GEOGRAFIA_CULTURAL

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB 
Departamento de Educação – Campus XI
Curso: Licenciatura em Geografia 
Componente Curricular: Prática de Ensino em Geografia IV
Docente: Jussara Fraga Portugal
GEOGRAFIA CULTURAL
Discentes: Ana Carla Carvalho
 Ermínia Coelho Figueiredo
 Graciene dos Santos Bispo
 Leiriane Souza Queiroz
 Sarah O. de Araujo Barreto
 
CONTEXTO E DESENVOLVIMENTO DA ABORDAGEM CULTURAL NA GEOGRAFIA
 A Geografia Cultural nasceu no final do século XIX, no mesmo momento que a Geografia Humana.
 A curiosidade cientifica pela diversidade das sociedades humanas, de suas línguas, de suas técnicas, de suas obras e de suas crenças se desenvolveu durante o século XIX.
 Em 1871, Tylor propôs uma definição simples da cultura: 
“A cultura era feita de tudo o que não era inato no homem ela era transmitido e ensinado a ele: linguagem, práticas, técnicas, conhecimentos e crenças.”
 Os geógrafos da escola francesa aceitavam a conceituação de Tylor da cultura, mas, para eles, a cultura não estava inata, mas o meio ambiente podia determina-la ou influenciá-la. 
 A abordagem cultural teve um papel importante na geografia da primeira metade do século XX, a ênfase dizia respeito aos meios usados pelos grupos humanos para modificar o ambiente.
 A Geografia Cultural tratava quase exclusivamente da dimensão material da atividade humana e de suas marcas na paisagem.
A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA CULTURA
 Após 1970, o conceito de cultura mudou: se na conceituação de Tylor a cultura era analisada na perspectiva da sua transmissão a cada individuo a partir de um corpo coletivo de práticas, técnicas, conhecimentos e crenças. 
 Na conceituação que se desenvolveu nos países de língua inglesa, a cultura tornou-se um instrumento de dominação, usado pelas classes mais altas para impor as classes mais baixas comportamentos conforme seus interesses. 
A construção de novas geografias culturais nos anos oitenta
 A curiosidade pela abordagem cultural generalizou-se durante os anos oitenta, em consequência da critica do modernismo ocidental e do movimento pós moderno. O modernismo estava baseado sobre a filosofia da historia o pós modernismo aparecia como um retorno a curiosidade pelo espaço humano e a sua diversidade cultural.
Uma geografia da dominação e da exclusão 
 
 Os fundamentos do livro de Peter Jackson (1989) era diferentes a sua constituição de cultura era baseada sobre os estudos culturais de Stuart hall. Ele não tratada somente das culturas de classe como Raymond William.
Uma geografia do espaço vivido da constituição de alhures e das relações homem/natureza.
 Na França a reflexão sobre a abordagem cultural tomou orientação diferente. Ela focalizou a experiência espacial e experiência de lugar nas pesquisas sobre espaço vivido, experiência da natureza, experiência da multiplicidade dos espaços imaginados pelos homens. 
Uma geografia dos mecanismo culturais
 A geografia cultural analisa os mecanismos de comunicação que são responsáveis pela transmissão da cultura. Ela evidencia as fases da construção do individuo através da cultura e enfatiza o papel da reprodução e da invenção.
Virada cultural e ruptura epistemológica
 O sentido da virada cultural e de mostrar que não existem rupturas epistemológicas absoluta, e sim a ciência supõe uma vontade critica versos os conhecimentos vulgares; mas no domínio das ciências sociais, essa liberação sempre permanecia limitada.
A geografia cultural (ou sociocultural) como base de toda a disciplina: um balanço. 
 A geografia cultural da uma enorme atenção ao individuo, mas para ela não parece como uma entidade que existe desde o nascimento. E uma construção ligada ao processo de transmissão das praticas, das atitudes, dos conhecimentos e das crianças.
 Esse processo continuo mas com a idade o ritmo muda. Sendo mas intenso para as crianças; depois ele passa por diversas fases: um momento crucial ocorre na adolescência onde a internalização dos valores do grupo da uma coerência a cultura de cada individuo.
Pequenas modificações e adaptações ocorrem no passar do tempo e principalmente quando o contexto muda.
Outro aspecto importante na construção do individuo e a formação da sua identidade, uma identidade que tem varias dimensões, porque ela e individual e coletiva, muitas vezes existe um encaixamento das identidades coletivas.
O sentido da identidade depende da experiencia direta de cada um na escala da família ou da vizinhança.
 A construção do espaço pela cultura
 A geografia cultural esclarece a construção do espaço. A organização desse espaço reflete constrangimentos de natureza ecológica. Os quais os homens precisam superar para extrair do ambiente o seu alimento, proteger-se do frio da chuva, ou seja faz parte da cultura do homem o seu instinto de adaptação.
Mas a organização do espaço que o homem cria para responder a estes desafios nunca reflete diretamente aos constrangimentos, ele e resultado da percepção das técnicas e modelos de ação do grupo e da socialização do espaço.
Nesse seio desse espaço socializado (que reflete por esta razão, os valores do grupo) cada individuo, cada organização institucionalizadas desenvolve estratégias para efetuar as suas atividades produtivas ou de lazer, para proteger-se ou para impor-se a atenção dos outros. 
As subculturas são analisadas como:
cultura dos jovens, das mulheres, dos velhos, do trabalho, do lazer e do turismo, dos grupos dominantes, das minorias, e dos marginais.
A analise da base material da cultura não se reduz mas as instalações produtivas aos edifício e as ferramentas. Ela também leva em considerações as áreas e instalações de lazer, as festas as cerimonias religiosas. 
A geografia cultural de hoje tem que integrar as contribuições da primeira metade do século XX, e aquelas mais criticas do contemporâneo. Ela não constitui uma subdisciplina paralela a outras subdisciplinas. Ela aparece como um fundamento comum que explica a construção dos indivíduos, da sociedade, do espaço e de sistemas normativos.
Geografia Cultural no Brasil
A geografia moderna dos anos 1930
 A chegada da geografia no Brasil no inicio do século XX.
 Era veiculada por brasileiros que estudavam no exterior.
 A geografia assumiu uma nova vertente dando origem a geografia universitária.
A influência francesa sobre os primeiros trabalhos de geografia cultural 
 A geografia cultural era praticada por Pierre Diffontaines.
 Eles da exemplo da influência da cultura na criação de novas cidades.
As orientações quantitativas dos anos 1979 e a geografia radical após os anos 1980
 Quando a abordagem cultural se torna minoritária.
E a renovação dessa abordagem cultural no início de 1970.
A abordagem cultural se afirma no Brasil a partir do início dos anos 1990
 Com a criação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Espaço e Cultura (NEPEC) em 1994 no Rio Janeiro.
 Coordenado por Zeny Rosendall e Roberto Lobato de Corrêa.
 Nos anos 2000 com a criação do Núcleo de Estudos Espaços e Representações( NEER).
Geógrafos de formações diferentes 
 A diferença dos geógrafos formados no Brasil, dos geógrafos que se formam na França.
 A influência da geografia internacional na geografia brasileira.
Diversidade e Unidade da cultura brasileira: Um domínio inesgotável 
 As raízes ameríndias 
 A diversidade cultural do Brasil 
TEMAS ESTUDADOS PELA GEOGRAFIA CULTURAL
A Geografia cultural estudar as paisagem, a religião, o território, os problemas de identidade, a cultura, e a cidade, a literatura, a musica, o cinema e a economia são alguns dos temas abordados. 
RELIGIÃO 
 A religião tem um lugar de destaque na geografia cultural desenvolvida no Brasil na atualidade e isso se deve em parte as pesquisas de Zeny Rosendahl. Ela se baseou em uma concepção de espaços sagradas de Mircea Eliade para desenvolver, com grupo de pesquisa estudos aplicadosas cidades brasileiras. 
Festa da Irmandade da Boa Morte em Cachoeira no Estado da Bahia
A população brasileira esta cada vez mais urbanizada. A abordagem Cultural se interessa pelas diversas formas de segregação das cidades brasileiras, por sua favelas e seus condomínios fechadas os problemas que assolam as cidades a prostituição, a criminalidade, o trafico de drogas são objetos de pesquisa sérias.
FAVELA 
PROSTITUIÇÃO
TRÁFICO DE DROGAS
 CRIMINALIDADE
Angelo Serpa se debruça sobre as manifestações da cultura popular que animam os bairros de uma grande cidade, Salvador. 
Referências:
CLAVAL, Paul Charles Chistophe. Geografia Cultural: um balanço. Revista Geografia, Londrina, v. 20, n. 3, p. 05-24, set./dez. 2011
CLAVAL, Paul. A geografia cultural no Brasil. In: BARTHE-DELOIZY, F., and SERPA, A., orgs.Visões do Brasil: estudos culturais em Geografia [online]. Salvador: EDUFBA; Edições L'Harmattan, p. 11-25, 2012
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