Buscar

Infecções sexualmente transmissíveis (IST)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

INFECÇÕES SEXUALMENTE 
TRANSMISSÍVEIS (IST) 
SAÚDE SEXUAL 
→ Usar preservativo 
→ Imunizar para HAV, HBV, HPV 
→ Conhecer o status sorológico para HIV das 
parcerias sexuais 
→ Tratar regularmente para HIV e outras IST 
→ Tratar todas pessoas vivendo com HIV (I=I) 
→ Realizar exame preventivo de câncer de colo 
de útero 
→ Realizar PrEP e PEP 
→ Conhecer e ter acesso à anticoncepção e 
concepção 
RASTREAMENTO DE IST 
→ Adolescentes: HIV, sífilis (anual) 
→ Gestantes: 
→ 1ª consulta pré natal – HIV, sífilis, 
clamídia*, gonococo*, hepatite B e C 
→ 28 semanas – HIV, sífilis 
→ Momento do parto – HIV, sífilis 
→ Natimorto ou aborto – sífilis 
→ Gays, HSH, trans, travestis, trabalhadores do 
sexo, usuários de drogas: HIV, sífilis, hepatites 
(semestral) 
→ Pessoas com IST: HIV, sífilis, hepatites (no 
momento e 4-6 semanas após) 
→ Pessoas que vivem com HIV: sífilis 
(semestral), hepatites (anual) 
→ PPL (população privada de liberdade): HIV, 
sífilis, hepatites (semestral) 
→ Violência sexual: HIV, sífilis, clamídia*, 
gonococo*, hepatite B e C (no atendimento e 
4-6 semanas após) 
Obs. clamídia e gonococo precisam ser testados 
por biologia molecular – swab uretral, urina, 
amostras endocervicais, secreção genial, anais 
(causam proctite infecciosa) e faríngeas (faringite 
gonocócica); o teste de clamídia e gonococo não 
é disponível pelo SUS 
IMUNIZAÇÃO PREVENTIVA 
→ HPV 
→ Meninas (9-14 anos), meninos (11-14 anos) – 
2 doses c/ intervalo de 6 meses 
→ PVHIV, transplantados, pacientes oncológicos 
– 9-29 anos, 3 doses (0,2,6 meses) 
→ HBV 
→ 3 doses, todas as faixas etárias 
→ PVHIV – 4 doses (0,2,4,6 meses) 
→ HAV 
→ Verificar susceptibilidade (IgG) 
→ Crianças de 15 meses a 5 anos 
→ Pessoas que tenham prática sexual com 
contato oral-anal 
→ Hepatopatas (ex. indivíduo com hepatite C) 
SÍNDROME DA ÚLCERA ANOGENITAL 
→ SÍFILIS (Treponema pallidum) 
- Infecção bacteriana sistêmica, crônica, curável e 
exclusiva do ser humano; se não tratada, evolui 
para estágios de gravidade variada, podendo 
acometer diversos órgãos e sistemas do corpo 
(coração e SNC) 
- Transmissão: 
- Sexual (sífilis adquirida) 
- Congênita (passagem através da 
placenta/canal do parto); 80% intraútero 
- Transfusão de sangue e hemoderivados 
(sífilis decapitada – não faz lesão 
primária/cancro) 
- Inoculação acidental (perfuração em 
laboratório) 
- Estágios clínicos 
→ Incubação – 3 semanas (3 a 90 dias) 
→ Primária – 3 semanas (2-8 semanas) 
→ Secundária – 6 semanas (2-12 semanas) 
→ Latente – exame + sem sintomas 
→ Terciária – após décadas 
→ Sífilis primária 
- Cancro duro 
→ Pápula única indolor (erosão e enduração) 
→ Úlcera de base lisa e bordas elevadas e 
firmes, consistência cartilaginosa; “limpa”, 
sem exsudato 
→ Indolor, mas sensível ao toque 
→ Pode haver infecção 2ária (secreção) 
→ Ocorre no local de entrada do treponema – 
pênis, vulva, vagina, colo, boca 
- Linfadenopatia regional indolor 
- Podem ocorrer lesões múltiplas 
- Úlcera com configuração em espelho (em dobras 
cutâneas) 
- Espiroquetas nas lesões (campo escuro) 
- Desaparecem espontaneamente dentro de 2-8 
semanas, mas podem persistir por períodos mais 
longos (secundarismo + cancro presente) 
- Cancro misto de Rollet (infecção conjunta com 
Haemophyllus ducreyi) – cancro duro + cancro 
mole 
→ Sífilis secundária 
- Sílfides ocorrem em surtos e de forma simétrica 
- Máculas efêmeras de cor eritematosa (roséola 
sifilítica), inicialmente em tronco e raiz dos 
membros, associadas a placas mucosas (lesão 
em rastro de lesma) 
- Progressão para erupção cutânea não 
pruriginosa, máculo-papular, acometendo tronco, 
palmas das mãos e plantas dos pés, com 
colarinho de descamação 
- Nos negros, as lesões faciais fazem 
configurações anulares e circinações – 
manifestação cutânea exacerbada (sífilis 
elegante/bonita) 
- Lesões orais de cor esbranquiçada (placas 
mucosas – úlceras em rastro de lesma) 
- Alopecia em região temporo-parietal e occipital 
(alopecia em clareira/areata) 
- Atualmente, tem se tornado mais frequente os 
quadros oculares (uveítes, etc) 
- Perda de cílios e madarose 
- Linfadenopatia generalizada, indolor, típico 
linfonodo epitroclear 
- Condilomata lata – lesões vegetantes de aspecto 
verrucoide, maceradas que acometem região 
ínguino-crural, reto, glúteos, lábios vaginais, bolsa 
escrotal; faz diagnóstico diferencial com 
condiloma acuminado 
- Febre, adinamia e astenia (principalmente na 
sífilis 2ária) 
→ Sífilis latente 
- Assintomática, diagnóstico por testes sorológicos 
- Recente (<1 ano), tardia (>1 ano) 
- Recrudescimento de secundarismo em 25% dos 
pacientes (volta dos sintomas da sífilis secundária) 
→ Sífilis terciária 
- Surge de 1-40 anos após o diagnóstico inicial 
- Destruição tecidual, com acometimento de SNC 
e cardiovascular 
- Gomas (tumorações com tendência a liquefação 
e drenagem de secreção) na pele, mucosas, osso 
ou qualquer outro tecido 
- Cardiovascular 
→ Aortite (70%) – aneurisma, insuficiência 
aórtica e estenose de óstio da coronária 
→ Rx tórax – calcificações e dilatação da 
aorta ascendente 
- Neurossífilis 
→ Manifestações podem ocorrer em qualquer 
fase da doença 
→ Neurossífilis precoce cursa com meningite 
e neuropatias cranianas 
→ Assintomática (LCR+ e ausência de sinais 
e sintomas) 
→ Neurossífilis parenquimatosa tardia (tabes 
dorsalis) – comprometimento da medula 
posterior que leva a ataxia de marcha, 
alterações de equilíbrio, parestesias 
→ Neurossífilis gomosa – sintomatologia 
localizada, imitando tumores do SNC 
Manifestações clínicas (Neurossífilis) 
→ Envolvimento ocular (uveíte, paralisia de 
nervos cranianos) 
→ Envolvimento auditivo (perda de acuidade 
auditiva) 
→ Paresia geral 
→ Deficiência cognitiva 
→ Mudança de comportamento 
→ Demência (instalação aguda – investigar 
sífilis) 
→ Depressão 
→ Mania 
→ Psicose com alucinações visuais ou 
auditivas 
→ Dificuldades de memória 
→ Confusão mental 
→ Lesão meningovascular (acometimento 
isquêmico) 
DIAGNÓSTICO 
→ Exames diretos (microscopia em campo 
escuro) 
→ Testes não treponêmicos (VDRL) 
→ Testes treponêmicos 
→ FtAbs 
→ TPHA 
→ Elisa 
→ Quimioluminescência 
→ Teste rápido (imunocromatografia de fluxo 
lateral) 
 
→ VDRL 
- Teste QUANTITATIVO, de baixo custo 
- Se torna positivo entre a 2ª e 4ª semana após 
surgimento do cancro (sífilis 1ª, o VDRL pode ser 
negativo ou ter títulos baixos) 
- Títulos mais elevados nas formas secundárias, 
recente latente ou tardia 
*Forma 2ária possui o maior VDRL, na fase latente 
entra em queda e, a sífilis 3ária, apresenta título 
mais baixo 
- O mais indicado para o ACOMPANHAMENTO 
pós terapêutico 
- Detectam anticorpos anti lipídicos que surgem 
em sífilis e outras doenças (*sujeito a falsos 
positivos) 
- Título é considerado positivo se superior a 1/8 
Obs. no entanto, se o paciente estiver com cancro 
e título de 1/4, por exemplo, é considerado sífilis 
1ária 
- São falso positivos, se testes treponênicos 
negativos 
Ex. Se o paciente não tiver sintoma, possuir 
VDRL+ e FtAbs-, o VDRL se trata de um falso 
positivo 
- Aparecem em LES, síndrome anti fosfolípide 
(SAF), hanseníase, malária → falso positivos 
- Efeito prozona (falso negativo pelo excesso de 
anticorpos) – ex. paciente com secundarismo, 
lesões de pele e VDRL-, pensar no efeito prozona 
e repetir VDRL! 
- Recomenda-se um exame a cada 6 meses por 2 
anos (*título tem uma queda lenta) 
- O título deve diminuir 2 diluições em 6 meses 
para sífilis recente e, 2 diluições em 12 meses para 
sífilis tardia 
*Atualmente, a sífilis tem sido considerada tratada 
adequadamente, desde que não haja ascensão do 
título 
→ FtAbs 
- Teste específico (“só positiva com sífilis”) e 
QUALITATIVO 
- Torna-se positivo a partir da 2ª semana (e assim 
permanece para a vida toda) 
- Não é indicado para acompanhamentopós 
tratamento 
TRATAMENTO 
→ Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, 
dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo) 
- Sífilis primária. 
- Sífilis secundária. 
- Sífilis latente recente (até 1 ano) 
- Alternativa (2ª linha): 
→ Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, 15 dias 
(exceto para gestantes) 
→ Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1x/dia, 8-10 dias 
para gestantes e não gestantes 
- Sífilis latente tardia (+1 ano de duração) ou 
latente com duração ignorada: 
→ Penicilina G benzatina 7,2 milhões UI 
(2,4 milhões UI, IM, semanal, por 3 
semanas) 
- Alternativa (2ª linha): 
→ Doxiciclina 100mg, 2x/dia, 30 dias (exceto 
gestantes) 
→ Ceftriaxona, 1g, IV ou IM, 1x/dia, 8-10 dias 
para gestantes e não gestantes 
- Neurossífilis 
→ Penicilina cristalina 3-4 milhões, EV, 
contínua a cada 4h 
→ Alternativa – Ceftriaxona 2g EV, 10-14 
dias 
- Reação febril de Jarisch-Herxheimer 
→ Pode surgir após dose terapêutica inicial, 
pela morte maciça do treponema 
→ Hiperemia facial, febre, adenomegalia etc 
→ Não suspende o TTO 
- Alergia (deve-se suspender o TTO) 
→ Eritromicina, na forma de estearato ou 
estolato, 500mg, VO, 6/6h, por 15 dias para 
sífilis recente, e por 30 dias para sífilis tardia 
→ CANCRO MOLE (Haemophilus ducreyi) 
- Cancroide, cancro venéreo, cancro de Ducrey 
- Incubação (mais curta) – 3-5 dias a 2 semanas 
- Risco de contaminação alto (>80%) 
- Lesões dolorosas, múltiplas, com exsudato 
necrótico amarelo, com odor fétido e sangramento 
fácil 
- Linfonodomegalia inguinal, podendo evoluir para 
fistulização 
TRATAMENTO 
→ Azitromicina 500mg, 2cp, VO, dose única 
- Alternativa: 
→ Ceftriaxona 250mg, IM, dose única 
→ Ciprofloxacino 500mg, VO, 2x/dia, por 3 dias 
- Tratamento do parceiro, mesmo que 
assintomático 
→ HERPES GENITAL 
- Virose transmitida pelo contato sexual (inclusive 
oro-genital), com lesões ou objetos contaminados 
- Predomínio do Herpesvírus tipo 2 (tipo 1 
geralmente é oral) 
- Lesões vesiculosas que se transformam em 
úlceras, precedidas de ardência, prurido e dor 
(aura) 
- Maioria dos casos de transmissão ocorre a partir 
de pessoas assintomáticas 
- Primoinfecção – incubação de 6 dias, 
manifestação severa e dolorosa; pode cursar com 
adenomegalia, febre e retenção urinária 
*Deve ser tratada de maneira mais agressiva 
pois reduz o risco de neuropatia pós herpética 
- Reativação (60-90% dos casos) 
→ Desencadeada por infecções, exposição a 
radiação UV, febre, traumatismo local, 
menstruação, estresse, antibioticoterapia, 
imunodeficiência 
→ Tende a ser no mesmo local da inicial 
→ Sintomas prodrômicos – prurido, mialgia, 
fisgada, queimação 
→ Sintomas menos intensos, regridem em 7-
10 dias 
TRATAMENTO 
- Não há cura da doença 
- Primeiro episódio (primo-infecção) 
→ Aciclovir 200mg, VO, 1cp 5x/dia 
(7h/11h/15h/19h/23h), por 7-10 dias 
- Recidiva (tratamento deve ser iniciado, 
preferencialmente, no período prodrômico – pode 
abortar o surto herpético) 
→ Aciclovir 200mg, VO, 2cp 3x/dia, por 5 
dias 
→ Aciclovir 200mg, VO, 4cp 2x/dia, por 5 
dias 
- Supressão (+6 episódios por ano = indicação de 
terapia supressiva) 
→ Curso prolongado de aciclovir 
→ Aciclovir 200mg, VO, 2cp 2x/dia, por até 6 
meses, podendo ser prolongado por até 2 
anos 
→ Indicada avaliação periódica de função 
renal e hepática 
 → LINFOGRANULOMA VENÉREO (LGV) 
- Bubão inguinal 
- Doença infecciosa de transmissão 
exclusivamente sexual 
- Agente causal – Clamydia trachomatis 
(sorotipos L1, L2 e L3, invasivos para tecidos 
linfáticos) 
- Mais prevalente nas regiões norte e nordeste 
- Período de incubação entre 3-30 dias 
- Evolução da doença ocorre em 3 fases: 
→ Lesão de inoculação 
→ Disseminação linfática regional (pode levar 
a estiomene – elefantíase de órgãos 
genitais, por comprometimento linfático 
regional) 
→ Sequelas 
TRATAMENTO 
→ Doxiciclina 100mg VO, 1cp 2x/dia, por 21 dias 
→ Azitromicina 500mg VO, 2cp, 1x/semana, por 
21 dias (preferencial nas gestantes) 
→ Parcerias sintomáticas – mesmo TTO 
→ Parceria assintomáticas – AZT 500mg 2cp 
dose única OU doxiciclina 100mg 1cp 2x/dia, 
7 dias 
→ DONOVANOSE (Klebsiella granulomatis) 
- Doença crônica progressiva, acomete pele e 
mucosas genitais, perianais e inguinais 
- Associada à transmissão sexual, mas 
mecanismos de transmissão não são bem 
conhecidos 
- Período de incubação de 30 dias a 6 meses 
- Inicia-se com ulceração de borda plana ou 
hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, 
de aspecto vermelho vivo e sangramento fácil 
- Diagnóstico diferencial com doença 
oncológica (câncer de pênis e vulva) 
- Úlceras crônicas e de caráter insidioso, 
destrutivas 
TRATAMENTO 
→ Azitromicina 500mg VO, 2cp 1x/semana, por 
pelo menos 3 semanas ou até cicatrização das 
lesões 
- Alternativa: 
→ Doxiciclina 
→ Ciprofloxacino 
→ Sulfametoxazol-trimetoprima 
- Não é necessário tratar as parcerias (doença de 
baixa infectividade) 
SÍNDROME DO CORRIMENTO URETRAL/ 
VAGINAL 
→ GONORREIA 
- Sensação de prurido na fossa navicular que se 
estende para toda a uretra 
- Após 1-3 dias, ardência miccional (disúria), 
seguida por corrimento mucóide em com o tempo, 
mais abundante e purulento 
- Em alguns pacientes pode haver febre e outras 
manifestações de infecção aguda sistêmica 
- Artrite gonocócia (jovem com monoartrite – 
pesquisar sintomas uretrais) 
DIAGNÓSTICO 
→ Bacterioscopia da secreção uretral 
→ Cultura no meio de Thayer-Martin 
→ Detecção de micoplasma e clamídia por 
biologia molecular (uretrite não gonocócica 
pode estar associada) – não disponível pelo 
SUS 
TRATAMENTO 
→ Ceftriaxona 500mg, IM, dose única + AZT 
500mg, VO, 2cp dose única 
→ Ciprofloxacino (alternativa) 
- Oftalmia neonatal 
→ Conjuntivite grave, purulenta provocada 
pelo gonococo, que pode levar a perda 
visual 
→ Prevenção – nitrato de prata 1% (método 
de Crede), aplicação única na 1ª hora após 
o nascimento OU tetraciclina 1% 
→ Tratamento – Ceftriaxona 
→ URETRITE NÃO GONOCÓCICA 
- Uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias 
(gram) e/ou cultura são negativas para gonococo 
 
- Agentes (intracelulares) 
- Chlamydia trachomatis (mais comum) 
- Ureaplasma urealyticum 
- Mycoplasma hominis 
- Trichomonas vaginalis 
- C. trachomatis – provoca também o tracoma, 
conjuntivite por inclusão no RN e LGV 
- Transmissão pelo contato sexual (20% de risco 
por ato) 
- Período de incubação, no homem, de 14 a 21 
dias (mais longo que na gonorreia – pode auxiliar 
a identificar) 
- Causa de DIP na mulher 
- Corrimentos mucoides, discretos, com disúria 
leve e intermitente 
- Podem evoluir para: prostatite, epididimite, 
balanites, conjuntivites (por autoinoculação) 
TRATAMENTO 
→ Uretrite não gonocócica/por clamídia = 
Azitromicina 500mg, VO, 2cp dose única 
→ Uretrite s/ identificação do agente etiológico = 
Ceftriaxona + AZT (= ao TTO da gonocócica) 
SÍNDROME DA VERRUGA ANOGENITAL 
❖ HPV 
- Condiloma acuminado (verrugas anogenitais) 
- Apresentação latente: sem lesão, pode 
permanecer durante toda a vida 
- Apresentação subclínica: microlesões pelo HPV 
são diagnosticadas por meio do Papanicolau e/ou 
colposcopia (lesões acetobrancas), com ou sem 
biópsia 
- Apresentação clínica (lesão macroscópica): 
forma mais comum de apresentação é conhecida 
como verruga genital ou condiloma acuminado 
- Lesões únicas ou múltiplas, restritas ou difusas, 
de tamanhos variáveis; mais frequentemente no 
homem na glande, sulco balano-prepucial e região 
perianal; na mulher, na vulva, períneo, região 
perianal, vagina e colo 
- Podem estar presentes em áreas extragenitais 
(especialmente no RN) – conjuntivas, mucosa 
nasal, oral e laríngea 
- Dependendo do tamanho e localização 
anatômica, podem ser dolorosos, friáveis e/ou 
pruriginosos 
- Tipos de HPV que infectam o trato genital: 
→ Baixo risco oncogênico – tipos 6, 11, 40, 
42, 43, 44, 54, 61, 70, 72 e 81 
Obs.tipos 6 e 11 são os mais comumente 
associados a lesões de condiloma 
acuminado 
→ Alto risco oncogênico tipos 16, 18, 31, 33, 
35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82 
Obs. 16 e 18 são responsáveis por 70% 
dos carcinomas cervicais 
*16 é mais prevalente e mais frequente em 
carcinomas de células escamosas 
*18 – 20% dos tumores; mais comum entre 
os adenocarcinomas 
→ Os tipos de baixo risco oncogênico são 
associados a padrão de lesões escamosas 
de baixo grau – displasia leve ou neoplasia 
intraepitelial cervical de grau 1 (NIC 1) 
→ Os tipos de alto potencial oncogênico são 
em geral, associados a lesões 
intraepiteliais escamosas de alto grau – 
displasia moderada, grave ou carcinoma in 
situ (NIC 2 ou NIC3) 
DIAGNÓSTICO 
→ Colpocitologia oncótica de colo uterino 
→ Citologia oncótica anal 
→ Colposcopia 
→ Anuscopia 
→ Histopatologia 
TRATAMENTO 
→ Podofilina 10-25% em solução alcóolica 
- Autoadministrada 
- Verrugas visíveis ao indivíduo, em pele 
(não se usa em mucosa), única ou poucas 
lesões 
- Não deve ser usado em lesões 
periorificiais – o ácido pode lesar o 
esfíncter e levar à perda esfincteriana, 
estenose 
→ TCA em solução alcóolica 80-90% 
- Aplicado pelo profissional da saúde 
- Pode ser usado em gestantes 
- Não deve ser usado em lesões 
periorificiais – o ácido pode lesar o 
esfíncter e levar à perda esfincteriana, 
estenose 
→ Podofilotoxina 0,15% creme (Wartec) 
- Podofilina em creme (não escorre) 
- Verrugas visíveis ao indivíduo, em pele 
(não se usa em mucosa), única ou poucas 
lesões 
→ Imiquimod 5% creme 
- Imunomodulador 
- Aplicado em toda área de pele (não 
apenas na lesão) 
- Efeitos colaterais (febre, mialgia) 
→ Interferon alfa 
- Subcutâneo ou intralesional 
→ Crioterapia em CO2 
- Pode ser usado em gestantes 
→ Eletrocauterização 
- Bisturi elétrico, TTO cirúrgico 
- TTO de múltiplas pequenas lesões 
- Não é o melhor para lesões periorificiais 
(não se consegue controlar a profundidade 
da queimadura adequadamente) 
→ Exérese cirúrgica 
- Lesões extensas e periorificiais

Continue navegando