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Aula 10 - Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

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A muitas das doenças não possuem manifestações clínicas, e, para ser uma doença propriamente 
dita o paciente precisa ter sintomas. Então algumas dessas doenças possuem um período em 
que causam apenas infecção e o paciente não sabe que tem. Por isso não recebe mais o nome 
de DST, e hoje em dia é chamada de infecções sexualmente transmissíveis. 
Conceitos Básicos:
Sintomáticas – pode melhorar de forma espontânea por volta de 10/15 dias e a 
partir daí o paciente continua transmissor, mas não procura atendimento médico;
○
Assintomáticas.○
Diagnóstico – tem que interromper a via de transmissão. Toda vez que trata o paciente 
interrompe a transmissão. Não pode perder a oportunidade porque as vezes o paciente 
está naquele momento presente, mas não vai voltar para consulta. 
•
Tratamento.•
Não perder oportunidade:-
Tratamento de parceiros – toda vez que faz o diagnóstico trata o paciente que está ali 
presente e procura o parceiro para tratar, sendo OBRIGATÓRIO. Paciente que não tem 
parceiro fixo investiga relação sexual no último ano. Se o paciente não tem contato, sendo 
relações esporádicas, tem que dar a opção para o paciente de oferecer o teste rápido para os 
parceiros recentes. Isso vale para: Sífilis e Corrimento uretral em homens;
-
- Transmissão sanguínea e vertical – quando se fala em uma doença de transmissão sexual é o 
atrito da relação sexual que provoca micro lesões na microvasculatura que favorece os mais 
variados tipos de infecção, seja bacteriana ou virais (HPV/HIV). Uma vez que a mãe está 
infectada ela pode transmitir para o feto. É muito importante investigar gestantes; 
1milhão de pessoas adquirem IST’s diariamente (OMS, 2013);•
500 milhões/ano IST’s curáveis – a pessoa para tratar tem que descobrir que tem 
infecção, por isso a importância de oferecer testes para os pacientes.
•
- TODOS ESTÃO SOB RISCO – existem situações que favorecem mais a transmissão e, quando a 
pessoa se submete a uma dessas situações, ela merece ser testada, pois essas doenças podem 
ser silenciosas por muito tempo. Então, se tem relação sexual o recomendado é realizar pelo 
menos 1 teste de hepatite, sífilis e HIV 1 vez por ano. Para se retirar o preservativo da 
relação sexual é necessário que: (1) os dois parceiros façam o teste e os dois estão negativos 
e, se positivo seja controlado. (2) garanta-se que tenha relação apenas entre os dois. Se não 
cumprir esses pré-requisitos não transar sem camisinha, se não cumprir esses dois pré-
requisitos não arrisque. E algumas doenças como Sífilis, hepatite C, e o próprio HIV podem ser 
silenciosos por muito tempo, então temos que estar sempre informando o paciente e 
oferecendo a testagem. 
Gargalo das IST’s:
Larissa Lopes e Raissa Novelli T.67 Aula 10
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
sexta-feira, 2 de abril de 2021 05:49
 Página 1 de INFECTO 
(1) 40% das pessoas podem apresentar sintomas, portanto, a maioria está assintomática, mas 
continua transmitindo; (2) Das pessoas com sintoma, um percentual menor procura 
atendimento. Tem pacientes que a lesão resolve de forma espontânea por volta de 10 a 15 
dias e esse paciente não procura ajuda, mas continua transmitindo; (3) O diagnóstico muitas 
vezes não é feito de forma adequada, aumentando também a transmissão; (4/5) Outro fator 
importante é o tratamento correto e completo, e muitas das vezes algumas doenças demoram 
um tempo para serem tratadas; (6) O tratamento das parcerias é menor ainda, e, não 
adianta tratar a pessoa e não tratar o parceiro; (7) É um percentual de 10 a 15% de pessoas 
que REALMENTE curam, então existem muitas pessoas potenciais transmissão. 
5 P’s – IST’s: Na anamnese é necessário buscar alguns pontos importantes principalmente 
relacionados aos parceiros, as formas de prevenção e, como essa parceria se dá. 
1. Parceiros:
Você faz sexo com homens, mulheres ou ambos?-
- Nos últimos 2 meses, com quantos parceiros você fez sexo?
- É possível que algum de seus parceiros sexuais (mesmo que fixo) nos últimos 12 meses tenha 
feito sexo com outra pessoa enquanto estavam em uma relação sexual com você?
2. Práticas:
Você já fez sexo vaginal, penetrando o pênis na vagina? Se sim, você usa preservativo: 
nunca, as vezes, ou sempre?
•
Você já fez sexo oral? Muitas pessoas não consideram sexo oral como sexo, achando que 
não tem risco, mas é uma das principais formas de transmissão da sífilis. Não consegue 
controlar sífilis porque as pessoas não usam preservativo no sexo oral. 
•
- Para entender seus riscos de DST, preciso entender o tipo de sexualidade você teve 
recentemente. 
Se nunca: por que você não usa preservativo?•
Se às vezes: em que situações (ou com quem) você usa preservativo?•
- Para respostas sobre preservativos: 
3. Prevenção da gravidez:
- O que você está fazendo para prevenir a gravidez?
4. Proteção contra DST:
- O que você faz para se proteger contra DST e HIV? Importante oferecer o teste para o 
paciente. 
5. História pregressa de doenças sexualmente transmissíveis:
Você já teve uma DST? Algum dos seus parceiros já teve uma DST?
 Página 2 de INFECTO 
- Você já teve uma DST? Algum dos seus parceiros já teve uma DST?
Você ou algum dos seus parceiros já utilizou drogas injetáveis? – aumento grande de HIV 
e sífilis na população de 18 a 30 anos, principalmente em homens que possuem relação 
com outros homens. Isso porque uma prática comum é em eventos como rave o indivíduo 
fazer o uso de um combo de metanfetamina, estimulante sexual (pode manter a pessoa 
de forma interrupta de 12 a 24 horas) e inúmeras outras drogas;
•
Você ou algum de seus parceiros trocou dinheiro ou drogas por sexo?•
Há mais alguma coisa sobre suas práticas sexuais que eu precise saber? •
Perguntas adicionais para identificar o risco de hepatite viral e HIV: -
IST’s:
- HIV – doenças oportunistas é importante do ponto de vista clínico;
- Hepatites virais (B e C);
Sífilis;-
Corrimento Uretral / Vaginal – diagnóstico sindrômico;-
- Úlceras Genitais – diagnostico sindrômico;
- DIP – diagnóstico diferencial;
- Verrugas Genitais.
Diagnóstico diferencial das úlceras genitais:
Baixo valor preditivo. Analisar somente a úlcera/ferida é uma grande chance de errar o 
diagnóstico. É necessário associar a história clínica, forma de evolução da úlcera, juntamente 
com a característica da úlcera para apontar o diagnóstico sindrômico. Na maioria das vezes não 
consegue fazer um diagnóstico específico, exceto a sífilis, que é um diagnóstico fácil, feito a 
mão. 
1. Herpes Genital:
 Página 3 de INFECTO 
Por muito tempo se fez a diferenciação entre tipo 1 e tipo 2, sendo o tipo 1 causador da 
úlcera na boca, e o tipo 2 da úlcera genital. Com o comportamento sexual atual é possível 
encontrar ambos os tipos em qualquer das regiões. A transmissão é predominantemente sexual, 
porque é raro, mas possível, que o compartilhamento de roupas íntimas pode transmitir 
herpes. Preservativo é a única forma efetiva para evitar doença sexualmente transmissível. 
Qualquer tipo de herpes não tem cura, atinge principalmente as células do bulbo nervoso, do 
gânglio do neurônio motor inferior, na maioria das vezes. É uma infecção latente, e, à medida 
que ocorrem situações de estresse, ansiedade ou imunossupressão fica em atividade. 
É extremamente dolorosa, paciente tem muita dor associada. Podem ter várias úlceras 
acometendo ou a região oral ou a genital. O pulo do gato é que herpes geralmente tem 
vesícula, podendo ser conhecida como cacho de uva. Por ser uma infecção viral não é comum 
purulência. Uma coisa que leva a confusão é a presença de adenopatia, que no herpes tem 
muita associação com linfonodomegalia inguinal que pode ser unilateral, mas, geralmente é 
bilateral. É uma linfadenite que não provoca fístula. Então a região inguinal fica dolorida com 
vários linfonodos palpáveis, móveis, com a consistência elástica. 
Tratamento tópico não é recomendado, o tratamento tem que ser sistêmicopor via oral. 
- Tratamento: O tratamento do herpes simples é aciclovir. É uma escolha porque é o antiviral 
disponível na rede pública.
Características da úlcera: 
Dolorosa 
Múltiplas úlceras
Presença de vesículas entre as úlceras
Bordos definidos, fundo limpo, não é friável 
Adenopatia Bilateral SEM fístulas
 Página 4 de INFECTO 
• Tratamento tópico não é recomendado, o tratamento tem que ser sistêmico por via oral. 
Se utiliza corticoide local diminui a inflamação local, diminui mais ainda a resposta viral. 
Quando está na fase de crosta tudo bem, pode usar o corticoide porque não tem mais 
vírus viável, mas na fase ulcerada não deve ser usado.
2. Cancro mole - cancroide:
É uma infecção bacteriana. É de transmissão EXCLUSIVA pela relação sexual. Mais comum em 
homens. A prevenção é o uso do preservativo, e por ser uma doença bacteriana tem cura, é 
possível matar a bactéria. 
O diagnóstico nos grandes centros tem um aparato para realização de exames in loco, faz um 
raspado, coloca em uma lamina e faz o diagnóstico que é dado através do raspado da lesão e 
identificação de cocos gram negativo em cadeias. Porem isso não é a realidade no Brasil, muito 
menos a realização de cultura ou PCR. Na maioria das vezes o diagnóstico é dado com base na 
clínica -> características da lesão, é uma doença aguda, e a forma da úlcera. 
Obs.: toda vez que tiver a presença de 
vesícula, provavelmente é o herpes genital. 
Características da úlcera
Dolorosa 
 Página 5 de INFECTO 
É uma úlcera extremamente dolorosa, mas que tem um fundo bastante sujo, purulento, com 
muita fibrina. É extremamente friável, ao passar o dedo a lesão solta. Lesão genital com fundo 
purulento, com adenopatia unilateral, provavelmente é o cancro mole. 
Tratamento: Por ser uma bactéria muitas das vezes incracelular, o tratamento é feito com um 
macrolídeo. Tem que tratar o paciente no momento oportuno para parar a transmissão. 
-
3. Sífilis:
É uma das doenças mais prevalentes no mundo todo, causada por uma bactéria involuída do 
ponto de vista genético, mas que é uma das doenças mais antigas. É multifacetada, podendo 
causar qualquer sintoma no organismo. No entanto, a sua forma primária, a forma inicial, é 
uma úlcera no local de inoculação no lugar da bactéria. Por ser uma infecção bacteriana possui 
cura, porém não tem o controle da sífilis porque não consegue controlar as medidas de 
prevenção e conscientização. Pode ser uma doença que fica muito tempo silenciosa e, o 
paciente pode descobrir apenas com o teste. 
Características da úlcera
Dolorosa 
Múltiplas úlceras
Bordas salientes, fundo sujo e friável
Adenopatia unilateral em 50%
 Página 6 de INFECTO 
Pode ser feito um raspado da lesão que precisa da microscopia de campo escuro para tentar 
identificar o treponema. Isso não é realidade na maioria dos laboratórios, mesmo os específicos. 
Existe a grande facilidade do teste rápido, com resultado em 10/15 minutos. Tem uma 
resposta excelente, sendo a vantagem da sífilis diagnosticar com uma certa certeza. O problema 
é que na fase inicial, quando o paciente tem a primeira lesão, pode demorar até 4 semanas 
para positivar o teste, porque tem uma janela imunológica, então a característica da úlcera 
tem que ser muito bem definida. Existem também os testes não treponêmicos. A ordem atual 
mudou, primeiro faz o teste rápido que é fácil de ser realizado. O não treponêmico serve 
muito para ver a resposta ao tratamento. 
A característica mais importante da úlcera é que é indolor. Paciente pode ter um discreto 
incomodo, mas a úlcera não vai doer. E, por ser um tabu na sociedade falar sobre a genitália, 
muitas vezes as pessoas veem a úlcera, melhora em 10/15 dias e passa despercebido, logo, a 
pessoa continua sendo transmissora. Pode ter múltiplas úlceras, mas a característica é úlcera 
única indolor. Por ser uma infecção bacteriana possui bordos endurecidos, e, o que diferencia do 
cancro mole é ter fundo limpo. A sífilis também pode ser conhecida como cancro duro. É uma 
úlcera muito pouco purulenta. 
- Tratamento: Para gente o que importa aqui é o tratamento da primária, as outras falaremos 
na aula de sífilis
Características da úlcera:
Indolor
Úlcera única 
Bordos endurecidos, limpa, pouco secretiva
Adenopatia uni ou bilateral
Não fistuliza
 Página 7 de INFECTO 
Obs.: sífilis secundária está em desuso. O mais comum de se dizer é que tem a sífilis primária, 
sífilis latente (quando não tem nenhuma lesão da sífilis, mas tem o exame positivo) que pode 
ser precoce (diagnosticada a menos de 1 ano) ou tardia (diagnosticada a mais de 1 ano).
Obs.: quando tem silicone (é uma aplicação dolorosa, se não for feita da forma correta pode 
ter abcesso frio local, precisa de agrupamento muscular, então a indicação é glúteo ou vasto 
medial da coxa) ou reação alérgica a penicilina o tratamento alternativo é doxiciclina, mas é um 
tratamento que dura mais tempo, logo, o problema é a adesão ao tratamento. 
4. Linfogranuloma venéreo:
A chlamydia também tem importância na síndrome do corrimento uretral, mas aqui ela se 
manifesta com uma úlcera que, geralmente está na região do linfonodo inguinal por causa da 
reação inflamatória local. Por ser uma bactéria intracelular, possui cura. É mais comum em 
mulheres porque a área exposta da mulher é muito maior que no homem.
É possível fazer o diagnóstico específico através da raspagem da úlcera, pesquisa direta, mandar 
para cultura ou PCR. Mas, isso não é a realidade. Muitas vezes o diagnóstico é sindrômico, 
indo para a característica da úlcera. 
 Página 8 de INFECTO 
indo para a característica da úlcera. 
Obs.: O linfogranuloma venéreo tem a característica de causar lesão na região inguinal, mas 
também tem a lesão no órgão genital. Geralmente é indolor, similar a sífilis, mas possui vários 
estágios evolutivos. 
É uma lesão que pode evoluir para purulência, sendo uma lesão bastante superficial, com limites 
bem definidos. A característica é a obrigatoriedade de ter adenite inguinal. 
Disseminação linfática: Lesão tanto na região inguinal como na região genital. A elefantíase 
de bolsa cursa com dificuldade da drenagem linfática, podendo ter sequelas mais graves 
como a alteração da arquitetura genital. 
•
Estenose Retal:•
Complicações:-
- Tratamento: Por ser uma bactéria de vida intracelular, o tratamento é feito com tetraciclinas 
ou macrolídeos.
5. Denovanose:
Características da úlcera:
Indolor
Pápula/vesícula/pústula/úlcera = única
Superficial, limpa e não friável
Adenite inguinal crônica, unilateral, dolorosa
 Página 9 de INFECTO 
Por ser uma doença bacteriana, tem cura. 
Faz o raspado da lesão e pesquisa os corpúsculos de Donovan que é o infiltrado principalmente 
nas células mononucleares (macrófagos). Normalmente o diagnóstico é clínico. 
É uma úlcera indolor, mas com característica de auto inoculação. O contato de uma pele com a 
outra infecte uma área sã. Pode ter uma ou várias úlceras. Normalmente é indolor suja, 
diferente da sífilis que era limpa. Tem característica de úlcera crônica, de ser profunda com 
infiltrado. Geralmente não há adenite, exceto se a auto inoculação for na região. 
Tratamento: -
Por serem tratamentos muito próximos, muita das vezes trata sem o diagnóstico específico. 
Fluxograma de Úlcera genital (MS): Nem toda úlcera genital é IST!
Características da úlcera: 
Indolor
Única ou múltiplas úlceras
Lesão ulcerovegetante, friável, suja, profunda
É auto-inoculável 
 Página 10 de INFECTO 
Fluxograma de Úlcera genital (MS): Nem toda úlcera genital é IST!
Tem presente ou história de lesão vesicular? Trata herpes genital. Se não, o tratamento 
é feito tanto para sífilis como para cancro mole (Benzetacil e Azitromicina). 
•
Se a úlcera tem mais de 4 semanas: trata (1) donovanose por ser uma úlcera mais 
robusta e mais profunda, tem evolução maior, e (2) sífilis também é uma lesão que 
pode ser causada,então trata as duas. Quando a úlcera dura mais de 4 semanas está 
recomendado biópsia. 
•
Chegou paciente com úlcera genital: a IST é a causa mais provável? Lembrar dos diagnósticos 
diferenciais como a neoplasia. Se IST não é uma possibilidade, encaminha o paciente para 
biópsia. Se pensou em IST se tem laboratório disponível coleta o material da úlcera, faz a 
pesquisa e trata de forma específica. Mas, na maioria das vezes não tem laboratório específico, 
então tem que pensar: 
Sífilis Herpes genital Cancro mole Donovanose Linfogranuloma
Indolor, limpa Dolorosa Dolorosa Indolor Indolor
Bordos elevados Tem vesículas, 
limpas
Suja, friável, 
bordas salientes
Ulcerovegetante 
e crônica
“bico de regador”
Única Múltiplas Múltiplas Únicas/múltiplas Única 
Adenite uni ou 
bi
Adenite bilateral Adenite em 50% Sem adenite Adenite dolorosa
Diagnóstico diferencial de Corrimento vaginal/uretral:
1. Corrimento vaginal:
Existem causas infecciosas e não 
infecciosas, sendo necessário diferenciar. 
Dentro das causas infecciosas é preciso 
saber se é uma causa endógena, ou se é 
 Página 11 de INFECTO 
-
•
○ Candida albicans;
○ Candida glabrata.
Candidíase vulvovaginal: Candidíase é uma infecção de um fungo que já é vivente daquela 
região, mas por desequilíbrio no controle imunitário o paciente evolui para lesão. Candida 
não é sexualmente transmissível. 
•
○ Prevotella
○ Gardnerella vaginalis
○ Ureaplasma 
○ Mycoplasma 
Vaginose bacteriana: A vaginose bacteriana é causada na maioria das vezes por bactérias 
anaeróbicas que também pode ter o seu acometimento favorecido por uma relação sexual, 
mas não é causada pela relação sexual.
Infecções endógenas:
-
• Infecções pós-aborto
• Infecções pós-parto
Infecções iatrogênicas: Ocorre por falta de cuidado nas técnicas da realização dos 
procedimentos
-
• Tricomoníase – tricomonas vaginalis – é a única IST causadora de corrimento 
vaginal. 
IST’s 
Candidíase vulvovaginal:
- Microbiota – condições favoráveis;
Atividade sexual frequente – microinvasões (atrito da relação -
sexual pode causar ferimentos);
• Prurido vulvovaginal; 
Disúria/dispareunia;•
Corrimento branco, grumoso, caseoso – “leite coalho”;•
• Hiperemia/edema vulvar.
- Sintomas:
• Gravidez/ DM/ obesidade/ ACO/ ATB/ Hábitos de higiene/ 
Imunossupressão 
- Fatores de risco:
• Miconazol creme 2% - intravaginal – 07 dias
Fluconazol 150mg DU – tratamento de escolha.•
- Tratamento: 
Vaginose bacteriana:
Microbiota – aumento de anaeróbios;
infecciosas, sendo necessário diferenciar. 
Dentro das causas infecciosas é preciso 
saber se é uma causa endógena, ou se é 
uma IST. De uma forma comum está 
associada tanto a vaginose bacteriana, 
tanto candidíase vulvovaginal como IST. 
E, não são.
Imagem de candidíase 
peniana
 Página 12 de INFECTO 
Microbiota – aumento de anaeróbios;-
Atividade sexual – facilitadora (pH do esperma), mas não é causa.-
Corrimento vaginal fétido – piora após relação sexual e período menstrual;•
• Corrimento vaginal fluido cremoso, podendo ser purulento.
Sintomas:-
- Favorece outras IST’s – por ter aumento da vascularização local; 
Ph > 4,5;•
• Teste KOH 10% positivo;
Clue cells na bacterioscopia – células alvo.•
- Diagnóstico:
• Metronidazol 250mg, 02cp BID, 07 dias – tratamento de escolha;
Clindamicina 300mg, BID, 07 dias.•
- Tratamento:
Tricomoníase:
IST por definição – tratamento de parcerias sexuais; -
- Parasita – reservatório colo uterino, vagina e uretra; 
• Corrimento vaginal abundante, amarelado/esverdeado, bulhoso;
Prurido/disúria – intensos.•
- Sintomas:
Visualização direta na bacterioscopia. •
Diagnóstico:-
• Metronidazol 400mg, 05cp DU;
• Metronidazol 250mg, 02cp BID, 07 dias.
- Tratamento: faz o tratamento sindrômico se não for possível fazer o diagnóstico por meio de 
bacterioscopia.
Fluxograma do Corrimento Vaginal:
 Página 13 de INFECTO 
• Se pH menor que 4,5 ou KOH negativo avalia o corrimento. Se muito grumoso e branco, 
associado a hiperemia vulvar trata cândida. 
• Se tem corrimento que não é grumoso, não tem eritema, e KOH negativo provavelmente 
é causa fisiológica e encaminha para GO. 
• Se KOH positivo ou pH maior que 4,5 vai tratar vaginose bacteriana e Tricomoníase, 
trata as duas juntas porque o tratamento é similar. 
É necessário fazer anamnese tentando identificar as causas não infecciosas. Mas, pensou em 
corrimento vaginal infecicioso à tem microscopia? Na maioria dos lugares não tem, e o único 
teste disponível ser o ph ou KOH. 
2. Corrimento ureteral:
- Relação sexual – anal, vaginal ou oral – tem que tratar o parceiro, SEMPRE!
- Corrimento purulento / disúria / dor uretral
-
• Neisseria gonorrhoeae (gonococo – dipococo gram positivo);
• Na maioria das mulheres assintomáticas – exceto se acometer a região da faringe ou reto, 
na região vaginal é assintomática, sendo importante tratar parceria;
• Sintomas – acometimento de mucosas – principalmente do trato uretral;
• Incubação – 2 a 5 dias;
•
○ Orquiepididimite (pode evoluir para esterilidade) / prostatite / artrite (artrite 
unilateral sempre tem que pensar) / pericardite.
Complicações – infecção ascendente
Uretrite gonocócica: Gonorreia.
-
• Clamidia trachomatis – pode causar Síndrome de Reiter (lesão uretral, acometimento
conjuntival e sinovial, causando também artrite);
Uretrite não gonocócica: Clamídia 
 Página 14 de INFECTO 
conjuntival e sinovial, causando também artrite);
• Incubação – 14 a 21 dias - maior do que o da gonorreia;
• Corrimento uretral purulento, paciente tem muita disúria. Mulher muito assintomática, 
lembrar da importância de tratar. 
-
• Drenagem purulenta ou mucopurulenta;
• Bacterioscopia - diplococos gram positivos;
• PCR – NAAT.
Diagnóstico: Diagnóstico do corrimento uretral muitas vezes é clínico, sendo mais fácil no 
homem porque é mais sintomático. Na mulher muitas vezes o diagnóstico ocorre ou por doença 
inflamatória pélvica ou diagnóstico do parceiro. 
-
• Ceftriaxone 500mg IM DU + Azitromicina 500mg, 02cp DU – O tratamento é feito 
sindrômico, tratando as duas: ceftriaxone para tratar gonorreia e azitromicina para 
clamídia. 
Tratamento:
Obs.: Não usa ciprofloxacino porque tem muita resistência a gonorreia, e tem efeitos colaterais 
importantes das quinolonas.
Fluxograma de Corrimento Ureteral:
Na maioria das vezes o tratamento vai ser empírico, tratando clamídia e gonococo. Se o 
tratamento foi realizado e os sintomas continuam, considerar a Tricomoníase principalmente no 
homem. 
Verrugas anogenitais:
 Página 15 de INFECTO 
Verrugas anogenitais:
-
• Baixo risco oncogênico – 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81
• Alto risco oncogênico – 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 
82 – atenção para o 16 e 18 que são os principais causadores de câncer tanto na mulher 
como no homem.
HPV – 200 tipos – principal causador de câncer na mulher. 
- Assintomáticos - Por ser uma doença viral o HPV não tem cura. Ele se integra ao DNA da 
célula epitelial. Então toda vez que tem descontrole imunitário as lesões são produzidas.
-
• Fômites – banheiro, contato com roupas íntimas;
• Vertical.
Transmissão sexual – principal 
-
• Ca cervical – 100% / Anal – 85% / Vulva – 40% / Vagina – 70% / pênis 50% / laringe 
10% / orofaringe – 35% - o câncer cervical é o que mais mata mulher.
• 20 anos – evolução lenta, levando em torno de 20 anos para desenvolver, por isso a 
importância do preventivo.
Oncogenicidade:
-
• Ácido cloroacético 90% / Podofilina / Imiquimod / Eletrocautério / crioterapia. O HPV 
contínua, não é um tratamento curativo, é um tratamento da consequência.
Tratamento – remoção de lesões – é um tratamento das consequências.
Fluxograma de Verruga Anogenital: 
Se não tem situações que favoreçam (diminuição da imunidade, estresse, atrito onde HPV está 
alojado) não tem mais a manifestação da doença, mas o vírus continua em latência. 
É uma doença imunoprevenívelatravés da vacina quadrivalente que previne os principais tipos 
de HPV. É recomendada mesmo para pessoas que já teve relação sexual. Até mesmo em quem 
já teve HPV pode controlar a recorrência das lesões. Na rede pública é para meninos de 9 a 11 
anos e meninas de 9 a 13 anos. Pacientes com HIV ou outras doenças crônicas pode vacinar 
até os 26 anos. Mas, na rede privada está disponível para qualquer idade.
 Página 16 de INFECTO

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