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Página 1 Cosmetologia Página 2 Cosmetologia Prezado(a) aluno(a)! Bem-vindo ao módulo 4 - Peeling Cosmético. Este módulo aumentará seu conhecimento sobre os principais tipos de peelings e suas aplicações no tratamento para a saúde e rejuvenescimento da pele. O módulo 4 está dividido em duas partes: Aula 1: Peeling - Sistema Tegumentar e Peeling Físico, Ultrassônico, Laser e Biológico Aula 2: Peeling - Peeling Químico e suas principais classificações. Para realização das aulas você deve ler artigos, livros, links e assistir a vídeos que são indicados em cada tema. Lembre-se de anotar o conteúdo, pois ao final do curso você deve realizar uma avaliação e obter a média mínima para conclusão e certificação. É imprescindível que acesse e leia todos os links de estudo complementar, pois nele você encontrará informações mais robustas de cada item estudado, possibilitando uma formação mais sólida no tema e preparando-o melhor para aplicação em sua rotina profissional. Página 3 Cosmetologia Aula Peeling 1 – Sistema Tegumentar e Peeling Físico, Ultrassônico, Laser e Biológico. Leitura 1- Sistema Tegumentar O sistema tegumentar compreende o estudo da pele e anexos, os quais envolvem glândulas, pelos, unhas e receptores sensoriais. Cada um compreende funções importantíssimas para o organismo. Figura 1: Sistema Tegumentar e Hipoderme (Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/) 1.1 - Pele: A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo humano e exerce inúmeras funções: - Barreira de proteção física - Proteção imunológica -Termorreguladora - Percepção Sensorial - Secreção de sebo e suor https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/ Página 4 Cosmetologia A Pele é dividida em duas camadas: Epiderme e Derme. A - Epiderme: é a camada mais externa do corpo e está em contato direto com o meio externo. Sua principal função é manter o equilíbrio da superfície da pele – livrando-se dos danos físicos, químicos e biológicos. A.1- Camadas da Epiderme: - Camada Córnea - Camada Lúcida (na palma das mãos e pés) - Camada Granulosa - Camada Espinhosa - Camada Basal Figura 2: Camadas da epiderme (Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/) A.2 Células Típicas da Epiderme: - Queratinócitos – Corneócitos (renovação, coesão e barreira da epiderme). - Melanócitos – sistema pigmentar. - Células Langerhans – sistema imune. - Células Merkel – sistema nervoso. https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/ Página 5 Cosmetologia Figura 3: Ciclo dos Queratinócitos até Corneócitos: cerca de 25 a 30 dias. (Fonte: SMALL, R., MO, FAAFP. 2014). Figura 4: Células da Epiderme: Melanócitos, Langerhans, Merckel (Fonte: http://cosmetologas.com.br/noticias/val/2894-0/as-cinco-camadas-da-epiderme.html) A.3 Filme ou Manto Hidro lipídico: É uma emulsão do tipo A/O que recobre a camada córnea contendo: - Secreção Sudoral: água e sais minerais como o cloreto de sódio, KCl, Ca e Mg; /. - pH ácido próximo de 5.5 – média. - Fator de Proteção Natural de Hidratação (NMF): ureia, ácido lático e PCA – ácido http://cosmetologas.com.br/noticias/val/2894-0/as-cinco-camadas-da-epiderme.html Página 6 Cosmetologia pilorridônico carboxílico. - Cerâmicas, Ácidos graxos, Colesterol, Triglicerídeos, Queratina e outras proteínas. Benefícios: - Envolve partículas e/ou substâncias agressivas à pele. - Evita e minimiza a desidratação e o ressecamento excessivo da epiderme. - Prevenir a adesão e penetração de micro-organismos sensíveis ao pH ácido. - Mantém a estruturação de Queratina apropriada à integridade da epiderme. B- Derme: Derme é a segunda camada da pele garantindo elasticidade e resistência à pele, sendo responsável pela nutrição da epiderme. Contém imersos os anexos cutâneos (folículo pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas), vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. A derme possui as chamadas papilas dérmicas, que são projeções da derme para a epiderme. B.1- Camadas da Derme: - Camada papilar: Constituída de tecido conjuntivo frouxo, é a camada dérmica mais superficial, em contato com a membrana basal, formada por fibras colágenas mais finas (fibrilas-prendem a derme à epiderme) e dispostas mais verticalmente. - Camada reticular: É a camada mais profunda, constituída por tecido conjuntivo denso, com feixes de colágeno, ondulados e dispostos horizontalmente. Página 7 Cosmetologia Figura 5: Camada Papilar e Camada Reticular (Fonte: SMALL, R., MO, FAAFP. 2014, p. 3) B.2 – Células Típicas da Derme: - Fibroblastos - Macrófagos - Linfócitos Fibroblastos: O tipo celular predominante na derme, que é abundante na camada papilar e esparso na camada reticular. Os fibroblastos sintetizam a maioria dos componentes da matriz extracelular (MEC) da derme, que inclui proteínas estruturais (como colágeno e elastina), glicosaminoglicanos (como ácido hialurônico) e proteínas de adesão (como fibronectina e lamininas). Página 8 Cosmetologia Figura 6: Fibroblasto produtor de fibras de colágeno (tipo I e III), elastina, glicoproteínas e proteoglicanos.(Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Esquema-grafico-representando-o- fibroblasto-com-sua-forma-estelar-grande_fig1_262757249) 1.2- Anexos Cutâneos: São as estruturas anexas da pele (invaginação da derme e epiderme) - Pelos - Unhas - Glândulas sebáceas - Glândulas sudoríparas apócrinas - Glândulas sudoríparas écrinas 2- Hipoderme A hipoderme, também denominada tela subcutânea, está situada logo abaixo da pele e é formada por tecido conjuntivo que varia do tipo frouxo ao denso a depender do local do organismo. O tecido adiposo também está presente na hipoderme em quantidade variável a depender do local analisado e do estado nutricional do indivíduo. Embora não faça parte da pele, a hipoderme está inter-relacionada a ela e a fixa às estruturas subjacentes (SAMPAIO E RIVITTI, 2001). 3- Classificações da Pele para fins de diagnóstico 3.1 Escala de Fitzpatrick: Quanto aos fototipos de pele, a Escala de Fitzpatrick, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é o esquema mais famoso de classificação numérica para cor da pele humana. A escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada pessoa em se bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol, sendo: 1. Pele branca – sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol; 2. Pele branca – sempre queima – bronzeia muito pouco – sensível ao sol; 3. Pele morena clara – queima (moderadamente)– bronzeia (moderadamente) – sensibilidade normal ao sol; 4. Pele morena moderada – queima (pouco) – sempre bronzeia – sensibilidade normal ao Sol; https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Esquema-grafico-representando-o-fibroblasto-com-sua-forma-estelar-grande_fig1_262757249 https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Esquema-grafico-representando-o-fibroblasto-com-sua-forma-estelar-grande_fig1_262757249 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor_da_pele_humana https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor_da_pele_humana Página 9 Cosmetologia 5. Pele morena escura – queima (raramente) – sempre bronzeia – pouco sensível ao sol; 6. Pele negra – nunca queima – totalmente pigmentada – insensível ao sol. 3.2- Tipos de Pele: Existem quatro tipos básicos de peles saudáveis determinada geneticamente. No entanto, fatores externos e internos impostos em nosso dia a dia, podem afetar o estado da nossa pele ao longo da vida. Tipos de pele: 1. Pele normal - onde as secreções são maisequilibradas. 2. Pele oleosa - aspecto oleoso (untuoso, com brilho acentuado), pele resistente a problemas alérgicos. Maior propensão a seborreia, acne e desidratação. 3. Pele seca - secreção sebácea insuficiente. Maior tendência a irritações, rugas finas e precoces. 4. Pele mista – variação entre a região do T (óstios dilatados) e outras regiões mais secas e irritadas. Existem outros tipos de pele que auxiliam a análise clínica da pele: - Pele sensível: apresenta telangiectasias (malha vascular aparente), delgada, frágil, avermelhada e reage de forma acentuada aos cosméticos. - Pele acneica: tem as mesmas características da pele oleosa somado à presença de comedões, pápulas, pústulas, cistos e cicatrizes. - Pele espessa: opaca, sem viço, de aspecto grosseiro. - Pele desvitalizada: sem viço, opaca e com presença de flacidez. 3.3- Classificação Fotoenvelhecimento de Glogau: Quanto aos aspectos de fotoenvelhecimento da pele, temos 4 níveis de envelhecimento descritos na figura 7. Já a figura 8, nos traz a imagem da histologia do envelhecimento da pele para uma comparação da mudança entre as camadas da pele. Página 10 Cosmetologia Figura 7: Escala de Glogau para a pele fotoenvelhecida: (a) poucas rugas, sem queratoses; (b) enrugamento precoce (c) enrugamento persistente e descoloração da pele; (d) enrugamento severo, fotodano e flacidez. (Fonte: CALLAGHAN e WILHELM, 2008, p. 326). Figura 8: Histologia do Envelhecimento Cutâneo (Fonte: SMALL, R., MO, FAAFP. 2014, p. 17) 4 - Peeling 4.1- O que é Peeling? A palavra peeling vem do verbo inglês “to peel” que significa tirar a pele, despelar, descamar, desprender... Sua ação principal consiste em produzir uma esfoliação controlada e limitada induzida por Página 11 Cosmetologia diversos agentes, com a finalidade de revitalizar o tecido cutâneo, causando regeneração de novos tecidos. 4.2- Benefícios dos Peelings: Independentemente do método de esfoliação usado, os efeitos são semelhantes, ou seja, regular o processo de renovação epidérmica natural da pele, estimular a produção dos componentes da MEC (inclusive colágeno e glicosaminoglicanos) e até mesmo a distribuição de melanina e, por fim, melhorar a função de barreira da epiderme. 4.3- Indicações gerais dos Peelings: - Danos causados pela luz solar - Textura áspera - Linhas e rugas finas - Flacidez - Hiperpigmentação (clarear e tratar manchas) - Poros dilatados - Acne - Cicatrizes superficiais da acne - Pele amarelada e opaca - Ceratose pilar - Pele descamativa e espessa - Pele seca (xerose) - Ceratose seborreica descamativa - Tratar Estrias - Aumentar a permeabilidade cutânea, auxiliando tratamentos 4.4- Principais Cuidados Pré-Peeling: a) Revise a história clínica e cosmética do paciente (Formulários de Admissão do Paciente). b) Determine o fototipo cutâneo de Fitzpatrick, o escore de Glogau do paciente e o grau de hidratação. Página 12 Cosmetologia c) Examine as áreas a serem tratadas e verifique se há rugas, acne, cicatrizes, lesões vasculares ou pigmentadas benignas, oleosidade/xerose e outros distúrbios cutâneos. (Formulários de Análise da Pele). d) Obtenha o consentimento informado. e) É recomendável tirar fotografias antes do procedimento. f) Antes e nos intervalos entre as sessões de tratamento, deve-se usar um filtro solar de amplo espectro com FPS de 30 ou mais, contendo óxido de zinco ou dióxido de titânio (Filtro Físico). g) 2 semanas antes do procedimento, os pacientes devem ser instruídos a interromper bronzeamento e exposição direta ao sol, que também devem ser evitados durante todo o tratamento. h) 1 a 2 semanas antes do tratamento, os pacientes devem interromper o uso de produtos que contenham ácidos como os alfa-hidroxílicos e retinóides comercializados sob prescrição. i) Os pacientes com histórico de herpes simples, na área a ser tratada, devem começar a usar um antiviral como profilático. j) 1 dia antes do procedimento, os pacientes devem ser instruídos a lavar a área a ser tratada e remover jóias faciais e lentes de contato. l) O plano de tratamento cosmético deve ser elaborado com o paciente e deve ser registrado no prontuário. 4.5- Principais Cuidados Pós-Peeling: Os cuidados devem ser avaliados de acordo com o tipo de peeling realizado, a profundidade da descamação cutânea causada pelo procedimento e das condições da pele do paciente. a) evitar coçar, raspar ou esfregar a pele sensível ou remover a descamação, de forma a reduzir o risco de formação de cicatrizes e hiperpigmentação pós-inflamatória. b) Usar produtos que suavizam a pele e não contêm ingredientes potencialmente irritantes depois do procedimento por uma a duas semanas depois do tratamento, conforme a prescrição do profissional. c) Limpar o rosto suavemente com sabonete neutro e toalha macia ou lenço de papel. d) Aplicar diariamente um filtro solar de amplo espectro com FPS de 30 ou mais, que contenha óxido de zinco ou dióxido de titânio. Página 13 Cosmetologia e) Se prurido usar corticosteróide tópico potência leve conforme prescrição do profissional. f) Reiniciar a aplicação regular de produtos tópicos quando a pele estiver totalmente normalizada. g) Evitar banhos quentes, vapor de panelas. h) Evitar qualquer tipo de exposição solar, luz visível e calor intenso. i) Evitar esportes, sauna ou piscina durante 48 horas. j) Dormir em decúbito dorsal (evitar atrito). 4.6 - Tipos de Peeling: Físico, Ultrassônico, Laser, Biológico e Químico: 4.6.1 - Peeling Físico: A- Dermoabrasão: Consiste em aplicar um cosmético que tenha substâncias abrasivas para remover células mortas e atenuar a permeabilidade cutânea para absorção de outros princípios ativos. Aplica-se o cosmético no local desejado, fazendo massagens com movimentos circulares e pressão gradual, de acordo com a necessidade de maior ou menor abrasão (HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, M; 1999). Podem ser formulados em diferentes veículos, como cremes, géis, loções e sabonetes cremosos: Exemplo: Sementes de apricot de 1% a 6%. B- Microdermoabrasão: Diamante e Cristal: Microdermoabrasão (MDA) é um procedimento de esfoliação mecânica para causar descamação cutânea superficial, que utiliza um elemento abrasivo refinado (p.ex., ponteiras de diamante ou cristais suspensos em aerossol) para remover suavemente as camadas mais superficiais da pele. Esse processo de destruição controlada estimula a renovação celular com regeneração de tecidos mais saudáveis na epiderme e na derme. O Peeling Diamante A técnica foi desenvolvida com o equipamento de MDA com tecnologia mais avançada por Página 14 Cosmetologia possuir diversas lixas com diferentes granulometrias e diâmetros para serem usadas em diferentes regiões (face, pescoço, colo e corpo). A lixa é acoplada a uma caneta que por sua vez é ligada a um vácuo (de diferentes pressões). O Peeling de Cristal A técnica utiliza o equipamento de MDA com uma combinação de duas pressões: pressão negativa, vacuoterapia e pressão positiva, através da emissão de cristais que passam através de uma caneta em um sistema fechado. O sistema impulsiona cristais a uma pressão programável enquanto a pele é sugada (vacuoterapia) para dentro da caneta e os resíduos de pele e cristais são capturados pela pressão negativa. B.1- A MDA é indicada para: - Tratar fotoenvelhecimento, hiperpigmentação e acne, assim como rugas finas e cicatrizes superficiais. - Todos os fototipos cutâneos de Fitzpatrick (I a VI) podem ser tratados por MDA, mas é recomendável tratar cuidadosamente fototipos cutâneos (IV a VI) de forma a reduzir os riscos de alterações da pigmentação, inclusive hiperpigmentação pós-inflamatória Obs.: Nãoé necessário usar anestesia durante os tratamentos com MDA. B.2- Intensidade do tratamento da MDA: Em geral, 2 passagens esfoliam o estrato córneo (muito superficial) e 4 passagens esfoliam toda a epiderme (superficial) Branda Ajustes da MDA: 2 passagens, elemento abrasivo suave, vácuo de baixa pressão. Indicações: Acne papulosa, eritema, fototipos cutâneos de Fitzpatrick mais pigmentados (IV a VI), pele fina. Página 15 Cosmetologia Moderada Ajustes da MDA: 2 a 4 passagens, elemento abrasivo moderado, vácuo de pressão moderada. Indicações: Hiperpigmentação, pele áspera, rugas finas, poros dilatados, acne comedoniana, ceratose pilar; tratamentos combinados quando a MDA é seguida de um peeling químico ou terapia fotodinâmica. Intensa Ajustes da MDA: 4 ou mais passagens, elemento abrasivo áspero, vácuo de alta pressão. Indicações: Cicatrizes superficiais da acne (facial) e áreas de hiperceratose não faciais, inclusive cotovelos, joelhos e calos dos pés O intervalo das sessões pode ser realizado a cada 2 a 4 semanas durante uma série de tratamentos. De forma a manter os resultados depois da primeira série, os tratamentos podem ser realizados a cada 4 a 6 semanas. 4.6.2- Peeling Ultrassônico ou Microvibração de Alta Frequência: O peeling ultrassônico ou microvibração de alta frequência consiste em uma técnica que se baseia na utilização de uma vibração mecânica de pequena amplitude e alta frequência, aplicada sobre a superfície da pele mediante uma espátula metálica. Sua principal ação está na eliminação de células da superfície cutânea mediante um sistema de vibração mecânica de uma espátula quando esta entra em contato diretamente com a superfície da pele a uma elevada frequência. 4.6.3 - Peeling a Laser Laser Não Ablasivo ou dispositivos de LIP (luz intensa pulsada): baseados no princípio da fototermólise seletiva. Os cromóforos, ou pigmentos que absorvem luz na pele, absorvem seletivamente a energia luminosa do laser, que é convertida em calor nas lesões tratadas. As lesões são aquecidas, destruídas e eliminadas, enquanto a pele circundante não é afetada. Os dois cromóforos cutâneos atingidos durante os tratamentos de fotorejuvenescimento são melanina das lesões pigmentadas e oxiemoglobina das lesões vasculares vermelhas. Página 16 Cosmetologia Tempo de tratamento: O procedimento é realizado de 4 a 6 sessões para um resultado mais eficiente. Deve-se dar um intervalo de 3 a 4 semanas a cada nova sessão para não agredir. Resumo: Não remover a epiderme e causar lesão térmica na derme. Laser Ablasivo: Indicado para mulheres com rugas profundas, cicatrizes de acne ou que buscam o rejuvenescimento da pele facial. Atua na remoção da camada cutânea de forma precisa. Remove camada por camada de tecidos até chegar à pele mais nova, por isso a demora no procedimento e o resultado perceptível logo ao final da primeira sessão. Temos também o Laser ablativo fracionado que formará colunas de ablasão epidérmica e dérmica. Exemplo: Laser CO2, Laser CO2 fracionado Resumo: Provoca ablação (retirada) da epiderme e parte da derme. 4.6.4- Peeling Biológico ou Enzimático: O peeling biológico é o peeling no qual usa-se ativos de base natural, no caso enzimas biológicas, que possuem efeito de esfoliação superficial sobre a camada mais externa da pele (camada córnea), reduzindo sua espessura, melhorando a textura e promovendo a renovação celular. As principais enzimas: proteases (papaína, bromelina), oxidoredutase, amilases, lipases, fosfatase alcalina, hialuronidase, lisozima, extremozima. Indicação de leitura Os links a seguir são fundamentais para o aprofundamento dos conceitos discutidos neste módulo. Acesse e leia mais sobre o assunto. Guia Prático de Peelings Químicos, Microdermoabrasão & 2014 Di Livros Editora Ltda – pag. 1 a 38, 137 a 158. Biologia Celular e Molecular, Editora Guanabara/Koogan, 12ª edição. 2005 (JUNQUEIRA, C. Luiz e CARNEIRO, José.) https://docero.com.br/doc/x8cevx5 https://docero.com.br/doc/x0v55vv https://docero.com.br/doc/x0v55vv Página 17 Cosmetologia Rejuvenescimento da pele por meio da utilização do laser – uma revisão sistemática da literatura Estudo Complementar Peeling de cristal Peeling mecânico no tratamento de cicatrizes atróficas de acne: revisão sistemática Peeling de Cristal Curiosidades Tratamento facial com peelings naturais: Peeling Vegetal Podemos citar como exemplo o Peeling Amazônico, que contém ativos naturais como: ácidos orgânicos, frutas tropicais, plantas e raízes provenientes da floresta amazônica que pode ser utilizado o ano todo. Outro exemplo é o Peeling do Mar Morto: Peeling Natural e Mecânico à base de corais, proveniente de Israel. Promove descamação na pele, e com isso uma renovação total da epiderme, com resultados fantásticos já na primeira aplicação! Sua ação, chega até a camada basal da Epiderme, onde, pela permeação dos silicatos de corais, há a estimulação de fibroblastos, colágeno, elastina e ácido hialurônico. Portanto, acontece simultaneamente, a renovação das camadas mais superficiais da Epiderme (descamação) e um estímulo incrível que acontece na camada basal, trazendo excelentes resultados, em vários problemas de pele, em apenas 7 dias. https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/9039/1/21307174.pdf https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/9039/1/21307174.pdf http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/QtqP9VtllsNpL9u_2020-12-2-19-44-58.pdf https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/7904/1/TCC%2006%2007%20%28Amanda%29%20%281%29.pdf https://www.youtube.com/watch?v=Dc9BGPd2-DU Página 18 Cosmetologia Aula 2: Peelings Químicos e suas principais classificações 1- Peeling Químico O peeling químico consiste na aplicação de um agente químico esfoliante, que irá produzir uma esfoliação de profundidade variável, seguida de uma lesão controlada e posterior epitelização. Sua finalidade é rejuvenescer a pele, melhorando a sua textura e cor, além de suavizar as rugas. Quanto maior a profundidade do peeling, maiores são os riscos de ocorrerem complicações, portanto, o peeling químico deve ser realizado com acompanhamento de profissional da saúde habilitado. A - Peelings químicos mais utilizados: - Ácido glicólico: 40% a 70% e em concentrações de 5% a 10% em dermocosméticos, atua diminuindo a adesão dos corneócitos. - Ácido azeláico: 15% a 20%; - Ácido retinóico: 0,025% a 0,1% e em consultório usa-se concentrações de até 8%. - Ácido tricloroacético (ATA ou TCA): 35% a 50%; atua como certocoagulante – desnaturação das proteínas. - Resorcina: 30% a 40% - Ácido Salicílico 30% - Gluconolactona 10%: Polihidroxiácidos com ação umectante, anti acne, anti oxidante e anti inflamatório e rugas finas. B- Contraindicações: Algumas situações em que o peeling é contraindicado: ✔ Pacientes com alguma doença de pele; ✔ Infecção ativa de Herpes ou Acne; ✔ Tratamento recente com Isotretinoína; ✔ Gravidez, Crianças; ✔ Rosácea Pustulosa, Câncer de Pele, Lesões da pele, Alergias; ✔ Cuidados especiais em paciente com pele fototipos V e VI; Página 19 Cosmetologia ✔ Mucosas: nariz, boca, olhos e órgão genital: não devemos aplicar nenhum ácido nestes locais; ✔ Após procedimentos de depilação: pelo fato de a pele não estar íntegra, aguardar pelo menos 1 semana. C- Classificação: Os peelings químicos podem ser classificados quanto à profundidade em: Muito superficiais: removem o extrato córneo − profundidade de 0,06mm; Superficiais: provocam esfoliação epidérmica − da camada granulosa até a basal (0,45mm); Médios: atingem a derme papilar (0,6mm); Profundos: atingem a derme reticular média(0,8mm). Quanto mais profundos, mais aparentes serão os resultados, porém aumentarão também os riscos e o desconforto no período após o procedimento (YOKOMIZO et al., 2013). Alguns fatores que podem interferir na profundidade do peeling químico devido sua absorção: ⮚ Características da pele: espessura da epiderme, localização (face ou corpo), densidade de folículos, grau de foto agressão; ⮚ Sexo (a pele masculina é mais oleosa, dificultando a penetração); ⮚ Fototipo (quanto mais baixo, maior a penetração); ⮚ Integridade da barreira epidérmica: preparo prévio, limpeza e desengordurar precedente à aplicação do agente esfoliante; ⮚ Agente químico: tipo de composição do agente químico, pH ácido mais baixo, volume, concentração, veículo, tempo de aplicação; ⮚ Modo de aplicação: uso de cotonetes, pincel, dedos enluvados ou gaze, oclusão ou não da área tratada, pressão e fricção durante a aplicação, número de camadas e frequência do procedimento. Acesse o artigo Peelings químicos: revisão e aplicação prática e leia mais sobre peelings e suas aplicações práticas para que possa ter um aprendizado mais consistente na área. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/10/2286/2013_58.pdf Página 20 Cosmetologia 2. Algumas Complicações dos peelings químicos: Os peelings químicos, como a maioria dos procedimentos estéticos rejuvenescedores, estão sujeitos a complicações. Essas complicações tendem a aumentar conforme a profundidade do peeling aumenta. Assim, quanto mais profundo o peeling, maiores são os riscos que o paciente está sujeito. As principais complicações são: Eritemas: não são considerados complicações, pois ocorrem em praticamente todos os peelings químicos como uma reação natural e transitória decorrente da vasodilatação e do afinamento da pele. Quando se torna prolongado (2 a 4 meses após o procedimento) pode ser tratado com creme à base de hidrocortisona a 2,5% conforme prescrição do profissional. Hiperpigmentações: complicação decorrente do processo inflamatório causado pela agressão química e ocorre mais frequentemente em pacientes com pele morena. Essa complicação deve ser tratada com clareadores e filtro solar. Hipopigmentações: são raras, ocorrendo com mais frequência em peelings agressivos como o de fenol, pela toxicidade do produto ao melanócito. A perda de pigmentação da pele varia de acordo com o paciente e seu tipo de pele. Cicatrizes: só ocorrem em peelings médios ou profundos, podendo ser permanente, sendo mais comum em regiões como lábios, pálpebras e mandíbula. Infecções: principalmente por microorganismos, como Staphylococcus sp, Streptococcus sp e Pseudomonas aeruginosa. 3. Peelings Químicos em Dermocosméticos: São ativos muito utilizados em esfoliantes que removem quimicamente as camadas superficiais, melhorando a hidratação, reduzindo rugas, clareamento manchas e estimulando a produção de colágeno e com atividades complementares como antioxidantes, antiacne, anti-inflamatório e diminuição de olheiras. Página 21 Cosmetologia São conhecidos principalmente com o Alfa-Hidroxiácidos, Beta-Hidroxiácidos e Poli- Hidroxiácidos. Principais ativos utilizados em dermocosméticos e prescrições magistrais: ● Ácido Glicólico (AHA): até 10% pH igual 3,5 até 5,0 em cosméticos (CATEC) ● Ácido Lático (AHA): 3 a 5% (hidratante) ● Ácido Mandélico (AHA): 2 a 10% ● Ácido Salicílico (BHA): 1 a 10% (até 3% em cosméticos capilares e até 2% outros cosméticos - CATEC) ● Ácido Lactobiônico (PHA): 2 a 10% ● Gluconolactona (PHA): 0,5% a 15% ● Ácido Tioglicólico: 3% e 10% (olheiras) ● Ácido Tranexâmico: 0,4 a 5% (melasma) ● Azeloglicina (Ácido Azelaico + Glicina): 3 a 10% ● Cisteamina: 5% ● Lipohidroxiácido Salicílico (LHA): 5 a 10% Indicação de leitura: Os links a seguir são fundamentais para o aprofundamento dos conceitos discutidos neste módulo. Acesse e leia mais sobre o assunto abordado nesta aula. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling de fenol Guia Prático de Peelings Químicos, Microdermoabrasão & 2014 Di Livros Editora Ltda pag.159 a pag. 233. Peeling químico usado em protocolos estéticos https://www.scielo.br/j/abd/a/fMXZNGpXX4qRnDVBhRsWLYh/?lang=pt https://www.scielo.br/j/abd/a/fMXZNGpXX4qRnDVBhRsWLYh/?lang=pt https://docero.com.br/doc/x8cevx5 http://siaibib01.univali.br/pdf/bruna%20pinto,%20samanta%20da%20rosa.pdf Página 22 Cosmetologia Estudo Complementar: Salicylic acid as a peeling agent: a comprehensive review Peeling de Cisteamina no tratamento para Melasma Curiosidade A diferença de cores entre as raças. A quantidade de melanócitos é semelhante em todos os indivíduos. As diferenças de cores entre as raças não dependem do número melanócitos e sim de suas atividades melanogênicas que se refere ao tamanho, taxa de melanina, tamanho e distribuição de melanossomas. A pele escura tem mais melanina e melanossomas maiores, que se distribuem uniformemente. A pele clara tem menos melanina por centímetro quadrado e melanossomas menores, que se concentram abundantemente em grumos ligados às membranas. Referências Bibliográficas BAUMANN L. Dermatologia Cosmética, Princípios e Prática. Revinter, 2004 CALLAGHAN, T. M.; WILHELM, K. P. A review of aging and clinical examination methods in the evaluation of aging skin. International Journal of Cosmetic Science. 2008, 30. 323-332. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1468- 2494.2008.00455.x HERNANDEZ, M.; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Revinter; 1999. 353 p. MARK G. Rubin. Peeling Químico. Procedimentos em Dermatologia Cosmética . Elsevier. 2007 SAMPAIO, S. P. A.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. 2001. Artes Médicas. São Paulo. 1155p. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26347269/ https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/view/205/97 https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1468-2494.2008.00455.x https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1468-2494.2008.00455.x Página 23 Cosmetologia SMALL, R.; MO, FAAFP. Guia Prático de Peelings Químicos e Micro dermo abrasão. 2014. Di Livros Editora Ltda. YOKOMIZO, V. M.F.; BENEMOND, T. M. H.; CHISAKI, C.; BENEMOND, P. H. Peelings químicos: revisão e aplicação prática 2013. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/10/2286/2013_58.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/10/2286/2013_58.pdf