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INTRODUÇÃO: A difteria (crupe) é uma doença bacteriana aguda, cujas lesões características são membranas branco-acinzentadas aderentes, circundadas por processo inflamatório que invade as estruturas vizinhas, localizadas mais frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz. A doença compromete o estado geral do paciente, que apresenta febre, cansaço e palidez. Há dor de garganta discreta. Em casos mais graves pode haver edema intenso no pescoço, aumento de gânglios linfáticos na região e até asfixia mecânica aguda pela obstrução causada pela placa. Corynebacterium diphtheriae é um bacilo transmitido por contágio direto com doentes ou portadores assintomáticos (que não manifestam a doença) através das secreções nasais. Também pode ocorrer a transmissão indireta, através de objetos que tenham sido contaminados recentemente pelas secreções de orofaringe ou de lesões em outras localizações. A incidência da transmissão de difteria costuma aumentar nos meses frios e, principalmente, em ambientes fechados, devido à aglomeração. A difteria pode acometer pessoas suscetíveis (não adequadamente vacinadas) de qualquer idade e não apenas as crianças como era mais comum antes da utilização sistemática da vacina. A única maneira efetiva de prevenir a difteria é a vacinação, pois a doença, em geral, não confere imunidade permanente, o que faz com que o doente deva continuar seu esquema de vacinação após a alta hospitalar. Crianças em idade pré-escolar são o grupo mais suscetível quando não imunizadas previamente com esquema básico da vacina combinada contra DTP e Hib. O esquema básico de vacinação na infância é feito com três doses da vacina contra DTP e Hib, aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço é feito com a DTP aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. (fiocruz2018) ESTUDO DE CASO 1- Questão norteadora: Difteria 2- Identificação da pessoa em estudo: Cleber P.S. sexo masculino, 4 anos, branco, estudante da creche, comparece ao posto de saúde, acompanhado de sua genitora- Maria P.S.- devido Ao aparecimento de uma camada de matéria cinzenta atrás da garganta, causando-lhe dor na região http://bio.fiocruz.br/index.php/produtos/vacinas/bacterianas/dtp-e-hib http://bio.fiocruz.br/index.php/produtos/vacinas/bacterianas/dtp-e-hib http://bio.fiocruz.br/index.php/produtos/vacinas/bacterianas/dtp-e-hib e febre . A genitora relata que os sintomas surgiram de forma repentina e que não teve fator desencadeante. Os sintomas apareceram a dois (2) e/ou quatro (4)dias. Nega hipertensão arterial e outras doenças; nega fator de melhora, e/ou piora dos sintomas; nega alergias; mãe relata que pela falta de tempo o esquema vacinal do paciente está incompleto e que o mesmo faz uso de copo coletivo na creche. Sinais vitais: Normotenso (PA 110/70mmHg), normocardio (FC: 70 bpm), eupneico (FR: 16 irpm), afebril (TC:35,8ºC). paciente apresenta-se previamente hígido, mas lúcido e orientado em tempo e espaço, sem sinais de edema, aparelho respiratório sem demais achados. 3-Resumo dos problemas: Paciente foi com sua genitora na UBS no dia 15/10/2023 com diagnóstico de AIDS. Ao exame físico cabeça simétrica; couro cabelo íntegro e higienizado pele e mucosa normocoradas. Aparelho respiratório, observa-se murmúrio vesicular, com ruídos adventícios; Aparelho cardiovascular, ritmo cardíaco regular, 2 tempos, sem sopro sistólico, bulhas normofonéticas; Abdome, ruídos hidroaéreos presentes, levemente distendido, indolor à palpação, sem sinais de peritonismo. Afirmou sentir dores na garganta no momento da consulta. Foram realizados exames de detectando a presença da difteria. Não há outras particularidades no exame físico, não são identificadas alterações significativas. 4- Fundamentações teóricas: A difteria ocorre durante todos os períodos do ano e pode afetar todas as pessoas que não são vacinadas, de qualquer idade, raça ou sexo. Acontece com mais frequência nos meses frios e secos (outono e inverno), quando é mais comum a ocorrência de infecções respiratórias, principalmente devido à aglomeração em ambientes fechados, que facilitam a transmissão da bactéria. A doença ocorre com maior frequência em áreas com precárias condições socioeconômicas, onde a aglomeração de pessoas é maior e onde se registram baixas coberturas vacinais. Os casos são raros quando as coberturas vacinais atingem patamares de 80%. A bactéria Corynebacterium diphtheriae, causadora da difteria, se hospeda na própria pessoa doente ou no portador, ou seja, aquele que tem a bactéria no organismo e não apresenta sintomas. A via respiratória e a pele são os locais preferidos da bactéria. A transmissão da difteria ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele, ou seja, a bactéria da difteria é transmitida pelo contato direto da pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por objetos capazes de absorver e transportar micro-organismos, como a bactéria causadora da difteria. O período de incubação da difteria, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde a infecção da pessoa, é, em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. Já o período de transmissibilidade da doença dura, em média, até 2 semanas após o início dos sintomas.(M.S 2020) 5- Alternativas ou propostas (Diagnóstico de Enfermagem): Situação problema Diagnóstico de Enfermagem Intervenções Resultado Camada de matéria cinzenta Difteria Antibióticos e antitoxina receitadas pelo médico neutralizar a toxina da difteria Dor na garganta Inflamação Anti-inflamatórios receitado pelo médico Aliviar o desconforto Febre Pirexia Uso de antibióticos-ibuprofeno e/ou paracetamol. Ajudar a aliviar o desconforto 6- Ações implantadas: O tratamento deu-se pelo manejo das medidas gerais, da terapia antibiótica. As intervenções implementadas pela equipe de enfermagem foram a prescrição de cuidados pessoais, como o uso de copo individual, completar o esquema vacinal, e enquanto perdurar o tratamento fazer o uso de máscara. 7- Discussão: Este trabalho teve como foco o estudo sobre diagnóstico e manejo de um caso de Difteria que foi contornado por meio de tratamento clínico e ambulatorial. Após o surgimento da vacina tríplice bacteriana (DTP), o número de casos de difteria se tornou muito raro no Brasil. A vacina é a melhor, mais eficaz e principal forma de prevenir a difteria. Por isso é preciso manter o esquema vacinal de crianças, adolescentes e adultos sempre atualizado. CONCLUSÃO : O surgimento de placas esbranquiçadas nas amígdalas ou laringe, febre e calafrios podem ser sintomas da difteria. Causada pela bactériaCorynebacterium diphtheriae, é transmissível, e vive na boca, garganta e nariz da pessoa infectada e produz uma toxina que pode gerar graves complicações, como a insuficiência cardíaca e a paralisia Segundo registros dos dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), no Brasil, em 2015, foram notificados 101 casos suspeitos de difteria. Para o controle da difteria, é preciso que pelo menos 80% da população esteja vacinada. A doença é mais frequente em regiões com situação sanitária deficiente e maior índice de aglomeração de pessoas, onde geralmente há baixa cobertura vacinal. No entanto, países desenvolvidos, com adequada cobertura, também registram ocorrências. A vacina é a única forma eficiente de prevenção e está indicada a partir dos 2 meses de vida, com reforços a cada dez anos, inclusive para adolescentes, adultos e idosos. REFERENCIAS: • Fiocruz2018- Disponível em : https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/difteria-sintomas-transmissao-e-prevencao • MS2020- Disponível em : https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de- a-a-z/d/difteria • https://www.saude.df.gov.br/difteria • https://familia.sbim.org.br/doencas/difteria https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/difteria https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/difteria https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/difteria-sintomas-transmissao-e-prevencao https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/difteria-sintomas-transmissao-e-prevencao https://www.saude.df.gov.br/difteria