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Unidade 2- Contrato de Trabalho Conceito e Elementos

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Conteudista: Prof. Me. Welington Castilho Garcia
Revisão Textual: Esp. Vinicius Oliveira
 
Objetivo da Unidade:
Compreender a duração do trabalho desde a pactuação do contrato até a
configuração da jornada de trabalho, inclusive com seus intervalos.
˨ Material Teórico
˨ Material Complementar
˨ Referências
Duração do Trabalho
Contrato de Trabalho: Conceito e Elementos
Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite (2021, p. 203), o contrato de trabalho pode ser
conceituado como “o negócio jurídico regulado pelo direito do trabalho que estabelece um
conjunto de direitos e deveres para o empregado e para o empregador”.
Para Luciano Martinez (2021, p. 172), o contrato de trabalho é gênero do qual emerge o contrato
de emprego.
É considerado um acordo bilateral, visto que há deveres para ambas as partes; por exemplo, o
empregado deve cumprir sua jornada de trabalho de forma assídua e executar as atividades
pertinentes e, por outro lado, o empregador deverá pagar corretamente o salário do empregado
no prazo estipulado.
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˨ Material Teórico
“Contrato de emprego é o negócio jurídico pelo qual uma pessoa física (o
empregado) obriga se, de modo pessoal e intransferível, mediante o pagamento de
uma contraprestação (remuneração), a prestar trabalho não eventual em proveito
de outra pessoa, física ou jurídica (empregador), que assume os riscos da atividade
desenvolvida e que subordina juridicamente o prestador.”
Os principais elementos do contrato de trabalho são:
Formalização do Contrato de Trabalho
Manifestação de vontade: é necessário que haja consenso entre empregado e
empregador, isto é, qualquer indício de ilegalidade poderá tornar o contrato nulo;
Partes: empregador e empregado devem estar plenamente capazes para manifestar
suas vontades;
Objeto: a prestação de serviço deve ser lícita, possível, determinada ou determinável.
Isso significa que a atividade a ser desempenha necessita estar de acordo com as
normas vigentes e devidamente individualizada (qualificada);
Forma: em regra, a legislação trabalhista não prevê forma pré-determinada para os
contratos de trabalho, o que permite, por exemplo, efetivá-lo até mesmo de maneira
verbal.
Saiba Mais 
O art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal prevê que a
contratação de menor de idade para a prestação de serviço poderá
ocorrer apenas a partir dos 16 (dezesseis) anos, exceto na condição de
aprendiz, iniciando aos 14 (quatorze) anos.
Em regra, a formalização do vínculo empregatício ocorre por meio da assinatura do contrato de
trabalho contendo os direitos e obrigações pertinentes a empregado e empregador.
Figura 1 – Carteira de trabalho
Fonte: Getty Images
Outrossim, nos termos do art. 29 da CLT, é necessário anotar a Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) do empregado no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, constando a data
de admissão, a remuneração e, se houver, as condições especiais.
Cumpre ressaltar que o empregador não poderá realizar nenhum tipo de informação
desabonadora na CTPS do empregado, sob pena de ter de pagar multa no valor de meio salário
mínimo regional (art. 52 da CLT).
Espécies de Contrato de Trabalho (Prazo de Duração)
Quanto à duração dos contratos de trabalho, poderão ser classificados em duas categorias: por
tempo indeterminado e por tempo determinado.
O contrato por tempo indeterminado é encontrado na maioria das relações jurídicas
trabalhistas. É mais benéfico ao empregador e, principalmente, ao empregado, tendo em vista
que gera mais segurança às partes. 
Em relação ao contrato por prazo determinado, conforme a própria denominação remete, trata-
se de modalidade em que as partes fixam previamente a sua duração. 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispõe:
No mesmo dispositivo celetista mencionado, o legislador elencou as hipóteses de contrato por
prazo determinado, quais sejam:
De serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
“Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
§ 1º – Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja
vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou
ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.”
De atividades empresariais de caráter transitório;
De contrato de experiência.
Importante! 
Os contratos por prazo determinado regidos pelas duas primeiras
hipóteses do art. 443 da CLT poderão ter a duração máxima de até 2
(dois) anos, admitindo-se uma prorrogação dentro desse período. Por
outro lado, o contrato de experiência não poderá ultrapassar 90
(noventa) dias, permitindo-se somente uma prorrogação dentro do
citado prazo.
Você Sabia? 
Se o contrato por prazo determinado for prorrogado mais de uma vez
ou não se respeitar o tempo de pactuação definido pela Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), automaticamente transforma-se em um
contrato por prazo indeterminado.
Jornada de Trabalho e Registro da Jornada
A jornada de trabalho refere-se ao período em que o empregado está à disposição do seu
empregador, seja executando suas atividades, seja aguardando orientações. 
Em relação à jornada diária de trabalho, poderá ser estabelecida por meio da lei, de convenção ou
acordo coletivo de trabalho, do regulamento da empresa ou do contrato individual de trabalho.
De acordo com a Constituição Federal:
Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
[...]
XIII – Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.”
“Art. 59 – A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às
Quanto ao registro da jornada de trabalho, o art. 74 da CLT prevê que o horário de trabalho
deverá ser devidamente documentado e, em se tratando de estabelecimentos com mais de 20
(vinte) trabalhadores, será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro
manual, mecânico ou eletrônico.
Períodos de Descanso
Diversamente das máquinas, o trabalhador não pode laborar de forma ininterrupta,
necessitando de pausas durante e entre as jornadas diárias de trabalho para reposição de
energias e descanso. Trata-se da possibilidade de se desconectar das atividades profissionais
diárias e utilizar o tempo livre para se dedicar a outros compromissos, como lazer e educação.
Diante de tal demanda, são estabelecidos os períodos de descanso, dos quais se destacam:
intervalo intrajornada e intervalo interjornada. 
O intervalo intrajornada é aquele que ocorrer no interior da jornada diária de trabalho, por
exemplo, o intervalo para descanso e refeição conhecido popularmente como horário de almoço.
De acordo com o art. 71 da CLT:
Jornadas que não excedam 6 (seis) horas diárias: o empregador deverá conceder
um intervalo para repouso ou alimentação de no mínimo 1 (uma) hora e, salvo
acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas;
partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e
seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos
para repouso e alimentação.”
No que diz respeito ao intervalo interjornada o art. 66 da CLT preceitua que “entre 2 (duas)
jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para
descanso”.
Jornadas Especiais de Trabalho
A maior parte dos intervalos intrajornadas não é computada na duração da jornada de trabalho.
Excepcionalmente, existem períodos de descanso que, em razão de peculiaridades das tarefas
desempenhadas, integram o tempo de
labor diário, tais como:
Jornadas que ultrapassam 4 (quatro) horas contínuas, mas não excedam a 6 (seis)
horas: o empregador deverá conceder um intervalo de 15 (quinze) minutos;
Jornadas que não superam 4 (quatro) horas contínuas: não há concessão de
intervalo.
Importante! 
Nos termos do art. 71, § 2º e 4º, da CLT, os intervalos de descanso não
são computados na jornada de trabalho. Além disso, se o empregador
não conceder ou conceder parcialmente intervalo intrajornada
mínimo, para repouso e alimentação, deverá pagar de forma
indenizatória o período suprimido com adicional de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Figura 2 – Trabalhadores em minas de subsolo
Fonte: Getty Images
Intervalo especial para trabalhos em minas de subsolo: nos termos do art. 298 da
CLT, a cada 3 (três) horas consecutivas de trabalho, obrigatoriamente haverá uma
pausa de 15 (quinze) minutos para repouso.
Intervalo especial para amamentação: de acordo com a CLT na seção de proteção à
maternidade (art. 396), com o intuito de amamentar o filho biológico ou adotivo, a
mulher tem o direito a duas pausas (definidas por meio de acordo individual entre a
empregada e o empregador) de trinta minutos durante a jornada diária de trabalho,
até que a criança complete 6 (seis) meses de idade.
Figura 3 – Mulheres têm direito a intervalo para
amamentação 
Fonte: Getty Images
Intervalo especial para trabalho em ambiente artificialmente frio: para os
empregados que laboram de maneira contínua, em câmara frigorífica ou não, a cada
3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze)
minutos para repouso, conforme leitura do art. 253 da CLT e súmula 438 do TST.
Figura 4 – Trabalhadores em ambiente artificialmente frio
Fonte: Wikimedia Commons
Intervalo especial para digitadores: a cada 90 (noventa) minutos de trabalho
consecutivo, há o direito a um intervalo para descanso de 10 (dez) minutos.
Figura 5 – Digitadora
Fonte: Getty Images
Horas Extraordinárias (Adicional de Horas Extras), Acordo de
Prorrogação de Horas e Acordo de Compensação de Horas
Segundo o art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, terá direito à “remuneração do serviço
extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal” aquele que laborar
acima da duração normal de trabalho estabelecida, ou seja:
Valor = hora normal (aquela da época do pagamento) + 50% (percentual mínimo).
Tal circunstância recebe o nome de salário-condição, isto é, enquanto perdurar determinada
situação – no caso em comento o trabalho extra –, o obreiro terá direito a receber o respectivo
adicional, o qual cessará se desaparecer a condição que ensejou o pagamento.
Nos termos do art. 59 da CLT, tal prestação de serviço excepcional não pode ultrapassar duas
horas diárias além da jornada tradicional do trabalhador, devendo a pactuação ser estabelecida
por meio de acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
O empregador estará desobrigado do pagamento do referido adicional se possibilitar o descanso
em relação às horas trabalhadas, conforme dispõe o § 2º do dispositivo celetista acima:
“Art. 59. [...] 
§ 2º – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado
pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas,
nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
[...]
§ 5º – O banco de horas de que trata o §2º deste artigo poderá ser pactuado por
acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de
seis meses. 
§ 6º – É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.”
Entretanto, ocorrendo a extinção do contrato de trabalho sem que tenha sido realizada a
compensação, o indivíduo terá direito ao pagamento de horas extras, as quais serão calculadas
sobre o valor da remuneração na data da rescisão, nos termos do art. 59, § 3º, da CLT.
Saiba Mais 
De acordo com o art. 58, § 1º, da CLT, “não serão descontadas nem
computadas como jornada extraordinária as variações de horário no
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários”.
Figura 6
Fonte: Reprodução
Jornada Noturna (Adicional Noturno)
A maior parte dos trabalhadores executa suas atividades em período diurno, o que por si só não
implica o direito de pagamento de nenhum adicional ao salário. Por outro lado, aqueles
profissionais que laboram em jornada noturna farão jus ao recebimento de um salário condição,
o qual é materializado pelo adicional noturno, que é diferente para trabalhadores urbanos e
rurais. 
Conforme o art. 73 da CLT, o horário noturno do empregado urbano é o compreendido entre as
22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte, sendo a hora computada
como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos, tendo direito ao adicional de 20%
(vinte por cento) no mínimo sobre a hora diurna. 
No que diz respeito à jornada noturna do empregado rural, a Lei 5.889/ 1973 estabeleceu:
Figura 7
Fonte: Getty Images
Pecuária: o período noturno é aquele compreendido entre as 20 (vinte) horas de um
dia e as 4 (quatro) horas do dia seguinte.
Lavoura: o período noturno é aquele compreendido entre as 21 (vinte e uma) horas
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.
Figura 8 – Lavoura
Fonte: Getty Images
Ressalta-se que a hora noturna do empregado rural é contabilizada como de 60 (sessenta)
minutos e o adicional será de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.
Tabela 1
 Empregado urbano
Empregado
rural
(pecuária)
Empregado
rural
(lavoura)
 Empregado urbano
Empregado
rural
(pecuária)
Empregado
rural
(lavoura)
Jornada
noturna
Entre as 22 horas
de um dia e as 5
horas do dia
seguinte.
Entre as 20
horas de um
dia e as 4
horas do dia
seguinte.
Entre as 21
horas de um
dia e as 5
horas do dia
seguinte.
Adicional 20% 25% 25%
Importante! 
A CLT prevê o percentual mínimo aplicável a título de pagamento de
adicional noturno, assim como o horário especial de trabalho. Em
razão disso é preciso observar a existência ou não de normas
específicas que possam albergar percentual mais favorável ao
trabalhador ou jornada noturna diferenciada, como ocorre com os
advogados, cujo Estatuto da Advocacia, bem como a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), prevê o período noturno das 20 (vinte)
horas de um dia às 5 (cinco) horas do dia seguinte.
Descanso Semanal Remunerado
O descanso semanal remunerado (DSR) consiste em um período que o empregado não presta
serviço nem está à disposição do empregador, mas tem direito à remuneração pertinente a tal
intervalo. 
Segundo a Lei 605/1949:
Nos termos do art. 6º da mencionada legislação, o recebimento dos valores referentes ao
descanso semanal remunerado depende da assiduidade do empregado, ou seja, cumprir
integralmente sua jornada de trabalho na semana anterior à fruição do intervalo.
Reflita 
É imperioso ressaltar que a legislação preceitua que o descanso
semanal remunerado seja preferencialmente aos domingos e feriados,
e não obrigatoriamente. A ressalva condiz com a existência de diversas
“Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e
quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das
exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a
tradição local.”
Férias
As férias representam um período de descanso maior que os habituais intervalos intrajornada e
interjornada, tratando-se de um direito irrenunciável do empregado. 
O direito às férias está relacionado a dois períodos, a saber:
profissões que demandam o trabalho em domingos e feriados, como é
o caso dos profissionais do comércio. Em razão
disso, o art. 6º da Lei
10.101/ 2000 autoriza o trabalho aos domingos nas atividades do
comércio em geral.
Importante! 
Ainda que a legislação autorize aos trabalhadores do comércio a
prestação de serviços aos domingos, o repouso semanal remunerado
deverá coincidir com tal dia pelo menos uma vez no período máximo de
três semanas, de acordo com o art. 6º, parágrafo único, da Lei
10.101/2000.
Período aquisitivo: consiste nos 12 (doze) meses de vigência do contrato de
trabalho, ou seja, o trabalhador necessita laborar durante o citado período para
adquirir o direito às férias, nos termos do art. 130 da CLT;
Desde que seja respeitado o aludido período concessivo, o momento em que o empregado
usufruirá das férias ficará a critério do empregador, as quais não poderão iniciar nos dois dias
que antecedem feriado ou dia de descanso semanal remunerado, conforme art. 134, § 3º, da CLT.
Em regra, o empregado tem direito a 30 (trinta) dias corridos de férias; no entanto, a quantidade
pode ser inferior a depender do número de faltas injustificadas no curso do período aquisitivo.
Vejamos a tabela a seguir, baseada no art. 130 da CLT.
Tabela 2
Número de faltas injustificadas
no período aquisitivo
Período de gozo de férias
até 5 faltas injustificadas. 30 dias corrridos.
de 6 a 14 faltas injustificadas. 24 dias corrridos.
de 15 a 23 faltas injustificadas. 18 dias corrridos. 
de 24 a 32 faltas injustificadas. 12 dias corrridos. 
acima de 32 faltas
injustificadas. 
Perde o direito às férias. 
Período concessivo: equivale ao período de 12 (doze) meses subsequentes à data em
que o empregado adquiriu o direito às férias e quando o empregador deverá
concedê-las.
Por outro lado, as faltas justificadas não acarretarão prejuízo à quantidade de dias de férias,
tendo em vista que o empregado não comparece ao serviço em razão de justo motivo. Para tanto,
seguem alguns exemplos elencados pelo art. 473 da CLT:
Até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;
Até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; [...]
Por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada;
Até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da
lei respectiva;
No período em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na
letra "c" do art. 65 da Lei 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar);
Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular
para ingresso em estabelecimento de ensino superior;
Pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo;
Pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de
entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional
do qual o Brasil seja membro;
Até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares
durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira;
Por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta
médica;
Até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de
exames preventivos de câncer devidamente comprovada.
De acordo com o art. 134, § 1º, da CLT, as férias poderão ser usufruídas de uma só vez ou
fracionadas em até três partes (na segunda hipótese, desde que haja a anuência do empregado e
de que um dos períodos não seja inferior a quatorze dias corridos, bem como os demais não
sejam inferiores a cinco dias corridos, cada um).
O pagamento da remuneração pertinente às férias deverá ser realizado até 2 (dois) dias antes do
início do respectivo período de descanso, conforme art. 145 da CLT. Ademais, o art. 7º, XVII, da
Constituição Federal garante o “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal”. Portanto, a remuneração de férias do empregado equivale a:
Saiba Mais 
Nos termos do art. 136 da CLT, o momento da concessão das férias fica
a cargo do empregador; no entanto, os pertencentes a uma mesma
família que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa terão
direito a usufruir férias no mesmo período, se assim o desejarem e se
disso não resultar prejuízo para o serviço. Ademais, o empregado
estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir
suas férias com as férias escolares.
Valor = remuneração do empregado + 1/3
A critério do empregador, as férias poderão ser coletivas, isto é, todos os empregados ou
determinados departamentos da empresa usufruirão do período de descanso de forma
concomitante, inclusive podendo ser fracionadas em até 2 (dois) períodos, desde que nenhum
deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos, consoante o art. 139 da CLT.
O empregado tem a faculdade de converter 1/3 do seu período de férias em abono pecuniário
(dinheiro), o que se popularizou pela expressão “vender as férias”, desde que faça o
Importante! 
Se o empregador conceder as férias posteriormente ao período
concessivo, deverá realizar o pagamento da remuneração em dobro,
consoante o art. 137 da CLT. De acordo com o Tribunal Superior do
Trabalho (súmula 7), tal valor será calculado de acordo com a
remuneração do empregado à época do ajuizamento da reclamação
trabalhista ou da extinção do contrato de trabalho, se for o caso.
requerimento ao empregador até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo, nos
termos do art. 143 da CLT. 
Conquanto o trabalhador queira converter a totalidade (30 dias) do período de férias em pecúnia,
o empregador não deverá acatar tal pedido, visto que se trata de direito irrenunciável.
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Leitura  
Adicional de Horas Extras: Conceito, Objetivo, Natureza
Jurídica, Hipóteses, Divisor, Integrações e Reflexos
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ACESSE
Direito à Desconexão e Teletrabalho: Contribuição do Direito
do Trabalho Francês – Estudo Comparado Franco-Brasileiro 
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˨ Material Complementar
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/104826/2017_borba_cassio_adicional_horas.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/180194/2020_gauriau_rosane_direito_desconexao.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Aspectos Polêmicos da Jornada de Trabalho 12x36
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ACESSE
O Papel do Contrato Individual nas Novas Relações de
Trabalho
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https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/181570/2020_rocha_fabio_aspectos_polemicos.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/111194/2001_santos_marly_papel_contrato.pdf?sequence=1&isAllowed=y
LEITE, C. H. B. Curso de direito do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
MARTINEZ, L. Curso de direito do trabalho: relações individuais, sindicais e coletivas do
trabalho. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
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˨ Referências

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