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Podcast 
Disciplina: Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem 
Título do tema: Teorias psicológicas da aprendizagem 
Autoria: Neide Rodriguez Barea 
Leitura crítica: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre uma abordagem recente 
que tem se tornado referência, por apresentar informações mais concretas 
sobre o processo de aprendizagem. Estamos falando da abordagem 
neurobiológica da aprendizagem! 
Embora Skinner, Piaget, Wallon e Vygotsky expliquem o processo de 
aprendizagem a partir de mecanismos psicológicos, é preciso compreender 
como estes processos ocorrem do ponto de vista fisiológico e neurológico. 
Você já parou para refletir sobre isso? A aprendizagem ocorre no cérebro, mas 
de que forma? 
Bem, vamos começar entendendo como as informações chegam até o cérebro. 
A verdade é que os órgãos do sentido são os grandes responsáveis por levar 
informações do meio externo para o cérebro. Estamos falando do tato, da 
visão, do olfato, do paladar e da audição, principalmente. São eles que captam 
os estímulos externos, que são transformados em impulsos nervosos, que 
percorrem o sistema nervoso chegando até o cérebro, onde são processados. 
 Após chegar ao cérebro, as informações são classificadas rapidamente: se o 
indivíduo estiver em perigo, o cérebro reage rapidamente, provocando uma 
reação instintiva para a sobrevivência (por exemplo, ao encostar o dedo em 
uma panela quente, a reação é removê-lo instantaneamente). Talvez você 
esteja pensando: ah, mas isso é uma reação e não uma aprendizagem. Na 
verdade, é também uma aprendizagem: a criança que encostou o dedo na 
panela tomará mais cuidado ao se aproximar de objetos quentes, alterando seu 
comportamento e exibindo um processo reflexivo sobre suas futuras ações. 
Agora, vamos a um exemplo mais clássico de aprendizagem, a leitura. Como 
isso funciona? Os olhos captam as letras e palavras, que são transformadas 
em novos estímulos que percorrem o sistema nervoso até o cérebro. Lá são 
decodificadas, ou seja, o cérebro procura o sentido de cada palavra e o sentido 
global do texto, armazenando as informações lidas junto às informações que já 
existiam previamente, trazendo novos conhecimentos ou transformando os já 
existentes. 
Mas, aqui vai uma curiosidade. Você se lembra de todos os textos que leu na 
vida? É claro que não, não é? E por que isso acontece? Porque o cérebro é 
capaz de fazer uma seleção daquilo que é mais importante, ou seja, aquilo que 
para uma pessoa é importante, é significativo, é armazenado para uso futuro e 
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aquilo que não faz muito sentido é desprezado, para que o cérebro não se 
sobrecarregue com informações inúteis no momento. 
É assim que você armazena informações importantes: seu nome, endereço, 
fatos históricos, conhecimentos práticos, experiências e deixa de lado aquilo 
que não vai agregar, como músicas antigas, histórias que não são 
significativas, processos que não são utilizados regularmente, como alguns 
cálculos matemáticos, por exemplo. 
A gente só aprende aquilo que é útil? Não, aprendemos aquilo que, na 
verdade, está associado a uma grande emoção, ou que gostamos, ou que faz 
sentido ou mesmo que sentimos repulsa, pois tudo isso está associado a 
experiências emocionadas. Quem não tem uma história feliz da infância, mas 
também uma história triste que nunca esquece? 
As emoções são fundamentais para a aprendizagem, por este motivo os 
educadores e demais profissionais da educação precisam criar estratégias 
didáticas que estimulem a curiosidade, a motivação e que estejam relacionadas 
com situações desafiantes do cotidiano. 
 
 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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