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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Instrutores: Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho Coordenador do Projeto: Joni Coser CHAPECÓ, 21 E 22 DE OUTUBRO DE 2010 2 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 1 INTRODUÇÃO As práticas de manutenção em eletrônica de equipamentos residenciais, médicos, industriais são comuns aos vários ramos. Cada componente eletrônico exerce uma função no circuito, e seus arranjos executam o controle da eletricidade para uma aplicação. Nesse curso iremos começar entendendo como se testam os componentes eletrônicos, Averiguação de componentes que apresentam defeito. Serão disponibilizados componentes que apresentam irregularidades para identificação dos defeitos através de procedimento visual ou com multímetro. Realizar processo de extração e ressoldagem de componentes eletrônicos. Demonstração do processo de manutenção de equipamentos que apresentam defeito e a realização de reparos necessários. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 3 2 TESTANDO COMPONENTES ELETRÔNICOS 2.1 COMPONENTES PASSIVOS 2.1.1 RESISTOR Componente utilizado em circuitos eletrônicos com o objetivo de diminuir ou oferecer uma resistência à passagem do fluxo de corrente elétrica por uma determinada parte do circuito. Quanto maior o valor da resistência, maior será a barreira para a passagem da corrente elétrica. Os resistores não têm polaridade, qualquer terminal poderá ser conectado ao circuito. Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: corpo escurecido ou carbonizado devido ao sobre aquecimento. Alteração na leitura com o multímetro que extrapolam a tolerância indicada ou até abrirem totalmente (resistência infinita). Raramente apresentam curto-circuito. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 4 2.1.2 CAPACITORES Um capacitor é um componente eletrônico usado para armazenar carga elétrica. É constituído de duas placas metálicas planas e paralelas, e entre estas, um material isolante que define o tipo. Sendo assim, se o material isolante for o plástico chamado poliéster, teremos um capacitor de poliéster, se for a mica, teremos um de mica, ser for de tântalo, chamamos de capacitor de tântalo etc. Em um circuito eletrônico um capacitor pode ser usado para vários propósitos como: armazenar energia elétrica, como oscilador, filtro, etc. Leitura de capacitores de poliéster metalizado IMPORTANTE: As cores têm a mesma correspondência com os números que nos resistores. Os valores obtidos são em picofarads. Primeira faixa; Primeiro algarismo do valor. Segunda faixa: Segundo algarismo do valor. Terceira faixa: Número de zeros a acrescentar. Quarta faixa: Tolerância - Preto — 20% — Branco— 10% Quinta faixa: Tensão Máxima de trabalho: Vermelho - 250 V Amarelo — 400 V Azul - 630 V Leitura de capacitores cerâmicos Os dois primeiros números são os dois algarismos do valor. O terceiro número representa o número de zeros que deverá ser colocado. O valor encontrado estará em picofarads. Usualmente só expressamos os valores de capacitores em Picofarads, Nanofarads ou em Microfarads. Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: corpo estufado ou carbonizado devido ao sobre aquecimento ou explosão. Exalar odor parecido com urina e/ou vazar fluidos. Alteração na leitura com o multímetro que não alcançam a tolerância indicada ou se apresentan em curto-circuito. E raramente apresentam em fuga, onde é medido o valor corretamente, mas quando em regime de trabalho aquecem e apresentam consumo excessivo. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 5 2.1.3 INDUTORES Também chamados reatores, os indutores podem ser testados medindo a indutância (Henri), com a verificação da continuidade do enrolamento e isolamento da bobina com a carcaça. Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: corpo carbonizado devido ao sobre aquecimento ou explosão. Exalar odor de esmalte queimado. Vibração excessiva das lâminas. Alteração na leitura com o multímetro (em escala de ohm) indica curto-circuito (não é conclusivo) ou até abrirem totalmente (resistência infinita). Dependendo da bobina a ser medida para descartar o curto circuito, é preciso energizar com uma resistência em série (lâmpada) para se ter uma noção melhor da situação sem curto- circuitar a alimentação. 2.1.4 RELES ELETROMECANICOS Testam-se os reles eletromecânicos, verificando a continuidade da bobina e as resistências dos contatos. Existem reles que possuem um diodo interno ligado em série com a bobina fornecendo valores acima do esperado sendo necessário alimentar. Em relação ao C – Contato Comum: Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: corpo derretido devido ao sobre aquecimento ou curto na carga. Vibração excessiva das lâminas de contato parecendo ter algo frouxo devido à fadiga do material. Alteração na leitura com o multímetro (em escala de ohm) indica resistência nos contatos. Dependendo da capacidade dos contatos é necessário testar com carga dando pequenas batidas sobre o corpo para descartar desgaste de contatos Bobina desligada: Bobina ligada: NF ou NC - Normalmente fechado - resistência de zero ohm. NA ou NO - Normalmente aberto - resistência infinita. NF ou NC - Normalmente fechado - resistência infinita. NA ou NO - Normalmente aberto - resistência de zero ohm. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 6 2.1.5 CONTATORES Devem ser testado do mesmo modo eletromecânico que o reles estado dos contatos principais e dos contatos auxiliares, ou seja, continuidade da bobina, contatos principais e dos contatos auxiliares. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 7 2.2 SEMICONDUTORES 2.2.1 DIODOS Os diodos semicondutores são internamente constituídos deuma Junção PN, isto é: a Junção de um Cristal do tipo N com um do tipo P. Cristal do tipo N tem elétrons livres em excesso e Cristal do tipo P tem lacunas em excesso. Seus terminais são chamados de ânodo (Cristal P) e de cátodo (Cristal N). Quando aplicamos potenciais positivos no ânodo e negativos no cátodo (Polarização Direta) a resistência do diodo é baixa (Permite passagem de corrente elétrica). Quando aplicamos potenciais negativos no ânodo e positivos no cátodo (Polarização Inversa) a resistência do diodo é muito alta (Bloqueia a passagem de corrente elétrica). Portanto para testar um diodo semicondutor, basta medir o valor da sua resistência elétrica nos dois sentidos (Invertendo as pontas do multímetro em uma das medidas). Em uma das medidas devemos obter alta resistência e na outra medida baixa resistência. Os diodos de pequenas correntes têm um pequeno anel desenhado em um dos lados, identificando o catodo. Os de maiores correntes têm o símbolo gravado no próprio corpo, podendo—se deste modo identificar os dois terminais. Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: terminais descolorados devido ao sobre aquecimento, diodos com corpo de porcelana tendem a romper os terminais pelo mesmo motivo. Alteração na leitura com o multímetro indica resistência zero. 2.2.2 DIODO ZENER O diodo Zener também tem internamente uma junção PN, porém, quando polarizados inversamente, possui uma tensão de ruptura de valor baixo, não sendo destruídos e mantendo sobre si esta tensão. Utilizando-se de um multímetro pode-se verificar se o zener possui baixa resistência em um sentido e elevada no sentido oposto, que é o mesmo teste feito em diodos semicondutores comuns. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 8 2.2.3 TRANSISTORES Um transistor é constituído internamente de 3 camadas de material semicondutor, podendo ser do tipo NPN ou PNP. Independentemente do tipo do transistor, o seguinte teste com o multímetro pode ser efetuado: Combinam-se os três terminais do transistor dois a dois; e em cada combinação mede—se o valor da resistência elétrica nos dois sentidos. Anotam—se os resultados. Se o transistor em teste estiver bom os resultados encontrados serão: Resistências: Alta e Baixa — Alta e Baixa - Alta e Alta Estes resultados independem da ordem ou da seqüência em que aparecem. Quaisquer outros resultados, tais como Alta-Alta duas vezes, ou alguma combinação resultando em Baixa-Baixa indicarão que o transistor em teste está danificado. Por resistência Baixa entenda-se algo menor que 100 ohms e por resistência alta, valores na ordem de kilo ohms ou mais. Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: Encapsulamento avariado e terminais rompidos por arco voltaico. Alteração na leitura com o multímetro indicando resistência zero. 2.2.4 TIRISTOR SCR Os SCR (Silicon Controled Rectifier — Retificador Controlado de Silício) são estruturas formadas por 4 pastilhas de material semicondutor, duas do tipo P e duas do tipo N. Os terminais são chamados Anodo, cátodo e gatilho. Podemos testar estes componentes com o multímetro, bastando para isto observar os seguintes resultados quando efetuamos medidas de resistências: Entre anodo e cátodo encontraremos sempre alta resistência(nos dois sentidos de polarização). Entre anodo e gatilho também encontraremos alta resistência nos dois sentidos de medida. E entre cátodo e gatilho obteremos: a) Para SCRs até 16 Ampéres - Alta resistência em um sentido e baixa no sentido oposto. b) Para SCRs de correntes superiores a 16 Ampéres — Baixa resistência nos dois sentidos. Defeitos detectáveis: Podem apresentar problemas visíveis como: Encapsulamento avariado e terminais rompidos por arco voltaico. Alteração na leitura com o multímetro indicando resistência zero entre anodo e cátodo e resistência infinita no gatilho. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 9 2.2.5 TRIACS Os TRIACS são estruturas que podem ser comparadas a dois SCRs conectados em antiparalelo em um mesmo encapsulamento. Seus terminais são chamados anodo 1, anodo2 e Gatilho. Para testarmos estes componentes usando o multímetro, os valores de resistências encontrados nas medições devem ser: Entre anodo 1 e anodo 2 sempre alta resistência, independente da polarização Entre anodo 1 e gatilho, sempre resistência baixa e entre anodo 2 e gatilho sempre alta resistência. Defeitos detectáveis: Podem apresentar os mesmos problemas dos SCR 2.2.6 DIACS. 0s diacs são parceiros inseparáveis dos triacs. Servem para elevar o referencial de tensão para o disparo dos triacs. Os diacs permitem a passagem de corrente através de si, quando a tensão entre seus terminais atinge algo entre 25 a 40 volts. Portanto com o multímetro encontraremos alta resistência nos dois sentidos de medida. Se dispusermos de uma fonte de alimentação variável, podemos inclusive verificar o ponto de ruptura do componente, através do circuito em série com um resistor. Defeitos detectáveis: Costumam entrar em curto. 2.2.7 TRANSISTOR UNIJUNÇÃO (UJT) O transistor UJT (Unijunction Transistor) é formado por um cilindro de cristal tipo N, onde mais ou menos a 70% da altura é inserido um grão de material tipo P. Seus terminais são chamados: Base 1, Base 2 e Emissor. Com o multímetro podemos saber se o UJT está bom se os resultados das medições forem: Entre Base 1 e Base 2, em qualquer sentido de polarização obteremos uma resistência entre 5 Kilo ohms e 9 Kilo ohms. Entre Base 1 e Emissor, encontraremos em um sentido algo na faixa de 3,5 Kilo ohms a 6,3 Kilo ohms e resistência muito alta no sentido oposto. Por muito alta entenda-se acima de 300 Kilo ohms. Entre Base 2 e Emissor, encontraremos em um sentido algo na faixa de 1,5 Kilo ohms a 2,7 Kilo ohms e no sentido oposto resistência muito alta. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 10 2.2.8 TERMISTOR NTC Os NTC (Negative Temperature Coeficient - Resistor com coeficiente negativo de temperatura) são resistores cuja resistência elétrica diminui, quando há aumento de temperatura. Para testá-los deve-se medir a sua resistência & temperatura ambiente, em seguida, aproximar ao componente um ferro de soldar. Observar no multímetro que o valor da resistência diminui proporcionalmente ao aumento da temperatura. 2.2.9 TERMISTOR PTC 0s PTC (Positive Temperature Coeficient — Resistor com coeficiente positivo de temperatura), são resistores cuja resistência elétrica aumenta, quando há aumento de temperatura. Para testá-los, o método é o mesmo usado para testar os NTC, observando-se evidentemente, que a resistência elétrica aumenta ao aproximarmos o ferro de solda. 2.2.10 TERMOPAR O Termopar consiste da união de dois metais, normalmente cobre e ferro, que, se aquecidos, farão surgir nas suas extremidades uma pequena tensão elétrica, da ordem de milivolts. Portanto, para testá-los, devemos aquecer uma das extremidades e medir a tensão elétrica na outra. Também se pode medir a resistência, a qual não deve ultrapassar 10 ohms. 2.2.11LDR OU FOTORESISTOR O LDR ( Light Dependent Resistor — Resistor Dependente da Luz ) tem a seguinte característica; Sua resistência elétrica diminui com o aumento da luz incidente na sua superfície sensível. .0 modo correto de testar este componente é com o multímetro em OHMS, medir a sua resistência elétrica sob luz ambiente e em seguida tapar com a mo a superfície sensível, verificando se realmente houve elevação do valor da resistência. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 11 2.2.12 FOTODIODO Trata-se de uma junção PN, com uma abertura, com lente, para a entrada dos raios de luz. Sempre polarizado inversamente, a luz libera mais portadores minoritários e conseqüentemente há um aumento da corrente de fuga. Para testar este componente, coloca-se o multímetro em urna alta escala de resistência e mede-se com e sem luz. A medida efetuada com luz deve ter valor consideravelmente inferior à medida no escuro. 2.2.13 FOTOTRANSISTOR Componente com a mesma estrutura do transistor bipolar convencional, porém é deixada uma abertura, com lente, na região da junção base-coletor. Com a incidência de luz, diminui consideravelmente a resistência elétrica desta junção Para testar o fototransistor, mede—se o valor da resistência entre coletor-emissor com e sem luz A medida efetuada com luz deve apresentar valor bem mais baixo do que a medida efetuada com a superfície sensível escurecida. 2.2.14 LED O LED (Light Emission Diode — Diodo emissor de Luz) é um componente usado para sinalização. Junção PN, acrescida de certas ligas, como por exemplo, o arsenieto de gálio, tem a propriedade de emitir luz, quando diretamente polarizado , ou seja, quando circula corrente elétrica através de si. Podemos testar com facilidade este componente, “raspando” os seus terminais, chamados anodo e cátodo, nos bornes positivo é negativo, respectivamente, de uma bateria de 9 volts. Se estiver bom emitirá lampejos de luz á cada “raspada”. 2.2.15 DISPLAY DE 7 SEGMENTOS (à LED) De posse da pinagem mostrada na seção de características de componentes, testam-se cada um dos 7 LEDs como foi descrito no item anterior. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 12 2.2.16 MOSFET O transistor MOSFET (Metal Oxide Semicondutor Field Effect Transistor), ou transistor de efeito de campo de semicondutor de óxido metálico, é o tipo mais comum de transistores de efeito de campo em circuitos tanto digitais quanto analógicos. Composto de um canal de material semicondutor de tipo N ou de tipo P possui 3 terminais Gate (G), Dreno (D) e Source (S). Para testá-lo inicialmente retiramos o transistor da placa. Use a escala de diodo. No tipo N coloque a ponta preta no source e a vermelha no dreno. O ponteiro deve marcar um diodo (grave esse valor). Se der um pulso no gate com a ponteira vermelha e voltar à posição anterior perceberá que esse mesmo valor é menor, e se der um pulso no gate com a ponteira preta o valor volta ao que foi medido inicialmente. Se encontrar qualquer coisa diferente disso o Mosfet está em curto. 2.2.17 IGBT O IGBT reúne a facilidade de acionamento dos MOSFET’s e sua elevada impedância de entrada com as pequenas perdas em condução dos TBP (Transistores Bipolares de Potência). Sua velocidade de chaveamento é determinada, a princípio, pelas características mais lentas – as quais são devidas às características do TBP. Assim, a velocidade dos IGBT’s é semelhante à dos TBP; no entanto, nos últimos anos tem crescido gradativamente, permitindo a sua operação em freqüências de dezenas de kHz, nos componentes para correntes na faixa de dezenas e até centenas de Ampères. Juntando o que há de bom nesses dois tipos de transistores, o IGBT é um componente que se torna cada vez mais recomendado para comutação de carga de alta corrente em regime de alta velocidade. Para testá-lo inicialmente retiramos o transistor da placa. Use a escala de X10K. Coloque a ponta preta no coletor e a vermelha no gate e no emissor. O ponteiro não deve mexer de forma alguma. Se mexer num destes terminais, o IGBT está em curto. A seguir colocamos a ponta vermelha no coletor e com preta tocamos no gate, o ponteiro não pode mexer e no emissor o ponteiro deve ir até o zero. Se o transistor passar nos dois testes, ele está bom. 2.2.18 PONTE RETIFICADORA MONOFASICA Internamente é composta por 4 diodos, dispostos conforme a figura a seguir. Testa-se, testando cada diodo isoladamente. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 13 2.2.19 PONTE RETIFICADORA TRIFASICA Possui internamente a associação de 6 diodos, ligados conforme a figura acima. Do mesmo modo que na ponte monofásica, podemos testar esta ponte, testando cada um dos diodos individualmente. 2.2.20 TESTANDO CIRCUITOS INTEGRADOS Para testar CI é preciso ter o diagrama de blocos interno (visto logo abaixo) para que se possam testar algumas partes com o multímetro, ou então as funções lógicas de cada pino de saida para realizar o teste de mesa. Defeitos detectáveis: Costumam entrar em curto ou parcialmente alterado, os pinos de alimentação do CI é a principal referência para detectar falhas. 14 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br V=R.I P=V.I ULA Assembly Fortran C Pascal UNIX Linux Dos Windows Vídeo Games Sistemas de controle Automação Portas lógicas Flip-flops temporizados Processadores X86 Linguagens de Programação Sistemas Operacionais Aplicações Lei de Ohm Elementos básicos Amplificadores Semicondutores Comparadores Osciladores Filtros Torradeira Horímetro Microcontroladores DSP AMPOP Sistemas Analógicos Aplicações Sistemas Mistos (Analógico e Digital) Menor <Nível de Abstração de tecnologias > Maior Tabela 1: Camadas de abstrações de tecnologias Na tabela acima temos uma cronologia de abstração das tecnologias, começando pela lei de Ohm, a criação dos elementos básicos da eletricidade até os semicondutores, os quais deram origem aos amplificadores. A partir desse momento houve uma separação das tecnologias em Analógicas e Digitais. As tecnologias digitais trouxeram as portas lógicas, os funções aritméticas binárias como flip-flops, logo após as instruções temporais, e os processadores. As tecnologias analógicas por outro lado evoluiram em amplificadores operacionais, comparadores, filtros, osciladores No terceiro momento devido a evolução dos sistemas digitais e das propriedades dos sinais analógico vieram os microcontroladores. 15 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dosReis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 3 DIAGRAMAS ESQUEMÁTICOS A Comissão Eletrotécnica internacional refere-se aos vários tipos de esquemas e diagramas utilizados em eletrotecnia fazendo a respectiva classificação de acordo com a finalidade e com o modo de representação. A classificação dos esquemas e diagramas quanto à sua finalidade é a seguinte: Esquemas e diagramas explicativos Esquema funcional ou de blocos Esquema dos circuitos Diagrama de sequência Diagrama de sequência-tempos Esquemas de realização Esquema de ligações interiores Esquema de ligações exteriores Esquema de ligações aos terminais Os esquemas e diagramas explicativos destinam-se a facilitar o estudo e a compreensão do funcionamento de uma instalação ou de parte de uma instalação. O esquema funcional ou de blocos é um desenho relativamente simples, destinado a fazer compreender o princípio do funcionamento. Representa, por meio de simbolos ou de figuras simples, uma instalação ou parte de uma instalação, assim como as suas interdependências funcionais, sem que seja necessario representar todas as ligações que são materialmente realizadas (fig. 1). SISTEMA ESTEREOFÔNICO DE REPRODUÇÃO SONORA Fig. 1— Exemplo de esquema funcional ou de blocos O esquema dos circuitos é destinado a fazer compreender todos os pormenores do funcionamento. Representa, por meio de símbolos, uma instalação ou parte de uma instalação e todas as ligações, sobretudo todas a ligações elétricas existentes entre os elementos que a constituem e intervêm no seu funcionamento (fig. 2). UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO DE CORRENTE CONTÍNUA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 16 Fig. 2 — Exemplo de esquema dos circuitos O diagrama de sequência destina-se a facilitar a análise de operações que se sucedem segundo uma determinada ordem. O diagrama de sequência-tempos é um diagrama de sequência que considera também o valor dos intervalos de tempo entre operações sucessivas, muito usado pela metrologia. Na (fig. 3) se apresentam exemplo de diagramas de sequência- tempos de um simples cadastro, sua compreensão exigir conhecimentos especializados que estão fora do âmbito deste minicurso. INSTANCIAÇÃO DO MOMENTO DE CADASTRO DE PRODUTOS Fig. 3 — Exemplo de diagrama de sequência-tempos O esquema de realização destina-se a orientar a execução oficinal, manual ou automática, e a verificação das ligações elétricas interiores, exteriores ou ambas de uma instalação ou parte de uma instalação. O seu traçado pode tomar em consideração a disposição material dos diversos elementos e acessórios, como. por exemplo, os dispositivos de ligação. Em vez de um esquema de realização, ou conjuntamente com ele pode utilizar-se um quadro de ligações O esquema de ligações interiores representa as ligações elétricas no interior de uma parte de instalação ou de um aparelho (fig. 4). PLACA COM UNIDADE DE FILTRAGEM Fig. 4— Exemplo de esquema de ligações interiores Na realização prática os componentes são fixados mecanicamente a uma placa de suporte e as ligações são executadas com condutores elétricos soldados aos terminais respectivos. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 17 Recentemente com a miniaturização dos componentes o esquema é desenhado por forma que os seus traços representem os condutores de ligações elétricas, ficando com o aspecto representado na fig. 5. Fig. 5— Esquema de ligações interiores em circuito impresso A partir deste desenho obtém-se, fotograficamente, um negativo que permite transpor por meios fotoquímicos o circuito elétrico diretamente para uma placa isolante com uma das faces metalizada. A esta placa com os circuitos desenhados pelo processo indicado chama-se circuito impresso. Os componentes são, depois, diretamente soldados aos elementos metálicos aderentes à placa isolante que materializa o circuito elétrico obtido pela forma anteriormente referida. O esquema de ligações exteriores representa as ligações elétricas entre diferentes partes de uma instalação (fig. 6). Conforme os casos, ele pode ou não indicar a ligação de cada condutor. SISTEMA DE REPRODUÇÃO SONORA Fig. 6— Exemplo de esquema de ligações exteriores O esquema de ligações aos terminais representa apenas os terminais e os condutores ou grupos de condutores que a eles se ligam (fig. 7). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 18 Fig. 7 - Exemplo de esquema de ligações aos terminais Se houver interesse em pôr em evidência o modo como são materialmente realizadas certas ligações elétricas, pode recorrer-se a um esquema de fios que representa as ligações realizadas individualmente com fios, ou a um esquema de cabos que representa as ligações realizadas com cabos. Note-se que é possível combinar num único desenho, diversos tipos de esquemas, obtendo-se um esquema misto. Além disso, se houver vantagem, um mesmo documento pode ser simultaneamente esquema explicativo e esquema de realização. Finalmente, diversos esquemas de ligações elétricas interiores podem ser combinados com o esquema das ligações elétricas exteriores correspondentes, constituindo o chamado esquema geral das ligações. A classificação dos esquemas e diagramas quanto ao modo de representação faz-se da seguinte forma: Conforme o número de condutores, de aparelhos ou de elementos representados por um unico simbolo Em representação multifilar Em representaçao unifilar Conforme a posição relativa dos simbolos correspondentes aos elementos ou órgãos componentes Em representação agrupada Em representação semi-agrupada Em representação separada Em representação topográfica Na representação multfilar cada aparelho ou elemento é representado por um símbolo e cada condutor por um traço (fig. 8). Na representação unifilar representam-se dois ou mais condutores por um único traço e dois ou mais elementos semelhantes por um símbolo único (fig. 9 que representa a mesma instalação da fig. 8). Em particular o mesmo traço pode representar circuitos que asseguram funções elétricas equivalentes, circuitos que seguem o mesmo trajeto ou condutores cujo traçado segue o mesmo trajeto no esquema. Qualquer dos esquemas anteriormente referidos pode ser apresentado numa representação agrupada, semi-agrupada ou separada, conforme as necessidades específicas de leitura ou de compreensão do respectivo funcionamento. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 19 Na representação agrupada os simbolos dos vários elementos de um mesmo aparelho ou de uma mesma instalação representam-se próximos no esquema. Fig. 8— Exemplo de representação multifilar Fig. 9— Exemplo de de representação unifilar Na representação semi-agrupada os simbolos dos vários elementos de um mesmo aparelho ou de uma mesma instalação representam-se separados e dispostos de tal maneira que sepossam traçar facilmente os simbolos das ligações mecânicas entre os diversos elementos que manobram conjuntamente. Esta representação é muito utilizada em esquemas de servomecanismos. Na eletrónica digital, a representação dos esquemas é feita por meio de simbolos representativos de funções lógicas da álgebra de Boole ou digital (fig. 10). Fig. 10 — Esquema de funções lógicas MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 20 A esta filosofia operacional acresce uma microtecnologia de fabricação de componentes, baseada na física do estado sólido e que permite a obtenção dos chamados circuitos integrados. Figura 1: Estrutura básica de um algorítmo MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 21 4 TÉCNICAS DE SOLDAGEM EM ELETRÔNICA 4.1 ESCOLHA DO FERRO DE SOLDA Escolha um ferro do tipo lápis, não muito potente, pois alguns componentes são sensíveis a altas temperaturas! Indico um ferro entre 15 w e 30 w. Escolha ferros com ponta "TRATADA". Ferros de alta qualidade têm em sua ponta um tratamento com "BRONZINA", um material que resiste a altíssimas temperaturas. Caso você compre um ferro com uma qualidade não muito boa, essa ponta pode com o tempo estragar. Dê preferência a um ferro com um cabo de energia de boa qualidade, e com uma base de apoio robusta, se tiver selo do Inmetro, melhor ainda! LIMPEZA DO FERRO DE SOLDA. A limpeza e estanhagem da ponta - Segure o ferro pelo cabo e à medida que ele vai esquentando, derreta a solda na ponta para esta ficar brilhante e da cor do estanho. Abaixo vemos como deve ficar: Quando a ponta já está quente, vai acumulando uma crosta de sujeira. Para limpá-la basta passar numa esponja de aço ou numa esponja vegetal úmida, daquelas que vêm no suporte do ferro. Também é possível comprar esta esponja separada. NÃO SE DEVE NUNCA LIXAR OU LIMAR A PONTA. ISTO ACABA RAPIDAMENTE COM A MESMA. MANUTENÇÃO DO FERRO DE SOLDA - Troca da resistência - Os ferros mais caros podem ter a ponta e a resistência trocada com certa facilidade. Ferro de solda 4.2 ESTANHO Estanho é nada mais nada menos, do que aquele fiozinho prateado que parece com um arame, no qual é utilizado para solda. Escolha de preferência um próprio para eletrônica. Usualmente é utilizado o estanho da qualidade AZUL de 0,8 mm. Dependendo do tipo de trabalho (como soldar componentes SMD) recomenda-se que utilize uma solda mais fina. A solda azul é uma das melhores para eletrônica, pois funde em temperaturas não muito altas e costuma dar uma liga boa, pois ela acaba ficando mais "líquida" do que as outras. Na solda azul, em sua composição, temos que 60% é estanho e 40% é Chumbo. Ainda no fio de estanho, é adicionado um tipo de resina. A resina serve para dar a "Liga" na solda, fazendo com que alguns circuitos soldem melhor e que a solda tenha um fluxo controlável. É recomendável para ferros com potência entre 15 w e 30 w esse estanho, pois ele não precisa de uma temperatura tão elevada quanto os outros tipos de estanho para fundir e dar liga com os outros materiais. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 22 Estanho 4.3 ACESSÓRIOS Um dos mais úteis é o suporte para o Soldador (Ferro), principalmente se inclui uma esponja para limpeza da ponta, muito útil para evitar acidentes, já que impede que o ferro fique livre na mesa evitando assim acidentes com o ferro. Cuidado mesmo que você pense que ele está frio, pois o ferro segura temperaturas altas por um bom tempo, mesmo após desligado! A esponjinha deve estar umedecida em água para limpar a ponta do soldador. Outro conselho importante é não deixar o ferro ligado quando não estiver em uso. Pois assim você pode ficar livre de acidentes e também pode prolongar a vida útil do soldador. Suporte ferro de solda e esponja 4.4 A SOLDA Além do ferro, do estanho e dos acessórios, temos também que saber soldar! Vamos aprender a soldar pouco a pouco. No interior do soldador e da ponta existe uma resistência elétrica que esquenta e transmite seu calor para a ponta do soldador, o qual atinge uma temperatura o suficiente para fundir o estanho. Os soldadores mais simples requerem de 2 a 5 minutos de espera, até que a ponta do soldador supere o ponto de fusão da liga de estanho. Mesmo que em nesse caso não seja necessário, existem soldadores com ajuste de temperatura com grande controle da mesma. Esses últimos são conhecidos como "Estação de Solda" onde na maioria dos modelos, a temperatura varia de 80° a 400°C. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 23 4.5 COMO SOLDAR Suponhamos que vamos soldar uma resistência num circuito impresso (PCB).¶O Primeiro passo consiste em dobrar os dois terminais da resistência para entre nos orifícios correspondentes do circuito impresso, e empurrar a resistência até encostar à parte frontal do PCB. O Segundo passo requer verificarmos que a resistência não saia ao virarmos o PCB (Print Circuit Board); em algumas oportunidades, obtêm-se bons resultados separando os terminais da resistência entre si. O Terceiro passo é a verificação de que o soldador esteja ligado e que alcançou a temperatura necessária, para isto o aproximamos da ponta do fio de estanho e verificamos se o funde. Caso não seja assim, devemos variar a regulagem da temperatura ou esperar que esquente. Pois se não esperar, poderá ocorrer à conhecida "Solda Fria" onde pensamos que o componente soldou, mas na verdade a solda não conseguiu "fixar" o componente. No Quarto passo aproximaremos a ponta quente do soldador ao terminal da resistência a soldar, bem perto do nó no da soldagem no circuito impresso. O Quinto passo consiste em aproximar a ponta do fio de estanho ao terminal da resistência, bem perto do soldador, de tal forma que o estanho funda e aconteça a união. Uma vez que o estanho se funda e comece a "molhar" o terminal, desliza-se o soldador, arrastando o estanho até alcançar o nó do PCB. O estanho deve fluir bem e a solda deve ficar brilhante, evitando que se formem bolhas; este efeito deve-se à falta de limpeza ou de temperatura. Também devemos evitar esquentar em excesso para não estragar nem o PCB nem o componente a soldar. O Último passo consiste em cortar as sobras dos terminais da resistência. Os terminais dos componentes devem ser cortados depois de realizada a soldagem por dois motivos: porque cortando no final, conseguimos a medida exata, e porque a parte restante do terminal pode evacuar o excesso de calor durante a soldagem. Solda fria MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 24 Dicasde solda DICAS COM ESTAÇÃO DE SOLDA A Estação de solda é útil quando se necessita soldar componentes com cases plásticos, no caso de alguns transistores. Na maioria dos datasheets tem a "Max Soldering Temperature" ou "Temperatura máxima de solda". As técnicas de solda com a estação de solda é praticamente a mesma do que com um ferro comum, porém com uma temperatura variável, que pode auxiliar de acordo com o trabalho desejado. A estação de solda acompanha o suporte para a ponta do ferro, e na maioria dos modelos vem com esponja para a limpeza do mesmo. Lembre-se, a esponja deve estar MOLHADA para que a limpeza seja feita com sucesso. Estação de solda 4.6 REMOÇÃO DOS COMPONENTES Os SUGADORES de solda são aparelhos interessantes que SUGAM o estanho fundido (ainda quente), e assim facilita a remoção de solda velha e de componentes que ficam difíceis de tirar a solda, tais como IC; conectores, etc. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 25 Sugador de solda MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 26 5 RETRABALHO EM COMPONENTES SMD 5.1 DESSOLDAGEM DE COMPONENTES Aplique Fluxo pastoso em todos os terminais do componente; Derreta um pouco de barra dessoldadora sobre alguns terminais do componente. Utilizando o ferro de solda chanfrado da ponta em contato com os terminais, deslize-o sobre todos os terminais para que a liga da barra dessoldadora se misture com a solda e o fluxo já aplicado. Continue com este procedimento até o componente começar a se soltar da placa, então, utilize a pinça para a retirada do mesmo. Malha dessoldadora 5.2 LIMPEZA DA PLACA Após a retirada do componente, utilize a malha dessoldadora cobreada, colocando-a sobre as trilhas deslizando o ferro de solda por sobre a malha até que todo o resíduo de solda de estanho se transfira para a mesma. Depois de retirado o resíduo de estanho, utilize pincel embebido em solução escolhida (isopropílico) e com ajuda de lenço de papel faça a limpeza. Álcool Isopropílico SOLDAGEM DO COMPONENTE SMD Aplique fluxo pastoso em todas as trilhas. Após fazer o alinhamento dos terminais do componente sobre as respectivas trilhas, aplique um pouco de solda em fio na ponta de solda promovendo a soldagem de dois pontos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 27 terminais escolhidos em cada extremidade da diagonal. Aplique novamente fluxo pastoso em todos os terminais. Com a ponta chanfrada ½ fenda estanhada, deslize lentamente o ferro de solda sobre os terminais do componente de forma que a gota de solda situada na ponta do ferro corra pelos terminais. Certifique-se de que todos os terminais estejam apropriadamente soldados e que não haja curto entre eles. Caso constate a ocorrência de algum curto entre os terminais, aplique fluxo pastoso apenas sobre os terminais envolvidos, e com ponta de solda limpa (sem solda) encoste-a nos terminais. Com este procedimento toda a solda em excesso migrará do terminal para a ponta do ferro de solda retirando assim o curto entre os terminais. Após a soldagem, coloque um lenço absorvente sobre o componente e aplique pincel embebido em solvente procedendo à limpeza da área retirando assim todos os resíduos decorrentes do processo. IMPORTANTE Quando necessário, fazer uso de proteção anti-estática e aterramento (pulseira, manta, etc.) para evitar danos aos componentes sensíveis a descargas eletrostáticas. Este Kit de SMD poderá ser utilizado também com estações de solda de outro fabricante, desde que possuam potência e ponta de solda similar necessária ao processo, não sendo garantidos resultados de desempenho com outros modelos ainda não testados pelo fabricante. As peças componentes do KIT podem ser adquiridas separadamente para reposição. Estação de solda a ar quente Kit anti-estatica( Manta e pulseira) 28 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br 29 30 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório Eugênio Eduardo Fabris Edegar dos Reis Carvalho www.chapeco.ifsc.edu.br