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Tráfico de Pessoas no Brasil

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TEMAS1
ENTRE FRASES
Emily Cristina dos Ouros e Murilo de Almeida Gonçalves
Estudo da escrita - Redação
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TEMA I: O TRÁFICO HUMANO NO BRASIL
Acervo
Texto I 
Desde 2000, quase 2 mil brasileiros foram vítimas de tráfico de pessoas
Atraídos por promessas de emprego com salário em dólar e vida de luxo, brasileiros são escravizados ou até mortos. Infraero 
e MPT assinam acordo para prevenção de crime. A busca pela realização de um sonho faz com que muitas pessoas apostem 
tudo o que têm em busca de melhores condições. Com discurso de vida fácil e sucesso certo, todos os anos, quadrilhas 
especializadas destroem a vida de centenas de brasileiros. Ao chegar no exterior, ou mesmo em outro estado, onde não tem 
parentes ou amigos, a vítima percebe que caiu em um golpe e foi alvo do crime de tráfico de pessoas. Entre os anos 2000 
e 2013, um total de 1.758 brasileiros foram traficados. Dados do Ministério da Justiça apontam que quando se trata do 
sequestro para exploração sexual, as mulheres são as maiores vítimas. Em 2016, das 173 pessoas traficadas para este fim, 
122 eram mulheres, 4 eram homens e 47 não tiveram o sexo identificado.
No mês dedicado à campanha internacional Coração Azul, contra o tráfico de pessoas, e aproveitando o Dia Nacional de 
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado na próxima quinta-feira, o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou um 
acordo com a Infraero para orientar profissionais de aeroportos sobre como reconhecer e alertar as autoridades caso des-
confie de alguma situação. De 2014 até 2020, o MPT recebeu 1.496 denúncias de aliciamento e tráfico de trabalhadores no 
país. Também foram ajuizadas 159 ações relacionadas ao tema e firmados 374 termos de ajustamento de conduta, nestes 
últimos seis anos e meio.
De acordo com dados do Ministério da Justiça, entre 2018 e 2019, um total de 184 brasileiros foram traficados; 30 eram 
crianças. O número pode ser ainda maior, tendo em vista que somente em 2018, de acordo com o Anuário Brasileiro de 
Segurança Pública, 80 mil brasileiros sumiram sem deixar vestígios, deixando parentes e amigos sem notícias. A cada dia, 
226 pessoas desaparecem no Brasil.
Do sonho ao pesadelo
Com a promessa de uma carreira de sucesso no futebol, uma organização internacional quase destruiu a vida de dezenas 
de jovens no Distrito Federal, em 2015. Cooptados em um projeto comunitário, em Planaltina (DF), 12 garotos com idades 
entre 11 e 16 anos foram atraídos para uma “peneira” (seleção) que resultaria em integrar o elenco de um time de futebol 
na Bahia. Porém, a possibilidade de se tornar um boleiro profissional não passava de uma invenção. O crime teria sido levado 
adiante se não fosse por um dos treinadores, à época um policial militar da ativa, que desconfiou do comportamento do 
aliciador.
Tiago Miguel dos Santos, então com 32 anos, passou uma 
semana em Planaltina, se apresentando como olheiro de fu-
tebol e observando os treinos para escolher as vítimas. Após 
ter autorização dos pais para viajar com os adolescentes, saiu 
da cidade e seguiu até o Aeroporto Internacional de Brasília, 
onde supostamente seguiria rumo à Bahia. O embarque, po-
rém, nunca aconteceu. “No aeroporto, eu consegui pegar a 
identidade dele, na hora do check-in, e pedi para os pais liga-
rem no clube. Eles ligaram e foram informados que ninguém 
o conhecia por lá. Mesmo assim os pais queriam mandar os 
meninos. No posto da Polícia Civil, conseguimos assistência, 
eles ligaram no clube e confirmaram que não era profissional. 
Deram voz de prisão. Ao chegar na delegacia, descobri que a 
situação era mais grave e que eles poderiam até mesmo ter os 
órgãos traficados”, afirma o treinador da equipe.
Lá vem a analogia...
Embora a Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos preveja que nenhuma pessoa seja submetida 
a tratamentos desumanos ou degradantes, o cumpri-
mento desse dispositivo não está efetivado no Brasil. 
O tráfico humano no país ainda registra números signi-
ficativos de vítimas, as quais são tratadas como mer-
cadoria por organizações criminosas, e, assim, sofrem 
uma série de abusos, agressões e outras violações.
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O suspeito, Tiago Miguel, foi preso em flagrante, indiciado pelo crime de tentativa de sequestro, que pode render de 1 a 5 
anos de cadeia. Após pouco tempo encarcerado, o criminoso voltou à Bahia no ano seguinte, quando foi executado por mais 
de 15 disparos de pistola calibre 380. Ele tinha passagens por furto de veículo, falsidade ideológica e tentativa de sequestro.
Prevenção como melhor saída
O combate ao tráfico de pessoas exige esforços do poder público, informação para que eventuais vítimas percebam que 
estão sendo alvo da investida criminosa e a atenção de pessoas próximas para acionar as autoridades se suspeitarem desse 
tipo de situação. O advogado Hedel de Andrade Torres, mestre em direito das relações internacionais e autor do livro Tráfico 
de Mulheres – exploração sexual: liberdade à venda, destaca que não existe um controle efetivo da quantidade de casos no 
país. “Hoje, temos uma lei que normatiza este tipo de crime, que pune a entrada, saída ou permanência de pessoas no país 
com o intuito de exploração. O Estado vem atuando, mas, em matéria de direitos humanos, as iniciativas são muito modestas. 
Existe uma grande dificuldade em se coletar dados”, diz Torres.
De acordo com o especialista, é importante desconfiar de pro-
postas de ganhos fáceis com antecedência. “Hoje, o tráfico é 
uma forma de escravidão moderna e a vítima só percebe que 
caiu em uma armadilha quando ela chega no local de des-
tino. Ela é atraída por promessas de ganhar em euro ou em 
dólar. As meninas têm de ficar atentas a propostas para serem 
modelos no exterior, por exemplo, e meninos em promessas 
de que serão jogadores. Os trabalhos forçados, a exploração 
sexual chega a ocorrer por 16 horas em um dia. E isso quando 
os órgãos não são removidos”, alerta.
Plano
Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça informou que o combate a esse tipo de crime exige esforços de diversos 
setores e que cabe à pasta “fomentar a articulação das instâncias de gestão integrada da Política Nacional de Enfrentamen-
to ao Tráfico de Pessoas (Decreto n; 5.948/2006) para implementação das ações”. Ainda de acordo com o governo, está em 
vigência, atualmente, o “Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, onde encontram-se previstas 58 metas 
a serem executadas até julho/2022”. Entre os objetivos citados está o de fomentar a cooperação entre órgãos públicos e 
sociedade civil em torno do tema e capacitar autoridades para enfrentar as práticas criminosas.
“DESDE 2000, QUASE 2 MILBRASILEIROS FORAM VÍTIMAS DE TRÁFICO DE PESSOAS” WWW.CORREIOBRAZILIENSE.COM.BR (28.07.2020)
Texto II 
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Decreto nº 5.948/2006) adota a expressão “tráfico de pessoas” 
conforme o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Pre-
venção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, conhecido como Protocolo de Palermo, 
que a define como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à 
ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação 
de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que 
tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de ou-
trem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, 
a servidão ou a remoção de órgãos”.
De acordo com a Política Nacional, o consentimento dado pela vítima é irrelevante para a configuração do tráfico de pessoas 
(art. 7º, Decreto nº 5.948/2006).
O meio pelo qual o tráfico de pessoas é praticado fere por completo a dignidade humana e, muitas vezes, a própria integri-
dade física da vítima, tornando-a extremamente vulnerável em decorrência de ameaças, uso da força, engano, rapto, abuso 
de autoridade, ou mesmo outras formas de coação.
Tá sabendo? 
Em 2020, a Infraero e Ministério Público do 
Trabalho assinaram um acordo de prevenção ao trá-
fico de pessoas e ao trabalho escravo. O acordo pre-
vê capacitação de profissionais que trabalham nos 
terminais aeroportuários, por meio de videoaulas, e a 
mobilização do MPT nos aeroportos para conscientizar 
usuários e passageiros.
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Esse crime tem três elementos constitutivos:
1. Um ato
2. Os meios
3. A finalidade de exploração
Matriz dos Elementos do Crime de Tráfico de Pessoas
Ato Meios Finalidade
 Recrutamento
 Transporte
 Transferência
 Alojamento
 Acolhimento
 Ameaça
 Uso da força
 Outras formas de coação
 Rapto
 Fraude
 Engano
 Abuso de autoridade
 Abuso de uma situação de vulnerabilidade
 Entrega ou aceitação de pagamentos ou 
benefícios para obter o consentimento de 
uma pessoa que tenha autoridade sobre 
outra
 Exploração da prostituição de outrem
 Outras formas da exploração sexual
 Exploração do trabalho
 Serviços forçados
 Escravidão ou situações análogas à escravidão
 Servidão
 Extração de órgãos
 Adoção ilegal
HTTPS://JUSTICA.GOV.BR/SUA-PROTECAO/TRAFICO-DE-PESSOAS/LEIA-MAIS/LEIA-MAIS (ACESSADO EM 12.04.2018)
Texto III 
Casos de tráfico humano no Brasil incluem remoção de órgãos e pedofilia
O tráfico humano no mundo esta aumentando cada vez mais e infelizmente esta também é uma realidade no Brasil. Entre 
janeiro de 2011 e junho de 2019, o Disque 100 recebeu 683 denúncias de tráfico humano em que as vítimas eram crianças 
e adolescentes no Brasil. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Somente em 2018, foram registradas 159 denúncias de tráfico de pessoas no país, considerando todas as faixas etárias.
Os dados mostram que as crianças e os adolescentes traficadas tem vários destinos e a maioria são cruéis, como a exploração 
sexual e a remoção de órgãos.
Entre as violações registradas durante o ano de 2018 estão o tráfico interno para fins de exploração sexual (16,9%), in-
ternacional para fins de exploração sexual (8,1%), interno para fins de adoção (7,5%), interno para fins de exploração de 
trabalho (6,9%), internacional para exploração de trabalho (5,0%), internacional para fins de adoção (2,5%), internacional 
para remoção de órgãos (1,8%) e, por fim, interno para remoção de órgãos (0,63%). 57,23% das violações tiveram outras 
motivações.
Por isso é muito importante ficar atento, principalmente com 
as crianças. Durante a pandemia, traficantes têm usado as 
redes sociais para atrair suas vítimas, sendo que as crianças 
são os alvos fáceis para os criminosos. Infelizmente, casos 
confirmados no Brasil mostram que a crueldade do tráfico de 
órgãos e redes de pedofilia existem.
“CASOS DE TRÁFICO HUMANO NO BRASIL INCLUEM REMOÇÃO DE ÓRGÃOS E 
PEDOFILIA” HTTPS://OBSERVATORIO3SETOR.ORG.BR/NOTICIAS/ (16.11.2020)
Fica a dica!
Filme: A informante (2010)
No filme, a agente policial 
Kathryn Bolkovac descobre 
uma grande quadrilha, que 
atua no tráfico humano e 
na exploração sexual, da 
qual vários funcionários in-
ternacionais, inclusive dos 
EUA, participavam.
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Texto IV 
III Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas é lançado
O novo ciclo será executado por quatro anos e irá modernizar as ações de combate e prevenção do crime
Com o objetivo de aperfeiçoar e reforçar as ações de combate ao tráfico de pessoas, foi lançado no Ministério da Justiça, 
nesta quinta-feira (05/07), o 3º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Programado para os próximos 
quatro anos, o Plano possui 58 metas destinadas à prevenção, repressão ao tráfico de pessoas no território nacional, respon-
sabilização dos autores e atenção às vítimas.
“Nosso desafio agora é fortalecer a rede nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas e o comitê nacional de enfren-
tamento ao tráfico de pessoas - organismos governamentais e não-governamentais, juntamente com a sociedade civil, que 
apoia a execução do plano”, explicou o Secretário Nacional de Justiça, Luiz Pontel. Conforme adiantou, será realizado o 
monitoramento das metas, que são distribuídas em seis eixos temáticos: gestão da política e da informação, capacitação, 
responsabilização, assistência à vítima, prevenção e conscientização pública, e a execução conjunta com órgãos municipais, 
estaduais e federais para implementação do plano.
O evento também contou com a presença do secretário executivo do Ministério da Justiça, Gilson Libório, do secretário na-
cional de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos, Herbert Barros, do representante do Escritório das Nações Unidas 
contra  Drogas e Crime no Brasil (UNODC), Rafael Franzini e do representante da delegação da União Europeia, João Gomes 
Cravinho, entre outras autoridades. Instituições da sociedade civil que participam do Comitê Nacional de Enfrentamento ao 
Tráfico de Pessoas (Conatrap) também foram homenageadas
Segundo a Coordenadora Geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Ministério da Justiça, Renata Braz, o novo plano 
é uma oportunidade para conquistas adicionaisnos campos da gestão da informação, gestão da política, na articulação e na 
integração de programas. “Esse terceiro ciclo reforça a necessária continuidade na capacitação de atores, na sensibilização 
das opiniões públicas, na prevenção desse crime, na proteção das vítimas e na responsabilização dos seus agressores”, 
enfatizou.
O representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes - UNODC, Rafael Franzini, destacou que o lança-
mento do III Plano ocorre em um momento importante para o estabelecimento de uma parceria entre os países da América 
do Sul. “Argentina e Uruguai são os principais destinos do tráfico de pessoas; já a Bolívia e o Paraguai, são os principais 
países de origem desse crime. Temos que incentivar a cooperação de todos os países sul-americanos para que as ações de 
combate tenham efeitos bastante significativos”, afirmou.
O enfrentamento ao tráfico de pessoas no Brasil
Com a adesão do Brasil, em 2004, ao Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado 
Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, conhecido 
como Protocolo de Palermo, o governo brasileiro iniciou em sua agenda política a articulação para a aprovação da Polícia 
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (PNETP).
Desde então, o país teve dois Planos: o I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – 2008/2010, e o II Plano 
Nacional, de 2013 a 2016. Durante a execução do 2º Plano Nacional,  foi alcançado o importante marco brasileiro no en-
frentamento ao tráfico de pessoas, com a sanção da Lei nº 13.344/2016, que tipificou o crime, sendo assim consideradas 
as conjuntas contrárias às liberdades individuais com a finalidade de exploração sexual, trabalho escravo e outras formas de 
servidão, adoção ilegal e remoção de órgãos.
O III Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas corresponde ao Decreto 9.440, publicado no Diário Oficial da 
União em 3 de julho de 2018.
HTTPS://WWW.JUSTICA.GOV.BR/NEWS/COLLECTIVE-NITF-CONTENT-84 (05.07.2018) 
”III PLANO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS É LANÇADO” HTTPS://WWW.JUSTICA.GOV.BR (05.07.2018)
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É IMPORTANTE SABER
I. DADO ESTATÍSTICO RELEVANTE 
Relatório das Nações Unidas confirma o dado ao apontar que 71% das pessoas traficadas são meninas e mulheres.
”TRÁFICO HUMANO: CRIME COMEÇA COM PROMESSA DE REALIZAÇÃO DE SONHOS” HTTP://AGENCIABRASIL.EBC.COM.BR (30.07.2021)
II. ARGUMENTO DE AUTORIDADE 
“Muitas vezes as vítimas não se enxergam como vítimas desse crime ou têm medo de denunciar por sofrer represália porque 
os aliciadores conhecem as famílias. A principal dificuldade hoje é ter dados mais concretos deste crime”, afirmou Marina 
Bernardes de Almeida, coordenadora de Política de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Ministério da Justiça.
“TRÁFICO HUMANO: CRIME COMEÇA COM PROMESSA DE REALIZAÇÃO DE SONHOS” HTTP://AGENCIABRASIL.EBC.COM.BR (30.07.2021)
III. EXEMPLOS DO COTIDIANO 
Crianças e adolescentes do sexo feminino, que residiam principalmente no interior, são os principais alvos do tráfico de pes-
soas na Paraíba. A informação é do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas (CETDP), 
que apura denúncias de pessoas levadas nessas condições para a região litorânea da Paraíba, outros estados e também para 
o exterior.
Embora não tenha repassado o número de denúncias, recebidas por do Disque 123, a coordenadora do CETDP, Vanessa 
Araújo, informou que o principal objetivo do tráfico de pessoas na Paraíba é a exploração sexual das vítimas. Conforme as 
apurações do Comitê, a região do Brejo tem sido a rota principal dos traficantes.
“Temos denúncias de meninas que foram traficadas para outras regiões do estado, em estados vizinhos e também para 
o exterior. Muitas vezes, o crime não é notificado como tráfico, mas como exploração sexual. Porém, esse último crime é, 
geralmente, a finalidade do tráfico humano”, explicou Vanessa Araújo.
“TRAFICO HUMANO: CRIANÇAS E ADOLÇESCENTES SÃO LEVADOS DA PARAÍBA” HTTPS://WWW2.PBAGORA.COM.BR (24.07.2018)
IV. LEGISLAÇÃO 
Art. 2º  São objetivos do III Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:
I - ampliar e aperfeiçoar a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no enfrentamento ao tráfico 
de pessoas, na prevenção e repressão do crime de tráfico de pessoas, na responsabilização de seus autores, na atenção a 
suas vítimas e na proteção dos direitos de suas vítimas;
II - fomentar e fortalecer a cooperação entre os órgãos públicos, as organizações da sociedade civil e os organismos interna-
cionais no Brasil e no exterior envolvidos no enfrentamento ao tráfico de pessoas;
III - reduzir as situações de vulnerabilidade ao tráfico de pessoas, consideradas as identidades e especificidades dos grupos 
sociais;
IV - capacitar profissionais, instituições e organizações envolvidas com o enfrentamento ao tráfico de pessoas;
V - produzir e disseminar informações sobre o tráfico de pessoas e as ações para seu enfrentamento; e
VI - sensibilizar e mobilizar a sociedade para prevenir a ocorrência, os riscos e os impactos do tráfico de pessoas.
HTTP://WWW.PLANALTO.GOV.BR/CCIVIL_03/_ATO2015-2018/2018/DECRETO/D9440.HTM 
V. DIREITOS HUMANOS 
Artigo VI
 Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
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MULTIMÍDIA
I. LER
 RELATÓRIO NACIONAL SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS: DADOS DE 2014 A 2016. 
HTTPS://WWW.JUSTICA.GOV.BR/SUA-PROTECAO/TRAFICO-DE-PESSOAS/PUBLICACOES/RELATORIO-DE-DADOS.PDF
 Tráfico de Pessoas: UMA ABORDAGEM PARA OS DIREITOS HUMANOS
HTTPS://WWW.JUSTICA.GOV.BR/SUA-PROTECAO/TRAFICO-DE-PESSOAS/PUBLICACOES/ANEXOS/CARTILHA_TRAFICODEPESSOAS_UMA_ABORDADEM_DIREITOS_HUMANOS.PDF
II. VER
 TRÁFICO DE SERES HUMANOS | ONU - https://www.youtube.com/watch?v=KTGPoHZHgaA
 SOLD – De Jeffrey D. Brown
Uma menina arrisca tudo pela liberdade depois de ser traficada da sua aldeia da montanha no Nepal a um bordel na 
Índia.
 TRÁFICO HUMANO – De Ara Paiaya
Centenas de milhares de jovens mulheres desapareceram, forçadas pela violência a uma vida infernal. Elas viram carga 
rentável na indústria moderna da escravidão. O submundo as chama de tráfico humano. Enquanto uma jovem de 16 
anos da Ucrânia, uma mãe solteira da Rússia, uma orfã de 17 anos da Romênia e uma turista adolescente de 12 anos se 
tornam vítimas de traficantes internacionais, um time especializado de agentes federais luta para expor a rede mundial 
que as escravisou. A agente Kate Morozov (Mira Sorvino) conhece os horroresda exploração sexual de perto e se dedica 
a desmantelar a rede e trazer os culpados para a Justiça.
III. ACESSAR
 Tráfico de pessoas e contrabando de migrantes: ações 
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/trafico-de-pessoas/acoes.html 
IV. OUVIR
 PODCAST: # Tráfico humano - Observatório na Brasil Atual
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PROPOSTA ENEM
Texto I
O tráfico de pessoas é uma realidade no mundo, mas ainda pouco discutida no Brasil. Segundo o Relatório Global sobre 
Tráfico de Pessoas, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em 2018, quase 25 mil 
vítimas foram detectadas no mundo em 2016.
Seguindo as proporções do gráfico, o número tende a aumentar ano após ano. As estatísticas refletem apenas os casos regis-
trados, que podem representar apenas uma parte se levados em consideração os ainda não detectados. O tema segue sendo 
acompanhando de perto pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria 
Nacional de Proteção Global (SNPG).
A assessora para Assuntos sobre Refugiados, Cláudia Giovannetti, falou sobre o crime. “Nesse crime, os traficantes se apro-
veitam da situação de vulnerabilidade das pessoas para colocá-las em uma situação de exploração. As vítimas têm perfis 
muito variados, podem ser mulheres, crianças, adolescentes, pessoas LGBT, imigrantes, homens. O que as une é exatamente 
a vulnerabilidade que as expõe a promessas e ofertas enganosas”, explicou.
“TRÁFICO DE PESSOAS: CONHEÇA O VARIADO PERFIL DAS VÍTIMAS” HTTPS://WWW.GOV.BR/MDH/ (29.07.2020)
Texto II
Para Livia Xerez Azevedo – coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP) do Ceará há sete 
anos – o tráfico de pessoas é um delito relacionado a ambições e desejos o que torna qualquer pessoa um alvo fácil para 
criminosos. “É um crime que vítima homens, mulheres, crianças, profissionais do sexo que querem ganhar em dólar e euro, 
e também aquela pessoa que sonha em fazer um intercâmbio pra estudar outro idioma. Todos nós podemos ser vítimas do 
tráfico de pessoas. Todos nós temos sonhos e necessidades”, defende. 
Ela explica que as vítimas, quando identificadas, têm dificuldade de se reconhecer como tal, por ter, em primeiro lugar, de 
assumir que foram ludibriadas. “Nesse momento do retorno, principalmente no tráfico internacional, são muitas as mulheres 
e os homens que chegam com seus sonhos destroçados completamente. Elas voltam com um sentimento de fracasso, de 
vergonha.”. Além disso, em alguns casos, conta ela, a negação da vítima pode levá-la a repetir a experiência de abuso. “Elas 
acham que foi uma grande oportunidade. Elas estão tão vulneráveis que elas acreditam que foi uma grande oportunidade 
de viver melhor que, com elas, infelizmente não deu certo, mas que, com outras pessoas, poderia ter dado, e que elas vão 
tentar novamente”.
Para a coordenadora, os membros das equipes de resgate devem evitar julgar as pessoas que se encontram nessa situação. 
“Existe ainda um preconceito em atender a essas vítimas. Elas são, muitas vezes, rechaçadas, por seus sonhos. E entende-
mos que essa articulação [de sensibilizar os atendentes] é importante. Muitas vezes, elas [as vítimas] se aventuram nessas 
falsas promessas porque não tiveram seu direito à saúde, à assistência social, convivência familiar e comunitária na sua terra 
natal”, diz
Já para Renata Braz – coordenadora-geral de enfrentamento ao tráfico de pessoas – um dos desafios da área é unificar 
as informações relativas a esse tipo de crime, inclusive para tocar adiante políticas públicas na área. “Esses números estão 
fragmentados. Temos os da Polícia Federal, os do Ministério do Desenvolvimento Social, [do Ministério] da Saúde, da Polícia 
Rodoviária Federal, Ministério das Relações Exteriores, mas eles não conversam entre si. E esse é o nosso maior desafio 
agora, para a próxima gestão.
“ESPECIALISTA DIZ QUE QUALQUER UM PODE SER ALVO DO TRÁFICO DE PESSOAS” HTTP://AGENCIABRASIL.EBC.COM.BR (27.11.2018)
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Texto III
“CAMPANHA ALERTA TURISTAS E MORADORES DO LITORAL CATARINENSE SOBRE O TRÁFICO DE PESSOAS” HTTP://WWW.ABIH-SC.COM.BR/ (28.02.2020)
Texto IV
Esta Lei dispõe sobre o tráfico de pessoas cometido no território nacional contra vítima brasileira ou estrangeira e no exterior 
contra vítima brasileira. O enfrentamento ao tráfico de pessoas compreende a prevenção e a repressão desse delito, bem 
como a atenção às suas vítimas. 
Art. 2º O enfrentamento ao tráfico de pessoas atenderá aos seguintes princípios: 
I - respeito à dignidade da pessoa humana; 
II - promoção e garantia da cidadania e dos direitos humanos; 
III - universalidade, indivisibilidade e interdependência; 
IV - não discriminação por motivo de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, atuação 
profissional, raça, religião, faixa etária, situação migratória ou outro status; 
V - transversalidade das dimensões de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, raça e faixa etária 
nas políticas públicas; 
VI - atenção integral às vítimas diretas e indiretas, independentemente de nacionalidade e de colaboração em investigações 
ou processos judiciais; 
VII - proteção integral da criança e do adolescente.
HTTP://WWW.PLANALTO.GOV.BR/CCIVIL_03/_ATO2015-2018/2016/LEI/L13344.HTM
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema OS ENTRA-
VES NO COMBATE AO TRÁFICO HUMANO NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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TEMA II: AS DIFICULDADES NA FORMAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL
Acervo
Texto I 
Estudo da OCDE revela desafios da educação superior no Brasil
Relatório “Education at a Glance” 2019 delineia um cenáriomarcado por gargalos de acesso na graduação, mestrado e 
doutorado, somado a um investimento por aluno menor que a média dos países da organização
O relatório “Education at a Glance 2019” da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), lan-
çado nesta terça-feira (09/09/2019) enfoca prioritariamente a educação superior e traz um série de análises que permitem 
colocar a educação brasileira em perspectiva no cenário internacional.
O estudo é divulgado anualmente e, nesta edição, foram analisados dados de 46 países – 36 integrantes da OCDE e Argen-
tina, Brasil, China, Colômbia, Costa Rica, Índia, Indonésia, Federação Russa, Arábia Saudita e África do Sul. 
Os dados do Brasil são compilados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), conforme a demanda 
da OCDE. Nem sempre os dados divulgados no “Education at a Glance”, também conhecido pela sigla EAG, são os mais 
atuais, pois a organização privilegia a comparabilidade internacional.
A seguir, alguns destaques do EAG 2019 sobre a educação superior no Brasil.
Acesso
Apesar de a porcentagem de jovens adultos (25-34 anos) com diploma superior ter dobrado no prazo de uma década, o 
Brasil permanece com taxas de atendimento abaixo da média da OCDE e de outros países latino-americanos.
Segundo o EAG 2019, no ano de 2008, 11% dos brasileiros de 25-34 anos tinham diploma de nível superior. Em 2018, eram 
21%. O dado brasileiro é comparável ao do México, mas está abaixo de outros países latino-americanos, como Chile (25%) 
e Argentina (36%). Essa porcentagem corresponde à metade da média dos países da OCDE. 
Um dos pontos para a cobertura aqui é analisar as causas do baixo acesso ao ensino superior no Brasil – o que está ligado 
às baixas taxas de conclusão do ensino médio e à concentração da oferta de vagas em instituições privadas (estas corres-
pondem a 75% da matrícula.
Conclusão
As taxas de conclusão da educação superior no Brasil são mais baixas do que na média da OCDE, o que remete a uma 
discussão sobre a eficiência do sistema e sobre a permanência dos estudantes.
Segundo o EAG 2019, somente 33% dos estudantes que entram numa graduação terminam no tempo esperado. A porcen-
tagem é menor do que a média entre os países investigados no EAG 2019: 39%.
Quando se considera um período de três anos adicionais, 50% conclui o curso de graduação, ante a uma média de 67% 
nos países do EAG 2019.
Dos estudantes que não concluem neste prazo, um terço 
abandonam o sistema sem se formar.
Acesso a mestrado e doutorado
No Brasil, a proporção de pessoas que fazem mestrado ou 
doutrado é menor do que a média da OCDE. Aqui como lá, é 
uma minoria que chega a esses níveis, mas no Brasil a seletivi-
dade é ainda maior. Segundo o EAG 2019, somente 0,8% dos 
brasileiros entre 25 e 64 anos têm título de mestre. Na OCDE, 
a média é de 13%.
Tá sabendo? 
De 10 alunos que ingressaram no primeiro ano do 
ensino superior em 2019, 4 optaram por se matricular 
em cursos de graduação a distância. Os dados fazem 
parte do Censo da Educação Superior de 2019, divul-
gado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais (Inep).
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A porcentagem dos que chegam ao doutorado é ainda menor: 0,2% da população de 25 a 64 anos. Na OCDE, a média é 
de 1,1%.
Condições de ensino
As instituições públicas oferecem melhores recursos de ensino do que as particulares.
Nas instituições privadas, foram computados 42 alunos por professor. Esta taxa é a mais elevada no conjunto de países 
analisados e mais de 2,5 maior do que a média da OCDE (16 alunos por professor).
Nas públicas, em 2017, havia 11 alunos por professor – uma das taxas mais baixas dos países analisados no EAG 2019 (a 
média é de 15).  Esse desempenho, segundo a OCDE, pode ser explicado por causa da forte presença da pós-graduação no 
ensino superior público, que costumam ter uma relação aluno-professor menor do que na graduação.
As instituições publicas respondem por 80% das matrículas nos programas de mestrado e doutorado.
Gasto por aluno em instituições públicas de educação superior
Segundo a OCDE, o gasto público com as instituições públicas de ensino superior aumentou 19% entre 2016 e 2017.  O 
Brasil gastou, em 2016, US$ 14,2 mil por aluno das instituições públicas de ensino superior.  Apesar do aumento significa-
tivo, o investimento médio por aluno nos países da OCDE é de US$ 16,1 mil.
Vale destacar que o cenário descrito no relatório não contempla o impacto do teto de gastos, pois analisa o período entre 
2010 e 2016, ou seja, não considera o efeito do contingenciamento de recursos para as instituições federais de ensino supe-
rior, que respondem pela maior parte da oferta de vagas na graduação e pós-graduação no sistema público.
Gênero
O estudo mostra que, no Brasil, o grau de escolaridade das mulheres é maior que o dos homens. Segundo o estudo da 
OCDE, as chances de uma mulher adulta (25-64 anos) tenha diploma superior é 34% maior do que os homens. As mulheres 
também são maioria das pessoas com título de doutor - 54%.
O diploma de nível superior tem um efeito direto sobre a empregabilidade para homens e mulheres no país, acima da média 
da OCDE. No entanto, considerando os dois gêneros, a taxa de empregabilidade dos homens é de 89% e a das mulheres, 
82%. 
Documentos
Além do relatório geral, a OCDE divulga as country notes (notas de países), que compilam os destaques referentes a cada 
país. O relatório e a country note do Brasil estão disponíveis no site da OCDE, em inglês.
A OCDE realizou, com apoio da Jeduca, um webnário sobre os dados referentes ao Brasil no EAG 2019. 
Os dados utilizados pela OCDE para compor o relatório são fornecidos pelos próprios países. No caso do Brasil, o Inep é o res-
ponsável por fornecer dados. que são extraídos do Censo Escolar da Educação Básica, Censo da Educação Superior, pesquisa 
Talis (estudo internacional da OCDE sobre ensino e aprendizagem), Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudan-
tes, também da OCDE), além de informações fornecidas pela 
Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior) sobre mestrado e doutorado e dados demográficos 
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No site do Inep existe uma área dedicada ao EAG, onde é pos-
sível acessar a publicação “Panorama da Educação”, produ-
zida pelo instituto, que aprofunda alguns aspectos dos dados 
referentes ao Brasil.
“ESTUDO DA OCDE REVELA DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL” 
HTTPS://JEDUCA.ORG.BR (10.09.2019)
Lá vem a analogia...
No ano de 2010, o Governo Federal aprovou a 
criação do SISU, um sistema de seleção unificado que 
organiza os ingressos em instituições universitárias 
federais. Essa plataforma nacional permitiu que mais 
estudantes, em diferentes partes do país, pudessem 
acessar o ensino superior público. No entanto, apesar 
do aumento no número de matrículas ao longo dos 
últimos anos, a educação universitária no país ainda 
enfrenta uma série de desafios.
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Texto II 
Educação superior brasileira: inclusão interrompida?
Os dados mostram significativa redução das desigualdades no acesso ao ensino superior no século 21, mas esse processo 
vem desacelerando
É anacrônico o argumento de que a educação superior brasileira serve apenas à elite. Nos últimos anos, observa-se uma 
“deselitização” dessa etapa e uma convergência entre o perfil do estudante e o perfil médio da população brasileira, o que 
configura uma democratização do acesso à educação superior, ainda que persistam importantes desigualdades. Mas esse 
processo pode estar ameaçado pelas atuais políticas para o setor.
No início do século 21, além do crescimento e melhoria do mercado de trabalho, que afetam as decisões de gasto das famí-
lias, a subfunção educação superior teve um crescimento real acentuado. Foram criados/expandidos o Reuni (Programa de 
Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), as ações afirmativas, o Pnaes (Programa Nacional 
de Assistência Estudantil), o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies 
(Fundo de Financiamento Estudantil).
Já o gráfico seguinte mostra a evolução da participação de estudantes de graduação que estão entre os 70% mais pobres 
e os 30% mais ricos da distribuição de renda per capita familiar de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra 
de Domicílios) (2001-2015) e a Pnad Contínua (2012-2017). Nota-se clara tendência à maior participação dos 70% mais 
pobres, que desacelera recentemente e mostra um novo afastamento das curvas a partir de 2016.
A inclusão ocorre também no plano racial: pretos e pardos (negros) passam de 21,9% dos estudantes em 2001 para 43,5% 
em 2015. Pela Pnad Contínua, seguiu a tendência de redução da participação dos brancos como total dos estudantes, mes-
mo com a crise a partir de 2015. E isso aconteceu apesar de as famílias negras terem sido mais atingidas pela crise que as 
brancas, um indicativo de que as políticas públicas para inclusão na educação superior com enfoque nessa população foram 
importantes, como mostra o gráfico a seguir. Nesse sentido, apesar da permanência de desigualdades raciais, houve uma 
convergência nesse aspecto do perfil dos estudantes de graduação com o perfil do brasileiro médio.
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Quanto às regiões, no gráfico abaixo percebe-se a ampliação da participação do Norte e do Nordeste no número de estudan-
tes de graduação, processo que foi mais rápido no início do século 21 e que também desacelera nos anos recentes.
Ou seja, os dados mostram uma redução das desigualdades no acesso à educação superior muito clara, pelo menos até 
2015, com uma aproximação do perfil dos estudantes de graduação brasileiros ao da população brasileira em termos de 
renda, cor/raça e região.
Mas, a partir de 2015, para além da crise no mercado de trabalho, há cortes no orçamento da educação superior com fortes 
impactos nas políticas públicas, que afetam a capacidade financeira das famílias. O quadro é agravado pela Emenda Cons-
titucional 95/2016, que provoca competição entre as áreas sociais, pois, para que uma área tenha aumento real em seus 
gastos, é preciso que outra perca.
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Também, na prática, a medida desvincula os gastos com saúde e educação: o mínimo para os gastos públicos da União com 
educação, estabelecido pelo artigo 212 da Constituição, é de 18% da RLI (Receita Líquida de Impostos), mas com a nova 
regra o gasto federal real mínimo com educação foi congelado no patamar de 2017 (R$ 49 bilhões), caindo ao longo do 
tempo em proporção da RLI e do PIB (Produto Interno Bruto). Como as despesas com educação cresceram acentuadamente 
acima do mínimo constitucional nos últimos anos, há espaço para cortes ainda maiores.
Quanto aos dados sobre o perfil dos estudantes de graduação, se a inclusão enquanto processo teve sua velocidade no 
mínimo reduzida a partir de 2015, a inclusão enquanto resultado em 2017 ainda mostra um quadro muito menos desigual 
que no início dos anos 2000. No máximo foram mantidas tendências já em curso, em especial devido a políticas que ainda 
não sofreram regressão. Uma dessas medidas é a ação afirmativa para o ingresso nas IES. Outras políticas importantes, no 
entanto, como o Reuni e o Fies sofreram graves cortes desde 2015.
Sobre os dois fatores principais que provocam desaceleração no crescimento da inclusão (crise no mercado de trabalho e 
cortes nas políticas), enquanto a situação no mercado de trabalho pode em teoria melhorar e impactar a capacidade das 
famílias de manter integrantes na educação superior, a austeridade impede o aumento do orçamento da política pública nos 
próximos 20 anos. O quadro se agrava, agora, em 2019, com a queda da arrecadação do governo e o contingenciamento 
de despesas na área.
*FONTE DOS GRÁFICOS: OLIVEIRA, A. L. M. (2019) EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA NO INÍCIO DO SÉ-
CULO XXI: INCLUSÃO INTERROMPIDA? TESE DE DOUTORADO, IE/UNICAMP.
ANA LUÍZA MATOS DE OLIVEIRA É DOUTORA EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO PELA UNICAMP (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAM-
PINAS) E PROFESSORA VISITANTE DA FLACSO BRASIL (FACULDADE LATINO-AMERICANA DE CIÊNCIAS SOCIAIS)
MARCIO POCHMANN E PEDRO ROSSI SÃO PROFESSORES DO INSTITUTO DE ECONOMIA DA UNICAMP.
EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA: INCLUSÃO INTERROMPIDA? HTTPS://WWW.NEXOJORNAL.COM.BR/ (01.06.2019)
Texto III
Diálogos abordam os desafios globais do ensino superior
Encontro trata de questões como financiamento público e mudanças geradas pelas tecnologias
Diante de um contexto de grandes mudanças, as universidades do país precisam pensar em soluções para responder aos 
desafios contemporâneos, renovando sua dinâmica institucional e sua interação com a sociedade. Organizado pela Unesp, 
o encontro internacional “Diálogos sobre a Universidade Pública” reuniu nesta quinta-feira (22) especialistas do país e do 
exterior para promover uma ampla reflexão sobre a situação do sistema universitário e também encontrar respostas criativas 
e corajosas para as questões que afetam a comunidade unespiana.
Do encontro participaram os integrantes dos órgãos colegiados da Unesp: Conselho Universitário (CO), Conselho de Ensino, 
Pesquisa e Extensão Universitária (Cepe) e do Conselho de Administração e Desenvolvimento (Cade). Realizado na Secre-
taria Estadual de DesenvolvimentoEconômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), na capital paulista, o evento teve a 
presença do secretário da área, Vinícius Almeida Camarinha, que saudou a iniciativa dos “Diálogos”. “Estamos vivendo uma 
transformação formidável, propiciada pelas novas tecnologias e tudo precisa ser revisto”, argumentou o secretário. “Nossa 
secretaria acolhe as universidades estaduais paulistas, que são um orgulho para o Estado e ajudam a formar o nosso país.”
Em sua participação na abertura do evento, o reitor da Unesp, professor Sandro Valentini, destacou os objetivos dos diálogos. 
“Estamos promovendo um debate sobre a reinvenção da universidade pública, no sentido de fortalecer nossa relação com 
a sociedade”, afirmou o reitor, que destacou o trabalho da equipe da Escola Unesp de Liderança e Gestão, organizadora do 
encontro.
O evento se estruturou em quatro diálogos. No primeiro deles, foi discutido o tema “Universidade Pública: a urgência de se 
reinventar”, pelo  professor Simon Schwartzman, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) do Rio 
de Janeiro, e pelo cientista político Marco Aurélio Nogueira, do câmpus da Unesp em Araraquara. A mediação ficou a cargo 
do professor Milton Lahuerta, também do câmpus de Araraquara.
Schwartzman analisou a situação de USP, Unesp e Unicamp. Ele enfatizou que elas desempenham funções múltiplas, “que 
podem estar em contradição ou tensão umas com as outras”. Ele assinalou que 75% das vagas no ensino superior de gra-
duação no Estado são oferecidas pelo setor privado - um espaço que deveria ser mais ocupado pelas instituições públicas. 
“Nenhuma instituição pode fazer tudo”, alertou. “É importante identificar suas prioridades ou nichos, conforme seus recur-
sos e a existência de outras instituições atuando no mesmo contexto.”
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O professor Nogueira afirmou que as universidades públicas estão hoje numa situação passiva, sem dar respostas para 
questões levantadas pela revolução tecnológica. Para ele, o sistema universitário precisa ter uma resposta propositiva diante 
do atual cenário, conduzida por lideranças intelectuais. “O líder intelectual ó o sujeito capaz de magnetizar uma equipe, um 
grupo, e dar um norte a seus integrantes”, analisou. “Precisamos de lideranças em nossos órgãos colegiados.”
Problemas globais
No segundo diálogo, intitulado “A missão da Universidade em um mundo em transformação”, teve como participantes serão 
Conrado Schlochauer, embaixador da Singularity University, Carolina Fouad Kamhawy, do Insper, e Silvio Bitencourt da Silva, 
da Unisinos, e a mediação foi feita pela professora Gladis Massini-Cagliari, pró-reitora de graduação da Unesp.
Segundo Schlochauer, a Singularity University, localizada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, desenvolve projetos de 
acordo com a necessidade de empresas. “Somos uma entidade voltada para o desenvolvimento de tecnologia para im-
pactar problemas globais”, definiu. Ele destacou que aprendizagem exige a figura do professor e não pode ser confundida 
com simples aquisição de conteúdo, que pode ser feita por qualquer usuário de Internet, por exemplo. Para Schlochauer, 
a aprendizagem deve ser um processo realizado durante toda a vida. “Cometemos um erro quando consideramos que a 
aprendizagem apenas ocorre até os 25 anos de idade.”
Carolina explicou o funcionamento do Insper, em que há uma interação intensa com as empresas. Ela assinalou que, nessa 
parceria, os alunos são estimulados a resolver problemas presentes nessas organizações e recebem orientação de mentores 
oferecidos pelas empresas. “Nosso foco é o relacionamento com o mercado de trabalho, avaliando constantemente a ativi-
dade de nossos alunos nesse mercado”, explicou.
Após detalhar as características da Unisinos, Silva abordou também questões como a relação das universidades com o 
contexto social. Ele defendeu uma revisão do tradicional conceito de “tripla hélice”, formado pela interação do sistema uni-
versitário com as entidades estatais e a iniciativa privada. Para Silva, existe ainda uma quarta “hélice”, a sociedade civil, que 
precisa integrar o processo de inovação e desenvolvimento tecnológico. “Para elaborar um projeto de mobilidade urbana, os 
usuários do sistema de transporte têm que ter sua participação nas discussões, por exemplo”, disse.
O professor Carlos Antonio Luque, da FEA-USP, e a diretora-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento 
Social (IDIS), Paula Maria de Jancso Fabiani, foram os responsáveis pelo terceiro diálogo, que teve como tema “Financiamen-
to da Universidade Pública” e foi mediado pelo professor Marcos Macari, reitor da Unesp entre 2005 e 2009.
Luque discorreu sobre as dificuldades para o financiamento do ensino superior público, que segundo ele precisa disputar 
recursos com o ensino fundamental e médio, entre outros setores. “Essa é uma questão problemática, se levarmos em conta 
que a educação básica no Estado tem cerca de 4 milhões de alunos e a educação superior, aproximadamente 120 mil alu-
nos”, argumentou. Luque assinalou que falta diálogo entre USP, Unesp e Unicamp com o governo estadual e advertiu para 
o risco da ampliação de vagas pelas universidades sem a garantia de recursos que compensem esse processo.
Em sua intervenção, Paula Maria enfocou o funcionamento dos chamados fundos patrimonais, formados por recursos finan-
ceiros vindos por exemplo de doações e aplicados no mercado de capitais, cujo rendimento é destinado ao financiamento 
de instituições. A dirigente ressaltou que esses fundos funcionam muito bem em países como os Estados Unidos, garantindo 
boa parte das atividades de universidades como Harvard. Ela ressaltou que no Brasil há poucos fundos patrimonais em insti-
tuições de ensino --uma exceção seria a Escola Politécnica da USP. “A situação, porém, tende a mudar se pudermos aprovar 
iniciativas como a Medida Provisória 851, em discussão no Congresso Nacional”, comentou. Se aprovada, a MP 851 deverá 
regulamentar essa área e poderá dar segurança jurídica aos possíveis doadores.
Fragmentação e compartilhamento
A quarta e última sessão de diálogos focalizou o tema “Modelos inovadores de gestão da Universidade Pública”, com a 
participação de Maria Alexandra Rios de Castro Sousa Martins, da Universidade do Porto (Portugal), e do professor João 
Eduardo Ferreira, superintendente de tecnologia da informação da USP. A mediação coube a Alvaro Martim Guedes, assessor 
da Pró-Reitoria de Planejamento Estratégico e Gestão da Unesp.
Maria Alexandra enfatizou as semelhanças entre a Unesp e a Universidade do Porto, também criada a partir da reunião 
de institutos de ensino isolados. Ela abordou as dificuldades de funcionamento de sua universidade geradas por essa frag-
mentação inicial, como a existência de áreas de Recursos Humanos que funcionavam isoladamente nas várias unidades. A 
situação começou a mudar com a adoção dos chamados serviços partilhados, inaugurados em 2013. “Fomos às faculdades, 
conversamos com as pessoas, buscamos entender suas questões. Discutíamos o processo em equipe e tentávamos garantir 
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que as decisões dos gestores fossem robustas”, esclareceu. Os efeitos dessa mudança, de acordo com Maria Alexandra, 
hoje se reflete em áreas como compras, que atualmente pode adquirir materiais de forma mais racionalizada e econômica.
Responsável pela implantação de um novo sistema de tecnologia de informação na USP, Ferreira abordou os desafios da 
execução desse processo, como superar a fragmentação, a sobreposição de atividades e a falta de comunicação entre os 
vários setores da universidade. “Começamos a montar um sistema voltado para a agilização do processo de contratação 
de docentes, por exemplo, mas muitos chefes de departamento não entravam nesse sistema para verificar o que estava 
colocado lá”, ressaltou. De acordo com Ferreira, a implantação do sistema resolveu alguns problemas, mas também levou 
a outros entraves. “Um item importante é a questão de escala: a folha de pagamentos digitalizada, por exemplo, deve ser 
assumida por nós ou terceirizada?”, questionou, para responder em seguida. “Com a implantação do processo, surgiram 
essas questões, mas hoje sabemos responder a essas dúvidas.”
Os diálogos tiveram transmissão direta da TV Unesp, pelo site da TV e pela página da Unesp no Facebook, e os internautas 
enviaram suas perguntas aos debatedores, que também responderam a questões dos conselheiros presentes na plateia.
“DIÁLOGOS ABORDAM OS DESAFIOS GLOBAIS DO ENSINO SUPERIOR” WWW.UNESP.BR (22.11.2018)
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É IMPORTANTE SABER
I. DADO ESTATÍSTICO RELEVANTE 
Segundo o EAG 2019, no ano de 2008, 11% dos brasileiros de 25-34 anos tinham diploma de nível superior. Em 2018, eram 
21%. O dado brasileiro é comparável ao do México, mas está abaixo de outros países latino-americanos, como Chile (25%) 
e Argentina (36%). Essa porcentagem corresponde à metade da média dos países da OCDE. 
“ESTUDO DA OCDE REVELA DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL” HTTPS://JEDUCA.ORG.BR (10.09.2019)
II. DADO HISTÓRICO RELEVANTE 
O ensino superior brasileiro constituiu um acontecimento tardio, quando comparado com os do contexto europeu e latino-
-americano. As primeiras universidades na América Latina foram criadas nos séculos XVI e XVII, quando já existiam várias 
universidades na Europa. Ao contrário da colonização espanhola, na América Latina, os portugueses mostravam-se hostis à 
criação de escolas superiores e de universidades em sua colônia brasileira. As primeiras instituições de ensino superior (IES) 
no Brasil foram criadas somente no início do século XIX, com a transferência da corte portuguesa, em 1808, para a colônia. 
Elas tinham por objetivo apenas fornecer quadros profissionais para desempenhar diferentes funções ocupacionais na corte. 
CLARISSA ECKERT BAETA NEVES2 E CARLOS BENEDITO MARTINS “ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: 
UMA VISÃO ABRANGENTE”HTTP://REPOSITORIO.IPEA.GOV.BR/ (ACESSO EM 20.01.2020)
III. ARGUMENTO DE AUTORIDADE 
O professor Carlos Antonio Luque, da FEA-USP discorreu sobre as dificuldades para o financiamento do ensino superior pú-
blico, que segundo ele precisa disputar recursos com o ensino fundamental e médio, entre outros setores. “Essa é uma ques-
tão problemática, se levarmos em conta que a educação básica no Estado tem cerca de 4 milhões de alunos e a educação 
superior, aproximadamente 120 mil alunos”, argumentou. Luque assinalou que falta diálogo entre USP, Unesp e Unicamp 
com o governo estadual e advertiu para o risco da ampliação de vagas pelas universidades sem a garantia de recursos que 
compensem esse processo.
 “DIÁLOGOS ABORDAM OS DESAFIOS GLOBAIS DO ENSINO SUPERIOR” WWW.UNESP.BR (22.11.2018)
IV. EXEMPLOS DO COTIDIANO 
Podemos dizer que 50% dos alunos das universidades federais são pessoas em vulnerabilidade social. E sabemos que, na 
sociedade como um todo, as famílias têm sido muito impactadas”, afirma Isabel Hartmann, pró-reitora de graduação da Uni-
versidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrante da Andifes, a associação de reitores das universidades federais do país.
Alesandro de Brito Filho, de 23 anos, é um destes casos. Estudante de medicina da Universidade Estadual de Pernambuco 
(UPE), ele conta que a renda familiar foi impactada com a pandemia. Os custos aumentaram com a conta de luz e a alimen-
tação, agora que passa o tempo todo em casa.
Antes, Alesandro ficava o dia todo na universidade e comia em restaurantes populares, que estão fechados.
“Desistir sempre passa pela cabeça quando não se tem todos os materiais necessários para se manter estudando e no 
mesmo ritmo dos companheiros de classe. Agora eu tendo a me desdobrar”, afirma.
“Nº DE ALUNOS QUE ABANDONAM FACULDADE DEVE SUBIR APÓS A PANDEMIA, E SETORES PODERÃO EN-
FRENTAR FALTA DE MÃO DE OBRA” HTTPS://G1.GLOBO.COM/ (13.09.2020) 
V. LEGISLAÇÃO 
Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a parti-
cipação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da 
criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
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V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, 
integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de 
cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços 
especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da 
criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de 
profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois 
níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
“A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL E A EDUCAÇÃO SUPERIOR”HTTPS://WWW.PORTALEDUCACAO.COM.BR
MULTIMÍDIA
I. LER
 Expansão do ensino superior: contextos, desafios, possibilidades
https://www.scielo.br/pdf/aval/v14n2/a02v14n2.pdf
 Ensino superior no brasil: uma visão abrangente
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9061/1/Ensino%20superior%20no%20Brasil.pdf
II. VER
 Programas de incentivo à educação superior | De Olho na Educação
https://www.youtube.com/watch?v=M3wZnBBMREg
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PROPOSTA ENEM
Texto I
O Censo da Educação Superior de 2019, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 
mostrou que nos últimos dez anos o número de matrículas aumentou 43,7%, passando de 5,9 milhões para 8,6 milhões. 
Desse total, 75,8% dos alunos de graduação estudam em instituições privadas e os 24,2% restantes cursam universidades 
públicas. 
Ainda que em termos quantitativos o aumento do número de universitários seja uma informação importante, do ponto de 
vista qualitativo ele tem de ser visto com cuidado. Entre outros motivos, porque o Censo detectou que, de dez alunos que 
ingressaram no primeiro ano do ensino superior em 2019, quatro optaram por se matricular em cursos de graduação a 
distância. 
O Censo também revela que as matrículas no ensino a distância vêm crescendo a cada ano, enquanto as dos cursos presen-
ciais vêm se reduzindo. Em 2009 o número de ingressantes nos cursos virtuais representava 16,1% do total de calouros no 
ensino superior. Em 2018, já eram 39,8% do total. E, no ano passado, foram 43,8%, o que equivale a cerca de 1,6 milhão 
de estudantes. Por causa da pandemia, as estimativas são de que o próximo Censo registrará um crescimento ainda mais 
vigoroso do ensino remoto em todos os anos da graduação, uma vez que a política de isolamento suspendeu as aulas pre-
senciais em todo o País.
“O CENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR” HTTPS://OPINIAO.ESTADAO.COM.BR/ (22.12.2020)
Texto II
A partir de 2004, com a implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes, a Educação 
Superior passou (e tem passado) por mudanças significativas, sempre com o objetivo de aperfeiçoamento e qualificação das 
Instituições de Educação Superior (IES) e de seus respectivos cursos.
Nesse cenário, as Instituições de Ensino Superior (IES) necessitam, a cada momento, se renovar e se adequar às necessidades 
dos alunos, às expectativas do mercado de trabalho, bem como atender às exigências dos órgãos competentes, como por 
exemplo, o Ministério da Educação.
São diversos os desafios a serem enfrentados por uma IES. No âmbito privado, tais desafios estão relacionados, por exemplo, 
com a necessidade de oferecer ensino de qualidade e com a necessidade de ser reconhecida no mercado e de captar e 
formar alunos.
“ALGUNS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA” HTTP://WWW.RESULTADOENADE.COM/ (ACESSADO EM 20.01.2021)
Texto III
“ESTUDANTE USA CHARGES PARA COMPARTILHAR DRAMAS DA VIDA UNIVERSITÁRIA ” HTTPS://EDUCACAO.UOL.COM.BR/ (ACESSO EM 12.01.2020)
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Texto IV
Requer-se para formação da graduação enquanto etapa de formação profissional que exista constantes e profundas mu-
danças por parte das instituições de ensino superior. Exige-se uma atualização de métodos de aprendizagem e também dos 
conteúdos aptos a capacitar o corpo discente.
Temos realmente de realizar nova abordagem pela IES, de modo a assegurar que seus egressos tenham adquirido a capa-
cidade de investigação e de “aprender a aprender”. Este objetivo exige o domínio dos modos de produção de saber na 
respectiva área, de modo a criar as condições necessárias para o processo de educação continuada.
GISELE LEITE. “DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL” HTTPS://WWW.JORNALJURID.COM.BR/ (17.07.2019)
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema, AS DIFI-
CULDADES NA FORMAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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TEMA III: A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL BRASILEIRO
Acervo
Texto I
Definição de patrimônio histórico cultural 
Patrimônio histórico cultural é qualquer bem, material ou imaterial, importante para um determinado local, povo ou co-
munidade, que faça referência à identidade, ação e memória de grupos da sociedade, conforme o artigo 216 da Constituição 
Federal. Nesse sentido, o patrimônio histórico cultural traz consigo as características e personalidades de uma comunidade, 
formando a identidade das pessoas com base nessas culturas.
O patrimônio histórico cultural representa uma riqueza não apenas para as pessoas da comunidade a que pertence, mas 
também para toda humanidade. Isso porque ele é responsável por guardar a história dos membros da comunidade. Todos 
esses bens que formam o patrimônio histórico cultural facilitam a compreensão e identificação dos povos e suas culturas, 
preservando toda a sua riqueza. 
Devido à sua importância, é um devertodos nós, inclusive das crianças e dos adolescentes, contribuir para a preservação do 
patrimônio histórico cultural, evitando a sua deterioração. 
Alguns exemplos de patrimônio histórico cultural são as obras de artes, construções arquitetônicas, festas típicas, músicas, 
culinárias e dialetos.
Tipos de patrimônio histórico cultural 
Patrimônios Materiais: são bens tangíveis, ou seja, aqueles que fazem parte do mundo concreto e podem ser tocados.São objetos materiais que tenham valor histórico, artístico e científico, tais como construções, cidades, conjuntos arquitetôni-
cos, obras de arte como monumentos, esculturas, pinturas e fotos, objetos pertencentes a um lugar, além de parques naturais 
e sítios arqueológicos. 
a) Bens móveis: objetos que podem ser transportados de um lugar a outro (livro Iracema, bota bombacha e pintura Abaporu).
b) Bens imóveis: não podem ser descolados, são fixos em uma localidade. Ex: sítios arqueológicos, paisagens (Ouro Preto e 
Pelourinho).
Patrimônios Imateriais: são os bens intangíveis, ou seja, que não constituem uma realidade física, mas sim uma forma 
de expressão ou padrões de comportamento de uma localidade como seu modo de vida, idioma e vestuário. Abrangem 
também a criatividade, culinária, religião, manifestação de pensamentos, literatura, música, dança e conhecimentos artísticos.
a) Lugares: mercados, feiras, santuários, praças, espaços onde se reproduzem práticas culturais de forma coletiva (feira lite-
rária de Paraty);
 b) Formas de expressão: manifestação literária, música, dança (samba); 
c) Celebrações: rituais, festas que marcam a vivência coletiva na religião, no trabalho, nas mudanças de estação do ano, nas 
colheitas (festa junina, festa do pinhão); 
d) Saberes: ofícios e modo de fazer enraizado no cotidiano das comunidades (chá de boldo). 
Importância do patrimônio histórico cultural 
O Patrimônio Histórico Cultural conecta as gerações, através da memória coletiva e individual, que proporcionam conhecer 
e compreender o comportamento dos nossos antepassados. 
No Brasil, existe o Decreto-Lei n.º 25 de 1937 – que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Nosso 
país, é um exemplo vivo da importância do patrimônio cultural, pois apresenta riqueza cultural diversificada, que talvez fosse 
esquecida, no todo, ou em parte, se a memória coletiva ou individual deixasse de impulsionara História. 
A proteção Patrimônio Histórico Cultural Material apresenta grande importância contra aos avanços na deterioração de 
edificações históricas e de sítios arqueológicos, assim como na preservação de bens moveis, como por exemplo as obras de 
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arte e os objetos artísticos. Além disso, destaca-se, também, que a proteção do Patrimônio Histórico Cultural Imaterial é de 
grande relevância, pois permite trazer aquilo que é culturalmente significativo para cada grupo social ou comunidade, com 
o intuito de manter tradições culturais. 
A importância da preservação do Patrimônio Histórico está na contribuição da formação de identidade, resgate de raízes e 
na formação cultural e econômica de um povo. Gerar pontes entre o mundo escolar e o seu entorno, através da interdiscipli-
naridade talvez seja a maior importância do patrimônio cultural. 
Formas de preservação do patrimônio histórico cultural
Como visto no tópico anterior, o patrimônio histórico cultural de uma sociedade é muito importante, por ser, além de um 
direito humano, um direito da coletividade que contribuiu para a sua formação. No Brasil, a preservação do patrimônio 
histórico cultural deve ser de responsabilidade do Poder Público com a colaboração da comunidade. A Constituição Federal 
estabelece as seguintes formas de preservação:
1. inventários – é a forma de preservação caracterizada pelo levantamento, através de estudos que identificam e selecio-
nam os diversos tipos de patrimônio histórico cultural destinados à preservação pelo Poder Público.
2. registros – é a forma de preservação dos bens culturais de natureza imaterial realizada por meio de registros em livros 
específicos, destinados a armazenar os saberes, celebrações, formas de expressão, lugares etc., relativos à memória dos 
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.
3. vigilância – é a forma de preservação do patrimônio histórico cultural que confere ao Poder Público o dever de inspecio-
nar os bens tombados, inclusive de propriedade particular, sem oposição dos proprietários. 
4. tombamento – é a forma de preservação mais antiga e tem por objetivo impor a preservação aos bens culturais de 
natureza material, de propriedade pública ou privada, aos quais tenham sido atribuídos valores históricos culturais.
CARTILHA DIREITOS HUMANOS E PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - VOLUME 08 - HTTPS://UNISAL.BR/ (ACESSADO EM 23.01.2021)
Texto II
Preservação do Patrimônio
A política de preservação deve ser efetivamente apropriada, enquanto produção simbólica e enquanto prática política, pelos 
diferentes grupos que integram a sociedade brasileira (FONSECA, 1997).
O Patrimônio Cultural deve ser valorizado por todos e sua proteção deve ser pensada para e pelos sujeitos que detém 
o conhecimento. A sensibilização e conscientização do por que e como preservar deve ser realizada através de políticas 
públicas que envolvam as comunidades e os agentes que se relacionam com os bens portadores da memória coletiva e da 
identidade cultural dos diversos grupos sociais.
 Para que se possa preservar um bem cultural, é importante saber não apenas que ele existe, mas também se a manifestação 
cultural é praticada pela população local, se as pessoas têm dificuldade ou não em realiza-la, que tipos de problema a 
afetam, como essa tradição vem sendo transmitida de uma geração para outra, que transformações têm ocorrido, quem são 
as pessoas que hoje atuam diretamente na manutenção dessa tradição, entre vários outros aspectos relativos à existência 
daquele bem cultural.
Para preservar o nosso patrimônio, a Constituição Federal Brasileira afirma que o Poder Público, com a colaboração da 
comunidade, deve promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, 
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. Outro importante meio de resguardar 
os bens é através da educação patrimonial, que se baseia numa ação educativa que visa difundir o conhecimento sobre o 
patrimônio em conjunto com a comunidade, a fim de fomentar sua valorização e preservação através da apropriação.
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte pri-
mária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. A partir da experiência e do contato direto com as evidências 
e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o trabalho de Educação Patrimonial 
busca levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, 
capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num 
processo contínuo de criação cultural.
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