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Em meados de 1800, a Escola Politécnica de Paris, na França, era o centro de excelência em engenharia. Lagrange e Fourier estavam entre os membros do corpo docente. O matemático francês Gaspard Monge, um dos fundadores da escola, é considerado o inventor da geometria descritiva, cuja aplicação foi guardada como segredo militar pelo governo da França por 30 anos, já que sua aplicação no planejamento de fortificações militares é bastante importante. Um curso sobre elementos de máquinas foi criado por Monge, e todos os mecanismos e as máquinas conhecidos foram classificados. André-Marie Ampère, o mesmo que dá nome à unidade de corrente elétrica, também foi professor da Escola Politécnica, sendo o primeiro a fazer uso do termo cinematique (cinemática, em francês), que deriva do grego kinema e significa movimento, sem levar em consideração as forças que agem no sistema. Ampère postulou que essa ciência devia incluir tudo o que pode ser dito a respeito do movimento em seus diversos tipos, independentemente das forças que o causaram. O professor da Universidade de Cambridge Robert Willis desenvolveu, em 1841, o artigo Principles of Mechanism (“Princípios do mecanismo”). Seu objetivo nesse trabalho era sistematizar a tarefa de síntese de mecanismos, enumerando cinco maneiras de obter movimentos relativos entre conexões de entrada e saída. O texto que se tornou base para a cinemática moderna é o livro Theoretische Kinematik (Teoria da Cinemática), escrito em 1875 pelo alemão Franz Reuleaux,