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1 Por Matheus Barros Carvalho Nódulos Tireoidianos Nódulos tireoidianos são muito prevalentes na população, o desafio é identificar quais são os nódulos malignos, para evitar cirurgias e exames desnecessários. Características sugestivas de malignidade: • < 20 anos; • > 70 anos; • Sexo masculino (mulheres apresentam 8x mais nódulos que homens, mas os dos homens são mais malignos); • Irradiação prévia de cabeça/pescoço; • História familiar de carcinoma medular e NEM; • Nódulo de crescimento rápido; • Nódulo > 4 cm ou parcialmente cístico; • Nódulo endurecido e aderido à planos profundos; • Presença de linfadenomegalias; • Disfonia; • Sintomas compressivos; • Eutireoidiano (hipotireoidismo não exclui malignidade, mas hipertireoidismo significa que é muito pouco provável); Avaliação laboratorial: • Função tireoidiana – TSH e T4L; • Calcitonina se suspeita de CMT; • Cintilografia: o Para avaliar doença nodular em pacientes com hipertireoidismo (solicitar apenas com TSH baixo) – nódulos quentes raramente são malignos; o Se nódulo normo ou hipocaptante, seguir com propedêutica USG/PAAF. • Ultrassonografia: sempre solicitar se tiver nódulo; 2 Por Matheus Barros Carvalho Figura 1- Classificação TI-RADS – obs.: TR3 PAAF se nódulo > 2cm 3 Por Matheus Barros Carvalho Figura 2- Classificação ATA o Nódulo cístico: 4 Por Matheus Barros Carvalho o Nódulo espongiforme: o Nódulo hiperecogênico: o Nódulo hipoecogênico – INDICATIVO DE MALIGNIDADE o Calcificação com artefato de cauda de cometa (BENIGNO) o Microcalcificações – INDICATIVO DE MALIGNIDADE 5 Por Matheus Barros Carvalho o Anotar as medidas acuradas, para reprodutibilidade; o Anotar a localização dos nódulos; o Se tiverem muitos nódulos, descrever no máximo 4, os com as maiores classificações TI-RADS, independentemente do tamanho. o Crescimento suspeito: 20% de aumento em pelo menos 2 dimensões ou 50% do volume. o Seguimento: não antes de 1 ano, exceto para câncer confirmado em vigilância ativa. • PAAF Figura 3- Classificação de Bethesda o PAAF B1 → repetir o PAAF B2 → realizar USG de acompanhamento e só repete PAAF se tiver 20% de aumento em pelo menos 2 dimensões ou 50% do volume e se surgirem características de malignidade. o PAAF B3 e B4 → repetir em 3 meses Bócios tóxicos: • Bócio uninodular (adenoma tóxico/doença de Plummer): 6 Por Matheus Barros Carvalho o Tumor benigno (risco de malignidade menor que 1%); o Produção autônoma de T3 e T4; o Mais comum no sexo feminino; o Geralmente causa hipertireoidismo franco se maior que 3 cm; o Tratamento: ▪ Drogas antitireoidianas (preparação para tratamento definitivo); ▪ Radioiodoterapia se nódulo menor que 5cm e paciente maior que 18 anos; ▪ Cirurgia se o nódulo for muito volumoso ou com sintomas compressivos; • Bócio multinodular: o Doença de progressão lenta (geralmente paciente com mais de 60 anos); o Mais comum no sexo feminino; o Causa sintomas compressivos; o Tratamento: ▪ Drogas antitireoidianas (preparação para tratamento definitivo); ▪ Cirurgia: para nódulos muito volumosos, mergulhantes, com risco de malignidade, hiperparatireoidismo concomitante. ▪ Radioiodoterapia: para pacientes com alto risco cirúrgico, reduz dimensões em 30 a 50%. Fluxograma do nódulo tireoidiano: 7 Por Matheus Barros Carvalho Figura 4 - Fluxograma