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ETAPAS DE AQUISIÇÃO FONÊMICA Jacobsom (1968) estudos de processos de aquisição de linguagem: diferentes idiomas. - observou-se que existem relações invariáveis entre as línguas, ou seja, observou-se que em todos os idiomas ocorrem as mesmas hierarquias nas aquisições. ordem – oposições 1ª oposição: vogal consoante oral x nasal distinção bilabial – lábio dental oclusão bilabial x velar / k / / g / ou oclusiva dental x velar / R / oclusivas – fricativas – africadas líquidas / l /, / r /, / s / Menyuk (1975): aquisição distinção de traços inicia-se: oposição distinção consoante vogal; diferentes conjuntos de sons (modo) – oclusiva, fricativas, líquidas; mais oposições entre os membros desses traços; ponto de articulação: -bilabial; -lábio dental; -línguo-dental; -línguo-alveolar; -línguo palatal; -velar. Português Brasileiros: (M.C.P. Yoshioka) anteriores antecedem médias e posteriores Ex: / p / antes / t / e / k / oclusivas precedem fricativas; fricativas precedem líquidas; grupos consoantes / arquifonemas. ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS SONS – FRY Vogais; Consoantes. / p / , / b / , / m / 3 anos; / t / , / d /, / n / , / k / , / g / 4 anos; / f / , / v / 5 anos; / l /, / r / , / λ / , / η / , / s / , / z /, / ӡ /, / δ / 6 anos; arquifonemas e grupos consonantais 7 anos; fase considerada Variações entre os autores – idade: sexo estimulação pistas * Importante: fonema adquirido memorização: ter o fonema em qualquer posição. Marinho (1978) 2 anos / p /, / b /, / t /, / d /, / m /; 3 anos / g /, / k / ,/ f /, / v /, / n /, / s /, /δ /, / ӡ /, / z /, / l /, / w /, / y /, + arquifonema / s /; 4 anos / λ /, / R/, / r / + arquifonema / R / 5 anos grupos consonantais. / l /, /r / QUADRO DE FONEMAS Anteriores médias posteriores - Oclusivas: p t k b d g orais m n η nasais - Fricativas: f s δ v z Ӡ - Líquidas: l λ r R (x) y w COMPORTAMENTO PRAGMÁTICO A criança como “ser dialógico” ao nascer se comunica pelo choro. Se a mãe interage porque entende o sinal do choro como uma intenção, a interlocução se estabelece. O pseudodiálogo começa cedo, pois a criança chora, olha, sorri, faz lalação balbuciando em imitação a mãe. A mãe ouvinte poderá responder, imitando-a e estabelecendo dessa forma uma “ conversação” nessa fase pré elocutória (Bates, 1976). Dos 9 aos 10 meses, a criança já é elocutória, mandando suas mensagens, apontando, dando, mostrando por iniciativa própria. Há uma interação recíproca. Existem contatos de olhos com intenção comunicadora e esquemas conjugados de atenção sobre objetos. A mãe olha para onde o bebê olha. As vocalizações podem ser em uníssono ou alternadas com a mãe (Stern, 1975). Comportamentos sociais de dar, confiar repartir são iniciados nessa idade. Se a mãe não interpreta, não dialoga, não interage, começa a prejudicar os processos de compreensão e de expressão. Entre 9m e 1 ano começa a andar e correlacionar todas as percepções, adquirindo uma nova visão de mundo. A interação humana e as experiências do bebê no primeiro ano de vida estabelecem diversos papéis pragmáticos mesmo antes que ele esteja usando a linguagem oral. Os comportamentos não-verbais são basicamente empregados para controlar e manipular o meio. Halliday (1975) lista sete necessidades humanas ou funções. FUNÇÕES DA LINGUAGEM A função da linguagem em relação à aquisição e desenvolvimento da linguagem é a forma inicial de atuação lingüística sobre o meio (forma como a criança vai chegar a conseguir o que pretende). Essa atuação lingüística é toda forma extralingüística que a criança aprende antes de entender a forma lingüística correspondente. FUNÇÃO Função: é o meio que a criança tem para comunicar algo. 9 As funções da linguagem se desenvolvem a partir de 1 ano de idade. As seqüências dessas funções de linguagem não é rígida no desenvolvimento, porque depende do ambiente que você fornece a criança. Se o ambiente é favorável a criança acompanha a seqüência do desenvolvimento normal. Se não é favorável pode haver alterações. Existe uma necessidade de seqüência, mais esta pode variar. O fonoaudiólogo vai avaliar a linguagem da criança, verificando se a mesma está fazendo uso destas funções de forma dinâmica e adequada. Se isto não estiver ocorrendo deverá ser propiciado a criança a construção de todas as funções da linguagem. - Função Instrumental (eu quero): Ela está pedindo alguma coisa ao meio, através das emissões dá, té, mais. A criança utiliza a função instrumental como forma de solicitar ao meio para que este lhe mostre objetos e para que o meio lhe permita realizar ações. A criança faz uso da linguagem como um instrumento para que o outro faça o que ela deseja. - Função Regulatória (faça como eu digo): A criança vai regular o meio que no caso é outra pessoa para conseguir ver as coisas que desejam. A criança não solicita o meio como um instrumento que a possibilita ver a ação, o objeto. Aqui ela vai pedir ao meio que faça o que ela quer. Tanto na função instrumental e regulatória a criança está colocando como fundamental o seu ponto de vista, ela está tentando ver o meio se movimentar em função da linguagem dela. - Função Interacional (eu e você): A criança nesta fase aprende como se pode lidar com a linguagem em alguma situação. (eu e você). A criança utiliza o outro como resposta e questionamento. A criança vai tentar usar a linguagem numa troca com os outros. A importância da função interacionista está na criança trabalhar com a linguagem, o sentido de comunicação. Nesta etapa a criança vai se desvincular de si mesma e vai considerar o outro como fonte de informações. - Função Pessoal (aqui vou eu): Tudo que a criança aprendeu ela vai colocar no meio para ver o que acontece. É como se ela fizesse uma checagem do uso da linguagem que ela adquiriu para verificar se o meio está respondendo adequadamente. Segundo Halliday a função pessoal é uma forma de expressão ou consciência de si mesmo. A definição de consciência de si mesmo é: enquanto eu não me conheço como pessoa e como utilizador da linguagem, eu uso a função da linguagem para verificar o uso que ela tem. Quando eu me conheço como pessoa distinta do meio, eu passo a utilizar a linguagem como algo produzido por mim e que tem que ser respondido pelo meio. Ex. a criança chega até você e nomeia um objeto. Ela traz uma bola, e diz bola. Ela traz um nenê e fala nenê. Ela está dizendo que como pessoa, ela sabe dizer o que ela quer. É a definição dela como pessoa e como ela está utilizando a linguagem. - FUNÇÃO HEURÍSTICA (diga-me por quê?): Piaget cita nesta fase de desenvolvimento uma situação de jogo (por volta de 1 ½ a 2 anos). Nessa situação, ainda no jogo de exercício que caracteriza o período sensório motor, existe no final dessa fase um jogo que Piaget chama de jogo do pensamento. Esse jogo é uma brincadeira que a criança faz com a linguagem que ela tem. É uma fase onde a criança nomeia coisas que ela conhece. A criança ainda pode passar por outra situação que corresponderia ao jogo do porque, onde a criança sempre fica questionando o porquê das coisas. Existe uma forma Lúdica de lidar com a linguageme existe uma forma de pensamento sobre a linguagem que vai corresponder ao momento onde a criança aprende a função da linguagem para a coleta de informações. Assim, enquanto a criança faz de alguma situação um jogo ela tem outro momento de pesquisa onde vai perguntar porque, porque ela realmente quer saber algo. FUNÇÃO IMAGINATIVA (faz de conta): A partir da interação e do conhecimento que a criança adquiriu através da linguagem ela vai agora criar o seu mundo de fantasia. Nesse momento segundo a teoria de Piaget a criança utiliza a linguagem como forma de criação. Ex. A criança ao brincar com uma boneca pode contar para ela fatos que estão acontecendo. A criança está criando com a boneca um sistema de comunicação semelhante aquele que ela viveu com as pessoas do seu próprio meio. Obs. Enquanto a criança usa a imaginação como forma de criação, não há problemas. A imaginação faz parte do mundo da linguagem do adulto só que existe uma modificação no processo de imaginação. - FUNÇÃO INFORMATIVA: A função informativa tem uma característica mais próxima da linguagem do adulto porque ela já passa a ter um conteúdo organizado. A informação requer um nível de organização maior, para isso a criança precisa ter uma linguagem mais interiorizada. Essa função aparece depois dos 2 anos de idade, e ela é o preparo para a linguagem do adulto.
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