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Antidiabéticos Sobre a AutoraSobre a Autora Apaixonada por estudos, estudante de farmácia, empreendedora digital, criadora de conteúdo no @afarmafacilita, Wellina acredita que o método visual de estudos pode fazer qualquer pessoa compreender e memorizar matérias densas como a farmacologia. Por isso busca construir materiais cada vez mais qualificados, para auxiliar os estudos de estudantes e profissionais da saúde, que serão devidamente reconhecidos por seu maravilhoso trabalho de cuidar de vidas. Sumário Pâncreas Diabetes melitos tipo 1 Diabetes melitos tipo 2 Síntese da insulina Insulina Insulinoterapia Tipos de insulina Analogos da Amilina Incretinomiméticos sulfonilureias Glinidas Biguanidas Tiazilidiadionas Inibidores da alfa glicosidase incretinas Inibidores da SGLT2 Pâncreas O pâncreas produz os hormônios INSULINA, SOMATOSTINA E GLUCAGON. São chamados de homônimos peptídicos e são secretados pelas células que ficam nas ilhotas de Langerhans Células Células Células produz INSULINA produz GLUCAGON produz SOMATOSTINA esses hormônios tem papel importante na regulação de atividades metabólicas do organismo, principalmente na estabilidade da glicose. A falta relativa ou absoluta da insulina pode causar hiperglicemia grave. Se não for tratada pode causar: Nefropatia Neuropatia Retinopatia Complicações cardiovasculares Administração de insulina ou outro fármaco hipoglicemiante pode reduzir a morbidade e mortalidades associados a diabetes. Sem o funcionamento das células beta o pâncreas deixa de responder a glicose. Diabetes melitos I Esse tipo de diabetes tem como características a deficiência absoluta de insulina devido a destruição das células beta Ocorre mais comumente em crianças, adolescentes e adultos jovens A perda das funções dessas células pode resultar em processos autoimunes que podem ser causados por vírus ou toxinas ambientais. Então a pessoa com DM1 começa a sentir os sintomas da deficiência de insulina Polidopsia (sede excessiva) Polifagia (Fome excessiva) Poliúria (Urina excessiva) Perde de massa Corporal A DM1 necessita de insulina exógena para evitar a hiperglicemia grave e o estado catabolico de cetoacidose, ameaçador a vida. O uso da insulina exógena tem como objetivo manter os níveis de glicemias mais próximos do normal e evitar grandes variações na glicose. Diabetes melito II A DM2 corresponde a mais de 90% dos casos. E sua causa são fatores genéticos, idade, obesidade e resistência periférica a insulina. As alterações metabólicas são mais leves do que as da DM1, aqui os pacientes não são cetóticos. Porém as consequências clínicas a longa prazo são parecidas. A causa da DM2 se dar pela falta de sensibilidade dos órgãos-alvo à insulina Fígado, músculo e tecido adiposo e pâncreas O pâncreas consegue manter alguma função das células mas a secreção de insulina é insuficiente para manter a homeostase da glicose. A quantidade de células beta pode diminuir gradativamente no DM2 Ao contrário dos pacientes com DM1, os pacientes com DM2 frequentemente são obesos A obesidade contribui para a resistência a insulina O tratamento tem como objetivo manter a glicemia em níveis normais e evitar complicação a longo prazo O tratamento pode ser feito com redução de massa corpórea, exercícios físicos e dieta, que diminuem a resistência e corrigem a hiperglicemia em alguns pacientes. Porém a maioria dos pacientes precisam de intervenções farmacologicas com hipoglicemiantes orais Glicose GLUT-2 Glicose é clivada em ATP pela glicólise Impulso Exocitose Síntese de Insulina A emissão de insulina é guiada principalmente pela HIPERGLICEMIA E também por hormônios, aminoácidos e mediadores autônomos A glicose passa de forma passiva pelo transportador GLUT-2 para o sítio plasma ATP bloqueia os canais de potássio Canal de K+ (ATP SENSÍVEL) Receptor sulfoniluréia Potássio elevado Célula Beta Pancreática Com excesso de potássio dentro da célula beta Pancreática, ocorre abertura dos canais de cálcio (Ca²+) e despolarização da membrana O cálcio dentro da célula estimula a secreção de insulina Entrada de cálcio A insulina age no receptor de insulina do tipo tirosina- quinase Essa informação diz a célula que ela deve levar o transportador GLUT-4 para a membrana celular GLICOSE Mecanismo de ação Insulina Ao se ligar ela manda informações para a célula Onde ele irá capitar, usar e armazenar GLICOSE, LÍPIDOS E AMINOÁCIDOS Receptor de insulina Insulinoterapia 0 6 12 18 24 Ação rápida, início muito rápido, curta duração Ação rápida, curta duração Ação intermediária Ação longa, inicio lento A insulina pode ser administrada em 3 vias injetáveis Subcutânea ( aplicação diária) Intravenosa (em UTI) Intramuscular (em pronto-socorro) A ANVISA aprovou a insulina inalavel, porém é contra indicado para: Fumantes Asmático DPCO Fibrose pulmonar O nome é INSULINA AFREZZA, é um pó em um cartucho com apresentação em 3 tipos de doses. Possui início de ação de 15 minutos e duração de 2 a 3 horas Ação rápida, início muito rápido, curta duração Velocidade de ação Glulisina Asparte, Lispro Regular NPH Glargina, Dtemiir Tipos de Insulina ultra rápida Rápida curta ação Intermediária lenta Longa Ultra-lenta Lispro Asparte Glulisina Regular Humana NPH Isófana Glargina Detemir Degludeca In íci o Pic o Du ra çã o 10-15min 1-2 horas 3-5 horas 30min 1-3 horas 90 minutos 2-3 horas 6-8 horas Sem pico 6-10 horas 16-24 horas 24 horas Análogo da amilina A Amilina é um hormônio secretado junto com a insulina pelas células beta Após a alimentação FUNÇÃO Retardar o esvaziamento gástrico Reduzir a secreção pós- prandial de glicagon Aumentar saciedade FÁRMACO ANALOGO Pranlintina Como auxiliar da insulina na hora da refeição em pacientes com DM1 e DM2 INDICAÇÃO Injeção subcutânea imediatamente antes das refeições ADMINISTRAÇÃO Quando a planlintina é administrada, a dose de insulina da hora da refeição deve ser reduzida em 50%, para Evitar o risco de hipoglicemia Não deve ser utilizado a mesma seringa da insulina EFEITOS ADVERSOS Náusea anorexia Êmese (vômito) CONTRAINDICAÇÕES Gastroparesia Diabética ( esvaziamento gástrico retardado) hpersensibilidade ao cresol Inconsciência hipoglicemica Melhora a secreção de insulina dependente de glicose Retarda o esvaziamento gástrico Aumenta a saciedade Diminuí a secreção pós-prandial de glicagon Prove a liberação de células beta Incretinomiméticos É quando a secreção de insulina é aumentada em torno de 60% quando há administração de glicose oral em comparação com a Intravenosa EFEITOSFÁRMACOS EFEITOS ADVERSOS A Exenantida tem meia-vida muito curta o que faz necessário ser injetada 2x ao dia, 60min antes do café e antes do jantar. Os incretinomiméticos geram o "EFEITO ICRETINA", que no DM2 é reduzido. MAS O QUE É ESSE EFEITO? Esse efeito ocorre porque o intestino libera hormônios incretina ( Glucagon-1, insulinotropico e glicose-dependente) em responda as refeições. Esses hormônios são responsáveis por 60 a 70% da secreção pós-prandial da insulina Exenantida Liraglutina Liraglutina tem meia-vida longa o que permite ser administrada um vez ao dia sem relação com as refeições Náusea Êmese Diarréia Constipação Canal de K+ (ATP SENSÍVEL) Receptor sulfoniluréia Influxo Liberação da insulina Sulfonilureias FÁRMACOS Estimulam a liberação de insulina das células beta do pâncreas. Ela bloqueia os canais de potássio (K+) sensíveis ao ATP. Potássio elevado O que resulta em despolarização, influxo de Cálcio (Ca²+) e liberação da insulina. Entrada de cálcio Além desse mecanismo, as sulfonilureias diminui a produção de glicose no fígado e aumenta a sensibilidade periférica à insulina. Duração da ação variade 12 a 24 hora. INDICAÇÃO Diabetes melitos tipo 2 Glibenclamida Glipizida Glimepirida EFEITOS ADVERSOS Aumento de massa corporal Hiperinsulinemia Hipoglicemia Devem ser usadas com cautela na insuficiência renal por risco de hipoglicemia GLIBENCLAMIDA APRENSENTA MAIOR RISCO GLIPIZINA e GLIMEPIRIDA são opções mais seguras em caso de insuficiência renal e idosos GLIBENCLAMIDA TEM POUCA PASAGEM NA PLACENTA E PODE SER UMA ALTERNATIVA A INSULINA EM GESTANTES Liberação da insulina Glinidas Itraconazol Fluconazol Eritromicina Claritromicina INIBIDORES DA CYP3A4 Podem aumentar o efeito hipoglicemiante da repaglinida Podem ter efeito oposto Assim como as sulfonilureias, as glinidas também estimulam a secreção de insulina O mecanismo também é parecido. Se ligam em locais diferentes das células beta, fecham canais de K+ sensiveis a ATP. Levando a reações que resultam na liberação d insulina. Tem inicio de ação mais rápido e duração mais curta se comparada as sulfonilureias. As Glinidas são consideradas reguladores glicêmicos pós-prandiais, por isso devem ser administradas antes das refeições. As glinidas não devem ser associadas com as sulfonilureias pela sobreposição do mecanismo de ação. Risco de hipoglicemia grave INDICAÇÃO Diabetes melitos tipo 2 EFEITOS ADVERSOS Aumento de massa corporal Hipoglicemia INTERAÇÕES FÁRMACOS Repaglinida Nateglinida Barbitúricos Carbamazepina Rifanpicina INDUTORES DA CYP3A4 GENFIBROZILA pode aumentar muito o efeito da ripaglinida CONTRAINDICAÇÃO Biguanidas AUMENTA a oxidação dos ácidos graxos Aumenta captação de glicose DIMINUI lipogênese e glicogênese AMPK é ativada quando as reservas energéticas celulares estão reduzidas ao contrário das sulfonilureias a metformina não provoca liberação de insulina Anorexia náusea diarreia desconforto abdomina deficiencia de vitamina b12 Deve ser usada com cuidado em paciente com mais de 80 anos Contraindicações Agem aumentando a atividade da AMPK de forma desconhecida e a VANTAGEM disso é que não ocorre hiperinsulinemia e o risco de hipoglicemia é muito menor INDICAÇÃO Diabetes melitos tipo 2 síndrome do ovário policístico (infertilidade) FÁRMACOS Metformina A Associação Americana de Diabetes (ADA), recomenda a metformina como fármaco de escolha para DM2 A metformina pode ser usada com outros hipoglicemiantes orais e insulina, porém deve ser feito ajuste de dose em alguns casos para evitar hipoglicemia. EFEITOS ADVERSOS Disfunção renal Infarto agudo do miocárdio Sepse Qualquer distúrbio que possa causa insuficiência renal aguda MEANISMO DE AÇÃO MEANISMO DE AÇÃO FÁRMACOS EFEITOS ADVERSOSINDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES Tiazolidiadionas Precisam da insulina para que efetuar sua ação Porém não provém a liberação da mesma Ela age se ligando ao PPAR um receptor hormonal nuclear Diminuindo a resistência a insulina, regulando: Metabolismo lipídico AUMENTADO a captação de glicose DIMINUINDO a gliconeogênese Pioglitazona Rosiglotazona A dose de insulina deve ser diminuída quando usada com esses fármacos Não são problema na insuficiência renal Porém deve ser evitado em lactentes Necessário monitorar periodicamente a função hepática Aimento de peso Retenção de líquido Osteopenia Infarto do miocárdio Cefaleia Anemia Diabetes melitos tipo 2 Sindrome do ovário policístico (infertilidade) Pacientes com insuficiência cardíaca grave MEANISMO DE AÇÃO FÁRMACOS Inibidores da alfa glicosidase INDICAÇÕES EFEITOS ADVERSOSCONTRAINDICAÇÕES Agem no intestino inibindo a alfa-glicosidase Os fármacos dessa classe inibem essa enzima ocasionando: Retardo na digestão de carboidratos Devem ser ingeridos antes das refeições A alfa-glicosidase é uma enzima que quebra (hidrolisado) os carboidratos em glicose e outros açúcares simples Redução dos níveis de glicose pós-prandial Aumento na liberação de GLP-1 Arcabose Miglitol Viglibose Não causam hipoglicemia quando usados isolados Diabetes melitos tipo 2Flatulência Diarreia Cólicas intestinais Inflamação intestinal Ulceração colônica Obstrução intestinal Mas quando administrados com secretores de insulina ou insulina pode ocorrer hipoglicemia MEANISMO DE AÇÃO Inibem a enzima DPP-4 Incretinas diminuição da secreção de glucagon Aumentando a atividade das incretinas FÁRMACOS Alogliptina Linagliptina Sexagliptina Sitagliptina Todos devem ter ajuste de dose na disfunção renas com EXCEÇÃO da linagliptinas INDICAÇÕES EFEITOS ADVERSOSCONTRAINDICAÇÕES INTERAÇÕES responsável pela inativação dos hormônios incretinas QUE CAUSA: aumento na liberação de insulina aumenta a concentração de glicose no sangue Diabetes melitos tipo 2 Nasofaringite cefaleia pacientes com pancreatite Inibidores potentes da CYP3A4/5 Ritonavir Atazanavir Intraconazol Claritromicina Podem amentar a concentração de sexagliptina MEANISMO DE AÇÃO Inibem a enzima SGLT2 Inibidores da SGLT2 quando SGLT2 é inibido ocorre uma diminuição na reabsorção de glicose E um aumento na excreção de glicose urinária e com isso diminuição da glicemia Esses fármacos também diminuem a absorção de sódio e pode reduzir a pressão arterial. PORÉM NÃO É INDICADO NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO FÁRMACOS Canaglifozina Dapaglifozina Empaglifozina São fármacos diuréticos EFEITOS ADVERSOSCONTRAINDICAÇÕES Responsável por reabsorver a glicose no lúmen tubular dos rins Infecções genitais por fungos Infecções urinárias Urina frequente Hipotensão Deve ser evitado em pacientes com disfunção renal Não possui risco de hipoglicemia Referencias WHALEN. K Farmacologia Ilustrada - 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. - RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M.; Flower, R. J.; Henderson G. Rang & Dale. Farmacologia. 7ª edição. GOLAN, David E. e col. Editora Guanabara Koogan, 3ª edição, 2014. Farmacologia. Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. São Paulo: SBD, 2019.
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