Buscar

Legislação Educacional para EJA

Prévia do material em texto

Educação de Jovens e 
Adultos
Legislação Educacional e EJA
Desenvolvimento do material
Alba Valéria
1ª Edição
Copyright © 2022, Afya.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Legislação Educacional e EJA
Para início de conversa… ................................................................................ 3
Objetivo ......................................................................................................... 3
1. EJA na Constituição e na LDB ................................................................... 4
2. Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA .......................................... 7
3. EJA no PNE - Lei 13.005/2014 ................................................................. 9
Referências ......................................................................................................... 11
Para início de conversa…
Queremos retornar ao entendimento de que a EJA sempre esteve 
relacionada a uma perspectiva de ensino vinculada a iniciativas privadas 
e propostas de filantropia. Sim, a EJA não aparece nos registros históricos 
como uma prioridade de ensino ou como uma forma de promover 
igualdade social. Você compreendeu até aqui que, em um primeiro 
momento, na história brasileira da educação, era necessário alfabetizar 
para que elas votassem, assim, o objetivo da educação de adultos estava 
concentrado em oferecer alfabetização a homens adultos para que eles 
pudessem cumprir seu papel de votante. E as mulheres? E os jovens 
entre 15 e 18 anos que deixavam a escola?
Esse olhar para compreender o real papel da educação foi sendo 
construído com o tempo. A educação de jovens passou a ser entendida, 
também, como importante para construção de mão de obra qualificada 
e, mais tarde, desenvolveu-se a percepção de que educar é preparar para 
a tomada de decisão. Estes são conceitos teóricos que foram construídos 
somente após o entendimento de que é necessário educar para formar 
uma sociedade mais justa. Por isso, quando a educação de jovens e 
adultos é reconhecida como um direito na LDB, pode-se identificar um 
marco para a construção de uma sociedade com um olhar voltado para a 
redução das desigualdades.
Assim, nesta unidade de aprendizagem, buscaremos entender o que 
representa cada espaço conquistado pela EJA na legislação educacional 
brasileira.
Objetivo
Analisar na Constituição, na LDB, no PNE e nas Diretrizes Curriculares 
Nacionais as referências e diretrizes sobre EJA.
Educação de Jovens e Adultos 3
1. EJA na Constituição e na LDB
Vamos começar este estudo trazendo o que diz a LDB (Lei 9.394/96) na 
redação dada pelo capítulo II Seção V no tocante À Educação de Jovens 
e Adultos. Ao reconhecer que é dever do Estado permitir o acesso à 
educação pública de qualidade a todos aqueles que são pertencentes 
a essa nação, reconhece-se também como direito fundamental do 
indivíduo o acesso ao desenvolvimento intelectual continuado, ou seja, 
uma formação para a toda vida e não, mas somente aos anos iniciais da 
educação. Observe com atenção a Seção V da Lei de Diretrizes e Bases:
Seção V
Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram 
acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
§1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, 
que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais 
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições 
de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador 
na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a 
educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 
2008)
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que 
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento 
de estudos em caráter regular.
§1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I – no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
II – no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios 
informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
É possível perceber, já no início da redação, uma preocupação com a 
continuidade formativa daqueles que não conseguiram continuar 
sua formação básica. Observa-se que, ao usar a expressão “acesso ou 
continuidade”, abre-se a possibilidade àqueles que concluíram apenas 
parte da sua formação de retornarem aos espaços de aprendizagem e 
terem seu direito à continuidade de aprendizagem garantida por lei.
Seguindo, agora, para o primeiro parágrafo, temos a redação contemplando 
como direito não só a alfabetização, mas um espaço de aprendizagem 
que oportunize a inclusão do aluno como ser social, ou seja, tendo seu 
contexto sócio-histórico sendo contemplado na metodologia aplicada 
observa-se no texto a seguinte redação: “oportunidades educacionais 
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, 
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.” Identifica-se 
uma preocupação de contemplar não só as contextualizações de espaço, 
mas os interesses daquele público em especial, por isso, essa legislação 
é tão importante no tocante a trazer um novo olhar para EJA.
Educação de Jovens e Adultos 4
No parágrafo segundo da lei, é possível perceber o reconhecimento 
de que é papel do Estado favorecer e oferecer essa formação para os 
discentes da EJA, algo que, até então, era atribuição reconhecidamente 
delegada a instituições filantrópicas. O Estado passa a ser o responsável 
por criar ações que possam garantir o acesso, permanência e o incentivo 
de que o jovem e o adulto retornem para completar sua formação.
Você deve estar pensando que, de alguma forma, esse cenário se constitui 
como o melhor para a educação de jovens e adultos. Mas, temos, aqui 
dois pontos a compreender.
Figura 1: O cenário da EJA passou por várias e importantes mudanças ao longo dos anos.
Fonte: Dreamstime.
O primeiro diz respeito à idade mínima. Ao permitir que alunos de 15 anos 
completos sejam atendidos pela EJA passa-se a ter uma mistura nas salas 
de aulas daqueles que não podem mais perder tempo e reconhecem a 
importância da educação para a sua vida e, ao mesmo tempo alunos que 
vieram repetindo o ano por problemas de comportamento, desinteresse 
ou até mesmo dificuldades de aprendizagem sendo “empurrados” para 
a EJA. Ou seja, aquele aluno que era um problema para a educação no 
tempo regular é matriculado à noite para que dê continuidade à sua 
formação.
Os professores da educação de jovens e adultos têm relatado esse novo 
cenário. Eles informam que ao contrário de se buscar compreender os 
motivos que levam aquele aluno à indisciplina, ao desinteresse, na 
maioria das vezes, o que ocorre é a reprovação sistemática até que ele 
possa se tornar um aluno a adequado à transferência para EJA.
O segundo aspecto a se considerar é também a formação do professor 
para atender o aluno que acessa a EJA, por este ser um aluno 
diferenciado, que já atua no mercado de trabalho e que precisa ter seu 
cenário contemplado para que seja capaz de desenvolver a visão sobre 
os assuntos teóricos na sua dimensão prática e muitas vezes ao longo 
da formação docente inicial, não há uma preocupação em formar o 
Educação de Jovens e Adultos 5
professor para atuar nesse cenário. Principalmente, no que diz respeito à 
formação do pedagogo. 
Figura 2: A formação de professores para atuar no EJA é importante e deve ser valorizada.
Fonte: Dreamstime.Assim, podemos dizer que apesar de a LDB trazer uma proposta 
inclusiva para o cenário da EJA e que este foi um avanço fundamental 
para educação de jovens e adultos, no cenário da educação brasileira, 
existem pontos a se discutir para que possamos avançar com qualidade 
nessa modalidade também.
Por último, mas não menos importante, faremos referência ao terceiro 
parágrafo da Lei. “A educação de jovens e adultos deverá articular-
se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)”. Esse ponto também 
recebeu algumas críticas, justamente pela vinculação da educação de 
jovens e adultos a formação de mão-de-obra, pois reforça o entendimento 
de que a educação de alguma forma distingue aqueles que seguiram os 
caminhos para os estudos teóricos e aqueles que deverão atuar em nível 
operacional. 
Sabe-se que, após ingressar no mercado de trabalho, a dificuldade em 
continuar a formação é muito grande, dadas as condições, muitas vezes, 
precárias que a maioria dessas pessoas vive. Assim, questiona-se se um 
programa de formação nestes modelos não está de certa forma alargando 
as desigualdades presentes na oferta da educação. 
Deixamos a vocês o caminho para assumirem suas próprias perspectivas, 
mas desejamos destacar que de toda forma, é sem dúvida um avanço 
fundamental a EJA ser contemplada como um direito na LDB. Sigamos, 
agora, para as Diretrizes Curriculares para EJA.
Educação de Jovens e Adultos 6
2. Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA
Faz-se necessário iniciar este tema esclarecendo que, como todo 
processo de construção de Diretrizes, a construção é um processo lento 
em que é preciso estudar, discutir e construir caminhos sempre a muitas 
mãos. O cenário educacional que se pretende estabelecer é desenhado 
por todos os envolvidos que buscam contemplar as vozes dos demais 
pertencentes à nação. Assim, o que ocorre é um exercício de estabelecer 
consenso ao que é adequado para desenvolver como diretrizes para 
educação em um país com realidades tão díspares, como é o Brasil e suas 
regiões. Imagina-se portanto, buscar contemplar cenários de educação 
de jovens e adultos que estão em regiões diferentes em realidades como 
o Sul e o Nordeste, por exemplo. Este foi o cenário de construção das 
DCN para EJA.
Assim, em 2008, a Câmara de Educação Básica definiu diretrizes 
Operacionais para EJA, no que diz respeito à idade mínima, certificação 
entre outros temas, inclusive em relação à oferta em modalidade à 
distância. Entretanto, esses foram os pontos que também fizeram que o 
parecer fosse inicialmente rejeitado e retornasse para que os mesmos 
pontos fossem revisitados. Uma vez que se desejava entender como os 
aspectos da redução da idade mínima para 15 anos e a possível oferta 
na modalidade à distância poderiam impactar na qualidade da educação. 
Veja, a seguir, alguns tópicos relevantes sobre a DCN para EJA.
Nas diretrizes curriculares para EJA, temos como principal objetivo:
Art. 1º - Esta Resolução institui Diretrizes Operacionais para a Educação 
de Jovens e Adultos (EJA) nos aspectos relativos à duração dos cursos e 
idade mínima para ingresso nos cursos e exames de EJA, à certificação 
nos exames de EJA, à Educação de Jovens e Adultos desenvolvida 
por meio da Educação a Distância (EAD), a serem obrigatoriamente 
observadas pelos sistemas de ensino, na oferta e na estrutura dos cursos 
e exames de Ensino Fundamental e Ensino Médio que se desenvolvem 
em instituições próprias integrantes dos Sistemas de Ensino Federal, 
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal.
Um dos pontos muito importantes das DCN para EJA diz respeito a 
compreender tais diretrizes não como política de um governo apenas, 
mas como uma política pública de educação voltada para garantir o 
direito à educação. Dessa forma, pode-se garantir que as ações iniciadas 
em um governo não sejam descontinuadas nos demais.
 ▪ Quanto ao tempo de duração da EJA, lê-se:
Art. 4º - Quanto à duração dos cursos presenciais de EJA, mantém-se 
a formulação do Parecer CNE/CEB no 29/2006, acrescentando o 
total de horas a serem cumpridas, independentemente da forma de 
organização curricular: I - para os anos iniciais do Ensino Fundamental, 
Educação de Jovens e Adultos 7
a duração deve ficar a critério dos sistemas de ensino; II - para os anos 
finais do Ensino Fundamental, a duração mínima deve ser de 1.600 
(mil e seiscentas) horas; III - para o Ensino Médio, a duração mínima 
deve ser de 1.200 (mil e duzentas) horas.
Parágrafo único. Para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio 
integrada com o Ensino Médio, reafirma-se a duração de 1.200 (mil e 
duzentas) horas destinadas à educação geral, cumulativamente com a 
carga horária mínima para a respectiva habilitação profissional de Nível 
Médio, tal como estabelece a Resolução CNE/CEB no 4/2005, e para o 
ProJovem, a duração estabelecida no Parecer CNE/CEB no 37/2006.
Assim, fica claro que para os anos iniciais do fundamental não há uma 
determinação de carga horária a ser cumprida como mínima, mas os 
anos finais e o ensino médio a serem contemplados pela EJA não há 
uma determinação de carga horária mínima, mas para os anos finais do 
EF e EM ficam respectivamente condicionados a respeitar 1.660 horas e 
1.200 horas.
 ▪ A idade mínima fica limitada a 15 anos.
Parágrafo único. Para que haja oferta variada para o pleno atendimento 
dos adolescentes, jovens e adultos situados na faixa de 15 (quinze) anos 
ou mais, com defasagem idade-série, tanto sequencialmente no ensino 
regular quanto na Educação de Jovens e Adultos, assim como nos cursos 
destinados à formação profissional, nos termos do § 3o do artigo 37 da 
Lei no 9.394/96, torna-se necessário:
Ao mesmo tempo em que há uma preocupação com atendimento em 
larga escala, há uma preocupação em atingir a qualidade no ensino.
 ▪ Da avaliação de qualidade
Art. 8º - O poder público deve inserir a EJA no Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Básica e ampliar sua ação para além das avaliações 
que visam identificar desempenhos cognitivos e fluxo escolar, incluindo, 
também, a avaliação de outros indicadores institucionais das redes 
públicas e privadas que possibilitam a universalização e a qualidade 
do processo educativo, tais como parâmetros de infraestrutura, gestão, 
formação e valorização dos profissionais da educação, financiamento, 
jornada escolar e organização pedagógica.
O desafio da avaliação está justamente em garantir que seja avaliado o 
processo com um todo e não somente a ponta, como ocorre em outros 
processos avaliativos como a prova Brasil, por exemplo. Ao avaliar-se 
apenas aos extremos, o ponto em que houve lacuna fica mais difícil de 
ser identificado. Ainda assim, é importante que se retorne discussão 
sobre como avaliar os indicadores de desempenho.
Educação de Jovens e Adultos 8
 ▪ Quanto à modalidade a distância.
Art. 9º - Os cursos de EJA desenvolvidos por meio da EAD, como 
reconhecimento do ambiente virtual como espaço de aprendizagem, 
serão restritos ao segundo segmento do Ensino Fundamental e ao 
Ensino Médio, com as seguintes características:
Fica garantida a possibilidade de oferta de EJA na modalidade a distância, 
contudo, há uma preocupação com a idade de acesso e, principalmente, 
em que haja uma parceria com o governo normatizando a oferta e 
validando o formato, a fim de que não se crie apenas uma forma de 
garantir certificação de forma indiscriminada.
A partir desses pontos, é possível identificar algumas questões que ainda 
tornam a EJA uma modalidade que merece nossa atenção em relação à 
qualidade do ensino ofertado. Como avaliar? Quais metodologias? Como 
os professores são formados para atuar na modalidade são indagações 
que devem permear nosso estudo para a modalidade.
3. EJA no PNE - Lei 13.005/2014
Neste momento, vamos destacar a relação dos objetivos descritos 
no PNE e o que tem sido discutido nos Confiteas, que culminou na 
Declaração de Hamburgo. Assim, a metade reduzir a desigualdade pode 
ser considerada o eixo norteador desse documento, afinal, não há como 
estabelecer metas de redução de desigualdade sem se pensar no direito 
à educação.
Assim, desejamos trazer alguns tópicos de PNE já que o documento em 
sua íntegra está indicado nas referências bibliográficas. 
É possível observar, já no início deste documento, os seguintes objetivos:
Art. 2º São diretrizes do PNE:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da 
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e 
éticos em que se fundamenta a sociedade;(...)
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às 
necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à 
sustentabilidade socioambiental.
Há de se perceber, neste ponto, que se em algum momento houve dúvidas 
sobre os objetivos do PNE em contemplar as metas para erradicação 
Educação de Jovens e Adultos 9
do analfabetismo, na redação do texto, isso fica muito claro. Assim, a 
erradicação do analfabetismo e a universalização do ensino são os 
pontos centrais no desenvolvimento desse plano. Agora, vamos atentar 
às Metas 8, 9 e 10 do PNE, que são ligadas diretamente à Educação de 
Jovens e Adultos.
Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 
(vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de 
estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do 
campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco 
por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e 
não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística - IBGE.
Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) 
anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos 
por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o 
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa 
de analfabetismo funcional.
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das 
matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e 
médio, na forma integrada à educação profissional.
Observa-se, nessas metas, a busca pela redução dos números alarmantes 
que tanto destacam a desigualdade no nosso país, em relação ao acesso 
ao ensino no tempo certo. Por isso, as estratégias para desenvolver 
a aprendizagem nesta faixa etária se mostram tão relevantes. Tais 
estratégias vão desde assegurar a oferta gratuita desta modalidade à 
“criar benefício adicional no programa nacional de transferência de 
renda para jovens e adultos que frequentarem cursos de alfabetização”.
Acreditamos que você deva estar se perguntando o porquê dessa 
preocupação tão grande em cumprir tais metas. 
O Brasil, juntamente com outros países, é signatário da declaração de 
Hamburgo e vem correndo contra o tempo para demonstrar que está 
honrando seu compromisso em reduzir a desigualdade social investindo 
em educação. 
Por isso, é tão importante que tais acordos não fiquem somente no 
papel, afinal seu impacto não diz respeito a oferecer um diploma, mas 
sim garantir o acesso à educação daqueles que estão em posição de 
exclusão social.
Educação de Jovens e Adultos 10
Durante nosso estudo, tivemos acesso aos marcos legais que norteiam 
a Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Apresentamos os pontos que 
são centrais para organização da oferta, como faixa etária e quantas 
horas de oferta para cada segmento além das modalidades em que o 
ensino pode ser ofertado. Para além desse aspecto, também discutimos 
a importância da avaliação da qualidade do ensino ofertado.
Outro aspecto discutido foi o impacto das metas na construção de 
estratégias de ensino na modalidade. Assim, pudemos refletir sobre 
questões periféricas às normatizações que na verdade são fundamentais 
para garantir o sucesso da EJA como formação de professores para 
atuar na modalidade e adequação das estratégias. Esperamos que 
siga pensando sobre esses aspectos e busque compreender melhor os 
elementos necessários a uma boa atuação na modalidade.
Referências
BRASIL. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação 
Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-
pdf&Itemid=30192. Acesso em: 20 set. 2019.
BRASIL. Resolução CNE/CEB 3/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 16 
de junho de 2010, Seção 1, p.66. Disponível em: https://convivaeducacao.
org.br/marcos-legais/educacao-jovem-adultos.pdf. Acesso em: 18 set. 
2019.
BRASIL. Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional 
de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso 
em: 18 ago. 2019.
Educação de Jovens e Adultos 11
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192
https://convivaeducacao.org.br/marcos-legais/educacao-jovem-adultos.pdf
https://convivaeducacao.org.br/marcos-legais/educacao-jovem-adultos.pdf
https://convivaeducacao.org.br/marcos-legais/educacao-jovem-adultos.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
	Legislação Educacional e EJA
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. EJA na Constituição e na LDB
	2. Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA
	3. EJA no PNE - Lei 13.005/2014
	Referências

Continue navegando