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MANUAL DA BRINQUEDOTECA ANEXO A (ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) MODELO DO ROTEIRO DA ATIVIDADE: Caminho Metodológico: A atividade irá iniciar com uma explicação da atividade que será aplicada em grupo. Ao terminar a apresentação da atividade, será feita uma breve explicação do motivo em que este tipo de exercício se faz importante para o nosso dia a dia. Para que analisem a importância do reconhecimento dos números e as operações básicas de adição e subtração para o seu dia a dia e também para novas atividades profissionais ou continuação do estudo superior. Após o término da conversa com os alunos o grupo será disposto em roda e passarão a lata de mão em mão. Cada vez que um aluno pegar a lata deve sortear dois números de dentro dela, e organizar do maior para o menor como na regra simples de adição e subtração, também para que seja mais fácil a visualização e compreensão da equação. Depois do sorteio dos números, será a vez de jogar o dado com o símbolo da equação que irá se transformar os números já sorteados. Ex: Se o aluno tirar da lata o número 5 e 6, ao jogar o dado cair no símbolo de adição (+), deve formar a equação (6+5), após a formação da equação deve ser dado o momento necessário para que seja resolvida a conta através da lógica ou soma nos dedos, dependendo do nível de conhecimento do aluno. Conforme o desenvolver da turma, pode-se acrescentar subtração e adição com dois dígitos, ou seja, ao invés do aluno sortear somente 2 números, ele passa a sortear 4 ou 3, assim dificultando a operação, estimulando a maior concentração e utilização do pensamento Disciplina Educação de Jovens e Adultos. Data 25/05/2021. Tema Escolhido com justificativa A matemática presente no dia a dia. Atividades que serão desenvolvidas - Operações de adição e subtração com a “Lata das Operações” Tempo necessário 40 – 45min. Material Utilizado Lata de metal, caixa de ovos, papel colorido, canetinha e cola quente. Expectativas em relação às atividades (objetivos) Resolver e elaborar problemas de adição em linguagem verbal (com material concreto), envolvendo as ideias de parcelas iguais ou diferentes. Compartilhar sua experiência referente a atividade aplicada. Estimular raciocínio rápido e lógico para resolução das operações. Identificar números nos diferentes contextos em que se encontram, em suas diferentes funções: indicador da quantidade, indicador de posição. Quantidade de alunos e faixa etária Jovens e Adultos. voltado a resolução do problema diante do aluno. Ao final da atividade será feita novamente uma roda de conversa, para ouvir de cada aluno individualmente com foi a experiência de realizar a dinâmica, utilizando mais o raciocínio lógico e questionando quais foram os métodos utilizados para a resolução e qual das duas operações houve mais dificuldade ou facilidade em resolver. Embasamento teórico: A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que se divide entre Ensino Fundamental e Médio, é ofertada nas redes escolares do Brasil e se caracteriza como uma política pública. Esta modalidade recebe, em geral, estudantes jovens e adultos que apresentam distorção idade-série – ou seja, por algum motivo, não tiveram escolarização na idade apropriada. Essa modalidade de ensino é regulamentada pelo artigo 37 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional sob nº 9394/96 (BRASIL, 1996). Fonseca (2007) relata com clareza que é comum os estudantes do EJA procurarem as escolas – novamente ou pela primeira vez – por causa da vontade de aprender Matemática, e a principal condição para essa procura é o desejo de assimilar e facilitar a Matemática cotidiana dessas pessoas. Eles procuram a escola para enfrentar e sanar situações da vida real, social ou até mesmo profissional, demandas e tomadas de decisões referentes às análises quantitativas, parâmetros lógicos ou estéticos, pois essas são situações nas quais a Matemática tem grande destaque, ou seja, em fornecer informações, oferecer modelos ou compartilhar posturas que podem contribuir ou definir, em muitos casos, a composição dos critérios a serem assumidos. Para os estudantes da modalidade de ensino EJA, sejam eles jovens ou adultos, todas as situações acima não totalmente desconhecidas; ao contrário, são bastante familiares e enfrentadas durante o dia a dia, como por exemplo: ir às compras no mercado ou organizar as contas a pagar no começo do mês, separando o salário de acordo com as dívidas. Porém, são feitos cálculos mentais e, às vezes, com ajuda de aparelhos para calcular mais facilmente. Nesses momentos do cotidiano não há, pelo menos explicitamente, a presença de enunciados. Então, há a inexistência de interpretação ou compreensão do problema, os quais são mais voltados aos cálculos mecanizados e rotineiros (BRASIL, 2001). Os alunos da EJA trazem consigo habilidades, culturas e valores para a sala de aula, gerando dificuldades para eles retomarem a novos conteúdos e conceitos em sua vida, sendo assim, o professor deve levar em conta o que é essencial para o ensino desses adultos, criando uma problematização da realidade deles. Também devemos levar em consideração que a forma pela qual foram expostos aos conteúdos matemáticos, se é que tiveram esse acesso, não é igual à metodologia matemática de hoje que mudou muito em forma e em contexto, com isso é um desafio para esses alunos enfrentar novamente a matemática. De acordo com Melo (1991), no posicionamento ideal para a locomoção dependente o deficiente visual deve segurar o braço do guia acima do cotovelo, com o polegar do lado externo do braço e os demais dedos sobre a parte interna do braço do guia. Este deve permanecer com o braço esticado e relaxado, evitando cansaço pela contração muscular. O deficiente visual deve permanecer meio passo atrás do guia, com o objetivo de garantir maior proteção e segurança em relação ao tempo de reação A matemática faz parte do nosso dia a dia, e faz parte do nosso processo de alfabetização. Os Jovens e Adultos que mantém uma rotina de trabalho, pagamento de contas e compras, tem diariamente este contato e a necessidade “Trabalhar com os números”. É estranho pensarmos que ainda hoje se tem adultos que passam dificuldades nestes processos que para nós são simples e básicos, mas que levam um peso pessoal e de construção da cultura de uma pessoa. Estimula ao raciocínio lógico e elaboração de situações ou problemas que os influenciam na tentativa de resolver as questões do dia a dia. Referências utilizadas: Poncio, Gilberto Valdemiro. Proposta curricular da educação de jovens e adultos de Gaspar: reescrevendo histórias, construindo cidadania. Prefeitura Municipal de Gaspar. Secretária Municipal de Educação. – Blumenau: Furb, 2016. Disponível em: https://static.fecam.net.br/uploads/878/arquivos/878050_EJA.pdf. Acessado em: 25 de maio de 2021. Leão, M. F. e Oliveira, N. S. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO OCORRIDAS COM ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. #tear, Revista de Educação, Ciência e Tecnologia. Canoas – Rio Grande do Sul, 2015. Disponível em: file:///C:/Users/Mylechubby/Downloads/1893-Texto%20do%20artigo- 5966-1-10-20150707.pdf. Acessado em: 25 de maio de 2021. ARRIGHI, N. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: a construção das operações aritméticas em matemática. Unesp. Bauru - São Paulo, 2011. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118109/arrighi_n_tcc_bauru.pdf?sequence= 1. Acessado em: 25 de maio de 2021. https://static.fecam.net.br/uploads/878/arquivos/878050_EJA.pdf file:///C:/Users/Mylechubby/Downloads/1893-Texto%20do%20artigo-5966-1-10-20150707.pdf file:///C:/Users/Mylechubby/Downloads/1893-Texto%20do%20artigo-5966-1-10-20150707.pdf https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118109/arrighi_n_tcc_bauru.pdf?sequence=1https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118109/arrighi_n_tcc_bauru.pdf?sequence=1 MANUAL DA BRINQUEDOTECA ANEXO B (ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) MODELO DO RELATÓRIO DA ATIVIDADE (Tópicos que precisam ser abordados em forma de redação no relatório). Acadêmico: Mylena Gabriela G. P. Gasperi Turma: PED4473 Matrícula 2459071 Disciplina: Educação de Jovens e Adultos A data da aplicação e/ou observação: 01/06/2021. O tema escolhido: A matemática presente no dia a dia. No início da atividade houve uma breve explicação sobre a importância do uso da matemática em nosso dia a dia. Dois dos adultos que fizeram parte da atividade proposta, terminaram seu ensino no EJA. Compartilharam suas experiências enquanto estudavam e destacaram estar animados para começar a atividade. Foi dada uma breve explicação sobre como seria a dinâmica e quais eram os pontos que iriam ser analisados. Primeiramente, expliquei que seriam feitas duas operações com 2 números, depois duas vezes com 3 números, e por fim, duas operações com 4 números. A atividade foi realizada com 3 adultos na faixa de 40 – 55 anos, duas mulheres e 1 homem. Nas operações com dois dígitos (ex:2+1), todos realizaram a conta mentalmente e tiveram facilidade para resolver. Na operação com três dígito (ex: 12+6), as mulheres utilizaram os dedos para fazer a contagem, pegaram o número maior e adicionaram a quantidade do número menor. Oque chamou atenção foi que o homem apresentou uma linha de raciocínio diferente, ele buscava “pedir emprestado” para arredondar o número maior e por fim somar com a quantidade que sobrou do número menor. Nunca tinha visto este método de soma, e a mesma metodologia ele utilizou para a soma com dígitos. Mas todos os participantes tiveram mais dificuldade em resolver as operações com dígitos mentalmente, acabaram confirmando a operação em uma folha de papel, realizando a operação escrita. Em uma das operações matemáticas feitas pelo homem, apareceu a operação 1 + 0, com dúvida a resposta foi 0, depois de pensar um pouco mais, respondeu 1 e disse que somos tão acostumados a somar por algo, que passou despercebido e a resposta foi “automática”. Ambos falaram que durante seu processo de aprendizagem, sempre realizaram as operações com auxílio de algum papel e caneta. Por mais que tivessem frequentado o ensino primário na escola, até hoje sentem falta do cálculo mental em sua vida e que por muitas vezes não conferem o troco, ou quando tem que pagar algo costumam utilizar calculadora, ou dão uma quantia em dinheiro sempre a mais do valor. No final da atividade, questionei eles sobre o processo de soma para chegar ao valor final, disseram que geralmente com valores menores a soma e a subtração foram fáceis, mas quando começaram a aumentar os dígitos, tiveram um pouco mais de dificuldade e que não imaginam como seria alguém que não sabe os números, ou como seria aprender do zero tudo que já sabem. Imagens: Como os participantes da atividade já são alfabetizados acabei analisando a dificuldade para a resolução das atividades e a forma com que chegaram ao resultado final, ou seja, a forma com que pensaram para concluir a resposta. Percebi que na maioria as operações menores todos resolveram com facilidade, conforme os dígitos aumentaram veio a complexidade e o uso do auxílio das mãos ou papel para auxiliar na resposta. O ponto negativo da atividade, foi essa falta de percepção de alguém que realmente estava no início da aprendizagem e perceber como realizariam a operação, acredito que os resultados seriam totalmente diferentes e teria mais observações e registros para ser feitos. Apesar do ponto negativo citado acima, foi possível perceber em seus depoimentos e no decorrer da atividade que apesar de serem alfabetizados e cursado EJA somente para o ensino médio, a falta da prática mental da soma, afetam de alguma forma o dia a dia deles, e que muitas vezes como dito por eles, acabou passando despercebido um troco errado, a falta de dinheiro para comprar algo, ou o excesso do uso de calculadora para resolver as menores e maiores contas. Disseram se perceber mais lentos para esses tipos de raciocínio matemático e ficaram felizes e animados por este tipo de atividade diferente que de alguma forma os tirou de sua zona de conforto, mas foi “interessante” tirar um momento para fazer uma atividade diferente envolvendo uma coisa tão simples do nosso dia a dia.