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PI 1 - Introdução Desenvolvimento - Rascunho

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1 - Introdução
A economia sofreu diversas mudanças ao longo do tempo fazendo com que os modelos de gestão e de negócios sejam reinventados. O crescimento do acesso à tecnologia contribuiu para a mudança tornar-se mais explicita e possível de acontecer uma vez que mudou a forma como estamos conectados com o ambiente ao nosso redor, onde temos um networking com pessoas que de certa forma antes não seria possível. Cada vez mais estamos conectados através das mídias sociais, possibilitando que novos negócios surjam e tenham uma exposição e alcance muito maiores do que em outro período.
Vemos diversos novos modelos presentes na atualidade como a economia social que vem para ampliar as formas de emprego e renda das minorias e também com a forma como se expandem as companhias baseadas na economia compartilhada que vem para reinventar a forma de consumo de muitos serviços como os oferecidos nas plataformas Uber e Airbnb. A cultura “slow movement" também ganha destaque chamando a atenção para que sejam valorizadas as experiências pessoais em um momento de estafa geral da sociedade com tudo acontecendo muito rápido.
A economia compartilhada tem muitos conceitos da sustentabilidade, pois visa à diminuição da cultura do consumo em excesso. Esse conceito expõe os
benefícios de usufruir de um bem para uma necessidade temporária, sem realizar a
aquisição de diversos itens montando um pequeno “estoque” em casa. Se os níveis de consumo atuais continuarem aumentando, teremos uma quantidade de lixo sem igual com a qual lidar e chegará um momento que não teremos mais de onde tirar recursos para satisfazer tantos desejos pessoais de aquisição.
Faremos a análise sobre como a experiência do consumidor e sua exposição nas plataformas e mídias sociais é importante para sucesso neste modelo de negócio baseado na economia compartilhada. A metodologia a ser aplicada no desenvolvimento desse trabalho será a pesquisa bibliográfica e seguiremos com o estudo de caso das empresas de transporte Uber e 99 (Antiga 99 Táxis).
2 – Desenvolvimento
A economia compartilhada é um conceito que vem se fortalecendo cada vez mais, tendo como princípios democratizar os recursos, melhorando a interação das pessoas com os produtos e serviços, que podem ser compartilhados de forma solidária e sustentável. Esse modelo se mostra também muito vantajoso diminuindo os custos envolvidos na aquisição de bens, muitas vezes oferecidos em plataformas que funcionam como bazares, as compras coletivas e também o compartilhamento de bens para uma necessidade temporária. Em todas as formas podemos verificar a máxima utilização dos recursos que poderiam estar com pouca utilização, gerando rentabilidade. Para alguns empreendedores compartilhar é o que torna possível disponibilizar seus produtos e serviços, diminuindo consideravelmente os custos e também facilitando o acesso a determinadas tecnologias que poderiam ser inacessíveis caso ele pretendesse adquirir toda a infraestrutura para tal.
Dentro do conceito de economia compartilhada temos inseridas duas empresas do serviço de transporte que é um exemplo bem impactante pela ascensão rápida em nosso país, citando as duas empresas com maior destaque a Uber e a 99. A 99, que nasceu no Brasil como 99 Taxis veio com a proposta de integrar motoristas de taxis de uma cidade com os possíveis passageiros, após a experiência de um de seus idealizadores em uma viagem à Alemanha em que teve contato com um aplicativo Getaxi que era utilizado para este fim. A Uber surgiu nos Estados Unidos, após a experiência de seus idealizadores em Paris em que tiveram dificuldades para conseguir um taxi, onde nasceu a ideia de criar uma plataforma para “compartilhar” motoristas particulares. Com a chegada da Uber ao Brasil, integrando qualquer motorista com veículos e condições pessoais que atendam os requisitos exigidos pela plataforma (sem necessariamente serem taxistas) aos usuários disponíveis em uma determinada área e em qualquer lugar que o usuário possa estar, a 99 Táxis mudou seu nome e também realizou adequações em sua plataforma, integrando tanto taxistas como qualquer motorista que queira oferecer seus serviços.
Esse modelo de negócio se popularizou também com base nas teorias neoliberalistas, que viam o trabalho como prisão. Com as mudanças ocorridas a partir do Toyotismo que mudou a forma como os funcionários executavam suas funções, foi se destacando a ideia de liberdade e autonomia da rotina de emprego. A Uber chegou com o discurso de liberdade e autonomia e um dos grandes slogans “ser seu próprio chefe e fazer seus próprios horários”.
Com a evolução da tecnologia os modelos fabris se revolucionaram, diminuindo em alguns casos a demanda por mão de obra humana. Essas combinações com a era digital em que estamos fez com que fosse popularizado o empreendedorismo e trouxe também a facilidade para oferecer produtos e serviços a um público muito maior. Com o conceito de flexibilidade e autonomia as empresas de tecnologia passam a não ser mais empregadoras e sim intermediárias entre quem demanda e quem oferece um serviço.
Na pandemia do Covid-19, conforme estudo realizado pela consultoria Accenture, a oportunidade dos serviços oferecidos pelos aplicativos se tornou a fonte de subsistência para muitas famílias. Grande parte dos novos motoristas cadastrados no app neste período (62%) cita que se cadastraram por não conseguir outro emprego. Apesar de os lucros não serem os mesmos por conta da grande alta dos preços, foi o que possibilitou uma chance de renda para muitos. Conforme os dados do site da 99, hoje a empresa tem cadastrados 600 mil motoristas que oferecem seus serviços na plataforma.
Uma das grandes revoluções que as duas empresas possibilitaram, foi a democratização e facilidade do acesso ao serviço de transporte por meio dos celulares. Basta instalar um dos aplicativos, selecionar uma forma de pagamento e selecionar seu destino para que tenha uma gama de motoristas disponíveis que são determinados por um algoritmo que verifica a distância e também leva em consideração a melhor classificação do motorista pelo serviço. Este último aspecto reporta quão relevante é qualidade do serviço prestado. Conforme podemos ver abaixo, tanto a Uber como a 99 citam o quanto prezam a opinião de seus clientes para melhorar a performance de seus serviços:
“(...) Além do nosso trabalho constante pelo melhor serviço, perseguimos a missão de impactar positivamente a população, tornando o transporte mais barato, rápido e seguro para passageiros e o dia a dia mais rentável e tranquilo para motoristas através da tecnologia. (...) Existimos para fazer o melhor para os nossos usuários e inovamos para estarmos sempre na frente. Buscamos o equilíbrio entre experiência, eficiência e crescimento, tendo a segurança sempre em primeiro lugar. (...)”
 (https://99app.com/sobre-a-99/)
 “(...) Claro, nem sempre acertamos. Mas não temos medo do fracasso, porque ele nos torna melhores, mais sábios e mais fortes. E isso nos torna ainda mais comprometidos em agir corretamente por nossos usuários, pessoas que geram ganhos em nossa plataforma, cidades, comunidades regionais e nosso grupo incrivelmente diversificado de parceiros internacionais.(...)”
 (https://www.uber.com/br/pt-br/about/)
	Os veículos que podem ser agregados a plataforma devem seguir requisitos básicos de aceitação, como terem quatro portas e também possuir ar-condicionado, porém como citado em uma reportagem da BBC Brasil “Como ser 'top': Ubers viram youtubers e faturam ensinando segredo do sucesso a motoristas e entregadores” (2019), alguns ubers ensinam que sempre ter algo para oferecer aos seus clientes pode melhorar sua reputação no app e também ser rentável como no caso em que um motorista cita oferecer perfumes aos clientes quando em algum caso o assunto se torna oportuno.
As avaliações dos clientes são um dos responsáveis para que os motoristas fiquem mais acessíveis às corridas e também uma forma do próprio cliente acessando as notas dos motoristas possa cancelar uma corrida com basenestes dados para efetuar uma nova escolha. Na atribuição da nota também é possível especificar o motivo da mesma, onde fica ainda mais explicito um ponto de melhora tanto para plataforma como para o motorista que a realizou o serviço. Em um dos episódios do programa Conexão Futura exibido em 31 de Julho de 2015, uma das convidadas cita que em uma das vezes que utilizou os serviços de um motorista do Uber, o mesmo errou o caminho por conta de uma falha do GPS. Ele admitindo o erro se comprometeu a levá-la até o destino correto, porém por conta da falha a corrida teve um valor menor do que o aceito por ela no inicio do processo. Ela se sentiu no dever de reportar o ocorrido na plataforma para que a diferença entre os dois valores fosse cobrada para garantir o valor correto ao motorista. Em alguns minutos ela pode verificar que a diferença foi cobrada também em seu cartão. Ela cita que realmente podemos ver que a plataforma está atenta a opinião dos cliente, sendo as avaliações muito valorizadas para melhorar cada vez mais a qualidade no serviço oferecido.
	Também podemos citar o caso ocorrido na Índia, em que após uma usuária registrar um caso de estupro em um dos veículos, a plataforma implantou um botão de pânico para que ao se sentirem ameaçadas as usuárias possam entrar em contato direto com a polícia indiana e também uma ferramenta que possibilita que seja enviado um status de como está a corrida para familiares e amigos para que possam acompanhar a corrida com a usuária.
	Na era digital em que as informações são acessíveis de uma forma cada vez mais rápida, manter uma boa reputação é imprescindível para garantir o sucesso.
3 – Conclusão
Retomada dos objetivos propostos e apresentação de resultados.
Quais foram os resultados alcançados pelo grupo. Qual a resposta encontrada para a pergunta norteadora do projeto.
Falar como a qualidade é muito importante para esse serviço, mas também como a pandemia está atrapalhando essa qualidade de serviço.
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