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Autora 
Profa. Enfa. Sandra Carvalho
• Mestranda em Educação para 
Saúde;
• Especialista em Obstetrícia e 
Neonatologia – INESUL/PR;
• Especialista em UTI – Redentor/ RJ;
• Presidente do COMAENF –
I Congresso Maranhense de 
Enfermagem On-line ( Mais de 
4.000 inscritos );
• Coordenadora do IEP- Instituto 
Enfermeiros de Plantão;
• Já ministrou cursos para centenas 
de profissionais e estudantes de 
Enfermagem;
• É apaixonada pela profissão.
E-mail: 
sandracarvalho.iep@gmail.com
COMO ADMINISTRAR 
MEDICAMENTOS 
INJETÁVEIS COM 
SEGURANÇA. 
E-BOOK
LEITURA IMPORTANTE PARA:
 Administrar com segurança 
medicamentos injetáveis 
usando a via parenteral;
 Provas de concursos e 
seletivos;
 Conhecer os 12 certos;
 Proteção profissional e do 
paciente;
 Ficar atualizado.
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mailto:sandracarvalho.iep@gmail.com
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A administração de medicamentos é uma das
mais sérias responsabilidades que incidem sobre toda
a classe da Enfermagem. A sua administração e sua
avaliação, são essenciais para a prática de toda a
equipe, por esse motivo, enquanto não tivermos
conhecimentos básicos de sua dosagem, ação,
efeitos colaterais e forma de administração, não
estaremos preparados, pois não teremos
conhecimento daquilo que é administrado aos
nossos pacientes.
E neste momento, gostaria de fazer a você de
forma reflexiva as seguintes perguntas:
 Você estar realmente preparado(a)?
 Conhece a ação, os efeitos terapêuticos e os
possíveis efeitos colaterais ao administrar uma
medicação?
 Administra medicamentos com segurança em
todas as vias?
 Faz cursos de atualização ou continua praticando
aquilo que aprendeu durante a sua formação?
 Obedece a biossegurança ou você mesmo é a
segurança?
É nosso papel enquanto cuidadores refletirmos
sobre estas questões. Espero poder contribuir na sua
formação e capacitação com a elaboração deste
trabalho. É o que almejo de coração a você.
Um grande abraço e até breve!
Profa. Sandra Carvalho
E-BOOK: COMO ADMINISTRAR 
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS 
COM SEGURANÇA.
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Abreviaturas
 ACM = a critério médico
 AD = água destilada
 ID = Intradérmica
 SC = subcutânea
 IM = intramuscular
 EV = endovenosa
 IV = intravenosa
 U = unidade
 UI = Unidade Internacional
 SF = soro fisiológico
 SG = soro glicosado
 PM = prescrição médica 
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MEDICAMENTOS INJETÁVEIS 
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Sumário
1. A legislação no preparo e administração dos 
medicamentos – res. Cofen 311/2007................................ 05
2. Conceitos importantes......................................................... 09
3. Introdução a administração de medicamentos 
injetáveis................................................................................. 13
4. Cuidados de enfermagem na leitura da prescrição 
médica e no preparo dos medicamento........................ 18
5. Vias de administração de medicamentos........................ 28
6. Informações práticas............................................................ 37
Referências............................................................................ 40
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A LEGISLAÇÃO
NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DOS 
MEDICAMENTOS – RES. COFFEN 311/2007.
O código de Ética dos profissionais de Enfermagem
traz aspectos que diferenciam a atuação frente à
execução do preparo e da administração dos
medicamentos, de acordo com a resolução COFEN
311/2007.
Dos princípios fundamentais
Refere que a enfermagem é uma profissão
comprometida com a saúde e a qualidade de vida da
pessoa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com
autonomia e em consonância com os preceitos éticos e
legais.
SEÇÃO I
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E 
COLETIVIDADE.
DIREITOS
Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou
que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa,
família e coletividade.
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Responsabilidades e deveres
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade
assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica,
científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou
atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si
e para outrem.
Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos,
éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e
coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra
danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência por parte de qualquer membro da equipe de
saúde.
Art. 25 - Registrar no prontuário do paciente as
informações inerentes e indispensáveis ao processo
de cuidar.
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Proibições
Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação
da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos.
Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico,
exceto nos casos previstos na legislação vigente e em
situação de emergência.
Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que
comprometam a segurança da pessoa.
SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, 
SAÚDE E OUTROS
DIREITOS
Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa
e terapêutica, onde não conste a assinatura e o número
de registro do profissional, exceto em situações de
urgência e emergência.
Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá
recusar-se a executar prescrição medicamentosa e
terapêutica em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.
PROIBIÇÕES
Art. 42 - Assinar as ações de enfermagem que não
executou, bem como permitir que suas ações sejam
assinadas por outro profissional.
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SEÇÃO III
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da
profissão.
A legislação que regulamenta o exercício da
profissão na enfermagem, assim como as normas da
instituição empregadora é dever de cada profissional
conhecer, uma vez que estes estão a frente realizando o
preparo e a administração de medicamentos conforme a
prescrição médica, podendo assim garantir aos pacientes
segurança e bem-estar.
Esta legislação você encontra na integra em
www.cofen.org.br
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CONCEITOS IMPORTANTES
Droga:
 é qualquer substância que,
administrada no organismo vivo, pode produzir
alterações somáticas (corpo) ou funcionais.
Medicamento:
 é toda substância ou
toda mistura de substâncias
empregadas para tratar ou para prevenir as doenças ou
distúrbios funcionais.
 é toda substância introduzida no organismo com a
finalidade preventiva, diagnóstica ou terapêutica.
Antissepsia:
 é o conjunto de métodos empregados para 
combater os microrganismos patogênicos através da 
destruição ou da inativação dos mesmos. (FAZER)
Anti-séptico:
 substâncias utilizadas para destruir microrganismos ou 
inibir sua reprodução. (O QUE UTILIZAR)
Assepsia:
 é o conjunto de medidas que evitao contato de 
germes com o doente, a ferida operatória, o ambiente e 
a equipe cirúrgica. (COMO FAZER)
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Ação dos medicamentos:
 Ação local:
A medicação age no local onde é administrada, sem passar pela
corrente sanguínea.
Ex: Pomadas e colírios
 Ação sistêmica:
A medicação é primeiramente absorvida, depois entra na corrente
sanguínea para atuar no local de ação desejado.
Ex: Antibióticos.
Finalidade do medicamento:
 Profilática ou Preventiva:
ação preventiva contra as doenças.
Ex: Vacinas
 Curativa :
ação de poder curar as patologias.
Ex: Antibióticos
 Paliativo ou Sintomático:
ação de poder diminuir os sinais e sintomas da doença, mas
não promove a cura.
Ex: Analgésicos / Antitérmicos
 Substitutivos:
Ex: Hormônios / Eletrólitos / Vitaminas
 Diagnóstica:
auxilia no diagnostico, elucidando exames radiográficos.
Ex: Contrastes
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Efeito Terapêutico:
É a resposta fisiologia esperada ou previsível causada por
um medicamento. Permite orientar e avaliar precisamente
os efeitos desejados.
Ex: Nitroglicerina: A carga de trabalho cardíaco.
Aporte de oxigênio para o miocárdio.
Ex: Prednisona: O inchaço, inflamações, respostas alérgicas e
previne rejeição a órgãos transplantados.
Efeitos Colaterais:
São efeitos secundários e não evitáveis produzidos durante
a administração de doses terapêuticas usuais.
Ex: Hipertensivos: impotência masculina.
Efeitos Adversos:
.
São respostas graves não 
pretendidas, indesejadas e 
frequentemente imprevisíveis 
à medicação.
São geralmente imediatos, 
podendo também demorar 
de semanas a meses para 
aparecer.
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Efeito Idiossincrásico (idiossincrasia):
É a reação em excesso ou de forma 
deficiente, ou diferente do norma
a um medicamento. 
Ex: anti-histamínico 
a criança pode ficar 
extremante agitada ou
inquieta, ao invés de sonolenta. 
Reações Alérgicas:
Ex: Antibióticos
Medicamento Antagonista:
É um medicamento 
cuja a ação se opõe à 
de outro.
O antagonismo pode 
diminuir ou anular o 
efeito do agonista.
Anti-histamínico (inibe reação alérgica)
Reações alérgicas moderadas:
Urticária: exantemas – erupções
cutâneas elevadas;
Prurido: acompanhando a maior
parte dos exantemas;
Rinite: inflamação da mucosa do nariz
com edema e secreção aquosa clara.
Reações anafiláticas ou graves:
Constrição súbita dos músculos
bronquiolares;
Edema de faringe e laringe;
Sibilancia;
Respiração curta;
Taquicardia;
Hipotensão.
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ADMINISTRAR MEDICAMENTOS
FUNÇÃO TODA EQUIPE DE ENFERMAGEM
EXIGÊNCIAS: ATENÇÃO / ASSEPSIA / HONESTIDADE
CABE A ENFERMAGEM: 
# interpretar corretamente a PM;
# preparar;
# administrar;
# observar possíveis reações.
INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
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Êmbolo/ Corpo / Bico Bisel/ Haste/ Canhão
Conhecendo por partes 
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 Luer-lok 
 Luer slip
 Luer slip lateral
 Cateter
Tipos de bico
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Tipos de bico
Seringas:
ID- seringa de 1 ou 3ml;
SC- seringa de 1 ou 3ml;
IM- seringa de 3 ou 5ml;
EV- seringa de 10 ou 20ml;
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Dimensões da agulha
Agulhas: IM
 25x7/8; 30x7/8 soluções aquosas / oleosas
pacientes obesos.
Agulhas: IV ou EV
 25x7/8; 30x7/8 depende do calibre da veia 
do paciente. 
Agulhas: SC
 - 20x6/7; 25x7 soluções aquosas e suspensões não irritantes 
 - 10x5/6/7; 13x4,5 (heparina / insulina/ vacinas)
Agulhas: ID
 - 10x5; 15x5; 13x4,5 vacina BCG
Seringas:
ID- seringa de 1 ou 3ml;
SC- seringa de 1 ou 3ml;
IM- seringa de 3 ou 5ml;
EV- seringa de 10 ou 20ml;
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A etapa de administração é a última barreira para
evitar um erro de medicação derivado dos processos de
prescrição e dispensação, aumentando, com isso, a
responsabilidade do profissional que administra os
medicamentos.
Modelo do Queijo Suíço de James Reason para os acidentes organizacionais,
mostrando as barreiras e salvaguardas ultrapassadas por um perigo latente, que
ocasiona o dano.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
NA LEITUIRA DA PRESCRIÇÃO MÉDICA E NO 
PREPARO DOS MEDICAMENTOS 
Segundo LEAPE et al.,1995, a enfermagem é capaz de impedir até 86%
dos erros de medicação, provenientes dos processos de prescrição,
transcrição, e de dispensação, porém apenas 2% dos erros de administração
conseguem ser impedidos.
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MEDICAÇÃO 
SEGURA
1-
PACIENTE 
CERTO 2-
MEDICAÇÃO 
CERTA
4-
HORA CERTA
3-
VIA CERTA
5-
DOSE CERTA
6-
REGISTRO 
CERTO
7-
ORIENTAÇÃO 
CERTA 
11-
DIREITO DE 
RECUSA CERTO
10-
VALIDADE CERTA
9-
AÇÃO/ EFEITO 
CERTO
8-
FORMA 
APRESENTAÇÃO 
CERTA
12-
COMPATIBILIDADE 
CERTA
Checando os “certos” para uma administração 
segura de medicamentos. 
PRESCRIÇÃO 
MEDICAMENTOSA
TEMPO DE 
ADMINISTRAÇÃO
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Cuidados na administração 
Muitos instrumentos ao longo dos anos foram criados
para nos ajudar na segurança da administração de
medicamentos. Os “5 certos” foi o primeiro a ser criado e
correspondia a: Medicação certa, Paciente certo, Dose
certa, Via certa, Horário certo.
Ao passar do tempo, percebeu-se que além dos 5
certos, outros pontos eram imprescindíveis para se garantir a
administração segura de medicações.
Os “certos” não garantem que os erros de
administração não ocorrerão, mas segui-los pode prevenir
expressivamente parte desses eventos, melhorando a
segurança e a qualidade da assistência prestada ao
paciente durante o processo de administração de
medicamentos.
De acordo com o PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA
PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS,
do Ministério da Saúde, os 9 certos são:
1- Paciente certo
2- Medicamento certo
3- Via certa
4- Hora certa 
5- Dose certa
6- Registro certo
7- Orientação certa
8- Forma certa
9- Ação/resposta certa
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1. PACIENTE CERTO 
Importante: 
 Perguntar sempre o nome completo do paciente.
 Cheque sempre o nome da pulseira, nome identificado no leito e
o nome do prontuário. (Utilizar no mínimo dois identificadores)
 Enfermarias diferentes, para pacientes com nomes iguais.
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2. MEDICAMENTO CERTO
– Conferir se o nome do
medicamento que tem em
mãos é o que está prescrito.Atenção!
– Averiguar alergias.
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3. VIA CERTA
 Verificar se a via de administração prescrita é a via
tecnicamente recomendada para administrar determinado
medicamento.
 Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito.
 Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via
prescrita. Ver identificação da via na embalagem.
 Avaliar a compatibilidade do medicamento com os
produtos utilizados para sua administração (seringas, cateteres,
sondas, equipos, e outros).
 Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem,
prescritor ou farmacêutico previamente à administração do
medicamento.
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4. HORA CERTA
 Administrar sempre na hora prescrita,
evitando atrasos.
 A medicação deve ser preparada na hora
da administração, de preferência à beira leito.
 Em caso de medicações administradas após algum tempo do 
preparo devemos atentar para o período de estabilidade (como 
quimioterápicos) e também para a forma de armazenamento.
 A antecipação ou o atraso da administração em relação ao 
horário predefinido somente poderá ser feito com o 
consentimento do enfermeiro e do prescritor.
5. DOSE CERTA
 Conferir atentamente a dose prescrita
 Atenção redobrada para doses escritas com “zero”, “vírgula” e
“ponto”, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes
superiores à desejada.
 Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso
de dúvida ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa,
ampola), consultar o prescritor e solicitar a prescrição de uma
unidade de medida do sistema métrico.
 Conferir a velocidade de gotejamento. Realizar dupla checagem
dos cálculos para o preparo e programação de bomba para
administração de medicamentos potencialmente perigosos ou
de alta vigilância.
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6. REGISTRO CERTO
Lembre-se, você não estará lá no próximo
turno para esclarecer dúvidas! Então anote 
com atenção e clareza, detalhes importantes. 
Registre:
 Na prescrição o horário da administração do 
medicamento e cheque!
 Na anotação de enfermagem, registre o medicamento 
administrado e justifique em casos de adiamentos, 
cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente 
e eventos adversos.
HEMOGLICOTESTE
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7. ORIENTAÇÃO CORRETA
 A orientação correta 
refere-se tanto ao profissional 
quanto ao paciente!
 Qualquer dúvida deve ser 
esclarecida antes de 
administrar a medicação.
 O paciente também é uma barreira para prevenir erros e 
deve ser envolvido na segurança de sua assistência.
 Devemos informar o paciente sobre qual medicamento 
está sendo administrado (nome), para que “serve” 
(indicação), a dose e a frequência que será 
administrado.
8. FORMA CERTA
 Checar se o medicamento a ser administrado possui a
forma farmacêutica e via de administração prescrita.
 Checar se forma farmacêutica e a via de administração
prescritas estão apropriadas à condição clínica do
paciente (por exemplo, se o nível de consciência permite
administração de medicação por via oral – V.O).
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9. RESPOSTA CERTA
 Observar cuidadosamente o paciente, para identificar se o 
medicamento teve o efeito desejado. 
 Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os 
efeitos diferentes (em intensidade e forma) do esperado 
para o medicamento. 
 Devemos considerar o que o paciente ou familiar relata e 
nunca menosprezar ou desprezar as informações 
concedidas.
10. VALIDADE CERTA
11. DIREITO DE RECUSA
 Refere-se ao direito que o paciente tem de não receber a 
medicação.
12. COMPATIBILIDADE
 Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via
prescrita. Ver identificação da via na embalagem.
 Avaliar a compatibilidade do medicamento com os
produtos utilizados para sua administração (alimentação,
seringas, cateteres, sondas, equipos, e outros).
PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA
TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO
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Vias de Administração de 
Medicamentos
Via Oral 
Via Sublingual 
Via Gástrica 
Via Retal
Via Respiratória
Via Vaginal
Via Cutânea ou Tópica
Via Otológica
Via Ocular
Via Intradérmica 
Via Subcutânea 
Via Endovenosa
Via Intra-arterial 
Via Intra-articular 
Via Intraóssea , etc.
Via Intramuscular
Via Intracardíaca 
Somente médicos 
especializados 
Enfermeiros, Técnicos e 
Auxiliares de enfermagem
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Vias de Administração de
Medicamentos
VIA PARENTERAL ( INJETÁVEIS)
 Via Intradérmica - ID
 Via Subcutânea (Hipodérmica) - SC
 Via Intramuscular - IM
 Via Endovenosa ou Intravenosa – EV ou IV
Em todas as vias usaremos a injeção – para introdução de um
medicamento no organismo por meio de uma punção.
Finalidade:
 Obter ação imediata de um medicamento;
 Fornecer medicamentos que não podem ser administrados por via
oral;
Vantagens:
 A disponibilidade é mais rápida e mais previsível no tratamento de 
emergências.
Desvantagens: 
 Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental;
 Dor;
 Automedicação;
 Alto custos
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Via Parenteral
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Via Intradérmica - ID
 Via restrita:
 pequenos volumes – 0,1 a 0,5 ml
 pouca absorção sistêmica;
 efeito local (principal).
 Usadas em reações de 
hipersensibilidade:
 Provas alérgicas;
 Aplicação de vacinas: BCG
 Provas de PPD:
0,1 ml – ID (72 horas)
5-9mm = inconclusivo
< 5mm = -
> ou igual 10mm = +
Local mais apropriado: 
face anterior do antebraço
 Pobre em pelos;
 Possui pouca pigmentação;
 Possui pouca vascularização;
 Ter fácil acesso a leitura.
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Via Subcutânea - SC
 Absorção lenta, através de capilares, ocorre 
de forma contínua e segura.
 O volume: 0,1 ml a 2ml
 Usada para administração
◦ Vacinas:
Febre amarela / Antirrábica
Sarampo / Rubéola
◦ Anticoagulante (heparina);
◦ Hipoglicemiantes (insulina).
Locais de aplicação / absorção
 Parede Abdominal;
 Face posterior externa do braço;
 Face anterior das coxas
 Ares escapulares das costas
 Regiões glúteas ventrais ou dorsais 
superiores.
O local de aplicação deve ser revezado,
quando utilizado por período indeterminado.
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Via Subcutânea - SC 
Ângulo da agulha
 90° C / 45° C
Regra: 
 se você puder segurar 5cm do tecido 
(2 polegadas) inserir agulha em um 
ângulo de 90º.
 se você puder segurar 2,5cm do 
tecido (1polegadas) inserir agulha em 
um ângulo de 45º.
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IM- técnica para aplicaçãoem Z
Via Intramuscular - IM 
 Via muito utilizada, 
devido a absorção rápida
 Músculo escolhido
Deve ser bem desenvolvido
Ter fácil acesso
 Volume injetado
Região deltoide – 2 ml
Região glútea – 5 ml
Músculo da coxa – 4 ml
IM- deltoide
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Via Intramuscular - IM 
 Quando não devemos utilizar a 
região glútea?
 Crianças < 2 anos
 Pacientes com atrofia da 
musculatura
 Paralisia de membros inferiores
 Complicações
 Deve-se evitar o nervo ciático
 Infecções e abscessos
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Via Endovenosa- EV 
 Via muito utilizada, com introdução de medicação 
diretamente na veia.
 Local apropriado:
 Membros superiores
 Evitar articulações
 Indicações:
 Necessidade imediata de ação 
 Grandes volumes – hidratação
 Coleta de sangue para exames 
Cuidado risco de Flebite!
Flebite 
 Dor;
 Eritema;
 Endurecimento do vaso ou presença de cordão 
fibroso. 
Flebite mecânica: 
 Tamanho inapropriado do cateter;
 Fixação inadequada do cateter.
Flebite química: 
 Substâncias irritantes;
 Diluídas ruim;
 pH baixo,
 Infusão muito rápida.
Flebite bacteriana:
Lembra?
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INFORMAÇÕES PRÁTICAS
TAMANHOS 
JELCO / CATETER PERIFERICO 
SCALPS 
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SF 0,9% -
SISTEMA FECHADO 
EQUIPO 
MACROGOTAS 
EQUIPO
MICROGOTAS 
AD- ÁGUA DESTILADA 
INFORMAÇÕES PRÁTICAS
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VIA
DOSE 
MÁXIMA
LOCAL ÂNGULO OBSERVAÇÕES
ID 0,5 ml
Face anterior do 
antebraço e região 
subescapular
10º à 15º
Utilizar bisel p/ cima
Não fazer anti-sepsia
SC 2 ml
Parede abdominal/ 
face anterior do 
antebraço e da 
coxa/ dorso 
superior das costas
45º à 90º
Utilizar bisel p/ cima
Ângulo de 45º (25x7)
Ângulo de 90º 
(13x4,5)
IM
2 ml- deltóide
4 ml- coxa
5 ml- glúteo
Deltóide/ 
dorsoglúteo / 
ventroglúteo e 
vasto lateral da 
coxa
90º
Bisel p/ baixo ou
lateralizado
EV
Grandes 
Quantidades
Veias superficiais
Paralela 
a veia
Bisel p/ cima
INFORMAÇÕES PRÁTICAS
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REFERÊNCIAS
 Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Protocolo de segurança na prescrição, uso e
administração de medicamentos. [online]. Brasília (DF): Ministério
da Saúde. Disponível em
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publ
icacoes/item/seguranca-na-prescricao-uso-e-administracao-de-
medicamentos.
 FIGUEIREDO, N. M. A. Administração de medicamentos: revisando
uma pratica de enfermagem. 8ª ed. São Caetano do Sul, SP:
Difusão Enfermagem, 2003.
 GIOVANI, A. M. M. Enfermagem, cálculo e administração de
medicamentos. 13ª ed. São Paulo: Rideel, 2011.
 LIMA, I. L. Manual do técnico e auxiliar de enfermagem. 6ª ed.
Goiânia: AB, 2006.
 PEIXOTO, C. C. M. Manual do auxiliar de enfermagem. Atheneu:
São Paulo, 2001.
 POTTER, P. A. Fundamentos de enfermagem. Tradução 7ª edição,
Elsevier: Rio de Janeiro, 2009.
 SILVA, C. R. L. Dicionário de saúde. São Caetano do Sul, SP: Yendis
Editora, 2006.
 SILVA, M. T. Cálculo e administração de medicamentos na
Enfermagem. São Paulo: Martinari, 2014.
 URDEN, L. D. Cuidados intensivos de enfermagem. 6ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
 VIANA, D. L. Guia de medicamentos e cuidados de enfermagem.
1ª ed. São Caetano do Sul : Yendis Editora, 2012.
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