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1 UNIVERSIDADE PAULISTA BACHARELADO EM ENFERMAGEM CAMPUS CASTANHAL DISCENTE: STEFANNY KETWLLEN SOUZA SANTOS DOCENTE: Enf. MARCELI DE SOUZA FERREIRA ESTUDO DE CASO CLÍNICO MININGITE BACTERIANA CASTANHAL-2023 2 STEFANNY KETWLLEN SOUZA SANTOS Trabalho de estudo de caso para obtenção de nota para o estágio obrigatório de Graduação em Enfermagem apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Docente: Enf. Marceli de S. Ferreira. NOTA___________ 3 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO .............……………………… ...………………..….….......4 2.ESTUDO DE CASO………………………………..……………………..…..5 3.CONCLUSÃO……………………………………………………….……..…..8 4. REFERÊNCIA ........................................……………………...………...…8 4 1. INTRODUÇÃO Meningite é uma doença atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas. Mais frequentemente é ocasionada por vírus ou bactéria. É importante pela severidade de alguns casos que podem evoluir a óbito ou a um dano no cérebro mais grave deixando sequelas. (C. de Moraes) O tipo de tratamento depende do agente que causa a doença: vírus, bactéria, fungos, parasitos, outros. Nas meningites bacterianas é importante conhecer o tipo de bactéria envolvida de forma a possibilitar o tratamento correto. Para isso é necessário realizar exames para confirmar a meningite.(M. A. Safadi) Os sintomas são febre alta e persistente, dor de cabeça por vezes insuportável, dor na nuca podendo ocasionar rigidez no pescoço, vômitos, perda do apetite, sonolência, confusão mental, agitação, grande sensibilidade à luz. Pode apresentar ainda manchas no corpo, diarréia, crises convulsivas, coma. As crianças normalmente permanecem quietas, pouco ativas.(Memo nº 03/2017) No caso das meningites bacterianas a evolução é muito rápida, podendo agravar em horas. O paciente necessita receber o antibiótico o mais rápido possível. As meningites causadas por vírus são as mais frequentes. Em geral é de menor gravidade, embora alguns vírus apresentam casos graves, por vezes fatais. Normalmente evolui em 5 a 10 dias para a cura. Raramente deixam sequelas.(F. C. B. Lobo) É de suma importância proceder ao diagnóstico e tratamento precoce. O paciente deve procurar o serviço de saúde, logo que apresentar os sintomas, pois no caso das meningites bacterianas, a introdução precoce do antibiótico reduz o risco de morte em 15%. Para o diagnóstico é necessário realizar a coleta de líquido cefalorraquidiano e de sangue de forma a identificar a bactéria, vírus, fungo, ou seja, o agente causador da doença. (R. C. Zanella) A doença se transmite de uma pessoa para outra pela tosse, espirro e pelas mãos sujas, no caso de alguns vírus, isto é, vias fecal-oral, oral-oral, respiratória. A prevenção se dá por meio de lavar as mãos frequentemente – ao chegar do trabalho, antes de preparar, servir ou comer alimentos: depois de usar o banheiro após auxiliar uma criança a utilizar o banheiro, após trocar fralda, após assoar o 5 nariz, tossir ou espirrar, proteger o nariz e a boca com o braço ao espirrar ou tossir. Não secar as mãos em toalhas úmidas. Em local coletivo utilizar de preferências toalhas descartáveis. Manter o ambiente limpo e arejado. Lavar e desinfetar as frutas e verduras. Limpar os reservatórios de água de abastecimento com solução clorada. Utilizar filtro ou bebedouro para água potável. Desinfetar filtros e bebedouros regularmente com água clorada. Separar os utensílios de uso individual, em especial das crianças.(Sérgio Bokermann) 2. ESTUDO DE CASO 2.1 - QUESTÃO NORTEADORA: Meningite bacteriana 2.2 -Identificação da pessoa em estudo: Antônio. M. S., sexo masculino; natural e procedente de Castanhal; ID: 1 ano e 4 meses; Peso: 14,5 kg; Alt.: 73 cm. A criança compareceu a unidade de saúde, acompanhada de sua genitora– Ana Carla- a mesma relata que a criança está previamente hígido; há 48 horas começou a apresentar febre alta (39,5 °C); associado a vômitos; inapetência e irritação. Fez uso de dipirona não havendo melhora. A mãe então procurou a assistência do HP, onde foi percebido pequenas petéquias, inicialmente em região genital e posteriormente em todo o corpo. História da gestação e parto: Genitora relata que durante a gestação realizou o prénatal e não teve intercorrências. Parto normal, criança nasceu com 3,150 kg, anictérica e acianótica. História Patológica Pregressa: Nega doenças, internamentos e alergias. Nega contato com doenças infecciosas. História familiar: Nega DM, HAS, discrasias sanguíneas, cardiopatias congênitas, câncer, atopias, AIDS. História alimentar: Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, quando foi introduzido leite de vaca, chá, sucos e frutas. Dieta atual: Leite de vaca, mingau, sopas, frutas, iogurtes e sucos. Crescimento e desenvolvimento: Adequado para a idade; Vacinações: Genitora refere cartão vacinal completo (sic). História Social: Filho único de pais casados, mora em casa de alvenaria, arejada, 6 cômodos, com saneamento básico completo e luz elétrica. 6 2.3 - RESUMO DOS PROBLEMAS Paciente compareceu a unidade no dia, 20/07/2023, com diagnóstico de Meningite bacteriana. Ao exame físico: previamente hígido; apresentando rigidez de nuca; vômitos; inapetência; irritação e pequenas petéquias distribuídas por todo o corpo, principalmente nas extremidades dos MMII, algumas vezes coalescentes; sem adenomegalias, musculatura normotrófica; normocéfalo, sem abaulamentos ou deformidades, olhos bem implantados, sem secreções, boca sem lesões, sem otorréia, epistaxe ou otorragia, orofaringe sem alterações. AR: murmúrio vesicular presente e bem distribuído sem ruídos adventícios. ACV: Pulsos simétricos, cheios, rítmicos, bulhas rítmicas normofonéticas em dois tempos sem sopros. Abd: Plano, sem herniações, cicatriz umbilical plana,sem visceromegalias e massas palpáveis. SN: Sinais de irritação meníngea positivos: Kernig, rigidez de nuca. SV: Temperatura: 37,5°; FR: 30 m/min; FC:120 BT/min; PA: 90x40; Glicemia: 99 mg/dl. 2.4- Fundamentações teóricas: O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das Meninges (membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal), que pode estar relacionado a uma variedade de causas, tanto de origem infecciosa (bactérias, vírus, fungos, parasitas) como não infecciosa (traumas, neoplasias, intoxicação por metais, irritação química e outros ; a transmissão da meningite bacteriana ocorre de pessoa para pessoa por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta expelidas durante a fala, espirro ou tosse ou por meio de alimentos contaminados. Deve-se iniciar o tratamento com antibioticoterapia, na pediatria, são utilizados como antibiótico de escolha a ampicilina, ou penicilina, ou ceftriaxona; já em adultos é utilizado ceftriaxona. É de extrema importância o cuidado clínico com todos os contatos próximos do paciente, sendo assim iniciada a quimioprofilaxia com o medicamento rifampicina dentro de 48 horas, considerando o tempo de incubação do patógeno.(Brasil MS-2017) 2.5- ALTERNATIVAS ou PROPOSTAS: Diagnóstico de enfermagem Situação problema Diagnóstico de enfermagem Intervenções Resultado https://beepsaude.com.br/meningite-vacinas-sintomas-tratamento-causas/ 7 Febre alta Inflamação Administração de anti- inflamatórios baixar a febre e prevenir maiores infecções Previamente hígido,rigidez de nuca distúrbios da coluna, relacionado a meningite Fisioterapia, fazer exercícios de alongamento e aplicar compressas.ajudar a aliviar a rigidez Vômitos Associado a meningite Fazer o uso de remédios com função antiespasmódica; Igerir pequenos goles de líquido Reduzir os espasmos da musculatura do intestino e ajudar a prevenir a desidratação Inapetência O uso de Vitaminas para estimular o apetite e buscar perceber os alimentos preferidos e torna-os a base da refeição por um período . Melhora do apetite Irritação Relacionado a dor, ao desconforto. Ofereça um ambiente tranquilo e acolhedor, brincar com o que a criança gosta. Diminuir a irritabilidade Pequenas petéquias causada pela infecção bacteriana uso de antibióticos- analgésicos e/ou anti- inflamatório Para aliviar outros sintomas que possam se agravar - como a dor, febre e a inflamação. 2.6 - AÇÕES IMPLEMENTADAS ou RECOMENDADAS: Foi orientada a mãe do paciente que a equipe de enfermagem realizasse o: 1 — Isolamento — Instalação e manutenção do "isolamento respiratório", com utilização de quarto individual durante as primeiras 24 horas do tratamento antibiótico; 2 — Assistência na admissão do paciente. — Rápida verificação das condições do paciente e atendimento aos problemas prioritários; 3 — Administração de medicamentos. — Restrição do paciente, — Rápida introdução do medicamento específico e manutenção correta da administração do esquema de tratamento. — Observação das reações ao medicamento. Além de ter prestado assistência a mãe sobre: 8 4- Manter Cuidados com o ambiente e material. — Preparo e manutenção de ambiente calmo, limpo e arejado; 5- Sobre — Alimentação e hidratação. — Ajuda adequada às necessidades de alimentação do paciente; 6- Sobre — Como Observa e entender problemas especiais. — estado de consciência; — agitação e outros sinais e sintomas específicos; — alterações de comportamento; — alergia a medicamentos; — complicações da doença. 2.7- Discussão: O trabalho teve o diagnóstico um caso de meningite bacteriana, devidamente tratado por meio clínico. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. Por isso a principal medida de controle a ser desencadeada nas Doenças Meningocócicas (DM) para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a higienização das mãos; higienização do ambiente; cuidado com os alimentos, ainda sim, a vacina é a forma mais eficaz para prevenção da doença. Na rede pública estão disponíveis para as crianças menores de 1 ano a 4 anos 3. CONCLUSÃO Diante do exposto, constata-se que no controle da doença meningocócica são importantes não só a assistência ao doente e comunicantes, como, também, as atividades de educação para saúde desenvolvidas pela equipe assistencial junto à família , visando sobretudo a prevenção da doença , sua detecção precoce e tomada de conduta correta em relação ao tratamento. 4. REFERENCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia 9 de Vigilância em Saúde: volume único, 2. ed. 2017. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ guia_vigilancia_saude_volume_2.pdf> C de Moraes - (Camile de Moraes) Guia de Vigilância em Saúde, disponível em Guia de vigilância em saúde 2017 - Ministério da Saúde F. C. B. Lobo- (Flávia Carolina Borges Lobo) Guia de Vigilância em Saúde, disponível em Guia de vigilância em saúde 2017 - Ministério da Saúde M. A. Safadi - (Marco Aurélio Safadi) Guia de Vigilância em Saúde, disponível em: Guia de vigilância em saúde 2017 - Ministério da Saúde R. C. Zanella- Rosemeire.zanella@ial.sp.gov.br, disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/ 2020-04/sireva_2017_2.pdf Sérgio Bokermann - sergio.bokermanm@ial.sp.gov.br disponível em :https:// www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/ documento/2020- 04/sireva_2017_2.pdf Documentos Informação da vigilância das pneumonias e meningites bacterianas Guia de vigilância em saúde 2017 - Ministério da Saúde Guia rápido de manejo epidemiológico das doenças imunopreveníveis 2015 - Sesa Memo nº 03/2017