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2 Atuacao Fonoaudiologica Voltada Para Proteses ppt 1

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Atuação Fonoaudiológica Voltada Para Próteses 
FACULDADES DE CIÊNCIAS MÉDICAS 
DE PRESIDENTE PRUDENTE 
 
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
Trabalho desenvolvido pelas alunas:
Cândida Caroline
Carla E. Galan
Indaiá Borges
Jeneffer Sant'ana
Ketlly Kerolyne
Shirlei Santana da Silva
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Introdução
O papel da audição na comunicação humana é de extrema importância para o desenvolvimento social.
Para o deficiente auditivo candidato ao uso da amplificação, a adaptação da prótese auditiva tem um papel fundamental no seu processo de habilitação e/ou reabilitação.
Ao surgir, os problemas auditivos podem vir a ser corrigidos por meios de tratamentos clínicos e intervenções cirúrgicas, porém existem perdas auditivas para as quais nenhum tratamento é possível.
Para estes casos, as próteses auditivas são instrumentos importantes.
Todo indivíduo portador de problema auditivo deverá fazer inicialmente uma avaliação otorrinolaringológica. Doenças otológicas progressivas, doenças sistêmicas com repercussões sobre o aparelho auditivo, necessitam ser descartadas ou tratadas convenientemente. Diante do diagnóstico do otorrinolaringologista, o fonoaudiólogo é o profissional que assume a coordenação do processo de habilitação ou reabilitação do deficiente auditivo.
Exames e Procedimentos
 EMISSÕES OTOACÚSTICAS (EOA)
Um pequeno dispositivo ligado a uma máquina é colocada na orelha do bebê;
O computador envia sons para o ouvido interno (cóclea);
O "eco" do som que vem do ouvido interno é gravado;
O "eco" é comparado com o normal funcionamento do ouvido interno.
 
POTENCIAIS EVOCADOS AUDITIVOS DO TRONCO ENCEFÁLICO (PEATE)
Um dispositivo pequeno que emite estímulos sonoros é colocado na orelha do bebê;
A máquina mede a resposta do nervo auditivo para ao som;
A resposta é adaptada para crianças com audição normal;
Teste de triagem anormal não significa que há um problema de audição. 
Se o bebê falhou na triagem auditiva, é necessário fazer um acompanhamento.
AUDIOMETRIA TONAL LIMIAR
A Audiometria Tonal Limiar é uma avaliação para determinar os limiares auditivos. É um teste realizado em cabina acústica e com utilização de fones para avaliar a via aérea e vibradores para avaliar a via óssea.
IMITANCIOMETRIA
Testes desenvolvidos para avaliar como a membrana timpânica se move em diferentes condições de pressão do ar.
Este teste permite que você avalie os problemas no ouvido médio (como secreção atrás do tímpano).
Tipos de Aparelhos Auditivos
O aparelho auditivo microcanal, também conhecido como CIC (Completely-In-Canal) é o modelo de menor tamanho, considerado um dos mais discretos entre os usuários. 
É feito sob medida e fica totalmente inserido no canal auditivo, por isso é bastante recomendado para quem possui restrições estéticas, pois a única parte visível é a ponta do fio de nylon pelo qual o paciente remove o aparelho auditivo, podendo este ser removida.
As pessoas que preferem ter maior controle sobre sua audição preferem o modelo de aparelho auditivo intracanal, também conhecido como ITC (In-the-Canal) em função do controle de volume que pode ser ajustado manualmente pelo usuário.
Tem como vantagem serem menores e menos perceptível do que os modelos de aparelhos auditivos ITE (Intra Auricular), mas ainda assim podem incluir algumas características avançadas.
O modelo intra auricular, também conhecido como ou ITE (In-the-Ear) se encaixa no canal auditivo e na área da concha quase que por completo. Construído em peça única, é o modelo de aparelho que permite maior potência de amplificação dentre os Intras.
São mais indicados para perdas auditivas severas a profundas, mas podem ser adaptados para qualquer tipo de perda auditiva.
O aparelho auditivo retroauricular, também conhecido como BTE (Behind the Ear) é utilizado atrás da orelha e o som chega ao conduto auditivo normalmente através de um molde, feito sob medida, podendo ser de acrilico ou silicone.
São indicados para atender pacientes com todos os tipos de perdas auditivas desde leve até profunda.
A Adaptação em Crianças
O diagnóstico precoce possibilita a intervenção dos profissionais envolvidos no processo de habilitação da criança, antes que este sujeito se encontre seriamente marcado pelas consequências da deficiência auditiva. Sabe-se que a deficiência auditiva acarreta na criança não apenas alterações no desenvolvimento da linguagem, mas também nos aspectos cognitivo, social, emocional e educacional, sendo estas implicações secundárias que serão minimizadas com o uso precoce da amplificação. Quanto mais cedo o diagnóstico for realizado e a prótese adaptada, melhores serão as possibilidades de aproveitamento dos resíduos auditivos desta criança.
A adaptação da prótese auditiva é uma das condições fundamentais para que a criança deficiente auditiva desenvolva todo o seu potencial, o que ocorrerá apenas quando ela utilizar plenamente o instrumento, isto é, em todas as horas do dia. Este processo dependerá da participação da família, sendo que o sucesso na utilização do aparelho pela criança estará diretamente relacionado à atitude e à educação dos pais. Muitos fatores estão relacionados à rejeição da prótese, e um dos principais é a não aceitação por parte da própria família.
A Adaptação em Adultos
Já o processo de reabilitação no adulto, é um resgate, onde a audição com a prótese se transforma numa redescoberta do sentido, tão importante nas relações humanas, no seu contato com o mundo. O objetivo principal do trabalho de orientação e aconselhamento de indivíduos adultos, deve ser a resolução das dificuldades específicas ligadas direta ou indiretamente à perda auditiva. O paciente deve estar envolvido ativamente no processo de reabilitação para que seja possível o estabelecimento de condições facilitadoras para a mudança de atitudes e a busca de soluções. Chama-se de solução não apenas o uso efetivo da prótese e de estratégias que facilitem o desempenho do indivíduo na comunicação, como também a aceitação e melhor convivência com uma nova forma de vida.
Com a perda da audição surgem também sentimentos de insegurança, medo e até incapacidade. A dúvida quanto à possível progressão da perda é algo que pode deixar o indivíduo inquieto. As dificuldades de comunicação fazem com que duvide de suas capacidades e habilidades, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, levando à mudança na qualidade de vida, depressão e isolamento.
O paciente adulto deve entender o que é uma prótese auditiva, como funciona e ser capaz de manipular todos os controles externos e obter o máximo aproveitamento possível em cada situação e ambiente acústico.
Preços: Quanto custa um aparelho auditivo?
 A variação é bastante ampla, conforme o modelo, fabricante e empresa que está vendendo. Mas, qualquer faixa de preço de qualquer empresa, do mais simples ao mais sofisticado, está dentro da faixa maior de mil a dez mil reais cada aparelho.
Duas coisas determinam o preço destes dispositivos: estilo e tecnologia.
Estilo: Hoje em dia, a gama de AASI’s vai dos minúsculos que ficam dentro do canal auditivo até os mais largos que ficam atrás da orelha. Os menores são em geral mais caros graças à precisão e tecnologia necessárias para criá-los e também à dificuldade de fazer com que uma tecnologia tão avançada caiba num dispositivo tão pequeno.
Tecnologia: Todos os aparelhos auditivos têm uma tecnologia básica de processamento de som, mas alguns possuem tecnologias mais avançadas do que outros.  Os mais caros têm as últimas novidades em tecnologia de redução de ruído, conectividade sem fio, etc. Portanto, são compreensivelmente mais caros que os modelos básicos.
Desde setembro de 2004, a Portaria GM 2.073, do Ministério da Saúde, instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, para atendimento integral de pessoas com deficiência auditiva, oferecendo ações de promoção da saúde, prevenção e identificação precoce de problemas auditivos, de média e alta complexidade, além de diagnóstico, tratamento clínico e reabilitação com o fornecimentode aparelhos de amplificação sonora e terapia fonoaudiológica, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Antes, as pessoas com deficiência auditiva já recebiam gratuitamente do Sistema Único de Saúde (SUS) os aparelhos auditivos. Com a Política Nacional, no entanto, foram englobadas diferentes ações, como acompanhamento dos pacientes em reabilitação auditiva pelo uso de prótese, não restringindo o atendimento somente ao fornecimento gratuito do aparelho. 
Duas portarias ligadas à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério normatizam a nova política: as de nº 587, de 07 de outubro de 2004, e 589, de 8 de outubro de 2004. Elas apresentam proposta para organização das redes estaduais de serviços de atenção à saúde auditiva, com a descentralização do atendimento e a presença de serviços em todo o Brasil.
Aparelho Auditivo Pelo SUS
Entrevista
Empresa: AudiMax – Aparelhos Auditivos
Fonoaudióloga: 
Fernanda Menotti 
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1- Qual a faixa etária (crianças/ adultos/ idosos) que mais procuram por próteses devido aos problemas auditivos?
 Temos Pacientes de todas as idades, de seis meses até 101 anos de idade. Não se tem uma idade certa porém o maior fluxo é de idosos.
2- Quais os principais exames realizados por vocês para a detecção do problema auditivo e consequentemente, o uso da prótese?
 O único exame realizado na clínica é a Audiometria. Primeiro passa por um médico, é feito o exame, dado o diagnóstico e assim que confirmado é encaminhado para nós, para que possamos avaliar o caso e indicar o melhor aparelho para o paciente. O aparelho é escolhido de acordo com o grau de perda auditiva do paciente.
Pode acontecer que venha sem o diagnóstico aqui por indicação do médico, mas é para fazer a audiometria, e voltar até lá para que ele possa dar o diagnóstico e se for confirmado a perda o paciente volta até para colocarmos a prótese.
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3- Quais os tipos de próteses oferecidas pela AudiMax, valores e quais são os mais procurados?
Nós temos aqui todos os tipos de aparelhos, sendo eles: Microcanal (CIC); Intracanal (ITC); Intra Auricular (ITE) e o Retroauricular (BTE). O CIC é para perda leve, o ITC para perda moderada, o ITE para perda severa e o BTE para perda profunda. São todos digitais e a pilha. Tem 4 tipos de pilhas: a 10 que dura 5 dias (CIC); a 312, dura de 7 a 8 dias (ITC). A 13, dura de 10 a 15 dias (ITE) e por fim a 365 que tem a duração de 30 dias (BTE). Então quanto maior o grau de perda, maior o aparelho e o tempo de duração das pilhas.
O valor vária muito, depende da tecnologia, qualidade do aparelho, material etc. Sendo assim, temos valores de R$ 3.000,00 a R$ 11.000,00.
 
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Não há um de mais ou menos procura, colocamos os aparelhos de acordo com cada caso, por exemplo se for a primeira vez que o paciente está colocando, não da para colocar um que seja interno, porque ele vai se queixar de dor, vai incomodar bastante; Se o paciente tiver muita cera, também não da para colocar nenhum que seja interno porque vai estragar o aparelho. Mas ainda tem os pacientes mais jovens que mesmo incomodando muito por estarem usando pela primeira vez, preferem os que ficam mais escondidos. Mesmo não havendo um de mais ou menos procura, o que mais usamos é o Intracanal.
4- Quais os profissionais envolvidos nessa área, desde a detecção da doença até a produção da prótese?
 O Otorrinolaringologista, são os nossos parceiros, eles fazem os exames, dão o diagnóstico e nós escolhemos a prótese que melhor se adapta ao caso, colocamos e vamos fazendo as manutenções devidas. 
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5- Qual é a maior dificuldade encontrada na adaptação da prótese tanto em adultos quanto em crianças?
 A maior dificuldade é a adaptação, quando não acostumados eles reclamam que ouvem ruídos, chiados dizem que está incomodando. O que mais atrapalha na adaptação é o preconceito com o aparelho auditivo, ele não é comum como um óculos que já é normal de se usar, várias pessoas tem vergonha de usar as próteses, principalmente os jovens, e isso acaba prejudicando no tratamento porque quanto mais si usa o aparelho mais você estaciona a perda, e essas pessoas que tem preconceito usam apenas perto do dia da consulta, e quando fazemos o exame pra ver como está a audição ela está cada vez mais prejudicada porque o paciente não usa o aparelho da maneira correta.
 Lembrando que o aparelho auditivo apenas estaciona a perda, ela não tem cura, é irreversível. 
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6- Como preservar os aparelhos auditivos e quanto tempo eles costumam durar?
 Fazendo a manutenção dos aparelhos, nós costumamos fazer o acompanhamento a cada dois meses, porém é preciso que o paciente cuide do seu aparelho diariamente, tendo o cuidado de não deixar molhar, de sempre limpar o cerume acumulado no mínimo uma vez na semana, trocar a pilha sempre que o aparelho avisar, tirar ao dormir, evitar que ele caia no chão, evitar muito calor ou muita humidade etc. A troca de molde deve ser feita a cada um ano, e a troca dos tubinhos a cada dois meses, ou quando achar necessário.
 O modelo do aparelho influência muito na durabilidade, por exemplo os Intra-Auriculares duram menos que os Retroauriculares por estarem em contato direto com o cerúmen e a humidade, se bem cuidados os "Retros" duram cerca de 5 anos, enquanto os "Intras" por volta de 3 anos.
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 7- O que acham das próteses oferecidas pelo SUS?
Maravilhosas ! Nós trabalhamoscom elas e são de ótima qualidade.
Nós somos terceirizados do SUS, então atendemos os pacientes do mesmo. O paciente passa pelo "Otorrino" lá no AME, pelo SUS logo depois faz o atendimento com um profissional de Fonoaudiologia, é colocado o aparelho, e quem faz as revisões e todos os atendimentos somos nós.
As prótese num geral para nós, foi uma das melhores invenções, porque poder ouvir novamente, poder compreender o que as pessoas falam é gratificante, não tem nada igual ver a reação dos pacientes quando conseguem ouvir novamente, realmente não tem preço !
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 8- Qual é o investimento total (com equipamentos, funcionários) da clínica? 
Por volta de 50.000 reais, para montar a clínica. E com os gastos por mês não fazemos ideia, porém sabemos que é muita coisa para mantê-lá.
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REFERÊNCIAS
 Almeida,Kátia de-Iório, Maria Cecília Martunelli - Próteses Auditivas – Fundamentos Teóricos e Aplicações Clínicas- 1996- Editora Lovise Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia- Edição Trimestral- Vol4 n:17 out/dez 2003- Editora Maio.
 Como Diagnósticar a perda auditiva- Politec Saúde- Disponível em <http://www.politecsaude.com.br/produtos/como-diagnosticar-a-perda-auditiva/394/. Acesso em 25 de Agosto de 2016
 Filho, Otacilio de C. Lopes; Deficiência Auditiva – Tratado de Fonoaudiologia. Disponível em: <http://pt.scribd.com/document/Tratado-de-Fonoaudiologia. Acesso em 25 de Agosto de 2016
 Modelos de Aparelhos Auditivos- AudioClean Aparelhos Auditivos-. Disponível em: <http//audioclean.com.br. Acesso em 25 de Agosto de 2016
 Sistema de Legislação da Saúde- Ministério da Saúde, Gabinete do Ministério. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/
 
 
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