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Aluna: ANA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
Questões
1.	Que é norma jurídica? E regra-matriz de incidência tributária (RMIT)? Qual a função do consequente normativo? E da base de cálculo? 
A norma jurídica é a forma linguistica de materialização da ciência jurídica, assim um bom exemplo de norma jurídica é a matriz de incidência tributária como deôntico para o ramo do direito tributário (CARVALHO. 2019, ).
No que diz respeito a função do consequente normativo, (FOLADOR. A. E.D.M., 2015, p. 17), consigna que a incidência tributária “prescreve uma relação jurídica tributária individualizada”, da RMIT.
Da mesma forma, a base de cálculo ao ser considerado o núcleo do susposto normativo consoante a alíquota, representa dentro da RMIT o aspecto quantitativo do tributo.
2. É possível admitir a constitucionalidade da base de cálculo arbitrada, considerando que nela não identificamos a necessária correspondência entre a base e a riqueza manifestada pelo fato jurídico tributário? Se sua resposta for positiva, em quais condições? 
Não. 
Explica-se: considerando que a norma jurídica designa os fatos jurídicos, então se esta norma não estiver acautelada pelo princípio da legalidade, há fortes indícios de inconstitucionalidade, passivel do controle difuso de constitucionalidade.
3.	Distinguir: obrigação tributária e deveres instrumentais. Multa pelo não pagamento caracteriza-se como obrigação tributária? Justifique analisando criticamente o art. 113 do CTN.
Sim, a multa pelo não pagamento caracteriza um descumprimento da obrigação principal e mesmo acessória.
O artigo 113 do CTN, no parágrafo 2º aduz que as prestações são positivas ou negativas para o interesse da arrecadação e discalização, de tal forma que a multa é decorrência do descumprimento.
4.	Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de: (i) sujeito passivo; (ii) contribuinte; (iii) responsável tributário; e (iv) substituto tributário – distinguindo: substituição tributária para trás, para frente e convencional (concomitante); agente de retenção e substituição para frente. O responsável (art. 121, II, do CTN) é: (i) sujeito passivo da relação jurídica tributária; (ii) de relação de dever instrumental; ou (iii) de relação jurídica sancionatória?
Em havendo a ocorrência e concretude do fato gerador, surge a obrigação tributária do sujeito passivo. Dito de outro modo, nasce a sujeição passiva.
(i) Conforme artigo 121/CTN é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou de multa.
(ii) Contribuinte é um dos tipos de sujeito passico (Inciso I, art. 121, CTN), quando tenha relaçao direta e pessoal com o fato gerador.
(iii) Responsável tributário é aquele sujeito passivo que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de lei (Inciso II, art. 121, CTN)
(iv) Por substituto tributário o artigo 150, parágrafo 7º., CF diz ser aquele cuja lei pode atribuir a sujeito passivo a condição de responsável substituto que não seja contribuinte.
substituto tributário – distinguindo: substituição tributária para trás, para frente e convencional (concomitante); agente de retenção e substituição para frente
O responsável (art. 121, II, do CTN) é: (i) sujeito passivo da relação jurídica tributária; (ii) de relação de dever instrumental; ou (iii) de relação jurídica sancionatória?
5.	Quanto à Responsabilidade Tributária, pergunta-se:
a) 	Qual a natureza jurídica da norma de responsabilidade: norma jurídica tributária ou não-tributária; dispositiva ou sancionadora?
Trata de norma jurídica tributária dispositiva
b)	Qual a espécie de responsabilidade prevista no artigo 135 do CTN? Poderia o fiscal lavrar auto de infração contra o contribuinte e, posteriormente, executar o sócio de forma solidária à empresa? (Vide anexos IV e V).
Trata de responsabilidade solidária de terceiros. 
O fisco pode lavrar AI contra o contribuinte. Entretanto, O artigo 135, III responsabiliza apenas aqueles que estejam em direção, gerência ou representação da PJ. Assim, somente os sócios com poder de gestão são passíveis de responsabilização.
c) A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? Em caso positivo, qual sócio ou administrador pode ser alcançado: o da época do inadimplemento do tributo ou do momento em que ocorre a dissolução irregular? (VI e VII e VIII) 
Sim, a dissolução irregular caracteriza infração à lei. Por esta razão, o sócio ou administrador a ser alcançado é aqule do momento em que ocorre a dissolução.
d) O mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo pode ser justificativa para aplicação do artigo 135 do Código Tributário Nacional? Justifique sua resposta para além da aplicação da Súmula n° 430 do STJ. (Vide anexos IX e X).
Não. O mero inadimplemento não configura a responsabilidade subsidiária.É necessário as evidências de atos praticados com excessos de poderes ou infração a lei.
6. Quanto à caracterização de grupo econômico, pergunta-se?
a) Que é grupo econômico? Quais são os requisitos para a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica, prevista no art. 50 do CC? Ela pode ser aplicada ao direito tributário para fins de caracterização de grupo econômico? Há dispositivos específicos na legislação tributária que fundamentam a responsabilização do grupo econômico? A caracterização implica reconhecimento de responsabilidade solidária? (Vide anexo XI e XII). 
Por grupo econômico, entede-se duas ou mais empresas que atuam com mesmos interesses. Segundo o artigo do Código Civil, os requisitos para desconsideração da personalidade jurídica são:
a) Desvio de finalidade;
b) Confusão patrimonial
A desconsideração da personalidade jurídica, pode ser aplicada ao direito tributário. Os sócios devem ser intimados e informados da resposnabilidade solidária.
É possível a fundamentação pelo artigo 106, CTN
b) Uma vez instaurado o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, nos termos dos arts. 133 e seguintes do NCPC (Lei nº 13.105 de 2015), a defesa apresentada pela pessoa jurídica responsabilizada pela obrigação tributária de outra empresa integrante do mesmo grupo econômico pode versar sobre o mérito da cobrança (inexigibilidade do crédito tributário), ou apenas sobre a ilegitimidade de sua inclusão no polo passivo da execução fiscal? 
A defesa deve se manifestar sobre a ilegiyimidade de sua inclusão no polo passivo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CARVALHO. PAULO DE BARROS. Para uma teoria da norma jurídica: da teoria da norma à regra-matriz de incidência tributária. 
FOLADOR. A.E.D.M. A imprecisão técnico-científica da inserção dum critério pessoal na hipótese de incidência da regra-matriz de incidência tributária. 2015.

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