Aula de Eletrocardiograma

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O Eletrocardiograma Normal 
Noções Básicas
Daniela A Morais 
daniela.morais@prof.unibh.br
Exame não invasivo, barato e versátil 
Útil para avaliar: 
 - Orientação anatômica do coração; 
 - Dimensões relativas das diversas câmaras 
 cardíacas; 
 - Alterações do ritmo e condução; 
 - Extensão, localização e progressão das 
 lesões isquêmicas do miocárdio; 
 - Efeitos de alterações de concentrações de eletrólitos; 
 - Influência de determinados fármacos. 
Representa valioso registro da atividade elétrica do 
coração, registrando os impulsos elétricos que 
estimulam a contração cardíaca.
ELETROCARDIOGRAMA 
(ECG)
CORAÇÃO
Sistema de Condução – atividade elétrica
CORAÇÃO
Nó S-A 
Marca-passo
Feixe A-V (His)
Nó A-V
Sistema 
Purkinje Ramo 
Direito
Ramo 
Esquerdo
Feixe de Bachmann
Feixes Internodais
As células cardíacas são polarizadas no estado de repouso (carga negativa no 
interior das células). 
Quando estimuladas eletricamente se despolarizam e se contraem (carga 
positiva no interior das células). 
A repolarização é um fenômeno estritamente elétrico sem o coração ter 
nenhuma atividade mecânica.
POTENCIAL DE AÇÃO POTENCIAL DE AÇÃO
REGISTRO DA PROPAGAÇÃO
- - + +
- - - +
Quando a onda de despolarização se move em direção a um 
eletrólito positivo é registrado uma deflexão positiva (para cima).
ELETROCARDIOGRAMA 
(ECG)
AS ONDAS E SEGMENTOS DO 
ELETROCARDIOGRAMA
MORFOLOGIA DAS ONDAS / DEFLEXÕES
MORFOLOGIA DAS ONDAS / DEFLEXÕES
Não confundir intervalo PR (PRi) 
com segmento PR (PRs)
Representa a despolarização e a condução do impulso nos ventrículos. 
Localização: após o intervalo PR. 
Duração: 0,06 a 0,10 seg, ou metade do intervalo PR 
R - Onda positiva do QRS 
Caso ocorram duas ondas positivas, a primeira será R e a segunda R’ 
S - Onda negativa que sucede a onda R 
Q - Onda negativa que precede a onda R 
QS - apenas uma onda negativa
COMPLEXO QRS MORFOLOGIA DAS ONDAS / DEFLEXÕES
MORFOLOGIA DAS ONDAS / DEFLEXÕES
ONDA T 
Representa a repolarização ou a recuperação ventricular. 
Localização: após o segmento ST. 
Tipicamente arredondada e suave. 
Pode indicar lesão miocárdica ou desequilíbrios eletrolíticos 
(hipercalemia) se for alta, apiculada ou cônica. 
Pode representar isquemia miocárdica se for invertida.
ONDA U 
Deflexão positiva, pequena e raramente observada depois da 
onda T. 
INTERVALO QT 
É o período desde o início da despolarização ventricular até o 
final da repolarização ventricular.
?
Derivações = “fotos” da atividade elétrica no coração sob 
ângulos diferentes
DERIVAÇÕES DO PLANO 
FRONTAL 
Triângulo de Einthoven 
Derivações plano Horizontal - Anterior
DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL
- V1 - Quarto espaço 
intercostal linha 
paraesternal direita 
- V2 - Quarto espaço 
intercostal linha 
paraesternal esquerda 
- V3 - Entre V2 e V4 
- V4 - Quinto espaço 
intercostal na linha 
hemiclavicular 
- V5 - Quinto espaço 
intercostal linha axilar 
anterior 
- V6 - Quinto espaço 
intercostal, linha axilar 
média 
Derivações plano Horizontal - Anterior Derivações plano Horizontal - Posterior
O PAPEL DO 
ELETROCARDIOGRAMA
A altura e a profundidade de uma onda / deflexão 
(eixo vertical) se mede em mm e representa a 
medida de voltagem = mV (milivolt). 
Eixo vertical : 1 mm = 0,1 mV (ganho N) 
A duração de cada parte do ciclo cardíaco (eixo 
horizontal) representa o tempo = segundo. 
Eixo horizontal: 
Velocidade 50 mm/s 1mm = 0,02s 
Velocidade 25 mm/s 1mm = 0,04s 
CÁLCULO DA FREQUÊNCIA
VAMOS CALCULAR A FC?
RITMO REGULAR 
RITMO IRREGULAR 
RITMO NORMAL OU FISIOLÓGICO OU 
SINUSAL
Ritmo Sinusal Regular: O estímulo se origina no nódulo SA, 
a distância é igual entre ondas semelhantes e cada 
complexo QRS é precedido por uma onda P.
1 – Identificação 
2 – Ritmo regular ou irregular 
3 – Frequencia cardiaca 
4 – Onda P (onda P positiva em D1, D2, AVF e negativa em AVR, 
ondas P de morfologias semelhantes, ondas P precedendo QRS). 
5 – Intervalo PR ≤0,20 segundos? 
6 – Complexo QRS estreito ou alargado? 
7 – Segmento ST na linha isoelétrica? 
8 – Onda T (geralmente acompanha a polaridade do QRS, pode ser 
negativa em AVR, V1 e V2). 
9 – Intervalo QT.
SUGESTÃO PARA ANÁLISE DO ECG
TROCA DE ELETRODOS OU 
DEXTROCARDIA?
TROCA DE ELETRODOS OU 
DEXTROCARDIA?
REFERÊNCIA
AEHLERT, Bárbara. Reconhecimento do Ritmo. In: ______. ACLS, 
Advanced Cardiac Life Support: emergências em cardiologia, um guia 
para estudo. 5ªed. RJ: Elsevier, 2017. 288p.