sofrer danos 
morais. Veja súmula 227, do STJ: 
As pessoas jurídicas podem funcionar no pólo ativo das ações de indenizações por dano 
moral, desde que devidamente demonstrada que houve flagrante ofensa à sua honra 
objetiva. 
A alternativa C está incorreta, nos termos do CC/2002: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
A alternativa D está incorreta, já que em conformidade com o que já foi dito, a proteção da personalidade 
das pessoas jurídicas não é integral, mas de modo restrito e acorde com suas especificidades; 
A alternativa E está incorreta, pois o próprio CC/2002 deixa claro que cabe às pessoas jurídicas a proteção 
dos direitos da personalidade (art. 52). 
29. (FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Procurador Legislativo) No que concerne às 
associações, é correto afirmar: 
a) Os associados devem ter iguais direitos, sem que o estatuto possa instituir categorias com vantagens 
especiais. 
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b) Constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins de lazer, culturais ou econômicos. 
c) A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que 
assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
d) A qualidade de associado é transmissível, salvo previsão estatutária contrária. 
e) Cabe privativamente ao Conselho de Administração da associação destituir os administradores e alterar o 
estatuto, por voto de sua maioria qualificada. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais, nos termos do CC/2002: 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias 
com vantagens especiais. 
A alternativa B está incorreta, pois constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem 
para fins não econômicos, nos termos do CC/2002: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos. 
A alternativa C está correta, por ser a literalidade do art. 57 do CC/2002: 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida 
em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no 
estatuto. 
A alternativa D está incorreta, pois a qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário, nos termos do CC/2002: 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
A alternativa E está incorreta, pois o quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de 
eleição dos administradores, nos termos do CC/2002: 
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o 
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores 
30. (FCC - 2018 - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Fiscal de Tributos I – Geral) Em relação às pessoas 
jurídicas, é certo que 
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a) começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades, 
mesmo que ainda não inscrito seu ato constitutivo no respectivo registro. 
b) obrigam a pessoa jurídica os atos dos seus administradores, exercidos ou não nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo. 
c) se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, de ofício, nomear-lhe-á outro administrador. 
d) nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá 
para os fins de liquidação, até que esta se conclua; encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento 
da inscrição da pessoa jurídica. 
e) a proteção dos direitos da personalidade é exclusiva às pessoas físicas, com exceção somente da proteção 
à marca empresarial. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois contraria o CC/2002: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição 
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização 
ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo. 
A alternativa B está incorreta, pois contraria o CC/2002: 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de 
seus poderes definidos no ato constitutivo. 
A alternativa C está incorreta, pois contraria o CC/2002: 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
A alternativa D está correta, por ser a literalidade do CC/2002: 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
A alternativa E está incorreta, pois contraria o CC/2002: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
Disposições Gerais (Art. 40 Ao 52) 
FCC 
1. (FCC - 2022 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Judiciária) As pessoas jurídicas de 
direito privado, elencadas no Código Civil, sem prejuízo de previsão em legislação especial e em seus atos 
constitutivos devidamente registrados, poderão 
a) anular, em até seis meses, as decisões tomadas pela maioria de votos dos presentes, ainda que o ato 
constitutivo dispuser de modo contrário. 
b) realizar suas assembleias gerais por meios eletrônicos, inclusive para os fins de destituir os 
administradores e alterar o estatuto, respeitados os direitos previstos de participação e manifestação. 
c) ter sua existência legal reconhecida após a lavratura e aprovação de seu ato constitutivo em assembleia. 
d) anular a sua constituição, a qualquer tempo, desde que constatado defeito no ato constitutivo. 
e) realizar suas assembleias gerais para nomear administrador provisório, caso a administração venha a 
faltar. 
2. (FCC - 2022 - SEFAZ-AP - Fiscal da Receita Estadual - Conhecimentos Gerais) Acerca da 
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária, considere: 
I. Permite que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos sócios da pessoa jurídica, desde que beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
II. Permite, em determinados casos, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores, ainda que não sejam sócios. 
III. Pode ser determinada com fundamento na mera circunstância de a sociedade integrar um grupo 
econômico, por ligação de controle ou coligação. 
IV. Pode ser determinada de ofício, pelo juiz, em processo judicial, ou pelo órgão julgador, em processo 
administrativo sancionador, independentemente de ordem judicial, desde que garantidos o contraditório e 
a ampla defesa. 
De acordo com o Código Civil, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) II e III. 
3. (FCC - SEFAZ-SC – Analista da Receita Estadual – 2021) De acordo com o Código Civil, a existência 
legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a 
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a) publicação, no Diário Oficial, da autorização ou aprovação do Poder Executivo para o seu funcionamento, 
nos casos em que uma coisa ou outra seja necessária. 
b) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, independentemente, em qualquer caso, de prévia 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
c) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
d) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
e) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), independentemente, em qualquer caso, 
de prévia autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
4. (FCC/ AFAP – 2019) No tocante à personalidade jurídica das sociedades, 
a) aplica-se a elas a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva - mas não subjetiva - 
e direito à reparação de danos materiais e morais. 
b) aplica-se a elas parcialmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva, mas 
não tendo direito à reparação dos danos morais, embora possa indenizar-se dos prejuízos materiais. 
c) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, porque são uma ficção jurídica e não 
possuem honra de nenhuma espécie, podendo pleitear apenas a reparação de danos materiais. 
d) aplica-se a elas integralmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra subjetiva e 
objetiva e podendo pleitear a reparação dos danos materiais e morais. 
e) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, que é exclusiva às pessoas físicas, mas 
podem ajuizar demandas reparatórias materiais e morais. 
5. (FCC/ SEAD-AP – 2018) À luz do disposto no Código Civil, considere: 
I. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
II. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for possível, ainda que improvável, 
a morte de quem, segundo ao menos duas testemunhas, estava em perigo de vida. 
III. Cessará, para os menores, a incapacidade, pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público ou particular, independentemente de homologação judicial, ou por sentença 
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. 
IV. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
Está correto o que consta APENAS de 
a) I e IV. 
b) I e II. 
c) II e IV. 
d) II e III. 
e) I e III. 
6. (FCC/ DPE-AM – 2018) Quanto ao dano moral, considere: 
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I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento danoso. 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de 
exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e IV. 
e) I e II. 
7. (FCC - Prefeitura de Caruaru - PE - Procurador do Município- 2018) São pessoas jurídicas de direito 
público interno: 
I. fundações. 
II. partidos políticos. 
III. autarquias, inclusive as associações públicas. 
IV. Municípios e Estados. 
Está correto o que se afirma em 
a) III e IV, apenas. 
b) II, III e IV, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) I, II, III e IV. 
e) II e III, apenas. 
8. (FCC - ALESE - Analista Legislativo - Apoio Jurídico- 2018) A empresa Joli's Doces e Guloseimas 
tornou-se insolvente porque todos os seus sócios passaram a desviar recursos da empresa para contas 
pessoais, abusando da personalidade jurídica e causando confusão patrimonial. Em ação de execução de 
crédito decorrente de compra e venda de insumos, uma empresa fornecedora da Joli's Doces e Guloseimas 
a) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que é cabível apenas nas relações 
regidas pelo Código de Defesa do Consumidor. 
b) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, a fim de que os bens dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica respondam pela dívida contraída pela empresa. 
c) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que implica a extinção da empresa. 
d) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, para excussão dos bens do administrador 
da empresa, porém não de seus sócios. 
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==2c9479==
 
 
e) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, pois a empresa e seus sócios não se 
confundem. 
9. (FCC/ ATESP – 2017) Entre as pessoas jurídicas classificadas, pelo Código Civil Brasileiro (Lei n° 
10.406/2002) como de direito público interno, inserem-se 
I. a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
II. as Autarquias, inclusive as associações públicas. 
III. as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
IV. os territórios. 
V. partidos políticos. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e V. 
b) IIe V. 
c) I, II e V. 
d) I, II e III. 
e) I, II e IV. 
10. (FCC/ TRT- 24° REGIÃO – 2017) Sobre as pessoas jurídicas, à luz do Código Civil: 
a) o prazo decadencial para anulação da constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do 
ato respectivo, é de 5 anos, contado o prazo da publicação da sua inscrição no registro. 
b) os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público. 
c) o juiz poderá nomear administrador provisório à sociedade, a requerimento de qualquer interessado, se 
a administração da pessoa jurídica vier a faltar. 
d) se uma determinada pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão, em regra, por 
no mínimo 1/3 dos votos dos presentes. 
e) cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela não subsistirá para os fins de liquidação, 
uma vez que possui efeitos imediatos. 
11. (FCC - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária- 2017) Luciana e Fernanda são sócias 
em uma sociedade limitada administrada por Renato, que tem por objeto o comércio de artigos 
esportivos. A participação de Luciana na sociedade corresponde a 90% do capital social, ao passo que a de 
Fernanda corresponde a 10%. Havendo abuso da personalidade da sociedade, por conta de desvio de 
finalidade para o qual todos concorreram, o juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade, para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações dela sejam estendidos aos 
bens particulares de 
a) Luciana, apenas. 
b) Luciana e Fernanda, apenas. 
c) Luciana, Fernanda e Renato. 
d) Renato, apenas. 
e) Luciana e Renato, apenas. 
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12. (FCC - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito- 2017) Conforme esclarece 
Maria Helena Diniz, “a pessoa jurídica é uma realidade autônoma, capaz de direitos e obrigações, 
independentemente dos membros que a compõem, com os quais não tem nenhum vínculo, agindo, por si 
só, comprando, vendendo, alugando etc., sem qualquer ligação com a vontade individual das pessoas 
físicas que dela fazem parte. Realmente, seus componentes somente responderão por seus débitos dentro 
dos limites do capital social, ficando a salvo o patrimônio individual” (Curso de Direito Civil Brasileiro – v. 
1, Editora Saraiva, 21. ed., p. 272). Essa circunstância pode, contudo, gerar abusos e prejuízos aos credores 
e, para coibi-los, desenvolveu-se a teoria da desconsideração da pessoa jurídica, a disregard doctrine do 
direito norte-americano. No ordenamento jurídico brasileiro, tal doutrina 
a) não se aplica, salvo para obrigações tributárias em caso de decretação de falência. 
b) aplica-se, exclusivamente, para preservação de direitos decorrentes de relações trabalhistas ou outras 
onde se evidencie a hipossuficiência da parte lesada. 
c) foi introduzida a partir do Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/1990), aplicando-se apenas às 
relações de consumo e de prestação de serviços públicos. 
d) importa a dissolução da pessoa jurídica, sendo aplicada apenas em situações estabelecidas em lei e 
quando haja fraude comprovada. 
e) não retira a personalidade jurídica, mas apenas a desconsidera em determinadas situações, envolvendo 
atos fraudulentos ou abusivos, mediante decisão judicial que permite alcançar patrimônio pessoal dos 
sócios. 
13. (FCC/ SEGEP- MA -2016) Jair é sócio e administrador da pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda., que não 
possui conta corrente, utilizando a conta corrente pessoal de Jair para realizar movimentações financeiras. 
Surpreendido com dificuldades financeiras, decorrentes de suas obrigações pessoais, Jair gastou todos os 
recursos existentes em sua conta corrente. Com isto, a pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda. viu-se 
impossibilitada de honrar compromissos. À vista do ocorrido, Manoel, credor civil da J. Jardinagem Ltda., 
requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de ver penhorados os bens 
particulares e penhoráveis de Jair. De acordo com o Código Civil, tal pedido 
a) deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, autorizando a 
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, com o atingimento dos bens particulares e 
penhoráveis de jair. 
b) não deve ser acatado, pois apenas o abuso da personalidade jurídica caracteriza a desconsideração da 
personalidade jurídica, o que não se dá com a confusão patrimonial. 
c) deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, autorizando a 
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, que leva à sua dissolução. 
d) não deve ser acatado, pois apenas nas relações de consumo se admite a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
e) deve ser acatado, pois o inadimplemento, por si só, autoriza a desconsideração da personalidade jurídica. 
14. (FCC/ SEGEP- MA -2016) No cumprimento de sentença condenatória transitada em julgado, de 
natureza não fiscal nem ligada às relações de consumo, a Procuradoria do Estado do Maranhão constatou 
que a empresa X Ltda. não possuía bens suficientes ao pagamento do débito. Pretendendo a 
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desconsideração da personalidade jurídica da empresa X, a Procuradoria do Estado do Maranhão deverá, 
de acordo com o Código Civil, comprovar 
a) abuso da personalidade jurídica. 
b) que o inadimplemento se deu por ato do cotista majoritário. 
c) a mera insolvência. 
d) má gestão, ainda que o administrador não tenha dado causa a confusão patrimonial ou a desvio de 
finalidade. 
e) que a existência da pessoa jurídica dificulta o ressarcimento do erário, apenas. 
15. (FCC/ TRT – 9° REGIÃO – 2015) G e R são sócios da pessoa jurídica Tex, a qual, em razão da crise 
econômica, deixou de honrar compromissos com o fornecedor Xis, que requereu, em ação de execução, a 
penhora dos bens de G e R. De acordo com o Código Civil, o pedido deverá ser 
a) indeferido, pois a desconsideração da personalidade jurídica somente é possível com a decretação da 
falência. 
b) deferido, independentemente de qualquer requisito, pois os sócios respondem, em regra, direta e 
pessoalmente pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica. 
c) deferido apenas se comprovado que tex não possui recursos para pagamento do débito. 
d) indeferido, pois em nenhuma hipótese os sócios respondem pelas obrigações contraídas pela pessoa 
jurídica. 
e) deferido se comprovado abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial. 
16. (FCC/TJ-AL – 2015) São pessoas jurídicas de direito público externo 
a) a união e os estados federados, quando celebram contratos internacionais. 
b) somente os organismos internacionais, como a organização das nações unidas. 
c) apenas os estados estrangeiros. 
d) os estados estrangeiros e a união. 
e) os estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito internacional público. 
17. (FCC/ MPE-PB – 2015) No que concerne às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
a) as fundações que tiverem finalidade lucrativa serão fiscalizadas pelo ministério público. 
b) as autarquias são pessoas jurídicas de direito privado. 
c) as associações podem ter finalidade lucrativa, de acordo com o que dispuserem a respeito os seus 
estatutos. 
d) o direito de anular deliberações de administradores que forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude 
decai em 3 anos. 
e) nas associações, os direitos e obrigações recíprocos entre os associados devem estar regulamentados no 
respectivo estatuto. 
18. (FCC/ TJ-PE – 2015) Segundo a legislação civil vigente, 
a) a proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestritapara as pessoas jurídicas. 
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b) aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
c) apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da 
personalidade. 
d) para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que também ocorra dano 
patrimonial. 
e) às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral. 
19. (FCC/ TRE - RR – 2015) No tocante as pessoas jurídicas, considere: 
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato 
respectivo, é de dois anos a contar da publicação de sua inscrição no registro. 
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos 
dos presentes. Neste caso, o prazo decadencial para anular as referidas decisões que violarem a lei ou 
estatuto é de dois anos. 
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III 
b) I e II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I e IV. 
20. (FCC - 2022 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) De acordo com o Código 
Civil, a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica 
a) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, inclusive 
de ofício, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, 
independentemente de terem sido ou não beneficiados pelo abuso. 
b) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, somente 
por requerimento da parte ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, independentemente de terem 
sido ou não beneficiados pelo abuso. 
c) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, inclusive 
de ofício, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, desde que 
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
d) constitui desvio de finalidade e caracteriza abuso da personalidade jurídica, permitindo ao juiz, somente 
por requerimento da parte ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
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desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, desde que beneficiados direta 
ou indiretamente pelo abuso. 
e) não constitui desvio de finalidade, nem autoriza, por si só, a desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica. 
21. (FCC - 2022 - SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual) De acordo com o Código Civil, são 
pessoas jurídicas de direito público interno 
a) as fundações, os partidos políticos e as associações públicas. 
b) a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e os Estados estrangeiros. 
c) os partidos políticos e as sociedades controladas pela União. 
d) as autarquias, inclusive as associações públicas. 
e) as fundações e as autarquias, com exceção das associações públicas. 
22. (FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária) A existência legal das 
pessoas jurídicas de direito privado começa com a 
a) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Economia (CNPJ), precedida, 
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
b) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Economia (CNPJ), precedida, em 
todos os casos, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
c) inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
d) inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, em todos os casos, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
e) publicação, na Imprensa Oficial, da autorização ou aprovação do Poder Executivo da sua inscrição no 
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Economia (CNPJ). 
23. FCC - 2022 - SEFAZ-AP - Auditor da Receita Estadual - Conhecimentos Gerais) Os partidos políticos 
são pessoas jurídicas de direito 
a) privado, ao passo que organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito público. 
b) privado, ao passo que as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito público. 
c) privado, assim como as fundações e as sociedades de economia mista. 
d) público, assim como as autarquias e as organizações religiosas. 
e) público, assim como as sociedades de economia mista. 
24. (FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO/MT - Analista Judiciário) De acordo com o Código Civil, a mera 
existência de um grupo econômico 
a) implica responsabilidade solidária dos seus membros pelas obrigações uns dos outros. 
b) implica responsabilidade subsidiária dos seus membros pelas obrigações uns dos outros. 
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c) não autoriza, por si só, a desconsideração da personalidade jurídica dos seus integrantes. 
d) basta para configurar confusão patrimonial. 
e) implica responsabilidade pessoal dos sócios e administradores pelas obrigações das pessoas jurídicas que 
o integram. 
25. (FCC - 2022 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria) De acordo com o artigo 44 do Código Civil, 
são pessoas jurídicas de direito privado as 
a) sociedades, as autarquias e as fundações. 
b) associações, as organizações religiosas e os partidos políticos. 
c) fundações, as sociedades e as agências reguladoras. 
d) empresas individuais com responsabilidade limitada, a União e os partidos políticos. 
e) organizações religiosas, os Municípios e as associações. 
26. (FCC - 2021 - SEFAZ-SC - Analista da Receita Estadual) De acordo com o Código Civil, a existência 
legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a 
a) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, independentemente, em qualquer caso, de prévia 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
b) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
c) inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
d) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), independentemente, em qualquer caso, 
de prévia autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
e) publicação, no Diário Oficial, da autorização ou aprovação do Poder Executivo para o seu funcionamento, 
nos casos em que uma coisa ou outra seja necessária. 
27. (FCC - 2019 - TJ-MA - Oficial de Justiça) Quanto às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
a) Obrigam a pessoa jurídica os atos de seus administradores, exercidos ou não nos limites dos poderes 
definidos no ato constitutivo. 
b) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades, 
ainda que pendentede registro seus atos constitutivos. 
c) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que 
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, 
se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
d) Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões tomar-se-ão sempre pela maioria de votos 
dos presentes. 
e) Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, o 
cancelamento de sua inscrição será imediato. 
28. (FCC - 2019 - AFAP - Analista de Fomento – Crédito) No tocante à personalidade jurídica das 
sociedades, 
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a) aplica-se a elas a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva - mas não subjetiva - 
e direito à reparação de danos materiais e morais. 
b) aplica-se a elas parcialmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva mas não 
tendo direito à reparação dos danos morais, embora possa indenizar-se dos prejuízos materiais. 
c) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, porque são uma ficção jurídica e não 
possuem honra de nenhuma espécie, podendo pleitear apenas a reparação de danos materiais. 
d) aplica-se a elas integralmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra subjetiva e 
objetiva e podendo pleitear a reparação dos danos materiais e morais. 
e) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, que é exclusiva às pessoas físicas, mas podem 
ajuizar demandas reparatórias materiais e morais. 
29. (FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Procurador Legislativo) No que concerne às 
associações, é correto afirmar: 
a) Os associados devem ter iguais direitos, sem que o estatuto possa instituir categorias com vantagens 
especiais. 
b) Constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins de lazer, culturais ou econômicos. 
c) A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que 
assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
d) A qualidade de associado é transmissível, salvo previsão estatutária contrária. 
e) Cabe privativamente ao Conselho de Administração da associação destituir os administradores e alterar o 
estatuto, por voto de sua maioria qualificada. 
30. (FCC - 2018 - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Fiscal de Tributos I – Geral) Em relação às pessoas 
jurídicas, é certo que 
a) começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades, 
mesmo que ainda não inscrito seu ato constitutivo no respectivo registro. 
b) obrigam a pessoa jurídica os atos dos seus administradores, exercidos ou não nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo. 
c) se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, de ofício, nomear-lhe-á outro administrador. 
d) nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá 
para os fins de liquidação, até que esta se conclua; encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento 
da inscrição da pessoa jurídica. 
e) a proteção dos direitos da personalidade é exclusiva às pessoas físicas, com exceção somente da proteção 
à marca empresarial. 
 
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GABARITO 
1. B 
2. A 
3. D 
4. A 
5. A 
6. C 
7. A 
8. B 
9. E 
10. C 
11. C 
12. E 
13. A 
14. A 
15. E 
16. E 
17. D 
18. B 
19. E 
20. E 
21. D 
22. C 
23. C 
24. C 
25. B 
26. C 
27. C 
28. A 
29. C 
30. D 
 
 
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Capítulo II – Associações 
As associações são pessoas jurídicas de direito privado formadas para fins não econômicos, 
conforme estabelece o art. 53 do Código Civil. Veja que nada impede que as associações desenvolvam 
atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa. 
Pode a associação ter lucro? Pode ela exercer atividades produtivas? Pode, mas o objetivo 
da associação não pode ser a distribuição de lucro social, exatamente o contrário 
de uma sociedade. Se há distribuição de lucro, portanto, trata-se de uma sociedade, e não 
de uma associação. 
Por exemplo, time de futebol. Boa parte deles é associação esportiva. Os clubes não têm atividades 
lucrativas? Claro que sim, vendendo jogadores, recebendo royalties da televisão, ganhando jogos e 
campeonatos etc. De toda forma, eles não distribuem lucros a seus torcedores ou cartolas. 
Além disso, o parágrafo único do art. 53 prevê que não há, entre os associados, direitos e obrigações 
recíprocos. Não confunda esse dispositivo com a possiblidade de haver direitos e obrigações recíprocos 
entre o associado e a associação; não há entre os associados em si! 
O que deve conter o Estatuto das associações encontra-se no art. 54: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
Esse Estatuto pode prever categorias de associados com vantagens especiais, mas todos eles devem 
ter iguais direitos (art. 55 do Código Civil). Ainda vale lembrar que a destituição dos 
administradores e alteração do estatuto é de competência privativa da assembleia geral, 
convocada especialmente para esse fim. 
Atente para o fato de que a qualidade de associado é intransmissível! A não ser que o 
estatuto permita que isso aconteça, segundo o art. 56 do Código Civil. Quanto ao 
parágrafo único desse artigo, dispõe-se que se o associado for titular de quota ou fração 
ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, por si só, na 
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição 
diversa do estatuto. 
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Capítulo III – Fundações 
A fundação é criada por escritura pública ou por testamento, dotando-a o instituidor de bens 
livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la, 
como destaca o art. 62 do Código Civil. Dessa maneira, o parágrafo único desse artigo mostra sob quais 
fins a fundação poderá constituir-se: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas. 
Na instituição da fundação, seu instituidor deve designar o patrimônio que a compõe. Quando, porém, 
insuficientes os fundos para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados a outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante, segundo dispõe o art. 63. 
É importante destacar queno caso de a fundação ser criada por ato entre vivos, o instituidor é obrigado 
a transferir-lhe a propriedade sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial (art. 64 do Código Civil). 
O papel do Ministério Público, nesse sentido, será de velar pelas fundações, segundo art. 66, de 
acordo com o respectivo Estado onde situadas as fundações. Se sua atividade se estender por 
mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público 
Estadual, na forma do § 2º do art. 66 do Código Civil. 
Veja que a expressão “por mais de um Estado”, contida no referido §2º não exclui o Distrito 
Federal e os Territórios. Nesse caso, caberá o encargo ao MPDFT, como prevê o §1º do art. 66. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Associações e Fundações (Art. 53 Ao 69) 
FCC 
1. (FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO SP - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) Uma 
determinada fundação privada é criada em uma cidade do interior do Estado de São Paulo para fins de 
promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, sendo elaborado o estatuto 
dentro do prazo legal em cumprimento ao que estabelece a legislação em vigor. Após alguns anos 
desempenhando regularmente as atividades para as quais foi instituída é proposto por um de seus 
instituidores a alteração do estatuto da fundação para inclusão de novas atribuições. Neste caso, de acordo 
com o Código Civil, para que se possa alterar o estatuto da fundação, é necessário que a reforma não 
contrarie ou desvirtue o fim desta e, ainda, que seja deliberada 
a) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, o juiz não 
poderá supri-la a requerimento do interessado. 
b) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá 
o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
c) no mínimo, pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo 
órgão do Ministério Público no prazo máximo de 90 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público 
a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
d) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 90 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá 
o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
e) no mínimo, pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo 
órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público 
a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
Comentários 
As fundações consistem na constituição de personalidade jurídica a um determinado bem ou conjunto de 
bens para que tal patrimônio possa ser destinado à execução de certa finalidade de indiscutível escopo 
público e alcance social. A fundação, então, é um conjunto de bens que recebe permissão para atuar no 
mundo jurídico. 
As fundações são organizadas, dotadas de autonomia administrativa e sem qualquer tipo de fim lucrativo, 
tendo como principal objetivo o desenvolvimento de sua finalidade social. 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, 
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se 
quiser, a maneira de administrá-la. 
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Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III – educação 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas 
No caso da questão em tela, a fundação privada foi criada para fins de promoção da ética, da cidadania, da 
democracia e dos direitos humanos, elaborado o estatuto dentro do prazo legal. Após alguns anos 
desempenhando regularmente as atividades, um dos instituidores propôs a alteração do estatuto da 
fundação para inclusão de novas atribuições. Para isso, o texto afirma que é necessário que a reforma não 
contrarie ou desvirtue o fim desta e requer a alternativa que conste corretamente o quórum para sua 
deliberação. 
Neste sentido, o artigo 67 do CC/2002 prevê a possibilidade de alteração do estatuto, ressaltando que é 
necessário que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e 
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado. 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os 
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
Gabarito: B 
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2. (FCC/ CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) No que concerne às associações, é 
correto afirmar: 
a) os associados devem ter iguais direitos, sem que o estatuto possa instituir categorias com vantagens 
especiais. 
b) constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins de lazer, culturais ou econômicos. 
c) a exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que 
assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
d) a qualidade de associado é transmissível, salvo previsão estatutária contrária. 
e) cabe privativamente ao conselho de administração da associação destituir os administradores e alterar o 
estatuto, por voto de sua maioria qualificada. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, já que, o estatuto da associação pode instituir categorias com vantagens 
especiais, conforme CC/2002: 
Art. 55. Os associados devem ter iguais diretos, mas o estatuto poderá instituir categorias 
com vantagens especiais”. 
A alternativa B está incorreta, pois as associações não podem ter fins econômicos, segundo o CC/2002: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos. 
A alternativa C está correta, conforme literalidade do CC/2002: 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida 
em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no 
estatuto. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que, em regra, a qualidade do associado é intransmissível, nos termos 
do CC/2002: 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
A alternativa E está incorreta, pois a competência para destituir os administradores e alterar o estatuto é da 
Assembleia Geral, de acordo com o CC/2002: 
Art. 59.Compete privativamente à Assembleia geral: 
I – destituir os administradores; 
II – alterar o estatuto. 
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Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da Assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o 
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. 
3. (FCC/MPE-PE – 2018) Ricardo, filantropo, pretende criar uma fundação dedicada ao fomento da 
cultura. Para instituí-la, deverá promover dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina. De acordo com o Código Civil, o ato de criação dessa fundação poderá ser realizado 
a) por escritura pública ou testamento, desde que público. 
b) por instrumento particular. 
c) somente por escritura pública. 
d) somente por escritura pública ou testamento, inclusive o particular. 
e) somente por testamento. 
Comentários 
A fundação pode ser realizada por escritura pública ou testamento, de acordo com o disposto do CC/2002: 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura 
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Gabarito: D 
4. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO – 2017) A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que : 
a) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
b) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
c) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder público. 
d) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
e) velará pelas fundações o ministério público federal, quando estenderem a atividade por mais de um 
estado da federação. 
Comentários 
A alternativa A está correta, porque as associações não podem ter fins econômicos, de acordo com o 
CC/2002: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos. 
A alternativa B está incorreta, já que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, nos 
termos do CC/2002: 
Art. 44, inc. V. São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos. 
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A alternativa C está incorreta, uma vez que, o poder público não pode negar reconhecimento ou registro 
dos atos constitutivos para o funcionamento de organizações religiosas, de acordo com o CC/2002: 
Art. 44, § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento 
das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
A alternativa D está incorreta, eis que, as associações públicas são pessoas jurídicas de direito público 
interno, nos termos do CC/2002: 
Art. 41, inc. IV. São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive 
as associações públicas. 
A alternativa E está incorreta, já que, se as atividades se estenderem por mais de um Estado, velará pelas 
fundações os MPs de cada um deles, conforme o 
Art. 66, § 2º. Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada 
um deles, ao respectivo Ministério Público. 
5. (FCC/TRT – 11° REGIÃO – 2017) A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que: 
a) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
b) velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de um 
Estado da Federação. 
c) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
d) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
e) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder público. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, já que, as associações públicas são pessoas jurídicas de direito público interno, 
conforme o CC/2002: 
Art. 41, inc. IV. São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive 
as associações públicas. 
A alternativa B está incorreta, pois, neste caso, o encargo será dos MPs dos estados abrangidos, nos termos 
do CC/2002: 
Art. 66. § 2º. Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada 
um deles, ao respectivo Ministério Público. 
A alternativa C está correta, dado que, as associações não têm finalidade econômica, conforme o CC/2002: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos. 
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A alternativa D está incorreta, eis que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de 
acordo com o CC/2002: 
Art. 44, inc. V. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. 
A alternativa E está incorreta, pois a constituição de organizações religiosas não depende de autorização do 
poder públicos, nos termos do 
Art. 44, § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento 
das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
6. (FCC - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito- 2017) Suponha que um 
conjunto de pessoas pretenda conjugar esforços, organizando-se, mediante a constituição de uma pessoa 
jurídica, para apoiar atividades desportivas, sem finalidade lucrativa. Considerando o rol de pessoas 
jurídicas de direito privado estabelecido na legislação pátria e as características e regime jurídico 
correspondentes, para atingimento dos fins colimados deverá ser constituída 
a) uma fundação. 
b) uma associação. 
c) uma sociedade civil. 
d) um condomínio. 
e) uma agremiação. 
Comentários 
A constituição das associações se dá sem fins econômicos, pois assim são classificadas e beneficiadas com 
essa categorização. Assim trata o art. 53 do CC/2002, deixando também claro a vedação a finalidade 
econômica de associações: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
Gabarito: B 
7. (FCC/ PREFEITURA DE CAMPINAS – SP – 2016) Lourenço adquiriu imóvel em localidade servida por 
“Associação de Moradores”, à qual Lourenço não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, 
Lourenço recebeu, da associação, boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não anuiu, bem como 
comunicado dando conta de que, em Assembleia Geral realizada um ano antes, decidiu-se que todas as 
pessoas que se instalassem no bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentemente de 
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anuência prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a contratação de 
segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe sobre a transmissibilidade da qualidade 
de associado. De acordo com jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, referida 
deliberação 
a) atingirá lourenço, independentemente de qualquer requisito, se comprovado que lourenço se beneficia 
dos serviços mantidos pela associação de moradores. 
b) não atinge lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam 
osnão associados ou que a elas não anuíram. 
c) atinge lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e obrigações recíprocos. 
d) atinge lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a qualidade de associado se transmite 
do antigo para o novo proprietário do imóvel. 
e) não atinge lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores, 
independentemente do que dispõe o estatuto, não possuem caráter obrigatório, ainda que os associados 
tenham a elas anuído. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois o STJ entende que a cobrança de taxa de manutenção do condomínio 
não atinge aos que não anuíram, pois apenas a lei e o contrato podem criar obrigações. 
A alternativa B está correta, pois este é o entendimento do STJ, veja-se: 
As taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam os não 
associados ou os que a elas não anuíram. As obrigações de ordem civil, sejam de natureza 
real sejam de natureza contratual, pressupõem, como fato gerador ou pressuposto, a 
existência de uma lei que as exija ou de um acordo firmado com a manifestação expressa 
de vontade das partes pactuantes, pois, em nosso ordenamento jurídico positivado, há 
somente duas fontes de obrigações: a lei ou o contrato. Nesse contexto, não há espaço 
para entender que o morador, ao gozar dos serviços organizados em condomínio de fato 
por associação de moradores, aceitou tacitamente participar de sua estrutura 
orgânica. REsp 1.280.871-SP e REsp 1.439.163-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. 
para acórdão Min. Marco Buzzi, Segunda Seção, julgados em 11/3/2015, DJe 22/5/2015. 
A alternativa C está incorreta, dado que, não atinge Lourenço pois, este não anuiu a associação, não tendo, 
portanto, direitos e obrigações recíprocos. 
A alternativa D está incorreta, pois Lourenço não anuiu e o silêncio não importa em anuência tácita, 
conforme entendimento do STJ e ao que dispõe o CC/2002: 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da 
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de 
associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
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A alternativa E está incorreta, já que, para os que anuíram a obrigação, esta deve ser cumprida, nos termos 
estabelecidos no estatuto. 
8. (FCC/ TRT -14° REGIÃO – 2016) Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma 
não contrarie ou desvirtue o fim desta e seja deliberada 
a) pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do ministério público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
b) pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do ministério público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
c) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada pelo 
órgão do ministério público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
d) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada pelo 
órgão do ministério público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no 
caso de denegação. 
e) pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do ministério público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado 
no caso de denegação. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois o quórum para alterar o estatuto é de dois terços dos competentes, não 
a maioria simples. 
A alternativa B está incorreta, conforme alternativa anterior. 
A alternativa C está correta, uma vez que, deve ser deliberada por dois terços dos competente, deve ser 
aprovada pelo MP e caso este não aprove, poderá ser suprida pelo juiz a requerimento de algum interessado, 
sendo o que dispõe o art. 67 e incisos: “Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a 
reforma: I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; II - não 
contrarie ou desvirtue o fim desta; III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 
45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, 
a requerimento do interessado”. 
A alternativa D está incorreta, já que, caso o Ministério Público não aprove a alteração estatutária das 
fundações, o juiz poderá supri-la a requerimento do interessado. 
A alternativa E está incorreta, dado que, o quórum de aprovação é de dois terços dos competentes e, caso 
o Ministério Público não aprove a alteração, poderá o juiz supri-la a requerimento do interessado. 
9. (FCC/ TCM-RJ – 2015) No que concerne às fundações, é INCORRETO afirmar: 
a) constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a 
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial. 
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b) para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de 
bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
c) quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não 
dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
d) para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma seja deliberada pela unanimidade 
dos membros competentes para gerir e representar a fundação, bem como que a reforma não contrarie 
ou desvirtue o fim desta. 
e) tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua 
existência, o órgão do ministério público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em 
outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme literalidade do art. 64: “Constituída a fundação por negócio Jurídico 
entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens 
dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial”. 
A alternativa B está correta, dada literalidade do art. 62: “Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, 
por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la”. 
A alternativa C está correta, nos exatos termos do art. 63: “Quando insuficientes para constituir a fundação, 
os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação 
que se proponha a fim igual ou semelhante”. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que, a reforma deve ser deliberada por dois terços dos competentes 
e não por unanimidade, conforme o art. 67, inc. I: “Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister 
que a reforma: I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação” 
A alternativa E está correta, na literalidade do art. 69: “Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidadea que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer 
interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no 
ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou 
semelhante”. 
10. (FCC/ TCM – GO – 2015) No tocante às fundações, considere: 
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de fins 
determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. 
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente, mesmo que 
com fins lucrativos. 
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o 
instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
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==2c9479==
 
 
 
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser modificados, a não ser pela vontade 
unânime de seus dirigentes. 
Está correto o que se afirma em 
a) III e IV, apenas 
b) I, II, III e IV 
c) I, II e IV, apenas. 
d) I, III e IV, apenas. 
e) I e III, apenas. 
Comentários 
A afirmativa I está correta, pois a fundação é a união de bens, sem fins lucrativos, criados para atender 
determinadas finalidade, conforme o art. 62. 
A afirmativa II está incorreta, já que, a fundação não pode ter fins lucrativos, podendo ser criada para os fins 
descritos no art. 62 caput e parágrafo único e incisos: “Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por 
escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-
se para fins de: I – assistência social; II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; III 
– educação; IV – saúde; V – segurança alimentar e nutricional; VI – defesa, preservação e conservação do 
meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; VII – pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e 
conhecimentos técnicos e científicos; VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos 
humanos; IX – atividades religiosas. 
A afirmativa III está correta, na literalidade do art. 63: “Quando insuficientes para constituir a fundação, os 
bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação 
que se proponha a fim igual ou semelhante”. 
A afirmativa IV está incorreta, pois é possível a alteração do estatuto da fundação, desde que cumpridos 
alguns requisitos, dentre eles a provação de dois terços dos competentes, de acordo com o art. 67 e incisos: 
“Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: I - seja deliberada por dois terços 
dos competentes para gerir e representar a fundação; II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; III – seja 
aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou 
no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado”. 
Gabarito: E (I e III) 
11. (FCC/ TCM-GO – 2015) Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos, 
que decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante em sua sede, aberto aos associados e 
familiares, bem como uma loja para vender camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos 
troféus conquistados. Essa conduta: 
a) não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se caracterizaria em ambas as 
situações, só podendo a imagem da associação ser cedida onerosamente a terceiros. 
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b) é possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações podem ter os mesmos fins 
econômicos que uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
c) é possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a realização eventual de negócios 
para manter ou aumentar o patrimônio da associação não a desnatura 
d) é possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois a abertura de um restaurante, 
mesmo que sem ganhos pessoais aos associados, desnatura sua condição de associação, por não ter nexo 
com suas atividades esportivas. 
e) é possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que somente para os associados e 
familiares, pois a venda de uniformes, bolas e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins 
lucrativos que a desnaturam enquanto associação. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois, apesar de não terem fins econômicos, nada impede que a associação 
aufira lucros, desde que sejam revertidos em favor dela, não dos associados. 
 A alternativa B está incorreta, uma vez que, as associações não podem ter finalidade lucrativa, e apesar de 
poder obter lucro, não poderá ocorrer ganhos pessoais aos associados. 
A alternativa C está correta, já que, as associações podem obter lucros, se forem revertidos para o seu 
funcionamento e não havendo repartição entre os associados. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que, a associação poderá fazer qualquer atividade para obter lucro, 
mesmo que de ramo diferente, desde que revertidos em favor da associação. 
A alternativa E está incorreta, conforme alternativas anteriores. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
Associações e Fundações (Art. 53 Ao 69) 
FCC 
1. (FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO SP - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) Uma 
determinada fundação privada é criada em uma cidade do interior do Estado de São Paulo para fins de 
promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, sendo elaborado o estatuto 
dentro do prazo legal em cumprimento ao que estabelece a legislação em vigor. Após alguns anos 
desempenhando regularmente as atividades para as quais foi instituída é proposto por um de seus 
instituidores a alteração do estatuto da fundação para inclusão de novas atribuições. Neste caso, de acordo 
com o Código Civil, para que se possa alterar o estatuto da fundação, é necessário que a reforma não 
contrarie ou desvirtue o fim desta e, ainda, que seja deliberada 
a) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, o juiz não 
poderá supri-la a requerimento do interessado. 
b) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá 
o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
c) no mínimo, pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo 
órgão do Ministério Público no prazo máximo de 90 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público 
a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
d) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 90 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá 
o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
e) no mínimo, pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo 
órgão do MinistérioPúblico no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público 
a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
2. (FCC/ CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) No que concerne às associações, é 
correto afirmar: 
a) os associados devem ter iguais direitos, sem que o estatuto possa instituir categorias com vantagens 
especiais. 
b) constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins de lazer, culturais ou econômicos. 
c) a exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que 
assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
d) a qualidade de associado é transmissível, salvo previsão estatutária contrária. 
e) cabe privativamente ao conselho de administração da associação destituir os administradores e alterar o 
estatuto, por voto de sua maioria qualificada. 
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3. (FCC/MPE-PE – 2018) Ricardo, filantropo, pretende criar uma fundação dedicada ao fomento da 
cultura. Para instituí-la, deverá promover dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina. De acordo com o Código Civil, o ato de criação dessa fundação poderá ser realizado 
a) por escritura pública ou testamento, desde que público. 
b) por instrumento particular. 
c) somente por escritura pública. 
d) somente por escritura pública ou testamento, inclusive o particular. 
e) somente por testamento. 
4. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO – 2017) A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que : 
a) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
b) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
c) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder público. 
d) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
e) velará pelas fundações o ministério público federal, quando estenderem a atividade por mais de um 
estado da federação. 
5. (FCC/TRT – 11° REGIÃO – 2017) A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que: 
a) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
b) velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de um 
Estado da Federação. 
c) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
d) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
e) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder público. 
6. (FCC - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito- 2017) Suponha que um 
conjunto de pessoas pretenda conjugar esforços, organizando-se, mediante a constituição de uma pessoa 
jurídica, para apoiar atividades desportivas, sem finalidade lucrativa. Considerando o rol de pessoas 
jurídicas de direito privado estabelecido na legislação pátria e as características e regime jurídico 
correspondentes, para atingimento dos fins colimados deverá ser constituída 
a) uma fundação. 
b) uma associação. 
c) uma sociedade civil. 
d) um condomínio. 
e) uma agremiação. 
7. (FCC/ PREFEITURA DE CAMPINAS – SP – 2016) Lourenço adquiriu imóvel em localidade servida por 
“Associação de Moradores”, à qual Lourenço não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, 
Lourenço recebeu, da associação, boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não anuiu, bem como 
comunicado dando conta de que, em Assembleia Geral realizada um ano antes, decidiu-se que todas as 
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pessoas que se instalassem no bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentemente de 
anuência prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a contratação de 
segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe sobre a transmissibilidade da qualidade 
de associado. De acordo com jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, referida 
deliberação 
a) atingirá lourenço, independentemente de qualquer requisito, se comprovado que lourenço se beneficia 
dos serviços mantidos pela associação de moradores. 
b) não atinge lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam 
os não associados ou que a elas não anuíram. 
c) atinge lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e obrigações recíprocos. 
d) atinge lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a qualidade de associado se transmite 
do antigo para o novo proprietário do imóvel. 
e) não atinge lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores, 
independentemente do que dispõe o estatuto, não possuem caráter obrigatório, ainda que os associados 
tenham a elas anuído. 
8. (FCC/ TRT -14° REGIÃO – 2016) Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma 
não contrarie ou desvirtue o fim desta e seja deliberada 
a) pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do ministério público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
b) pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do ministério público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
c) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada pelo 
órgão do ministério público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
d) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada pelo 
órgão do ministério público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no 
caso de denegação. 
e) pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do ministério público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado 
no caso de denegação. 
9. (FCC/ TCM-RJ – 2015) No que concerne às fundações, é INCORRETO afirmar: 
a) constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a 
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial. 
b) para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de 
bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
c) quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não 
dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
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d) para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma seja deliberada pela unanimidade 
dos membros competentes para gerir e representar a fundação, bem como que a reforma não contrarie 
ou desvirtue o fim desta. 
e) tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua 
existência, o órgão do ministério público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em 
outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
10. (FCC/ TCM – GO – 2015) No tocante às fundações, considere: 
I. Constituem elasum acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de fins 
determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. 
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente, mesmo que 
com fins lucrativos. 
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o 
instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser modificados, a não ser pela vontade 
unânime de seus dirigentes. 
Está correto o que se afirma em 
a) III e IV, apenas 
b) I, II, III e IV 
c) I, II e IV, apenas. 
d) I, III e IV, apenas. 
e) I e III, apenas. 
11. (FCC/ TCM-GO – 2015) Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos, 
que decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante em sua sede, aberto aos associados e 
familiares, bem como uma loja para vender camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos 
troféus conquistados. Essa conduta: 
a) não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se caracterizaria em ambas as 
situações, só podendo a imagem da associação ser cedida onerosamente a terceiros. 
b) é possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações podem ter os mesmos fins 
econômicos que uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
c) é possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a realização eventual de negócios 
para manter ou aumentar o patrimônio da associação não a desnatura 
d) é possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois a abertura de um restaurante, 
mesmo que sem ganhos pessoais aos associados, desnatura sua condição de associação, por não ter nexo 
com suas atividades esportivas. 
e) é possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que somente para os associados e 
familiares, pois a venda de uniformes, bolas e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins 
lucrativos que a desnaturam enquanto associação. 
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GABARITO 
1. B 
2. C 
3. D 
4. A 
5. C 
6. B 
7. B 
8. C 
9. D 
10. E 
11. C 
 
 
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Título III – Domicílio 
Com relação à pessoa jurídica, o Código Civil fixa algumas regras a respeito do domicílio no art. 75. O 
domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
Além disso, caso a pessoa jurídica tenha diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. Se a sede (administração ou 
diretoria) ficar no exterior, o §2º estabelece que o domicílio da pessoa jurídica será, no tocante às 
obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, situado no Brasil, a 
que ela corresponder. 
Por fim, o domicílio das pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações. Em resumo, o direito brasileiro admite a pluralidade domiciliar 
mais ampla para as pessoas jurídicas. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Domicílio (Art. 70 Ao 78) 
FCC 
1. (FCC - 2022 - TRT - 9ª REGIÃO/PR - Analista Judiciário) Determinada sociedade anônima possui sede 
estatutária em São Paulo, onde funcionam sua diretoria e conselho de administração, mas toda sua 
atividade operacional é realizada no estabelecimento que possui em Maceió. Além disso, possui 
procurador residente em Curitiba, regularmente constituído para o fim de receber citações. Nesse caso, de 
acordo com o Código Civil, referida sociedade possui domicílio em 
a) São Paulo, apenas. 
b) Maceió e Curitiba, apenas. 
c) Maceió, apenas. 
d) São Paulo e Maceió, apenas. 
e) São Paulo, Maceió e Curitiba. 
Comentários 
Vamos analisar cada cidade mencionada, para ver de acordo ao CC/2002 se poderá ser considerado domicílio 
da sociedade: 
São Paulo: sede estatutária. 
Segundo art. 75 do CC/2002, quanto às pessoas jurídicas: 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos 
constitutivos. 
Por tanto, São Paulo é um dos domicílios da sociedade. 
Maceió: onde é realizada toda sua atividade operacional. 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
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§ 1 Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
Por tanto, Maceió é um dos domicílios da sociedade. 
Curitiba: procurador residente na cidade. 
O local onde reside o procurador da sociedade é irrelevante, para fins de estabelecimento do domicílio da 
pessoa jurídica. Por tanto, Curitiba não é domicílio da sociedade. 
Gabarito: D 
2. (FCC/ TRT – 6° REGIÃO – 2018) Pimpão é um palhaço de circo itinerante. Para efeitos legais, 
a) o domicílio de Pimpão é o endereço do sindicato ou associação que represente sua categoria profissional. 
b) o domicílio de Pimpão é o endereço do circo constante em seu registro como pessoa jurídica. 
c) o domicílio de Pimpão é o último local em que Pimpão residiu. 
d) Pimpão não possui domicílio. 
e) o domicílio de Pimpão é o lugar em que Pimpão for encontrado. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, porque o endereço do sindicato ou associação que representa sua categoria 
profissional não é considerado domicílio de pessoa itinerante. 
A alternativa B está incorreta, pois o endereço registrado da pessoa jurídica não é domicílio de pessoa 
itinerante. 
A alternativa C está incorreta, pois não faz sentido o domicílio ser um local onde a pessoa não mais resida, 
não havendo essa hipótese na lei. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que, toda pessoa tem domicílio, mesmo que não tenha residência. 
A alternativa E está correta, pois trata-se do domicílio do itinerante, conforme o art. 73: “Ter-se-á por 
domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada” 
3. (FCC/ MPE-PE – 2018) Luísa possui residências, com ânimo definitivo, nas cidades de São Paulo, Rio 
de Janeiro e Belo Horizonte, nas quais alternadamente vive. Considerando-se que a residência de São 
Paulo é onde vive há mais tempo, a residência do Rio de Janeiro é onde passa a maior parte do ano e a 
residência de Belo Horizonte foi a estabelecida por ela mais recentemente, Luísa possui domicílio em 
a) São Paulo, apenas. 
b) Rio de Janeiro, apenas. 
c) Belo Horizonte, apenas. 
d) São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 
e) São Paulo e Belo Horizonte, apenas. 
Comentários 
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A alternativa A está incorreta, pois não apenas São Paulo é consideradodomicílio, mas também o Rio de 
Janeiro e Belo Horizonte, já que reside com ânimo definitivo em todos. 
A alternativa B está incorreta, porque além do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte também são 
considerados domicílios. 
A alternativa C está incorreta, já que, São Paulo e Rio de Janeiro também são domicílios de Luísa. 
A alternativa D está correta, visto que, as três cidades são consideradas domicílio, pois Luísa reside em todas 
com ânimo definitivo, de acordo com o art. 70: “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece 
a sua residência com ânimo definitivo”, em conjunto com o art. 71: “Se, porém, a pessoa natural tiver 
diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas”. 
A alternativa E está incorreta, pois as três cidades são consideradas domicílio. 
4. (FCC/ ALESE – 2018) Considere as proposições abaixo, a respeito do tema domicílio. 
I. O código Civil não admite pluralidade de domicílios. 
II. No que concerne às relações atinentes à profissão, considera-se domicílio o local em que esta é exercida. 
III. Residência e domicílio são conceitos sinônimos. 
IV. O domicílio da União é o Distrito Federal, assim como da pessoa natural que não tenha residência 
habitual. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) IV. 
Comentários 
A afirmativa I está incorreta, uma vez que, é possível a pluralidade de domicílios, conforme o art. 71: “Se, 
porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu 
qualquer delas”. 
A afirmativa II está correta, dado que, o local em que a profissão é exercida também é considerado domicílio, 
conforme o art. 72: “É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o 
lugar onde esta é exercida”. 
A afirmativa III está incorreta, pois residência e domicílio não são sinônimos, O domicílio é a localização 
espacial da pessoa, ou seja, local onde ela estabelece residência, com ânimo definitivo, como se extrai do 
art. 70. Daí extraem-se os requisitos objetivo (residência) e subjetivo (animus manendi) do domicílio. A 
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residência, por sua vez, é onde a pessoa se fixa, ainda que temporariamente e mesmo que de maneira quase 
fugaz. 
A afirmativa IV está incorreta, já que, o domicílio de pessoa que não tenha residência habitual é o lugar onde 
for encontrada, conforme art. 73. 
Gabarito: A (II) 
5. (FCC/ TRT - 9ª REGIÃO – 2015) W assinou contrato com o banco Fox na cidade de Curitiba, lá 
obtendo financiamento. O banco Fox possui sede na Cidade de São Paulo e estabelecimentos em quase 
todas as cidades do Estado do Paraná, incluindo Pato Branco, onde W reside. De acordo com o Código Civil, 
com relação ao financiamento obtido por W, considera-se domicílio de Fox: 
a) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, serão 
considerados domicílio a capital do Estado em que o ato tiver sido praticado. 
b) São Paulo, pois a pessoa jurídica de direito privado tem como domicílio sua sede, apenas, para todo e 
qualquer ato que vier a praticar. 
c) Pato Branco, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, serão 
considerados domicílio o local em que reside o consumidor. 
d) Qualquer cidade em que Fox tiver estabelecimento, pois, tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos, todos eles serão considerados seu domicílio, para todo e qualquer ato que vier a 
praticar. 
e) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, dado que, como a pessoa jurídica possui diversos estabelecimentos, cada um 
deles é domicílio, conforme os atos neles praticados, de acordo com o art. 75, § 1º: “Tendo a pessoa jurídica 
diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele 
praticados”. 
A alternativa B está incorreta, sendo todos os estabelecimentos considerados domicílio, de acordo com o 
ato praticado, e no caso, como o ato foi praticado em Curitiba, este será o domicílio em relação ao contrato. 
A alternativa C está incorreta, porque o domicílio, neste caso, será o do estabelecimento onde foi firmado o 
contrato. 
A alternativa D está incorreta, conforme alternativas anteriores. 
A alternativa E está correta, dado que, Curitiba será considerada domicílio, conforme o art. 75 § 1º: “Tendo 
a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio 
para os atos nele praticados”. 
6. (FCC/ TRE-SE – 2015) Mário é empregado do Partido Político “X” exercendo funções administrativas 
de acordo com o seu nível de escolaridade (terceiro grau completo). Seu pai, Clodoaldo, é militar da 
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marinha; seu tio, Fernando, é marítimo; sua mãe, Vera, é costureira sendo que atualmente está presa na 
penitenciária “W” pela prática de conduta tipificada como criminosa pela legislação competente. Nestes 
casos, analisando esta família sob os dados fornecidos, de acordo com o Código Civil brasileiro, possuem 
domicílio necessário 
a) Clodoaldo, Fernando e Vera, apenas. 
b) Mário, Clodoaldo, Fernando e Vera. 
c) Clodoaldo e Vera, apenas. 
d) Fernando e Vera, apenas. 
e) Clodoaldo e Fernando, apenas. 
Comentários 
A alternativa A está correta, pois o militar, Clodoaldo, o marítimo, Fernando e o preso, Vera, possuem 
domicílio necessário, nos termos do art. 76: “Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, 
o militar, o marítimo e o preso”. 
A alternativa B está incorreta, pois Mário não possui domicílio necessário, mas seu local de trabalho também 
é considerado seu domicílio, nos assuntos relacionados a profissão, conforme o art. 72: “É 
também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é 
exercida”. 
A alternativa C está incorreta, já que, Fernando também possui domicílio necessário, pois é marítimo. 
A alternativa D está incorreta, pois Clodoaldo também tem domicílio necessário, eis que, é militar. 
A alternativa E está incorreta, já que, Vera possui domicílio necessário, pois está presa. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
DOMICÍLIO (ART. 70 AO 78) 
FCC 
1. (FCC - 2022 - TRT - 9ª REGIÃO/PR - Analista Judiciário) Determinada sociedade anônima 
possui sede estatutária em São Paulo, onde funcionam sua diretoria e conselho de 
administração, mas toda sua atividade operacional é realizada no estabelecimento que possui 
em Maceió. Além disso, possui procurador residente em Curitiba, regularmente constituído para 
o fim de receber citações. Nesse caso, de acordo com o Código Civil, referida sociedade possui 
domicílio em 
a) São Paulo, apenas. 
b) Maceió e Curitiba, apenas. 
c) Maceió, apenas. 
d) São Paulo e Maceió, apenas. 
e) São Paulo, Maceió e Curitiba. 
2. (FCC/ TRT – 6° REGIÃO – 2018) Pimpão é um palhaço de circo itinerante. Para efeitos 
legais, 
a) o domicílio de Pimpão é o endereço do sindicato ou associação que represente sua categoria 
profissional. 
b) o domicílio de Pimpão é o endereço do circo constante em seu registro como pessoa jurídica. 
c) o domicílio de Pimpão é o último local em que Pimpão residiu. 
d) Pimpão não possui domicílio. 
e) o domicílio de Pimpão é o lugar em que Pimpão for encontrado. 
3. (FCC/ MPE-PE– 2018) Luísa possui residências, com ânimo definitivo, nas cidades de São 
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nas quais alternadamente vive. Considerando-se que a 
residência de São Paulo é onde vive há mais tempo, a residência do Rio de Janeiro é onde passa 
a maior parte do ano e a residência de Belo Horizonte foi a estabelecida por ela mais 
recentemente, Luísa possui domicílio em 
a) São Paulo, apenas. 
b) Rio de Janeiro, apenas. 
c) Belo Horizonte, apenas. 
d) São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 
e) São Paulo e Belo Horizonte, apenas. 
4. (FCC/ ALESE – 2018) Considere as proposições abaixo, a respeito do tema domicílio. 
I. O código Civil não admite pluralidade de domicílios. 
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II. No que concerne às relações atinentes à profissão, considera-se domicílio o local em que esta é 
exercida. 
III. Residência e domicílio são conceitos sinônimos. 
IV. O domicílio da União é o Distrito Federal, assim como da pessoa natural que não tenha residência 
habitual. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) IV. 
5. (FCC/ TRT - 9ª REGIÃO – 2015) W assinou contrato com o banco Fox na cidade de Curitiba, 
lá obtendo financiamento. O banco Fox possui sede na Cidade de São Paulo e estabelecimentos 
em quase todas as cidades do Estado do Paraná, incluindo Pato Branco, onde W reside. De acordo 
com o Código Civil, com relação ao financiamento obtido por W, considera-se domicílio de Fox: 
a) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, serão 
considerados domicílio a capital do Estado em que o ato tiver sido praticado. 
b) São Paulo, pois a pessoa jurídica de direito privado tem como domicílio sua sede, apenas, para todo 
e qualquer ato que vier a praticar. 
c) Pato Branco, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, serão 
considerados domicílio o local em que reside o consumidor. 
d) Qualquer cidade em que Fox tiver estabelecimento, pois, tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos, todos eles serão considerados seu domicílio, para todo e qualquer ato que vier a 
praticar. 
e) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
6. (FCC/ TRE-SE – 2015) Mário é empregado do Partido Político “X” exercendo funções 
administrativas de acordo com o seu nível de escolaridade (terceiro grau completo). Seu pai, 
Clodoaldo, é militar da marinha; seu tio, Fernando, é marítimo; sua mãe, Vera, é costureira sendo 
que atualmente está presa na penitenciária “W” pela prática de conduta tipificada como 
criminosa pela legislação competente. Nestes casos, analisando esta família sob os dados 
fornecidos, de acordo com o Código Civil brasileiro, possuem domicílio necessário 
a) Clodoaldo, Fernando e Vera, apenas. 
b) Mário, Clodoaldo, Fernando e Vera. 
c) Clodoaldo e Vera, apenas. 
d) Fernando e Vera, apenas. 
e) Clodoaldo e Fernando, apenas. 
 
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