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CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO NOÇÕES DE LOGÍSTICA - Módulo I - Instrutor: Jerônimo Nascimento Disciplina: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA ▪ As empresas estão sendo compelidas a projetar seus produtos para um mercado global e racionalizar seus processos produtivos de forma a maximizar os recursos corporativos; ▪ Isto advém de uma tendência rumo à economia mundial integrada e à arena competitiva global; ▪ Entretanto, no que diz respeito à estratégia corporativa, grande parte das funções de operações e logística permanece vinculada aos papéis tradicionais, onde a alta direção considera as operações de logística como de natureza tática, dando-lhe um mero papel voltado para a minimização de custos. A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA ▪ A logística precisa participar do processo de decisão da estratégia corporativa e não ser apenas um departamento que executa, visto que as decisões já foram tomadas. ▪ O crescimento recente do mercado, em nível global, expandiu a capacidade e a complexidade das operações logísticas, sendo vista também como um diferencial competitivo para o sucesso da empresa. ▪ Um produto é tudo aquilo capaz de satisfazer um desejo. Mas é importante que o conceito aqui não se limite apenas a objetos físicos. O produto deve ser visto pela importância do serviço que ele presta. A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA ▪ Em contrapartida os consumidores da atualidade não são mais os “fregueses” das vendas e mercearias do passado. Eles se comportam hoje como tendo direitos e poder de decisão e interferem diretamente no desenvolvimento das estratégias de determinados segmentos e produtos. ▪ O produto da logística é o serviço e todos esperam dela eficácia e eficiência para com os seus produtos. Neste sentido, para que ela seja considerada eficiente, terá que apresentar a capacidade de dispor de bens e recursos, que comprovem efetivamente que trarão os resultados pretendidos pela organização. ▪ Para tanto, a logística deve comprovar, em todas as etapas, a sua eficácia, realizando as tarefas com segurança, pontualidade e qualidade. PROGRAMAS VOLTADOS AO DESENVOLVIMENTO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS PROGRAMAS VOLTADOS AO DESENVOLVIMENTO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS ▪ De acordo com Fernandes (2012), as empresas estão sempre preocupadas em reduzir custos de produção e custos logísticos ao longo da cadeia de suprimentos, reconhecendo, ao mesmo tempo, a importância da manutenção da qualidade para com os seus produtos. Neste sentido, originaram-se ao longo das décadas de 1980 e 1990 diversas iniciativas com propósitos semelhantes, tais como: ▪ Programas institucionais: ▪ Efficient Consumer Response (ECR): resposta eficiente ao consumidor; ▪ Quick Response (QR): resposta rápida. ▪ Procedimentos operacionais: ▪ Continuous Replenishment Program (CRP): programa de reposição contínua; ▪ Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment (CPFR): previsão, planejamento e reabastecimento colaborativo; e, ▪ Vendor Managed Inventory (VMI): estoque gerenciado pelo fornecedor. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Resposta Eficiente ao Consumidor ou em inglês Efficient Consumer Response (ECR), consiste numa estratégia utilizada principalmente na indústria de supermercados na qual distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar maior valor ao consumidor final (LAVRATTI, 2002, p.1). Trata-se de um movimento voluntário, baseado na mudança e na melhoria continua, que afeta toda a cadeia de produção e distribuição de produtos de grande consumo (ECR, 2002). O ECR tem como objetivo estabelecer um fluxo consistente de informações e produtos que se incluem bidirecionalmente na cadeia logística de abastecimento, tendo em conta a manutenção do abastecimento do ponto de venda a custos baixos e em estoques adequados (Efficient consumer response, 2005). EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR O nível de esforço utilizado e tempo de implementação para a incorporação dos conceitos do ECR alteram de empresa para empresa. No entanto, os problemas a serem enfrentados e as atividades a serem desenvolvidas são semelhantes. A implementação do modelo ECR pode ser realizada em três níveis (Ghisi et al., 2001, p.8). EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 1º Nível Este primeiro nível é o aperfeiçoamento dos processos internos da empresa e diz respeito às questões internas que as empresas devem ter em consideração para uma correta implementação do ECR. Este processo envolve nove princípios básicos (Ghisi et al., 2001, p.8-9): 1. Perspectiva translúcida dos objetivos: deve-se consciencializar todos os funcionários da relevância do ECR no alcance dos objetivos da empresa; 2. Salientar a atenção no consumidor: a cúpula estratégica deve criar uma cultura flexível e aberta, virada para a percepção dos desejos dos consumidores; 3. Trabalho em equipa: deve ser encorajado para que as pessoas trabalhem com o objetivo de alcançar uma estrutura organizacional focada nos processos. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 1º Nível 4. Rastreamento dos custos operacionais: a determinação destes custos (custos por secção específica, produtos e até mesmo clientes) é fundamental no conceito do ECR; 5. Eficácia e flexibilidade operacional: os custos desnecessários podem ser eliminados quando todos os intervenientes na cadeia de abastecimentos operarem mais rapidamente e com maior flexibilidade; 6. Sistemas de informação: o ECR necessita de uma infraestrutura tecnológica para o seu funcionamento: os organismo devem analisar o estado tecnológico atual existente na companhia, identificando os sistemas que deverão ser alterados ou mesmo substituídos. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 1º Nível 7. Reavaliação dos procedimentos administrativos e de controlo: o ECR envolve a reengenharia dos processos interiores, excluindo aqueles que não trazem valor ao produto/serviço; 8. Reavaliação dos índices de performance: este instrumento possibilita aos administradores ter uma visão clara dos agentes críticos do negócio e dos processos chave, acrescentando agilidade da tomada de decisão; 9. Melhoria permanente: os melhoramento devem ser realizados em cada um dos nove princípios retratados neste nível 1 para que a empresa esteja preparada interiormente para suportar tais alterações. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 2º Nível Assim que as empresas estiverem preparadas interiormente para aceitar o ECR, estas devem focalizar-se no relacionamento com seus sócios comerciais. Sendo assim, o segundo nível, denominado optimização das transações externas com os sócios é referente à organização com os outros vínculos da cadeia de abastecimento, mirando aglomerar valor e eliminar trabalhos repetidos. Este nível envolve sete princípios chave (Ghisi et al., 2001, p.9): 1. Identificar os parceiros adequados para começar o trabalho contíguo: é necessário considerar alguns critérios de discernimento, como dimensão, know- how, infraestrutura tecnológica etc.; 2. Investigação das transações (processo, tecnologia, pessoas e cultura) entre sócios e a criação das equipas multifuncionais internas e entre empresas. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 2º Nível 3. Meios de comunicação proativos entre os intermediários da cadeia: esta deve ser completa, exata e on-time; 4. Simplificação conjunta do fluxo de trabalho: mapeamento do fluxo de informações, produtos e documentos em toda a cadeia; 5. Escolher entre padronizar e adaptar: deve-se analisar o custo vs. Benefício; 6. Conquistar a infraestrutura tecnológica como “espinha dorsal”: as tecnologias modernas devem estabelecer o sistema central da empresa para que os procedimentos sejam infalíveis; 7. Instaurar confiança entre os parceiros: a confiança é essencialpara a incorporação dos processos e ações. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 3º Nível O terceiro nível é a incorporação integral da cadeia do ECR. Quando a empresa alcança este nível, já está partilhando informações, reavaliando as suas responsabilidades e alterando o sistema físico para melhorar a eficiência da cadeia. No entanto, para a incorporação total, é necessário que a criação de graus de confiança e estabilidade ainda não descobertos. Existem seis princípios que governam os interesses comuns dos agentes da cadeia de abastecimento (Ghisi et al., 2001, p.10): 1. Estruturação dos índices de performance e estímulos para a cadeia de abastecimento: os indicadores são inseridos para avaliar a performance de todo o canal de distribuição, o que colabora na criação de novas atividades para suprimir os pontos críticos desse processo. EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR 3º Nível 2. Reavaliação das funcionalidades e imputações dentro da cadeia: requer uma relocação de responsabilidades, reconhecendo quais são as pessoas que devem ser responsáveis por determinados processos e atividades; 3. Gestão dos investimentos através da cadeia: os benefícios são gerais e cada um deve colaborar para a operacionalização do processo; 4. Delimitação das estratégias e resultados em comum: cada agente da cadeia deve arcar com as responsabilidades, pois o desempenho individual tem implicações claras no resultado final; 5. Partilha de informações: estas devem ser produtivas e eficazes para o trabalho unido entre os parceiros comerciais; 6. Indispensabilidade de confiança entre os parceiros comerciais: apenas quando as empresas acreditam que os ganhos são compartilhados, o modelo ECR estará completo. QUICK RESPONSE (QR) RESPOSTA RÁPIDA Quando se trata de comunicação eficiente e rápida, o Quick Response (QR) é uma ferramenta poderosa que tem ganhado cada vez mais popularidade nos últimos anos. O QR é um código de barras bidimensional que pode ser escaneado por smartphones e outros dispositivos móveis para fornecer informações instantâneas aos usuários. Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é o Quick Response, como ele funciona e como pode ser utilizado de forma eficaz em estratégias de marketing. CONTINUOUS REPLENISHMENT PROGRAM (CRP) PROGRAMA DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA Em termos simples, o CRP é um método de gerenciamento de estoque que visa manter níveis ideais de inventário, eliminando a necessidade de grandes estoques de segurança. Ele envolve a automação do processo de reabastecimento, onde os fornecedores são informados automaticamente sobre a necessidade de reposição de produtos quando os níveis de estoque atingem um determinado ponto crítico. CONTINUOUS REPLENISHMENT PROGRAM (CRP) PROGRAMA DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA ▪ Monitoramento Contínuo: O primeiro passo envolve monitorar constantemente os níveis de estoque em tempo real. Isso pode ser feito por meio de sistemas de software avançados que rastreiam as vendas, a entrada de mercadorias e outros fatores relevantes. ▪ Determinação do Ponto de Pedido: Um ponto de pedido é estabelecido, indicando o nível mínimo de estoque no qual a reposição deve ser acionada. Isso é calculado considerando fatores como a demanda média, o tempo de lead (tempo entre o pedido e a entrega) e a variabilidade da demanda. ▪ Comunicação Automática: Quando o estoque atinge o ponto de pedido, o sistema automaticamente comunica o fornecedor sobre a necessidade de reabastecimento. Isso pode envolver a transmissão de dados eletrônicos ou a integração direta de sistemas de informação entre a empresa e seus fornecedores. CONTINUOUS REPLENISHMENT PROGRAM (CRP) PROGRAMA DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA ▪ Comunicação Automática: Quando o estoque atinge o ponto de pedido, o sistema automaticamente comunica o fornecedor sobre a necessidade de reabastecimento. Isso pode envolver a transmissão de dados eletrônicos ou a integração direta de sistemas de informação entre a empresa e seus fornecedores. ▪ Entrega Just-in-Time: Com o fornecedor ciente da necessidade de reabastecimento, a entrega é programada para ocorrer "just-in-time" — ou seja, no momento exato em que os produtos são necessários, evitando excessos de estoque. COLLABORATIVE PLANNING, FORECASTING AND REPLENISHMENT (CPFR) PREVISÃO, PLANEJAMENTO E REABASTECIMENTO COLABORATIVO É uma abordagem ao processo da cadeia de suprimentos que se concentra em práticas conjuntas. Isto é feito através da gestão cooperativa de inventário através da visibilidade conjunta e reabastecimento de produtos em toda a cadeia de abastecimento. As informações compartilhadas entre fornecedores e varejistas auxiliam na satisfação das demandas dos clientes por meio de um sistema de informações compartilhadas. Isto permite a atualização contínua do inventário e dos requisitos futuros, tornando o processo da cadeia de abastecimento de ponta a ponta mais eficiente. A eficiência é criada através da redução de gastos com merchandising, estoque, logística e transporte em todos os parceiros comerciais. COLLABORATIVE PLANNING, FORECASTING AND REPLENISHMENT (CPFR) PREVISÃO, PLANEJAMENTO E REABASTECIMENTO COLABORATIVO Um processo de nove etapas (ou fluxo de dados), começando com as empresas colaboradoras desenvolvendo o acordo de colaboração. As nove etapas foram: 1. Desenvolver acordo de front-end 2. Crie o Plano de Negócios Conjunto 3. Crie a previsão de vendas 4. Identificar exceções para previsão de vendas 5. Resolver/colaborar em itens de exceção 6. Criar previsão de pedido 7. Identificar exceções para previsão de pedidos 8. Resolver/colaborar em itens de exceção 9. Geração de pedidos VENDOR MANAGED INVENTORY (VMI) ESTOQUE GERENCIADO PELO FORNECEDOR ▪ É uma ferramenta especializada que tem como objetivo gerar uma estabilidade nos níveis de estoque e no fluxo de consumo dos produtos da loja. ▪ Esse software permite que o fornecedor acesse as informações de vendas e de estoque do varejo para que ele seja capaz de gerenciar o reabastecimento do estoque automaticamente, sem que o lojista precise se preocupar com esse tipo de reposição. ▪ Com todas as informações em mãos, o fornecedor pode analisar todo o movimento de vendas da empresa, ter acesso a relatórios de indicadores e fazer previsões relativas à reposição de produtos. Alguns dos dados disponíveis para o fornecedor são: ▪ histórico de vendas: ▪ sazonalidade; ▪ vendas que estão sendo feitas em tempo real; ▪ cadeia de suprimentos. Slide 1 Slide 2 Slide 3: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA Slide 4: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA Slide 5: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA Slide 6: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA Slide 7: PROGRAMAS VOLTADOS AO DESENVOLVIMENTO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS Slide 8: PROGRAMAS VOLTADOS AO DESENVOLVIMENTO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS Slide 9: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 10: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 11: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 12: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 13: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 14: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 15: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 16: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 17: EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (ECR) RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR Slide 18: QUICK RESPONSE (QR) RESPOSTA RÁPIDA Slide 19: CONTINUOUS REPLENISHMENT PROGRAM (CRP) PROGRAMA DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA Slide 20: CONTINUOUS REPLENISHMENT PROGRAM (CRP) PROGRAMA DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA Slide 21: CONTINUOUS REPLENISHMENT PROGRAM (CRP) PROGRAMA DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA Slide 22: COLLABORATIVE PLANNING, FORECASTING AND REPLENISHMENT (CPFR) PREVISÃO, PLANEJAMENTO E REABASTECIMENTO COLABORATIVO Slide23: COLLABORATIVE PLANNING, FORECASTING AND REPLENISHMENT (CPFR) PREVISÃO, PLANEJAMENTO E REABASTECIMENTO COLABORATIVO Slide 24: VENDOR MANAGED INVENTORY (VMI) ESTOQUE GERENCIADO PELO FORNECEDOR Slide 25
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