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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA 
SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório 
Eugênio Eduardo Fabris 
Edegar dos Reis Carvalho 
www.chapeco.ifsc.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de manutenção eletrônica em 
equipamentos de laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrutores: Eugênio Eduardo Fabris 
Edegar dos Reis Carvalho 
 
Coordenador do Projeto: Joni Coser 
 
 
 
 
 
CHAPECÓ, 21 E 22 DE OUTUBRO DE 2010 
 
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Curso de manutenção eletrônica em equipamentos de laboratório 
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1 INTRODUÇÃO 
 
 
As práticas de manutenção em eletrônica de equipamentos residenciais, médicos, 
industriais são comuns aos vários ramos. 
Cada componente eletrônico exerce uma função no circuito, e seus arranjos executam 
o controle da eletricidade para uma aplicação. 
Nesse curso iremos começar entendendo como se testam os componentes eletrônicos, 
Averiguação de componentes que apresentam defeito. Serão disponibilizados 
componentes que apresentam irregularidades para identificação dos defeitos através de 
procedimento visual ou com multímetro. 
Realizar processo de extração e ressoldagem de componentes eletrônicos. 
Demonstração do processo de manutenção de equipamentos que apresentam defeito e 
a realização de reparos necessários. 
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2 TESTANDO COMPONENTES ELETRÔNICOS 
 
 
2.1 COMPONENTES PASSIVOS 
 
2.1.1 RESISTOR 
 
 
 
Componente utilizado em circuitos eletrônicos 
com o objetivo de diminuir ou oferecer uma resistência à 
passagem do fluxo de corrente elétrica por uma 
determinada parte do circuito. Quanto maior o valor da 
resistência, maior será a barreira para a passagem da 
corrente elétrica. Os resistores não têm polaridade, 
qualquer terminal poderá ser conectado ao circuito. 
 
 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: corpo 
escurecido ou carbonizado devido ao sobre aquecimento. 
Alteração na leitura com o multímetro que 
extrapolam a tolerância indicada ou até abrirem 
totalmente (resistência infinita). 
Raramente apresentam curto-circuito. 
 
 
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2.1.2 CAPACITORES 
 
 
Um capacitor é um componente eletrônico usado para armazenar carga elétrica. É 
constituído de duas placas metálicas planas e paralelas, e entre estas, um material isolante que 
define o tipo. Sendo assim, se o material isolante for o plástico chamado poliéster, teremos 
um capacitor de poliéster, se for a mica, teremos um de mica, ser for de tântalo, chamamos de 
capacitor de tântalo etc. 
Em um circuito eletrônico um capacitor pode ser usado para vários propósitos como: 
armazenar energia elétrica, como oscilador, filtro, etc. 
 
Leitura de capacitores de poliéster metalizado 
IMPORTANTE: As cores têm a mesma correspondência com os números que nos 
resistores. Os valores obtidos são em picofarads. 
Primeira faixa; Primeiro algarismo do valor. 
Segunda faixa: Segundo algarismo do valor. 
Terceira faixa: Número de zeros a acrescentar. 
Quarta faixa: Tolerância - Preto — 20% 
— Branco— 10% 
Quinta faixa: Tensão Máxima de trabalho: Vermelho - 250 V 
Amarelo — 400 V 
Azul - 630 V 
Leitura de capacitores cerâmicos 
Os dois primeiros números são os dois algarismos do valor. O terceiro número 
representa o número de zeros que deverá ser colocado. O valor encontrado estará em 
picofarads. 
Usualmente só expressamos os valores de capacitores em Picofarads, Nanofarads ou em 
Microfarads. 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: corpo estufado ou carbonizado devido ao 
sobre aquecimento ou explosão. Exalar odor parecido com urina e/ou vazar fluidos. 
Alteração na leitura com o multímetro que não alcançam a tolerância indicada ou se 
apresentan em curto-circuito. 
E raramente apresentam em fuga, onde é medido o valor corretamente, mas quando 
em regime de trabalho aquecem e apresentam consumo excessivo. 
 
 
 
 
 
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2.1.3 INDUTORES 
 
Também chamados reatores, os indutores podem ser testados 
medindo a indutância (Henri), com a verificação da 
continuidade do enrolamento e isolamento da bobina com a 
carcaça. 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: corpo carbonizado devido ao sobre 
aquecimento ou explosão. Exalar odor de esmalte queimado. Vibração excessiva das lâminas. 
Alteração na leitura com o multímetro (em escala de ohm) indica curto-circuito (não é 
conclusivo) ou até abrirem totalmente (resistência infinita). 
Dependendo da bobina a ser medida para descartar o curto circuito, é preciso energizar 
com uma resistência em série (lâmpada) para se ter uma noção melhor da situação sem curto-
circuitar a alimentação. 
 
2.1.4 RELES ELETROMECANICOS 
 
 
 
Testam-se os reles eletromecânicos, verificando a 
continuidade da bobina e as resistências dos contatos. 
Existem reles que possuem um diodo interno ligado em série 
com a bobina fornecendo valores acima do esperado sendo 
necessário alimentar. 
 
 
Em relação ao C – Contato Comum: 
 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: corpo derretido devido ao sobre 
aquecimento ou curto na carga. Vibração excessiva das lâminas de contato parecendo ter algo 
frouxo devido à fadiga do material. 
Alteração na leitura com o multímetro (em escala de ohm) indica resistência nos 
contatos. 
Dependendo da capacidade dos contatos é necessário testar com carga dando pequenas 
batidas sobre o corpo para descartar desgaste de contatos 
 
 
 
 
 
Bobina desligada: Bobina ligada: 
NF ou NC - Normalmente 
fechado - resistência de zero 
ohm. 
NA ou NO - Normalmente 
aberto - resistência infinita. 
NF ou NC - Normalmente 
fechado - resistência infinita. 
NA ou NO - Normalmente 
aberto - resistência de zero ohm.
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2.1.5 CONTATORES 
 
Devem ser testado do mesmo modo eletromecânico que o reles estado dos contatos principais 
e dos contatos auxiliares, ou seja, continuidade da bobina, contatos principais e dos contatos 
auxiliares. 
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2.2 SEMICONDUTORES 
 
2.2.1 DIODOS 
 
 
 
 
Os diodos semicondutores são internamente 
constituídos deuma Junção PN, isto é: a Junção 
de um Cristal do tipo N com um do tipo P. Cristal do tipo N tem 
elétrons livres em excesso e Cristal do tipo P tem lacunas em 
excesso. 
Seus terminais são chamados de ânodo (Cristal P) e de cátodo (Cristal N). Quando 
aplicamos potenciais positivos no ânodo e negativos no cátodo (Polarização Direta) a 
resistência do diodo é baixa (Permite passagem de corrente elétrica). Quando aplicamos 
potenciais negativos no ânodo e positivos no cátodo (Polarização Inversa) a resistência do 
diodo é muito alta (Bloqueia a passagem de corrente elétrica). 
Portanto para testar um diodo semicondutor, basta medir o valor da sua resistência 
elétrica nos dois sentidos (Invertendo as pontas do multímetro em uma das medidas). Em uma 
das medidas devemos obter alta resistência e na outra medida baixa resistência. 
Os diodos de pequenas correntes têm um pequeno anel desenhado em um dos lados, 
identificando o catodo. Os de maiores correntes têm o símbolo gravado no próprio corpo, 
podendo—se deste modo identificar os dois terminais. 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: terminais descolorados devido ao sobre 
aquecimento, diodos com corpo de porcelana tendem a romper os terminais pelo mesmo 
motivo. 
Alteração na leitura com o multímetro indica resistência zero. 
 
2.2.2 DIODO ZENER 
 
O diodo Zener também tem internamente uma junção PN, porém, quando 
polarizados inversamente, possui uma tensão de ruptura de valor baixo, não 
sendo destruídos e mantendo sobre si esta tensão. Utilizando-se de um 
multímetro pode-se verificar se o zener possui baixa resistência em um sentido e elevada no 
sentido oposto, que é o mesmo teste feito em diodos semicondutores comuns. 
 
 
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2.2.3 TRANSISTORES 
 
Um transistor é constituído internamente de 3 camadas de 
material semicondutor, podendo ser do tipo NPN ou PNP. 
Independentemente do tipo do transistor, o seguinte teste com o 
multímetro pode ser efetuado: 
Combinam-se os três terminais do transistor dois a dois; e em 
cada combinação mede—se o valor da 
resistência elétrica nos dois sentidos. 
Anotam—se os resultados. 
Se o transistor em teste estiver bom os 
resultados encontrados serão: 
Resistências: Alta e Baixa — Alta e Baixa - 
Alta e Alta 
Estes resultados independem da ordem 
ou da seqüência em que aparecem. Quaisquer 
outros resultados, tais como Alta-Alta duas 
vezes, ou alguma combinação resultando em 
Baixa-Baixa indicarão que o transistor em teste está danificado. 
Por resistência Baixa entenda-se algo menor que 100 ohms e por resistência alta, 
valores na ordem de kilo ohms ou mais. 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: Encapsulamento avariado e terminais 
rompidos por arco voltaico. 
Alteração na leitura com o multímetro indicando resistência zero. 
 
2.2.4 TIRISTOR SCR 
 
Os SCR (Silicon Controled Rectifier — Retificador Controlado de Silício) são 
estruturas formadas por 4 pastilhas de material semicondutor, duas do tipo P e duas do tipo N. 
Os terminais são chamados 
Anodo, cátodo e gatilho. 
Podemos testar estes componentes com o multímetro, bastando para isto observar os seguintes 
resultados quando efetuamos medidas de resistências: 
Entre anodo e cátodo encontraremos sempre alta resistência(nos dois sentidos de polarização). 
Entre anodo e gatilho também encontraremos alta resistência nos dois sentidos de medida. E 
entre cátodo e gatilho obteremos: 
a) Para SCRs até 16 Ampéres - Alta resistência em um sentido e baixa no sentido oposto. 
b) Para SCRs de correntes superiores a 16 Ampéres — Baixa resistência nos dois sentidos. 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar problemas visíveis como: Encapsulamento avariado e terminais 
rompidos por arco voltaico. 
Alteração na leitura com o multímetro indicando resistência zero entre anodo e cátodo 
e resistência infinita no gatilho. 
 
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2.2.5 TRIACS 
 
Os TRIACS são estruturas que podem ser comparadas a 
dois SCRs conectados em antiparalelo em um mesmo 
encapsulamento. 
Seus terminais são chamados anodo 1, anodo2 e Gatilho. 
Para testarmos estes componentes usando o multímetro, os 
valores de resistências encontrados nas medições devem ser: 
Entre anodo 1 e anodo 2 sempre alta resistência, independente da polarização Entre 
anodo 1 e gatilho, sempre resistência baixa e entre anodo 2 e gatilho sempre alta resistência. 
Defeitos detectáveis: 
Podem apresentar os mesmos problemas dos SCR 
 
2.2.6 DIACS. 
 
0s diacs são parceiros inseparáveis dos triacs. Servem para 
elevar o referencial de tensão para o disparo dos triacs. 
Os diacs permitem a passagem de corrente através de si, 
quando a tensão entre seus terminais atinge algo entre 25 a 40 volts. Portanto com o 
multímetro encontraremos alta resistência nos dois sentidos de medida. Se dispusermos de 
uma fonte de alimentação variável, podemos inclusive verificar o ponto de ruptura do 
componente, através do circuito em série com um resistor. 
Defeitos detectáveis: 
Costumam entrar em curto. 
 
2.2.7 TRANSISTOR UNIJUNÇÃO (UJT) 
 
O transistor UJT (Unijunction Transistor) é formado 
por um cilindro de cristal tipo N, onde mais ou menos a 70% 
da altura é inserido um grão de material tipo P. 
Seus terminais são chamados: Base 1, Base 2 e Emissor. 
Com o multímetro podemos saber se o UJT está bom se 
os resultados das medições forem: 
Entre Base 1 e Base 2, em qualquer sentido de 
polarização obteremos uma resistência entre 5 Kilo ohms e 9 
Kilo ohms. 
Entre Base 1 e Emissor, encontraremos em um sentido algo na faixa de 3,5 Kilo ohms 
a 6,3 Kilo ohms e resistência muito alta no sentido oposto. Por muito alta entenda-se acima de 
300 Kilo ohms. 
Entre Base 2 e Emissor, encontraremos em um sentido algo na faixa de 1,5 Kilo ohms 
a 2,7 Kilo ohms e no sentido oposto resistência muito alta. 
 
 
 
 
 
 
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2.2.8 TERMISTOR NTC 
 
Os NTC (Negative Temperature Coeficient - Resistor com coeficiente 
negativo de temperatura) são resistores cuja resistência elétrica diminui, 
quando há aumento de temperatura. 
Para testá-los deve-se medir a sua resistência & temperatura 
ambiente, em seguida, aproximar ao componente um ferro de soldar. 
Observar no multímetro que o valor da resistência diminui 
proporcionalmente ao aumento da temperatura. 
 
 
 
2.2.9 TERMISTOR PTC 
 
0s PTC (Positive Temperature Coeficient — Resistor com coeficiente 
positivo de temperatura), são resistores cuja resistência elétrica aumenta, 
quando há aumento de temperatura. 
Para testá-los, o método é o mesmo usado para testar os NTC, 
observando-se evidentemente, que a resistência elétrica aumenta ao 
aproximarmos o ferro de solda. 
 
 
 
2.2.10 TERMOPAR 
 
O Termopar consiste da união de dois metais, normalmente cobre e ferro, que, se 
aquecidos, farão surgir nas suas extremidades uma pequena tensão elétrica, da ordem de 
milivolts. Portanto, para testá-los, devemos aquecer uma das extremidades e medir a tensão 
elétrica na outra. Também se pode medir a resistência, a qual não deve ultrapassar 10 ohms. 
 
2.2.11LDR OU FOTORESISTOR 
 
O LDR ( Light Dependent Resistor — Resistor Dependente da Luz ) 
tem a seguinte característica; 
Sua resistência elétrica diminui com o aumento da luz incidente na 
sua superfície sensível. .0 modo correto de testar este componente é com o 
multímetro em OHMS, medir a sua resistência elétrica sob luz ambiente e 
em seguida tapar com a mo a superfície sensível, verificando se realmente 
houve elevação do valor da resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.12 FOTODIODO 
 
Trata-se de uma junção PN, com uma abertura, com lente, para a entrada 
dos raios de luz. Sempre polarizado inversamente, a luz libera mais portadores 
minoritários e conseqüentemente há um aumento da corrente de fuga. 
Para testar este componente, coloca-se o multímetro em urna alta 
escala de resistência e mede-se com e sem luz. A medida efetuada com luz 
deve ter valor consideravelmente inferior à medida no escuro. 
 
 
2.2.13 FOTOTRANSISTOR 
 
 
Componente com a mesma estrutura do transistor bipolar 
convencional, porém é deixada uma abertura, com lente, na região 
da junção base-coletor. Com a incidência de luz, diminui 
consideravelmente a resistência elétrica desta junção Para testar o fototransistor, mede—se o 
valor da resistência entre coletor-emissor com e sem luz A medida efetuada com luz deve 
apresentar valor bem mais baixo do que a medida efetuada com a superfície sensível 
escurecida. 
 
2.2.14 LED 
 
 
O LED (Light Emission Diode — Diodo emissor de Luz) é 
um componente usado para sinalização. Junção PN, acrescida de 
certas ligas, como por exemplo, o arsenieto de gálio, tem a 
propriedade de emitir luz, quando diretamente polarizado , ou seja, 
quando circula corrente elétrica através de si. 
Podemos testar com facilidade este componente, “raspando” os 
seus terminais, chamados anodo e cátodo, nos bornes positivo é 
negativo, respectivamente, de uma bateria de 9 volts. Se estiver bom 
emitirá lampejos de luz á cada “raspada”. 
 
 
 
2.2.15 DISPLAY DE 7 SEGMENTOS (à LED) 
 
 
De posse da pinagem mostrada na seção de características de componentes, testam-se 
cada um dos 7 LEDs como foi descrito no item anterior. 
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2.2.16 MOSFET 
 
O transistor MOSFET (Metal Oxide Semicondutor 
Field Effect Transistor), ou transistor de efeito de campo de 
semicondutor de óxido metálico, é o tipo mais comum de 
transistores de efeito de campo em circuitos tanto digitais 
quanto analógicos. Composto de um canal de material 
semicondutor de tipo N ou de tipo P possui 3 terminais Gate 
(G), Dreno (D) e Source (S). 
Para testá-lo inicialmente retiramos o transistor da 
placa. Use a escala de diodo. No tipo N coloque a ponta preta no source e a vermelha no 
dreno. O ponteiro deve marcar um diodo (grave esse valor). Se der um pulso no gate com a 
ponteira vermelha e voltar à posição anterior perceberá que esse mesmo valor é menor, e se 
der um pulso no gate com a ponteira preta o valor volta ao que foi medido inicialmente. Se 
encontrar qualquer coisa diferente disso o Mosfet está em curto. 
 
2.2.17 IGBT 
 
O IGBT reúne a facilidade de acionamento dos MOSFET’s e sua 
elevada impedância de entrada com as pequenas perdas em condução dos 
TBP (Transistores Bipolares de Potência). Sua velocidade de chaveamento 
é determinada, a princípio, pelas características mais lentas – as quais são 
devidas às características do TBP. Assim, a velocidade dos IGBT’s é 
semelhante à dos TBP; no entanto, nos últimos anos tem crescido 
gradativamente, permitindo a sua operação em freqüências de dezenas de 
kHz, nos componentes para correntes na faixa de dezenas e até centenas de 
Ampères. Juntando o que há de bom nesses dois tipos de transistores, o IGBT é um 
componente que se torna cada vez mais recomendado para comutação de carga de alta 
corrente em regime de alta velocidade. 
Para testá-lo inicialmente retiramos o transistor da placa. Use a escala de X10K. 
Coloque a ponta preta no coletor e a vermelha no gate e no emissor. O ponteiro não deve 
mexer de forma alguma. Se mexer num destes terminais, o IGBT está em curto. 
A seguir colocamos a ponta vermelha no coletor e com preta tocamos no gate, o 
ponteiro não pode mexer e no emissor o ponteiro deve ir até o zero. Se o transistor passar nos 
dois testes, ele está bom. 
 
2.2.18 PONTE RETIFICADORA MONOFASICA 
 
 
 
Internamente é composta por 4 diodos, dispostos 
conforme a figura a seguir. Testa-se, testando cada diodo 
isoladamente. 
 
 
 
 
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2.2.19 PONTE RETIFICADORA TRIFASICA 
 
Possui internamente a associação de 6 diodos, ligados conforme a figura acima. Do 
mesmo modo que na ponte monofásica, podemos testar esta ponte, testando cada um dos 
diodos individualmente. 
 
2.2.20 TESTANDO CIRCUITOS INTEGRADOS 
 
Para testar CI é preciso ter o diagrama de blocos interno (visto logo abaixo) para que 
se possam testar algumas partes com o multímetro, ou então as funções lógicas de cada pino 
de saida para realizar o teste de mesa. 
Defeitos detectáveis: 
Costumam entrar em curto ou parcialmente alterado, os pinos de alimentação do CI é a 
principal referência para detectar falhas. 
 
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V=R.I 
P=V.I 
 
 
 
 
 
 
ULA 
Assembly 
Fortran 
C 
Pascal 
UNIX 
Linux 
Dos 
Windows 
Vídeo 
Games 
Sistemas 
de controle 
Automação
Portas 
lógicas 
Flip-flops 
temporizados
Processadores 
X86 
Linguagens de 
Programação 
Sistemas 
Operacionais Aplicações 
Lei de 
Ohm 
Elementos 
básicos 
Amplificadores 
Semicondutores
 
Comparadores 
Osciladores 
Filtros 
Torradeira 
Horímetro 
Microcontroladores 
DSP 
AMPOP Sistemas Analógicos Aplicações Sistemas Mistos (Analógico e Digital) 
Menor <Nível de Abstração de tecnologias > Maior 
Tabela 1: Camadas de abstrações de tecnologias 
 
Na tabela acima temos uma cronologia de abstração das tecnologias, começando pela lei de Ohm, a criação dos elementos básicos da 
eletricidade até os semicondutores, os quais deram origem aos amplificadores. A partir desse momento houve uma separação das tecnologias em 
Analógicas e Digitais. 
As tecnologias digitais trouxeram as portas lógicas, os funções aritméticas binárias como flip-flops, logo após as instruções temporais, e 
os processadores. 
As tecnologias analógicas por outro lado evoluiram em amplificadores operacionais, comparadores, filtros, osciladores 
No terceiro momento devido a evolução dos sistemas digitais e das propriedades dos sinais analógico vieram os microcontroladores. 
 
 
 
 
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3 DIAGRAMAS ESQUEMÁTICOS 
 
A Comissão Eletrotécnica internacional refere-se aos vários tipos de esquemas e 
diagramas utilizados em eletrotecnia fazendo a respectiva classificação de acordo com a 
finalidade e com o modo de representação. 
A classificação dos esquemas e diagramas quanto à sua finalidade é a seguinte: 
 
Esquemas e diagramas 
explicativos 
Esquema funcional ou de blocos 
Esquema dos circuitos 
Diagrama de sequência 
Diagrama de sequência-tempos 
Esquemas de realização 
Esquema de ligações interiores 
Esquema de ligações exteriores 
Esquema de ligações aos terminais 
 
Os esquemas e diagramas explicativos destinam-se a facilitar o estudo e a 
compreensão do funcionamento de uma instalação ou de parte de uma instalação. 
O esquema funcional ou de blocos é um desenho relativamente simples, destinado a 
fazer compreender o princípio do funcionamento. Representa, por meio de simbolos ou de 
figuras simples, uma instalação ou parte de uma instalação, assim como as suas 
interdependências funcionais, sem que seja necessario representar todas as ligações que são 
materialmente realizadas (fig. 1). 
 
SISTEMA ESTEREOFÔNICO DE REPRODUÇÃO SONORA 
 
Fig. 1— Exemplo de esquema funcional ou de blocos 
 
O esquema dos circuitos é destinado a fazer compreender todos os pormenores do 
funcionamento. Representa, por meio de símbolos, uma instalação ou parte de uma instalação 
e todas as ligações, sobretudo todas a ligações elétricas existentes entre os elementos que a 
constituem e intervêm no seu funcionamento (fig. 2). 
 
UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO DE CORRENTE CONTÍNUA 
 
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Fig. 2 — Exemplo de esquema dos circuitos 
 
O diagrama de sequência destina-se a facilitar a análise de operações que se sucedem 
segundo uma determinada ordem. O diagrama de sequência-tempos é um diagrama de 
sequência que considera também o valor dos intervalos de tempo entre operações sucessivas, 
muito usado pela metrologia. Na (fig. 3) se apresentam exemplo de diagramas de sequência-
tempos de um simples cadastro, sua compreensão exigir conhecimentos especializados que 
estão fora do âmbito deste minicurso. 
 
INSTANCIAÇÃO DO MOMENTO DE CADASTRO DE PRODUTOS 
 
Fig. 3 — Exemplo de diagrama de sequência-tempos 
 
O esquema de realização destina-se a orientar a execução oficinal, manual ou 
automática, e a verificação das ligações elétricas interiores, exteriores ou ambas de uma 
instalação ou parte de uma instalação. O seu traçado pode tomar em consideração a disposição 
material dos diversos elementos e acessórios, como. por exemplo, os dispositivos de ligação. 
Em vez de um esquema de realização, ou conjuntamente com ele pode utilizar-se um quadro 
de ligações 
O esquema de ligações interiores representa as ligações elétricas no interior de uma 
parte de instalação ou de um aparelho (fig. 4). 
 
PLACA COM UNIDADE DE FILTRAGEM 
 
Fig. 4— Exemplo de esquema de ligações interiores 
 
Na realização prática os componentes são fixados mecanicamente a uma placa de 
suporte e as ligações são executadas com condutores elétricos soldados aos terminais 
respectivos. 
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Recentemente com a miniaturização dos componentes o esquema é desenhado por 
forma que os seus traços representem os condutores de ligações elétricas, ficando com o 
aspecto representado na fig. 5. 
 
Fig. 5— Esquema de ligações interiores em circuito impresso 
 
A partir deste desenho obtém-se, fotograficamente, um negativo que permite transpor 
por meios fotoquímicos o circuito elétrico diretamente para uma placa isolante com uma das 
faces metalizada. A esta placa com os circuitos desenhados pelo processo indicado chama-se 
circuito impresso. Os componentes são, depois, diretamente soldados aos elementos metálicos 
aderentes à placa isolante que materializa o circuito elétrico obtido pela forma anteriormente 
referida. 
O esquema de ligações exteriores representa as ligações elétricas entre diferentes 
partes de uma instalação (fig. 6). Conforme os casos, ele pode ou não indicar a ligação de 
cada condutor. 
 
SISTEMA DE REPRODUÇÃO SONORA 
 
Fig. 6— Exemplo de esquema de ligações exteriores 
 
O esquema de ligações aos terminais representa apenas os terminais e os condutores 
ou grupos de condutores que a eles se ligam (fig. 7). 
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Fig. 7 - Exemplo de esquema de ligações aos terminais 
 
Se houver interesse em pôr em evidência o modo como são materialmente realizadas 
certas ligações elétricas, pode recorrer-se a um esquema de fios que representa as ligações 
realizadas individualmente com fios, ou a um esquema de cabos que representa as ligações 
realizadas com cabos. 
Note-se que é possível combinar num único desenho, diversos tipos de esquemas, 
obtendo-se um esquema misto. Além disso, se houver vantagem, um mesmo documento pode 
ser simultaneamente esquema explicativo e esquema de realização. Finalmente, diversos 
esquemas de ligações elétricas interiores podem ser combinados com o esquema das ligações 
elétricas exteriores correspondentes, constituindo o chamado esquema geral das ligações. 
A classificação dos esquemas e diagramas quanto ao modo de representação faz-se da 
seguinte forma: 
 
Conforme o número de condutores, de 
aparelhos ou de elementos representados por 
um unico simbolo 
Em representação multifilar 
Em representaçao unifilar 
Conforme a posição relativa dos simbolos 
correspondentes aos elementos ou órgãos 
componentes 
Em representação agrupada 
Em representação semi-agrupada 
Em representação separada 
Em representação topográfica 
 
Na representação multfilar cada aparelho ou elemento é representado por um símbolo 
e cada condutor por um traço (fig. 8). 
Na representação unifilar representam-se dois ou mais condutores por um único traço 
e dois ou mais elementos semelhantes por um símbolo único (fig. 9 que representa a mesma 
instalação da fig. 8). Em particular o mesmo traço pode representar circuitos que asseguram 
funções elétricas equivalentes, circuitos que seguem o mesmo trajeto ou condutores cujo 
traçado segue o mesmo trajeto no esquema. 
Qualquer dos esquemas anteriormente referidos pode ser apresentado numa 
representação agrupada, semi-agrupada ou separada, conforme as necessidades específicas de 
leitura ou de compreensão do respectivo funcionamento. 
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Na representação agrupada os simbolos dos vários elementos de um mesmo aparelho 
ou de uma mesma instalação representam-se próximos no esquema. 
 
Fig. 8— Exemplo de representação multifilar 
 
Fig. 9— Exemplo de de representação unifilar 
 
Na representação semi-agrupada os simbolos dos vários elementos de um mesmo 
aparelho ou de uma mesma instalação representam-se separados e dispostos de tal maneira 
que sepossam traçar facilmente os simbolos das ligações mecânicas entre os diversos 
elementos que manobram conjuntamente. Esta representação é muito utilizada em esquemas 
de servomecanismos. 
Na eletrónica digital, a representação dos esquemas é feita por meio de simbolos 
representativos de funções lógicas da álgebra de Boole ou digital (fig. 10). 
 
 
Fig. 10 — Esquema de funções lógicas 
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A esta filosofia operacional acresce uma microtecnologia de fabricação de componentes, 
baseada na física do estado sólido e que permite a obtenção dos chamados circuitos 
integrados. 
 
 
 
Figura 1: Estrutura básica de um algorítmo 
 
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4 TÉCNICAS DE SOLDAGEM EM ELETRÔNICA 
 
 
4.1 ESCOLHA DO FERRO DE SOLDA 
 
Escolha um ferro do tipo lápis, não muito potente, pois alguns componentes são 
sensíveis a altas temperaturas! Indico um ferro entre 15 w e 30 w. Escolha ferros com ponta 
"TRATADA". 
Ferros de alta qualidade têm em sua ponta um tratamento com "BRONZINA", um 
material que resiste a altíssimas temperaturas. Caso você compre um ferro com uma qualidade 
não muito boa, essa ponta pode com o tempo estragar. Dê preferência a um ferro com um 
cabo de energia de boa qualidade, e com uma base de apoio robusta, se tiver selo do Inmetro, 
melhor ainda! 
LIMPEZA DO FERRO DE SOLDA. A limpeza e estanhagem da ponta - Segure o 
ferro pelo cabo e à medida que ele vai esquentando, derreta a solda na ponta para esta ficar 
brilhante e da cor do estanho. Abaixo vemos como deve ficar: Quando a ponta já está quente, 
vai acumulando uma crosta de sujeira. Para limpá-la basta passar numa esponja de aço ou 
numa esponja vegetal úmida, daquelas que vêm no suporte do ferro. Também é possível 
comprar esta esponja separada. NÃO SE DEVE NUNCA LIXAR OU LIMAR A PONTA. 
ISTO ACABA RAPIDAMENTE COM A MESMA. 
MANUTENÇÃO DO FERRO DE SOLDA - Troca da resistência - Os ferros mais 
caros podem ter a ponta e a resistência trocada com certa facilidade. 
 
 
Ferro de solda 
 
4.2 ESTANHO 
 
Estanho é nada mais nada menos, do que aquele fiozinho prateado que parece com um 
arame, no qual é utilizado para solda. 
Escolha de preferência um próprio para eletrônica. Usualmente é utilizado o estanho da 
qualidade AZUL de 0,8 mm. Dependendo do tipo de trabalho (como soldar componentes 
SMD) recomenda-se que utilize uma solda mais fina. A solda azul é uma das melhores para 
eletrônica, pois funde em temperaturas não muito altas e costuma dar uma liga boa, pois ela 
acaba ficando mais "líquida" do que as outras. Na solda azul, em sua composição, temos que 
60% é estanho e 40% é Chumbo. Ainda no fio de estanho, é adicionado um tipo de resina. A 
resina serve para dar a "Liga" na solda, fazendo com que alguns circuitos soldem melhor e 
que a solda tenha um fluxo controlável. É recomendável para ferros com potência entre 15 w 
e 30 w esse estanho, pois ele não precisa de uma temperatura tão elevada quanto os outros 
tipos de estanho para fundir e dar liga com os outros materiais. 
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Estanho 
 
4.3 ACESSÓRIOS 
 
Um dos mais úteis é o suporte para o Soldador (Ferro), principalmente se inclui uma 
esponja para limpeza da ponta, muito útil para evitar acidentes, já que impede que o ferro 
fique livre na mesa evitando assim acidentes com o ferro. Cuidado mesmo que você pense 
que ele está frio, pois o ferro segura temperaturas altas por um bom tempo, mesmo após 
desligado! 
A esponjinha deve estar umedecida em água para limpar a ponta do soldador. Outro 
conselho importante é não deixar o ferro ligado quando não estiver em uso. Pois assim você 
pode ficar livre de acidentes e também pode prolongar a vida útil do soldador. 
 
 
Suporte ferro de solda e esponja 
 
4.4 A SOLDA 
 
Além do ferro, do estanho e dos acessórios, temos também que saber soldar! Vamos 
aprender a soldar pouco a pouco. 
No interior do soldador e da ponta existe uma resistência elétrica que esquenta e 
transmite seu calor para a ponta do soldador, o qual atinge uma temperatura o suficiente para 
fundir o estanho. 
Os soldadores mais simples requerem de 2 a 5 minutos de espera, até que a ponta do 
soldador supere o ponto de fusão da liga de estanho. 
Mesmo que em nesse caso não seja necessário, existem soldadores com ajuste de 
temperatura com grande controle da mesma. Esses últimos são conhecidos como "Estação de 
Solda" onde na maioria dos modelos, a temperatura varia de 80° a 400°C. 
 
 
 
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4.5 COMO SOLDAR 
 
Suponhamos que vamos soldar uma resistência num circuito impresso (PCB).¶O 
Primeiro passo consiste em dobrar os dois terminais da resistência para entre nos orifícios 
correspondentes do circuito impresso, e empurrar a resistência até encostar à parte frontal do 
PCB. 
O Segundo passo requer verificarmos que a resistência não saia ao virarmos o PCB (Print 
Circuit Board); em algumas oportunidades, obtêm-se bons resultados separando os terminais 
da resistência entre si. 
O Terceiro passo é a verificação de que o soldador esteja ligado e que alcançou a 
temperatura necessária, para isto o aproximamos da ponta do fio de estanho e verificamos se o 
funde. Caso não seja assim, devemos variar a regulagem da temperatura ou esperar que 
esquente. Pois se não esperar, poderá ocorrer à conhecida "Solda Fria" onde pensamos que o 
componente soldou, mas na verdade a solda não conseguiu "fixar" o componente. 
No Quarto passo aproximaremos a ponta quente do soldador ao terminal da resistência a 
soldar, bem perto do nó no da soldagem no circuito impresso. 
O Quinto passo consiste em aproximar a ponta do fio de estanho ao terminal da 
resistência, bem perto do soldador, de tal forma que o estanho funda e aconteça a união. 
Uma vez que o estanho se funda e comece a "molhar" o terminal, desliza-se o soldador, 
arrastando o estanho até alcançar o nó do PCB. 
O estanho deve fluir bem e a solda deve ficar brilhante, evitando que se formem bolhas; 
este efeito deve-se à falta de limpeza ou de temperatura. 
Também devemos evitar esquentar em excesso para não estragar nem o PCB nem o 
componente a soldar. 
O Último passo consiste em cortar as sobras dos terminais da resistência. 
Os terminais dos componentes devem ser cortados depois de realizada a soldagem por 
dois motivos: porque cortando no final, conseguimos a medida exata, e porque a parte restante 
do terminal pode evacuar o excesso de calor durante a soldagem. 
 
 
Solda fria 
 
 
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Dicasde solda 
 
DICAS COM ESTAÇÃO DE SOLDA 
 
A Estação de solda é útil quando se necessita soldar componentes com cases plásticos, 
no caso de alguns transistores. Na maioria dos datasheets tem a "Max Soldering Temperature" 
ou "Temperatura máxima de solda". As técnicas de solda com a estação de solda é 
praticamente a mesma do que com um ferro comum, porém com uma temperatura variável, 
que pode auxiliar de acordo com o trabalho desejado. 
A estação de solda acompanha o suporte para a ponta do ferro, e na maioria dos 
modelos vem com esponja para a limpeza do mesmo. Lembre-se, a esponja deve estar 
MOLHADA para que a limpeza seja feita com sucesso. 
 
 
Estação de solda 
 
4.6 REMOÇÃO DOS COMPONENTES 
 
Os SUGADORES de solda são aparelhos interessantes que SUGAM o estanho fundido 
(ainda quente), e assim facilita a remoção de solda velha e de componentes que ficam difíceis 
de tirar a solda, tais como IC; conectores, etc. 
 
 
 
 
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Sugador de solda 
 
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5 RETRABALHO EM COMPONENTES SMD 
 
5.1 DESSOLDAGEM DE COMPONENTES 
 
Aplique Fluxo pastoso em todos os terminais do componente; 
Derreta um pouco de barra dessoldadora sobre alguns terminais do componente. 
Utilizando o ferro de solda chanfrado da ponta em contato com os terminais, deslize-o sobre 
todos os terminais para que a liga da barra dessoldadora se misture com a solda e o fluxo já 
aplicado. Continue com este procedimento até o componente começar a se soltar da placa, 
então, utilize a pinça para a retirada do mesmo. 
 
 
Malha dessoldadora 
 
5.2 LIMPEZA DA PLACA 
 
Após a retirada do componente, utilize a malha dessoldadora cobreada, colocando-a sobre 
as trilhas deslizando o ferro de solda por sobre a malha até que todo o resíduo de solda de 
estanho se transfira para a mesma. 
Depois de retirado o resíduo de estanho, utilize pincel embebido em solução escolhida 
(isopropílico) e com ajuda de lenço de papel faça a limpeza. 
 
 
Álcool Isopropílico 
 
SOLDAGEM DO COMPONENTE SMD 
 
Aplique fluxo pastoso em todas as trilhas. 
 Após fazer o alinhamento dos terminais do componente sobre as respectivas trilhas, 
aplique um pouco de solda em fio na ponta de solda promovendo a soldagem de dois pontos 
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terminais escolhidos em cada extremidade da diagonal. Aplique novamente fluxo pastoso em 
todos os terminais. Com a ponta chanfrada ½ fenda estanhada, deslize lentamente o ferro de 
solda sobre os terminais do componente de forma que a gota de solda situada na ponta do 
ferro corra pelos terminais. 
Certifique-se de que todos os terminais estejam apropriadamente soldados e que não 
haja curto entre eles. 
Caso constate a ocorrência de algum curto entre os terminais, aplique fluxo pastoso 
apenas sobre os terminais envolvidos, e com ponta de solda limpa (sem solda) encoste-a nos 
terminais. Com este procedimento toda a solda em excesso migrará do terminal para a ponta 
do ferro de solda retirando assim o curto entre os terminais. 
Após a soldagem, coloque um lenço absorvente sobre o componente e aplique pincel 
embebido em solvente procedendo à limpeza da área retirando assim todos os resíduos 
decorrentes do processo. 
 
 
IMPORTANTE 
 
Quando necessário, fazer uso de proteção anti-estática e aterramento (pulseira, manta, 
etc.) para evitar danos aos componentes sensíveis a descargas eletrostáticas. 
Este Kit de SMD poderá ser utilizado também com estações de solda de outro 
fabricante, desde que possuam potência e ponta de solda similar necessária ao processo, não 
sendo garantidos resultados de desempenho com outros modelos ainda não testados pelo 
fabricante. 
As peças componentes do KIT podem ser adquiridas separadamente para reposição. 
 
Estação de solda a ar quente 
 
Kit anti-estatica( Manta e pulseira) 
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