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AULA 1 - Fases da Administração Pública


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Fases da
Administração
Pública
PROFESSORA AMANDA LUCIANA DAS ENVES
Introdução
 A Administração Pública, tem como objetivo principal trabalhar os
direitos e interesses da população, buscando reduzir os processos
burocráticos e também a descentralização administrativa. Sua
finalidade é tornar acessíveis os serviços públicos aos cidadãos,
sendo objetivos em sua principal existência, no Brasil a
administração pública passou por três fases.
Esse modelo se originou dos estados absolutistas do século XVIII, que
eram governados por monarcas com poder absoluto.
Nesse sistema, não havia uma separação clara entre o patrimônio do
estado e o patrimônio do governante. Ou seja, o que pertencia ao
estado muitas vezes também era usado pelo governante para
benefício próprio. O aparato estatal era basicamente uma extensão do
poder do monarca, ou seja, o estado funcionava para servir aos
interesses do governante.
Os funcionários públicos eram tratados como se fossem membros da
nobreza real, o que implicava em privilégios e tratamento diferenciado
em relação ao resto da população.
Patrimonialista
Os cargos no governo eram distribuídos como recompensas, muitas
vezes por favores ou lealdade ao governante, ao invés de serem
atribuídos com base na competência e mérito.
Como os cargos eram distribuídos com base em favores e lealdade,
isso criava um ambiente propício para a corrupção e nepotismo, onde
amigos e familiares do governante eram favorecidos, mesmo que não
fossem os mais qualificados para o cargo.
Por causa dessas características, esse modelo de administração se
tornava ineficiente e inaceitável, pois não atendia aos interesses da
sociedade nem protegia o que era público.
Patrimonialista
 Esse modelo de organização foi desenvolvido como uma alternativa
ao poder autoritário, que existiu no Brasil entre 1937 e 1995. Ele foi
concebido para substituir um sistema arbitrário e autoritário, com o
objetivo principal de combater a corrupção e o nepotismo.
Esse modelo implementou um controle rígido nos processos, tanto na
contratação de pessoal quanto nas compras públicas. Priorizava-se a
profissionalização dos funcionários públicos, em oposição ao
nepotismo. Isso significava que as pessoas eram selecionadas para
cargos com base em mérito e competência, através de processos
justos e competitivos. Os cargos eram vistos como pertencentes às
organizações, não às pessoas, o que ajudava a evitar o abuso de
poder individual.
Burocrática
Esse modelo burocrático foi incorporado na Constituição Federal de
1988 e no sistema jurídico administrativo brasileiro.
A rigidez excessiva das regras e normas desse modelo acabou
resultando em efeitos negativos, como lentidão nos processos e
redução da eficiência na prestação de serviços públicos.
Em resumo, esse modelo de organização foi uma tentativa de trazer
mais eficiência e transparência para o governo, através do controle
rigoroso dos processos, profissionalização dos funcionários públicos e
criação de uma estrutura hierárquica formal. No entanto, o excesso de
regulamentações acabou gerando problemas como a lentidão e a
falta de eficiência nos serviços públicos.
Burocrática
Esse modelo surgiu na segunda metade do século XX e é o modelo
predominante após 1995, até os dias de hoje.
Há uma descentralização das decisões e funções do estado,
permitindo mais autonomia na gestão de recursos humanos, materiais
e financeiros. O foco está na qualidade do serviço público e na
redução de custos, visando uma administração mais eficiente.
Nesse modelo, o cidadão é considerado o foco das políticas públicas,
não apenas um usuário passivo do sistema. Os serviços são
descentralizados, o que significa que as decisões são tomadas mais
próximas das comunidades.
Gerencial
Apesar de se inspirar na administração de empresas, é importante
destacar que há diferenças significativas, especialmente no que diz
respeito à fonte de receita. Enquanto as empresas dependem dos
pagamentos de clientes, o setor público obtém sua receita
principalmente através de impostos e contribuições obrigatórias.
Gerencial
Administração direta e indireta
 A Administração pública pode atuar de diversas formas,
oferecendo serviços para a população de maneira centralizada e
descentralizada:
Quando as atividades são realizadas em uma única entidade da
Federação, (União, Estados ou Municípios),trata-se de uma
atividade centralizada.
Quando a função administrativa é exercida por outra pessoa
jurídica, temos uma caso de descentralização.
A administração pública direta refere-se aos órgãos e entidades que
compõem a estrutura do governo central, ou seja, são os órgãos
diretamente ligados ao poder executivo federal, estadual ou municipal.
A administração pública direta refere-se aos órgãos e entidades que
compõem a estrutura do governo central, ou seja, são os órgãos
diretamente ligados ao poder executivo federal, estadual ou municipal.
Encontramos órgãos como ministérios, secretarias de estado,
secretarias municipais, entre outros, que são responsáveis por executar
as políticas públicas e administrar os recursos públicos de forma direta.
Esses órgãos desempenham uma ampla gama de funções e
atividades, que podem incluir a elaboração e execução de políticas
públicas, a gestão de serviços públicos, a regulação de setores
específicos, entre outras.
Administração direta
A administração pública indireta é composta por entidades que têm
personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, financeira e
patrimonial, mas que estão vinculadas ao Estado para realizar
atividades de interesse público.
Embora vinculadas ao Estado, essas entidades possuem certa
autonomia para gerir seus próprios recursos, tomar decisões
administrativas e gerir seu patrimônio.
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica foi criada em 1997
para regular o setor elétrico Brasileiro.
INSS: Instituto Nacional do Seguro Social: Criado em 1990, está
ligado ao ministério da Previdência e Assistência Social; determina o
modo de funcionamento do regime de previdência pública no Brasil.
Administração indireta
 BACEN: Banco Central do Brasil: Criado em 1964, Responsável por pela
autoridade monetária do Brasil, garante a viabilidade do Sistema
Financeiro Nacional e estabilidade nas relações econômicas. Também
fiscaliza o sistema financeiro nacional.
 FUNAI: Fundação Nacional dos Povos Indígenas (fundada em 1967) tem a
missão de proteger e prover os direitos dos povos indígenas no Brasil.
Cabe também à FUNAI, fiscalizar, delimitar e demarcar a regularização
fundiária e registros das terras ocupadas pelos povos indígenas.
Correios: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: Executa serviços de
entrega de correspondências em todo o Brasil; também presta serviços
de apoio ao governo, na distribuição de vacinas, remédios, materiais
escolares, serviços bancários, cartas, sociais, provas do ENEM e benefícios
do Governo.
Administração indireta
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administração pública
(patrimonialista, burocrática ou
gerencial) e um tipo de
administração pública (direta ou
indireta).
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principais e exemplos práticos.
Apresente sua análise sobre o
modelo de administração pública
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