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RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 3 – Conflito e Comunicação; 3.1 Personalidade e relacionamento. 3.2 Eficácia no comportamento interpessoal; 3.6 Empatia. 3.7 Compreensão mútua. Complemento de Trabalho em Equipe; Vale a Pena Estudar de Novo. Olá pessoal, tudo bem? Existem dois temas que julgo fundamentais para o restante do curso: conflito e comunicação. Sendo assim, irei ministrá-los hoje, além dos outros citados acima. Os itens que ainda não tratamos serão dados na próxima aula. Caso fique uma aula muito extensa, coloco uma aula extra. Vale a Pena Estudar de Novo volta na próxima aula. Índice Comunicação Página 01 Questões Página 10 Conflito Página 14 Questões Página 19 Empatia e Compreensão Mútua Página 22 Questões Página 23 Personalidade e Relacionamento Página 24 Complemento de Trabalho em Equipe Página 25 Questões Página 25 Exercícios Trabalhados Página 26 Gabarito Página 29 Comunicação Comunicação é um processo de transmissão de informação de um agente emissor para um destinatário, envolvendo o entendimento daquilo que é transmitido. Dado: registro referente a um evento/ocorrência. Informação: conjunto de dados, possuindo um determinado significado. Vejam a figura abaixo: RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 2 Vamos agora explicar cada um dos agentes do processo: Emissão ou fonte: é a pessoa, coisa ou processo que emite a mensagem. Transmissão: aparelho utilizado para codificar a mensagem. São símbolos, sinais ou gestos necessários para disponibilizar a informação. Transmitir ou codificar é transportar a mensagem em um código, utilizando o canal, para o receptor no destino. Dentro dessa codificação, temos a escrita e a palavra. A transmissão é apenas a transferência da informação, que ocorre por meio do canal. Com relação aos símbolos: quando estamos nos comunicando, valemo-nos de vários símbolos. Quando estamos falando e o receptor movimenta a cabeça para cima e para baixo, esse símbolo significa que ele parece estar concordando ou entendendo. Nesse sentido, os símbolos são dotados de significados e a compreensão desses é fundamental no processo de comunicação. Canal: meio pelo qual a mensagem é transportada, sendo um espaço, um ambiente, meio escrito ou falado. Uma comunicação pessoal, por exemplo, utiliza o ar como canal. Ruído: distúrbios/interferências enfrentadas pela mensagem, afetando-a. O ruído prejudica o êxito da comunicação. Receptor: aparelho que decodifica a mensagem. Destino: quem recebe a mensagem. Receber ou decodificar é ligar o canal ao destino, tendo como exemplo a audição, a leitura. Já o raciocínio pode estar tanto na codificação quanto na decodificação. A escrita é uma habilidade codificadora. Retroação ou Feedback: é o retorno do entendimento da mensagem. Exemplificando. Em uma conversa de telefone, quem está falando é o emissor. A transmissão é a fala. O canal é o telefone. A recepção é feita pela escuta, Emissor Transmissor Canal Ruído Receptor Destino Retroação RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 3 que é feita por quem está ouvindo, o destino. Se a pessoa repete o que escutou ou afirma que entendeu a mensagem, isso será a retroação. Ruídos ocorrerão se estiver passando um caminhão de pamonha perto do telefone, por exemplo. Um aspecto importante na comunicação é a empatia, ou seja, a ação de se colocar no lugar do outro para compreender o que se quer passar. Outro conceito importante é a redundância que, por meio da repetição, tenta- se garantir a compreensão da mensagem. Apesar de parecer um conceito negativo, a redundância é fundamental para compensar problemas de ruídos em uma comunicação. Assim, utiliza-se a comunicação pessoal, via e-mail, por telefone, etc. Quando a empresa possui um bom (eficaz) sistema de comunicação, ela consegue o envolvimento dos funcionários com mais facilidade. Assim, quando a organização precisa implantar um plano, esse sistema contribui para o sucesso da sua implementação, já que ele chega em um número grande de pessoas. Hierarquia dos Canais Podemos dizer que os diferentes canais possuem distintas capacidades e isso pode ser hierarquizado ou classificado. Essa capacidade é medida por três habilidades: • lidar com dicas múltiplas; • facilitar o feedback (retroação) rápido e bilateral; • estabelecer um foco pessoal. Podemos ter de um lado uma conversa pessoal que é rica em foco pessoal, lida com dicas múltiplas, já que emissor e receptor estão presentes e o feedback é rápido. Por outro lado, um relatório não gera um feedback fácil, é pouco ou quase nada pessoal e não lida com várias dicas. Sendo assim, podemos apresentar a seguinte classificação: 1. Conversa Pessoal 2. Telefone 3. E-mail, Intranet 4. Cartas e Memorandos 5. Relatórios, Pareceres, Boletins rotina riqueza RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 4 Quando há a necessidade de uma comunicação não-rotineira, quanto mais rico o canal melhor. Assim, conversas pessoais são as ideais. Por outro lado, para comunicações mais rotineiras, que não trazem ambiguidade, a comunicação pode ser feita por um canal menos rico, como o e-mail por exemplo. Níveis de Linguagem Em comunicação, podemos destacar três níveis de linguagem. Vejamos: • Culta: é a linguagem formal, que utiliza o vocabulário da gramática oficial. Ela respeita regras e padrões. • Familiar ou Coloquial: linguagem falada no dia a dia das pessoas. É uma linguagem mais “leve”, sem tantas regras. • Popular: linguagem caracterizada por expressões típicas, baseadas em culturas ou regiões específicas. Funções da Comunicação Quando uma comunicação é estabelecida dentro de uma organização ou um departamento/grupo específico, podemos separar quatro funções ou os objetivos: Vejamos cada uma das 4 funções da comunicação: • Controle: maneira formal de comunicar dentro da hierarquia da empresa. As orientações (instruções de trabalho, procedimentos que devem ser seguidos, maneira de se dirigir ao superior imediato) que são expedidas Controle Motivação Expressão Emocional Informação RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 5 aos funcionários demonstra a função de controle da comunicação. De maneira informal, um grupo pode também controlar o desempenho dos funcionários, para evitar, por exemplo, que alguém produza além da média. • Motivação: quando falamos para os funcionários o que deve ser feito, passamos um feedback do desempenho e da qualidade do trabalho desenvolvido, estamos contribuindo para motivar as pessoas. O estabelecimento de metas e do padrão de comportamento esperado também se encaixa nessa função. Em regra, trabalhamos melhor quando sabemos o que realmente deve ser feito, qual objetivo deve ser cumprido, ou seja, o que se espera de nós. • Expressão emocional: muitas pessoas, cada vez mais, envolvem-se socialmente com o grupo de trabalho. Os workaholics (viciados em trabalho) são pessoas que acabam se fechando ao mundo do trabalho, não existindo uma vivência social fora do grupo de trabalho. Nesse contexto, as pessoas usam esses grupos para comunicarem suas angústias pessoais, suas frustrações, seus desejos,ou seja, a comunicação passa a ser uma ferramenta para se expressar emocionalmente, demonstrar sentimentos, buscando a satisfação de necessidades sociais. • Informação: em um contexto de tomada de decisão, é fundamental que o decisor esteja munido das melhores informações para que ele escolha o melhor caminho a seguir. Um exemplo é a decisão da Presidenta Dilma com relação aos vetos do Código Florestal. Apesar de ser uma decisão política, todos os Ministérios envolvidos com o tema (Meio Ambiente, Agricultura, Planejamento, etc) forneceram suas opiniões técnicas para que ela pudesse tomar a decisão. Percebam que, em uma comunicação, é totalmente possível a ocorrência de mais de uma função. Fluxo de Comunicação De acordo com Flores Gortati e Oronzo Gutiérrez, o fluxo de comunicação circular abrange todos os níveis possíveis, não se preocupando com as direções tradicionais, podendo o seu conteúdo ser amplo à medida que aumenta o grau de aproximação das relações interpessoais entre os indivíduos. Outros tipos de comunicação são: ascendente (dos subordinados para o chefe), descendente (dos chefes para os subordinados), lateral (horizontal – entre equipes e grupos) e transversal (presente em organizações mais flexíveis). RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 6 Comunicação em Rede Há comunicações que podem ser realizadas em pequenos grupos, seja de forma centralizada, seja de forma descentralizada. Na comunicação centralizada, é como se tudo passasse por uma pessoa. Na descentralização, há liberdade de comunicação entre os membros da equipe. Nesse contexto, podemos ter diferentes tipos de comunicação em rede. Vejamos a figura do livro do Vecchio: O “X” representando em algumas figuras representa a figura do líder ou do chefe. Vamos entender cada tipo: • Em roda: é uma centralização em que tudo depende do líder. As comunicações são centralizadas nele. • Em Y: outra forma centralizada com comunicação nos dois sentidos entre os níveis da hierarquia. • Cadeia: essa centralização respeita a cadeia formal de comando. Os indivíduos só se comunicam com aqueles que os antecedem ou precedem. • Círculo: tipo de descentralização em que o último sempre comunica com o primeiro, sem a figura de uma pessoa central. • Completamente conectada: também conhecida como “todos os canais”, é uma descentralização que permite a comunicação em todos os lados, todos comunicam com todos. Há autores que chamam essa comunicação de “círculo” também. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 7 Comunicação – Mediação e Relação Direta Há uma abordagem importante em comunicação que reflete a mediação ou a relação direta. Vejamos: • Comunicação direta: relaciona-se às formas controladas de comunicação, como: identidade visual, publicidade, eventos, patrocínios, website • Comunicação indireta: efeitos comunicacionais do comportamento corporativo, da perfomance do pessoal, dos produtos e dos serviços. • Comunicação mediada: ocorre por meio de aparatos eletrônicos • Comunicação não mediada: sem aparatos Interatividade na comunicação De acordo com Levy, interatividade “ressalta a participação ativa do beneficiário de uma transação de informação”. Para Plaza, a interatividade é entendida “como relação recíproca entre usuário e interfaces computacionais inteligentes, suscitada pelo artista, permite uma comunicação criadora fundada nos princípios da sinergia, colaboração construtiva, crítica e inovadora.” Na comunicação, a interatividade significa a reciprocidade na mensagem, a concessão do poder de decisão (autonomia) ao receptor da informação. Esse receptor passa a ser um co-autor ou co-criador ou ainda um co-construtor da mensagem, modificando inclusive o fluxo da informação. Essa questão está bastante presente nos dias de hoje, principalmente devido à evolução tecnológica que vivemos, que possibilita a simultaneidade de informações. À medida que a tecnologia evolui, ocorre um acréscimo de interatividade na comunicação. Hoje podemos definir o que “consumimos” de informação. O que vamos assistir na televisão (para aqueles que têm TV a cabo, é claro), optamos por navegar nos sites que nos interessam, montamos perfis de usuários que delimitam nossas preferências. Um exemplo disso é a minha configuração pessoal da parte inferior da página da Globo.com para aparecer notícias do Vasco, de Minas Gerais e da novela Lado a Lado (que acabou recentemente), rsrsr. Além da mídia, outro campo importante para a interatividade na comunicação é a educação. Também aliada ao nível tecnológico existente atualmente, com destaque para as inovações oriundas da internet, a educação à distância é hoje uma realidade. No ensino à distância, o aluno monta seu curso da forma como preferir, assisti às aulas ou lê as apostilas e tira suas dúvidas em um espaço de fórum. Um tal de Ponto de Concursos (acho que vocês conhecem!) está dedicado à educação à distância a alguns anos. As aulas presenciais também permitem essa interatividade. No entanto, a RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 8 flexibilidade existente nos cursos on line não está tão presente nos cursos presenciais. Em qualquer dos casos, a participação é um elemento fundamental no processo. Levy destaca os seguintes eixos de medição do grau de interatividade: • apropriação/personalização da mensagem pelo receptor – passar a se sentir dono no processo; • comunicação com reciprocidade – um com um, todos com todos; • virtualidade – mensagem em tempo real; • a imagem dos atores envolvidos na mensagem; • telepresença Teorias da Comunicação De acordo, com Rosengren, é possível agrupar as teorias da comunicação em quatro paradigmas: • funcionalista: concebe a natureza da ciência de forma objetiva e a natureza da sociedade de forma de regulação. • interpretativa: concebe a natureza da ciência de forma subjetiva e a natureza da sociedade de forma de regulação. • humanista radical: concebe a natureza da ciência de forma subjetiva e a natureza da sociedade de forma de mudança radical. • estrutural radical: concebe a natureza da ciência de forma objetiva e a natureza da sociedade de forma de mudança radical. Carey (1975) destaca duas vertentes da comunicação: • comunicação como transmissão: fornecimento, envio ou transmissão de informação a pessoas. É uma maneira de estender a mensagem no tempo. • comunicação como ritual: partilha, participação, associação e a participação. É um modo de manter a sociedade no tempo, representar crenças e valores. • Fiske preconiza também duas escolas, nomeando as de: • processual: comunicação transmite mensagens, gerando algum efeito nos receptores. Foca na eficácia da mensagem, relacionando-se com a sociologia e a psicologia. • Semiótica: comunicação produz e troca significados por meio da interação de pessoas, concentrando em questões culturais, relacionando- se com a linguística. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 9 Mcluhan destaca a existência dos meios frios e dos meios quentes. O que é isso? Um meio quente, como é o rádio e o cinema, ocorre em alta definição e não deixam espaço para o preenchimento pelo audiência. Já o meio frio, como o telefone, ocorre em baixa definição. Poucas informações são geradas por esse tipo de meio. É meio onde a participação do receptor é maior. Comunicação e RH: Comunicação como ferramenta de gestãoA comunicação passa a ter seu valor a partir do momento em que as pessoas passam a ser vistas como seres humanos, diferentes das máquinas. Esse reconhecimento é fundamental para entender que o funcionário é o diferencial em uma empresa. Sendo o capital humano reconhecido, comunicar bem passa a ser fundamental. Quando administramos apenas máquinas, a comunicação não é preocupação. Experiências de Elton Mayo na década de 20 do século passado demonstram que as pessoas querem ser ouvidas e respeitadas. Elas precisam ser motivadas/estimuladas. Por meio da comunicação interna, as empresas atuais têm condições de gerir seus negócios. A empresa utiliza a comunicação para motivar, diferenciar, promover, premiar, punir, montar equipes, direcionar, avaliar, treinar, desenvolver, etc. Outro ponto fundamental é a consideração de que o mundo é uma mudança constante e as empresas precisam atuar em meio a uma concorrência globalizada acirrada e a clientes cada vez mais exigentes. A empresa só sobrevive nesse contexto se comunicar bem, se utiliza seu departamento de recursos humanos como mecanismo de boa comunicação. Se comunicar em um momento de estabilidade já é difícil, imaginem em momentos de mudança organizacional? As pessoas tendem a querer a manutenção da situação atual. Situações diferentes causam receio. Saber comunicar, participar, respeitar, é fundamental. Outra questão nesse contexto são as constantes alianças de diferentes empresas no mercado moderno. Há de se considerar o choque de culturas entre empresas com diferentes experiências e níveis de modernização. A comunicação nesse tipo de processo é fator chave. Por fim, vale mencionar a influência da era da tecnologia na comunicação interna. O modo de se comunicar hoje é totalmente diferente de alguns anos atrás. E-mail é a regra. Redes sociais são uma realidade também. A empresa RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 10 precisa saber acompanhar essas tendências, pois os seus funcionários, em suas vidas pessoais, são influenciados por essas tendências. Papéis dos Gerentes e a Comunicação Segundo Mintzberg, há três tipos de papéis dos gerentes: • Papéis interpessoais: gerente é o chefe, é o líder. • Papéis de informação: gerente é o monitor, disseminador, porta-voz (comunicação). • Papéis de decisão: gerente é empreendedor, solucionador de problemas, negociador. Questões 1) (CESPE MPU 2010) Um dos obstáculos à comunicação no processo organizacional é a avaliação prematura da mensagem pelo receptor. Comunicação é um processo de transmissão de informação de um agente emissor para um destinatário, envolvendo o entendimento daquilo que é transmitido. Quando o receptor avalia prematuramente uma mensagem, com certeza a comunicação poderá ter problemas, representando um obstáculo. Um exemplo seria relacionado a temas polêmicos, como o que esteve em pauta nas eleições: aborto. Se tal pessoa possui o posicionamento de ser a favor da descriminalização do aborto e ela recebe uma mensagem (seja escrita ou falada) com opinião contrária, esse receptor fará um pré-julgamento, prejudicando o entendimento da mensagem. Gabarito: C 2) (CESPE MPU 2010) A ordem é um exemplo típico de comunicação colateral no processo organizacional. A ordem é um tipo de comunicação descendente, de cima para baixo, ou seja, não é colateral. A comunicação colateral é feita entre os pares, entre os colegas de trabalho, o que não caracteriza como uma ordem. De acordo com Flores Gortati e Oronzo Gutiérrez, o fluxo de comunicação circular abrange todos os níveis possíveis, não se preocupando com as direções tradicionais, podendo o seu conteúdo ser amplo à medida que aumenta o grau de aproximação das relações interpessoais entre os indivíduos. Outros tipos de comunicação são: ascendente (dos subordinados para o chefe), descendente (dos chefes para os subordinados), lateral (horizontal – RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 11 entre equipes e grupos) e transversal (presente em organizações mais flexíveis). Gabarito: E Paulo, novo diretor de uma organização pública, pretende desenvolver um sistema de controle capaz de apontar erros cometidos durante a execução dos serviços. Para a consecução de seu objetivo, definiu novas formas de controle com base em informações que coletou pessoalmente, ao interagir com colaboradores de todos os setores da instituição, sem se restringir aos métodos tradicionais de obtenção de dados. Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item, que diz respeito ao processo organizacional. 3) (CESPE MPU 2010) Ao coletar as informações para definir as novas formas de controle, Paulo privilegiou o fluxo comunicativo circular. De acordo com Flores Gortati e Oronzo Gutiérrez, o fluxo de comunicação circular abrange todos os níveis possíveis, não se preocupando com as direções tradicionais, podendo o seu conteúdo ser amplo à medida que aumenta o grau de aproximação das relações interpessoais entre os indivíduos. Outros tipos de comunicação são: ascendente (dos subordinados para o chefe), descendente (dos chefes para os subordinados), lateral (horizontal – entre equipes e grupos) e transversal (presente em organizações mais flexíveis). Gabarito: C 4) (CESPE MPU 2010) Para atender às demandas mais instáveis e urgentes da organização, Paulo deve utilizar a rede formal de comunicação. Uma vez sendo instável e urgente, o melhor a fazer é efetuar comunicações informais. A formalização requer tempo, o que a urgência não dispõe. Além disso, a formalização caracteriza-se pela estabilidade/previsibilidade de situações. Gabarito: E 5) (CESPE TELEBRÁS 2013) A rede, uma estrutura de comunicação e de gestão aberta e dispersiva, pode ser expandida de forma ilimitada, haja vista o contexto vivenciado pelas organizações que a compõem. Perfeito. As comunicações em rede não possuem limite tendo em vista a globalização e as tecnologias da informação existentes na atualidade. São estruturas completamente conectadas. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 12 Vejamos a figura do livro do Vecchio: Completamente conectada: também conhecida como “todos os canais”, é uma descentralização que permite a comunicação em todos os lados, todos comunicam com todos. Há autores que chamam essa comunicação de “círculo” também. Gabarito: C 6) (CESPE TJ-AC 2012) Existem duas formas de comunicação organizacional: a oral e a escrita, que podem ser auxiliadas por recursos visuais, e podem ocorrer de cima para baixo, de baixo para cima e lateralmente. Perfeito. Temos a comunicação oral e a escrita. Juntamente com elas, temos os recursos visuais. As comunicações ocorrem em todas as direções. De acordo com Flores Gortati e Oronzo Gutiérrez, o fluxo de comunicação circular abrange todos os níveis possíveis, não se preocupando com as direções tradicionais, podendo o seu conteúdo ser amplo à medida que aumenta o grau de aproximação das relações interpessoais entre os indivíduos. Outros tipos de comunicação são: ascendente (dos subordinados para o chefe), descendente (dos chefes para os subordinados), lateral (horizontal – entre equipes e grupos) e transversal (presente em organizações mais flexíveis). RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 13 Gabarito: C 7) (CESPE EMBASA 2009) O gerente de operações que busca garantir o entendimento das tarefas que passa aos níveissubordinados e para tanto repete seus comandos e utiliza vários canais de comunicação gera redundância, e pode também incorrer em ruído na comunicação. Boa questão de 2009. Redundância, em comunicação, é algo benéfico. Utilizar-se de vários canais de comunicação (escrever e-mail, ligar, falar pessoalmente) pode garantir a boa transmissão de comunicação. Entretanto, nada impede que ocorram ruídos no processo. Quanto mais comunicação, mais chances de ruídos. Quando a empresa possui um bom (eficaz) sistema de comunicação, ela consegue o envolvimento dos funcionários com mais facilidade. Assim, quando a organização precisa implantar um plano, esse sistema contribui para o sucesso da sua implementação, já que ele chega em um número grande de pessoas. Gabarito: C 8) (CESPE MPU 2010) A comunicação constitui atividade que demanda grande parte da atenção de quem ocupa cargo gerencial. Segundo Mintzberg, há três tipos de papéis dos gerentes: • Papéis interpessoais: gerente é o chefe, é o líder. • Papéis de informação: gerente é o monitor, disseminador, porta-voz (comunicação). • Papéis de decisão: gerente é empreendedor, solucionador de problemas, negociador. Todos esses papéis são fundamentais para os gerentes e demandam tempo em suas rotinas. Gabarito: C RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 14 Conflito Sabemos que cada ser humano tem uma história, uma experiência de vida, uma personalidade e interesses/objetivos próprios. A diferença gerada na peculiaridade de cada um é que gera os conflitos, já que os objetivos podem ser conflitantes. Assim, podemos dizer que os conflitos são inevitáveis. Caracterizando-se como uma divergência, uma dissonância ou um antagonismo, o conflito é o oposto da cooperação. A interferência de uma das partes para que ocorra um conflito pode se dar de duas maneiras: • Ativa: por meio da ação para provocar obstáculos/impedimentos; • Passiva: mediante determinada omissão (não ação). Podemos classificar o conflito pessoal em dois tipos: • Interno: é o “conflito com nós mesmos”, ou seja, trata-se de um conflito psicológico ou intra-individual (de caráter íntimo), que envolve sentimentos, opiniões, desejos e motivações divergentes e antagônicas. Nesse conflito, está presente um colapso dos mecanismos decisórios, o que dificulta a escolha de uma alternativa. São os chamados trade-offs (impasses). o Exemplo: trabalhar em regime de hora-extra no recesso e fazer poupança ou viajar com toda a família para a praia, mas não fazer a poupança. • Externo: envolve mais de uma pessoa ou mais de um grupo de pessoas. Chamado também de conflito social. o Exemplo: o diretor de recursos humanos deseja aumentar os salários dos funcionários com o intuito de incentivá-los a permanecerem na empresa. Por outro lado, o diretor de finanças deseja congelar os salários para conter as despesas e manter a empresa saudável financeiramente. Vejamos os níveis de gravidade do conflito. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 15 Admitindo a existência de conflitos, os gerentes (administradores) possuem certas metodologias para poder administrar um conflito. São as chamadas abordagens de gestão de conflitos. Vejamos. 1. Abordagem Estrutural: o conflito surge das percepções criadas pelas condições de diferenciação, de recursos limitados e escassos e de interdependência. Se esses elementos puderem ser alterados, poderá haver um controle do conflito resultante. Essa abordagem busca minimizar as diferenças, identificando objetivos que possam ser compartilhados; 2. Abordagem de Processo: redução de conflitos por meio da modificação do processo, intervindo-se no conflito. Essa abordagem pode ser utilizada pela desativação ou desescalonização do conflito (uma parte reage cooperativamente), pela reunião de confrontação (ponto de desativação já ultrapassado; o confronto ocorre abertamente e de forma hostil) e pela colaboração (após as etapas acima; partes trabalham juntas para solucionar problemas); e 3. Abordagem Mista: utiliza aspectos estruturais e processuais. Intervenção ocorre na estrutura da situação e no episódio (processo) do conflito. Vejamos agora os estilos de gestão de conflitos: •As partes percebem a existência do conflito, compreendendo as diferenças existentes; Percebido •O conflito provoca certos sentimentos: raiva, medo, descrédito, hostilidade; •Caracteriza-se por ser um conflito velado, dissimulado, oculto, sem manifestação clara. Experenciado •Conflito expresso, sendo manifestado pelo comportamento (interferência ativa ou passiva); •Chamado de conflito aberto, não havendo dissimulação. Manifesto RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 16 1. Competitivo ou Forçar: reflete a assertividade para a imposição de um interesse. Utilizado quando uma ação pronta e decisiva deve ser rapidamente imposta por meio de ações impopulares ou importantes. O negócio é ganhar; 2. Evitação ou retirada estratégica: estilo não assertivo (negativo). Apropriado quando o assunto é trivial, quando não existe nenhuma chance de ganho, quando é necessário esperar, mesmo que demore, para se obter melhores informações, ou quando o desentendimento for oneroso (custar caro). O negócio é se “manter em copas” (agir com cautela); 3. Compromisso ou Negociação (Barganha): moderada porção de assertividade e cooperação. Os objetivos de ambos os lados são importantes, e há igualdade de poderes, sendo que ambos querem reduzir as diferenças, ou as pessoas precisam chegar a alguma solução temporária sem pressão de tempo. O negócio é ter “jogo de cintura”; 4. Acomodação ou “Panos Quentes” (Apaziguamento): alto grau de cooperação, funcionando melhor quando as pessoas sabem o que é errado, quando um assunto é mais importante que os demais, quando se pretende construir créditos sociais para utilizar em outras situações ou quando a manutenção da harmonia é que importa. O negócio é “ir levando”; 5. Colaboração ou confronto: alto grau de assertividade e cooperação. Ambas as partes ganham. Usado quando os interesses são importantes, quando os pontos de vista podem ser combinados com vistas a uma solução mais ampla e quando requer consenso. O negócio é resolver para que ambas as partes ganhem e se comprometam com a solução. Negociação Este é um item intimamente ligado à comunicação, sendo a negociação um processo de comunicação bilateral voltado, de forma singular, para a criação de mudanças em um relacionamento entre pessoas ou nas ideias do interlocutor. Embora tenhamos sempre um enfoque organizacional, é preciso dizer que a negociação não é algo restrito ao ambiente empresarial, sendo encontrada no dia-a-dia das pessoas. Quando estamos comprando uma roupa, nós negociamos, quando decidimos um local para jantarmos, negociamos, quando decidimos o canal da TV, negociamos se futebol ou novela – a novela sempre ganha, mas os homens continuam tentando negociar. Importante dizer que os mecanismos de negociação são os mesmos: a negociação de um acordo de paz com o Oriente Médio e a negociação do RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 17 horário de vídeo game das crianças utilizam as mesmas técnicas de negociação. Sendo assim, quais são as características comuns presentes em qualquer situação de negociação, seja ela grande ou pequena, complexa ou simples? Quais são os motivos que geram aspessoas a negociarem? A necessidade de se criar algo novo que nenhum dos atores envolvidos criaria de forma isolada, além do objetivo de se resolver um problema ou uma disputa entre as partes. Em determinadas situações, as pessoas encontram-se em uma situação possível de se barganhar, mas não percebem essa possibilidade. Como a compra de um carro, em que, aparentemente, o preço de determinado veículo seja tabelado. Em outros casos, há pessoas que reconhecem a situação de barganha, porém não a fazem da maneira ideal, da maneira correta, simplesmente por não conhecerem as técnicas de negociação. • O processo é interpessoal ou intergrupo Duas ou mais partes • O que um deseja não necessariamente é o mesmo que o outro Conflito de interesses • Os atores envolvidos enxergam a possibilidade de inflenciar a outra parte Possibilidade de influenciar • É preferível chegar a um acordo do que partir para a "luta aberta". Acordo como prioridade • É esperado que as partes cedamDar e receber • Fatores tangíveis e intangíveis são envolvidos em uma negociação Fatores tangíveis e intangíveis RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 18 Na negociação, há sempre interdependência, ou seja, as partes precisam uma da outra. Se alguém está comprando, alguém está vendendo. Os atores envolvidos precisam um dos outros para atingirem seus objetivos. Ressaltando que esses objetivos não necessariamente são iguais, podendo ser conflitantes, como um vendedor que almeja vender a um determinado preço e um comprador que deseja pechinchar o valor a ser pago. Nesse contexto de interdependência, temos um leque de resultados advindos de uma negociação. Sendo que, para cada situação, existem estratégias e táticas apropriadas. Vejamos: Ganha-perde: à medida que uma parte ganha, a outra perde, como no caso do preço. O foco da negociação é separar uma quantidade fixa de resultados – barganha distributiva ou competitiva. Nessa situação, os recursos são fixos e limitados. É preciso guardar cuidadosamente as informações fornecidas. Em uma negociação de preço, o preço preferido é o ponto-alvo, o preço além do qual não haverá negociação é chamado de ponto de resistência, e o preço pedido é o preço inicial. O espaço entre os pontos de resistência de cada um é conhecido como variação de barganha, variação de acordo ou zona de acordo potencial. É nesse espaço que a negociação acontece. Ganha-ganha: as soluções existentes possibilitam um desempenho para as partes envolvidas, como no caso de uma parceria entre empresas, em que ocorre a barganha integrativa. Como encontrar as soluções que de fato farão com quem todos saiam ganhando. Alguns dilemas são colocados à prova quando estamos em uma mesa de negociação. Merecem destaque o dilema da honestidade – até que ponto a verdade deve ser revelada? – e o dilema da confiança – o quanto podemos acreditar na outra parte? Estar bem informado no momento da negociação é essencial. Saber detalhes sobre quem está negociando conosco pode fazer a diferença, resolvendo, inclusive, as questões propostas nos dilemas. Se temos o histórico da parte envolvida, saberemos como comportaremos na barganha. Barganhar é a capacidade de flexibilizar as decisões até que elas sejam consideradas aprazíveis (agradáveis). RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 19 Questões 9) (CESPE MPU 2010) Aquele que utiliza a estratégia da acomodação para gerenciar conflitos satisfaz os interesses do outro em detrimento dos próprios interesses. Acomodar é aceitar a realidade. O indivíduo que, numa situação de conflito, prefere que o problema se resolva tranquilamente em detrimento do interesse pessoal, faz com que tudo se acomode. Nesse tipo de política, o interesse de uma segunda pessoa que não adota a mesma atitude acaba prevalecendo. Vejamos os estilos de gestão de conflitos: 1. Competitivo ou Forçar: reflete a assertividade para a imposição de um interesse. Utilizado quando uma ação pronta e decisiva deve ser rapidamente imposta por meio de ações impopulares ou importantes. O negócio é ganhar; 2. Evitação ou retirada estratégica: estilo não assertivo (negativo). Apropriado quando o assunto é trivial, quando não existe nenhuma chance de ganho, quando é necessário esperar, mesmo que demore, para se obter melhores informações, ou quando o desentendimento for oneroso (custar caro). O negócio é se “manter em copas” (agir com cautela); 3. Compromisso ou Negociação (Barganha): moderada porção de assertividade e cooperação. Os objetivos de ambos os lados são importantes, e há igualdade de poderes, sendo que ambos querem reduzir as diferenças, ou as pessoas precisam chegar a alguma solução temporária sem pressão de tempo. O negócio é ter “jogo de cintura”; 4. Acomodação ou “Panos Quentes” (Apaziguamento): alto grau de cooperação, funcionando melhor quando as pessoas sabem o que é errado, quando um assunto é mais importante que os demais, quando se pretende construir créditos sociais para utilizar em outras situações ou quando a manutenção da harmonia é que importa. O negócio é “ir levando”; 5. Colaboração ou confronto: alto grau de assertividade e cooperação. Ambas as partes ganham. Usado quando os interesses são importantes, quando os pontos de vista podem ser combinados com vistas a uma solução mais ampla e quando requer consenso. O negócio é resolver para que ambas as partes ganhem e se comprometam com a solução. Gabarito: C 10) (CESPE MPU 2010) A estratégia de evitar o conflito é a melhor maneira de garantir o “ganha-ganha” quando uma das partes não quer negociar. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 20 Normalmente, as pessoas imaginam o conflito como algo ruim. Entretanto, ele não é necessariamente negativo. Muito pelo contrário. Os conflitos nas empresas tendem a gerar inovações, mudanças positivas. Relação “ganha-ganha” é aquela em que as duas partes que estão negociando alcançam seus objetivos de maneira satisfatória, sem que o outro saia prejudicado. Normalmente, parcerias entre empresas possuem essa natureza. Mesmo sendo “ganha-ganha”, há o conflito inicial. A partir daí, desenvolve-se a negociação. Quando uma das partes não quer negociar, trata-se de uma relação “perde- ganha”. Sem a negociação, um atinge o seu objetivo (não negociar) e outro não (negociar). Gabarito: E 11) (CESPE MPU 2010) Em situações vitais para o bem-estar da organização, a competição é a estratégia mais adequada para o gerenciamento de conflito no caso de uma das partes saber que está com razão. Uma dos estilos de se administrar um conflito, segundo Chiavenato, é o competitivo. Esse estilo consiste no comando autoritário, muito empregado quando é necessário tomar decisões de forma rápida ou impopular. O exemplo do enunciado reflete uma situação em que uma parte possui a razão, cabendo ser autoritário como no estilo de competição. Gabarito: C 12) (CESPE MPU 2010) Denomina-se abordagem processual a estratégia de resolução de conflito embasada na modificação das condições antecedentes desse conflito. Chiavenato também discorre sobre as abordagens quanto à gestão de conflitos. Há três abordagens: • Estrutural: o conflito surge das percepções criadas pelas condições de diferenciação, de recursos limitados e escassos e de interdependência. Caso esses aspectos (condições anteriores) possam ser modificados, é possível controlar as percepções e o conflito resultante. Assim, essa é a abordagem definida no enunciado. • Processual: busca a redução dos conflitos mediante a modificaçãodo processo, uma intervenção no episódio de determinado conflito, ou seja, em algo que já está ocorrendo. • Mista: busca administrar o conflito fazendo uma mescla de aspectos estruturais e processuais. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 21 Gabarito: E 13) (CESPE TRE-BA 2010) Em situações de trabalho compartilhadas por duas ou mais pessoas, há atividades a serem executadas, interações e sentimentos envolvidos. Acerca das relações humanas no trabalho, julgue o próximo item. Os conflitos interpessoais são de natureza disfuncional, traduzida pela intensidade, estágio de evolução, contexto e forma como são tratados e, por tais motivos, esses conflitos devem ser evitados no contexto de trabalho. Os conflitos entre pessoas podem ser funcionais também, que podem ser benéficos à empresa. A questão errou em desconsiderar esse tipo de conflito. Com relação a evitar conflitos disfuncionais no contexto organizacional, de fato, é essa a medida correta. Gabarito: E 14) (CESPE TELEBRÁS 2013) Emprega-se a tática de cooperação para a negociação e a solução de conflito quando, em uma negociação, uma das partes aceita algo que é favorável à contraparte e que implica redução de custos. A tática utilizada foi a acomodação. Acomodação ou “Panos Quentes” (Apaziguamento): alto grau de cooperação, funcionando melhor quando as pessoas sabem o que é errado, quando um assunto é mais importante que os demais, quando se pretende construir créditos sociais para utilizar em outras situações ou quando a manutenção da harmonia é que importa. O negócio é “ir levando”. Gabarito: E Questãozinha de Comunicação para relembrar o que dito mais acima. 15) (CESPE PREVIC 2011) A comunicação, base de qualquer processo administrativo em uma organização, influencia fortemente a imagem institucional, por isso, deve compor o planejamento estratégico da organização. Isso mesmo. A comunicação é fundamental na empresa. Se as coisas não são bem comunicadas, o bom andamento do trabalho resta prejudicado. A comunicação passa a ter seu valor a partir do momento em que as pessoas passam a ser vistas como seres humanos, diferentes das máquinas. Esse reconhecimento é fundamental para entender que o funcionário é o diferencial em uma empresa. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 22 Sendo o capital humano reconhecido, comunicar bem passa a ser fundamental. Quando administramos apenas máquinas, a comunicação não é preocupação. Experiências de Elton Mayo na década de 20 do século passado demonstram que as pessoas querem ser ouvidas e respeitadas. Elas precisam ser motivadas/estimuladas. Por meio da comunicação interna, as empresas atuais têm condições de gerir seus negócios. A empresa utiliza a comunicação para motivar, diferenciar, promover, premiar, punir, montar equipes, direcionar, avaliar, treinar, desenvolver, etc. Outro ponto fundamental é a consideração de que o mundo é uma mudança constante e as empresas precisam atuar em meio a uma concorrência globalizada acirrada e a clientes cada vez mais exigentes. A empresa só sobrevive nesse contexto se comunicar bem, se utiliza seu departamento de recursos humanos como mecanismo de boa comunicação. Se comunicar em um momento de estabilidade já é difícil, imaginem em momentos de mudança organizacional? Gabarito: C 3.6 Empatia. 3.7 Compreensão mútua Esse tema será complementado na próxima aula. A empatia é a ação de se colocar no lugar do outro para compreender o que se quer passar. Esse é um conceito fundamental no marketing. À medida que os cidadãos vão ficando mais exigentes e conhecedores dos seus direitos, a complexidade do atendimento ao público só aumento. Nesse contexto, possuir empatia é fundamental para enfrentar as dificuldades no trabalho. Com relação à compreensão mútua, essa se refere ao entendimento entre grupos e organizações que estejam interligadas. É um conceito que possui profunda relação com a empatia. Um sinônimo que traduz bem essa compreensão é o termo “cooperação”. Um exemplo disso é a obtenção, por parte do poder judiciário, de informações de dados de veículos junto ao Detran. Trata-se de uma cooperação entre órgão para solução de questões jurídicas. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 23 Questões 16) (STM CESPE 2011) O servidor público deve ser sensível às necessidades, percepções, atitudes e emoções do cidadão no momento do atendimento. Por isso, deve demonstrar empatia tanto na comunicação verbal quanto na comunicação não verbal. A comunicação verbal diz muita coisa no atendimento. No entanto, não se pode menosprezar a comunicação não verbal, a linguagem corporal. Essa comunicação pode dizer muita coisa sobre a necessidade de uma pessoa ou sobre o interesse dela sobre o assunto. Gabarito: C Vejamos uma questão da FCC 17) (FCC AL-SP 2010) Um dos fatores de qualidade no atendimento ao público é a empatia. Empatia é a) a capacidade de transmitir sinceridade, competência e confiança ao público. b) a capacidade de cumprir, de modo confiável e exato, o que foi prometido ao público. c) o grau de cuidado e atenção individual que o atendente demonstra para com o público, colocando-se em seu lugar para um melhor entendimento do problema. d) a intimidade que o atendente manifesta ao ajudar prontamente o cidadão. e) a habilidade em definir regras consensuais para o efetivo atendimento. Empatia é a arte de se colocar no lugar da outra pessoa para tentar entender a sua necessidade e prestar um serviço mais adequado. Para isso, é preciso ter cuidado e atenção. Gabarito: C 18) (CESPE ANCINE 2012) O fato de um servidor público se dispor a auxiliar uma pessoa e prontamente atendê-la bem é exemplo de empatia no atendimento ao público. Isso não é ter empatia. É obrigação do servidor atender aos cidadãos de forma satisfatória. Mas isso não significa que esse servidor vai se colocar no lugar do outro. Gabarito: E RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 24 3.1 Personalidade e relacionamento. 3.2 Eficácia no comportamento interpessoal Hoje em dia, as empresas têm buscado profissionais que tenham, além do conhecimento técnico necessário, capacidade de se relacionar com pessoas, capacidade de trabalhar em equipe. Assim, é fundamental que o profissional tenha esse tipo de característica. Quando falamos sobre relacionamento interpessoal, podemos destacar quatro estilos relacionais: Agressivo: caracterizado por comportamentos de ataque contra as pessoas e os acontecimentos. O agressivo tem sempre a intenção de submeter os outros a fazê-los curvar, ou mudar de opinião. Ocorre um desgaste psicológico das pessoas que rodeiam o agressivo. As pessoas evitam falar com o agressivo de forma verdadeira. • Atitude agressiva em posição dominante: autoritarismo, frieza, menosprezo, intolerância; • Atitude agressiva em posição subordinada: contestação sistemática, hostilidade a priori contra tudo o que vem de cima. Passivo: atitude de evitação das pessoas e dos acontecimentos. O passivo tende a se afastar ou a se submeter. O passivo se torna uma pessoa ansiosa. O motivo do passivo não agir é o medo das decepções. O passivo tem dificuldade em dizer não. Estilo Agressivo Estilo Passivo Estilo Manipulador Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeirowww.pontodosconcursos.com.br 25 Manipulador: não se envolve em relações interpessoais. A interação desse estilo caracteriza-se por manobras de distração ou manipulação dos sentimentos dos outros. O manipulador não costuma comentar de forma clara os seus objetivos. Trata-se de uma pessoa “teatral”. Assertivo: capazes de defender os seus direitos/interesses/sentimentos/pensamentos/necessidades. Nesse estilo, as pessoas não pisam os direitos dos demais. O assertivo respeita a si próprio aos outros, está aberto a negociações. Colocarei questões dessa parte na próxima aula. Complemento de Trabalho em Equipe Vejamos os perfis de membros de equipe. • Pacificador: conhecido como preservacionista ou mediador. Possui boa relação com o mundo, gosta de harmonia. Possui dificuldades com mudanças. • Observador: facilidades para fazer análises, é objetivo, é claro, é individualista. • Confrontador: é um superprotetor, gosta de uma briga, luta pelos companheiros. É um tudo ou nada. Questões Julgue os itens seguintes, relacionados ao trabalho em equipe. 19) (CESPE MCTI 2012) Um colaborador com o perfil denominado de pacificador tem facilidade para aceitar as mudanças a serem implementadas pela equipe e adaptar-se a elas. Pacificador: conhecido como preservacionista ou mediador. Possui bom relação com o mundo, gosta de harmonia. Possui dificuldades com mudanças. Item errado. Gabarito: E 20) (CESPE MCIT 2012) A eficácia no comportamento interpessoal relaciona-se à habilidade para resolver os problemas sem retrocessos. Isso mesmo. Eficácia relaciona-se com o alcance de objetivos, por isso o termo “sem retrocessos”. Gabarito: C RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 26 21) (CESPE MCIT 2012) A utilização do trabalho em equipe não se caracteriza como um advento recente nas organizações. Corretinho. Embora seja moda hoje, as equipes são antigas. Gabarito: C 22) (CESPE MCIT 2012) Na equipe funcional, os membros trabalham em conjunto e com autonomia. A autoridade, a liderança e os limites estabelecidos para a atuação dos membros das equipes não são claros nem bem definidos. Não é isso. Abordagens funcionais delimitam as funções de cada um de forma bem clara. Gabarito: E 23) (CESPE MCIT 2012) Um membro da equipe cuja personalidade possibilita caracterizá-lo como observador apresenta dificuldade em se relacionar com o grupo e manter um contato mais estreito com as pessoas. Perfeito. Observador: facilidades para fazer análises, é objetivo, é claro, é individualista. Gabarito: C Exercícios Trabalhados 1) (CESPE MPU 2010) Um dos obstáculos à comunicação no processo organizacional é a avaliação prematura da mensagem pelo receptor. 2) (CESPE MPU 2010) A ordem é um exemplo típico de comunicação colateral no processo organizacional. Paulo, novo diretor de uma organização pública, pretende desenvolver um sistema de controle capaz de apontar erros cometidos durante a execução dos serviços. Para a consecução de seu objetivo, definiu novas formas de controle com base em informações que coletou pessoalmente, ao interagir com colaboradores de todos os setores da instituição, sem se restringir aos métodos tradicionais de obtenção de dados. Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item, que diz respeito ao processo organizacional. 3) (CESPE MPU 2010) Ao coletar as informações para definir as novas formas de controle, Paulo privilegiou o fluxo comunicativo circular. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 27 4) (CESPE MPU 2010) Para atender às demandas mais instáveis e urgentes da organização, Paulo deve utilizar a rede formal de comunicação. 5) (CESPE TELEBRÁS 2013) A rede, uma estrutura de comunicação e de gestão aberta e dispersiva, pode ser expandida de forma ilimitada, haja vista o contexto vivenciado pelas organizações que a compõem. 6) (CESPE TJ-AC 2012) Existem duas formas de comunicação organizacional: a oral e a escrita, que podem ser auxiliadas por recursos visuais, e podem ocorrer de cima para baixo, de baixo para cima e lateralmente. 7) (CESPE EMBASA 2009) O gerente de operações que busca garantir o entendimento das tarefas que passa aos níveis subordinados e para tanto repete seus comandos e utiliza vários canais de comunicação gera redundância, e pode também incorrer em ruído na comunicação. 8) (CESPE MPU 2010) A comunicação constitui atividade que demanda grande parte da atenção de quem ocupa cargo gerencial. 9) (CESPE MPU 2010) Aquele que utiliza a estratégia da acomodação para gerenciar conflitos satisfaz os interesses do outro em detrimento dos próprios interesses. 10) (CESPE MPU 2010) A estratégia de evitar o conflito é a melhor maneira de garantir o “ganha-ganha” quando uma das partes não quer negociar. 11) (CESPE MPU 2010) Em situações vitais para o bem-estar da organização, a competição é a estratégia mais adequada para o gerenciamento de conflito no caso de uma das partes saber que está com razão. 12) (CESPE MPU 2010) Denomina-se abordagem processual a estratégia de resolução de conflito embasada na modificação das condições antecedentes desse conflito. 13) (CESPE TRE-BA 2010) Em situações de trabalho compartilhadas por duas ou mais pessoas, há atividades a serem executadas, interações e sentimentos envolvidos. Acerca das relações humanas no trabalho, julgue o próximo item. Os conflitos interpessoais são de natureza disfuncional, traduzida pela intensidade, estágio de evolução, contexto e forma como são tratados e, por tais motivos, esses conflitos devem ser evitados no contexto de trabalho. 14) (CESPE TELEBRÁS 2013) Emprega-se a tática de cooperação para a negociação e a solução de conflito quando, em uma negociação, uma das partes aceita algo que é favorável à contraparte e que implica redução de custos. 15) (CESPE PREVIC 2011) A comunicação, base de qualquer processo administrativo em uma organização, influencia fortemente a imagem RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 28 institucional, por isso, deve compor o planejamento estratégico da organização. 16) (STM CESPE 2011) O servidor público deve ser sensível às necessidades, percepções, atitudes e emoções do cidadão no momento do atendimento. Por isso, deve demonstrar empatia tanto na comunicação verbal quanto na comunicação não verbal. 17) (FCC AL-SP 2010) Um dos fatores de qualidade no atendimento ao público é a empatia. Empatia é a) a capacidade de transmitir sinceridade, competência e confiança ao público. b) a capacidade de cumprir, de modo confiável e exato, o que foi prometido ao público. c) o grau de cuidado e atenção individual que o atendente demonstra para com o público, colocando-se em seu lugar para um melhor entendimento do problema. d) a intimidade que o atendente manifesta ao ajudar prontamente o cidadão. e) a habilidade em definir regras consensuais para o efetivo atendimento. 18) (CESPE ANCINE 2012) O fato de um servidor público se dispor a auxiliar uma pessoa e prontamente atendê-la bem é exemplo de empatia no atendimento ao público. Julgue os itens seguintes, relacionados ao trabalho em equipe. 19) (CESPE MCTI 2012) Um colaborador com o perfil denominado de pacificador tem facilidade para aceitar as mudanças a serem implementadas pela equipe e adaptar-se a elas. 20) (CESPE MCIT 2012) A eficácia no comportamento interpessoal relaciona-se à habilidade para resolver os problemas sem retrocessos. 21) (CESPE MCIT 2012) A utilização do trabalho em equipe não se caracterizacomo um advento recente nas organizações. 22) (CESPE MCIT 2012) Na equipe funcional, os membros trabalham em conjunto e com autonomia. A autoridade, a liderança e os limites estabelecidos para a atuação dos membros das equipes não são claros nem bem definidos. 23) (CESPE MCIT 2012) Um membro da equipe cuja personalidade possibilita caracterizá-lo como observador apresenta dificuldade em se relacionar com o grupo e manter um contato mais estreito com as pessoas. RELAÇÕES HUMANAS (PACOTE) MPU PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 29 Gabarito: 1) C 2) E 3) C 4) E 5) C 6) C 7) C 8) C 9) C 10) E 11) C 12) E 13) E 14) E 15) C 16) C 17) C 18) E 19) E 20) C 21) C 22) E 23) C Abração e bons estudos!!!