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A ETIMOLOGIA DA PALAVRA TRABALHO E UM BREVE COMPARATIVO DO ATUAL SIGNIFICADO

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EETEPA PROFESSOR ANISIO TEIXEIRA 
KARINA MANO ANDRADE
YEDA SAMARA DA COSTA PONTES
 RENATO DIAS DO ROSÁRIO
SUELEN DA ROCHA PENA
GEOVANA DE SOUZA SOARES
Resumo do artigo O Meio Ambiente é-o Princípio da Dignidade Humana da Pessoa Humana
 Belém/2023
1. A ETIMOLOGIA DA PALAVRA TRABALHO E UM BREVE COMPARATIVO DO ATUAL SIGNIFICADO
 O meio ambiente de trabalho refere-se ao conjunto de condições influencia e interações, que afetam a vida, a saúde a segurança e o bem-estar e o desempenho dos trabalhadores em seus locais de trabalho. O princípio da dignidade humana é o reconhecimento o valor inerente e a importância de cada ser humano, respeitando sua autonomia, integridade e direitos. A origem etimologia da palavra trabalho, segundo vários autores, vem do latim tripalium ,cujo termo é derivado da junção: três + palium , significado, porém, o instrumento formado por três paus usado para punir os cavalos que não queriam deixar-se ferrar e os quais dificultavam o trabalho do ferreiro. Por tanto, o termo triplicar (ou trabalhar) significa tortura com tripalium.
. O conceito de trabalho demonstra que, é época do seu surgimento, era algo muito penoso, doloroso e árduo, de onde podemos fazer a divisão do conceito de trabalho em: antes e após a revolução industrial, tendo em vista que esta foi um marco que desenvolveu e acelerou o sistema capitalista de produção, com o resultado na expansão global da economia -a base material da globalização.
Observação pertinente se faz para o fato de que a palavra trabalho nem sempre foi concebido como algo terrível-como relata e nos comprova a história quando nos referimos a definição do presente termo em japonês, qual seja, hataraku , que significa trabalhar e dar conforto ao próximo.
A evolução do conceito de trabalho foi tamanha e mais uma vez em decorrência do avanço incontrolável do capitalismo, passou a ser considerado como contravenção penal a pessoa que não trabalha, como percebe –se, claramente, da leitura dos artigos 59 e 60, ambos da lei das contravenções penais, instituída pelo decreto lei 3688/41, os quais prescrevem sobre (vadiagem e mendicância)
ART.59 
Entregar-se alguém habitualmente a ociosidade, sendo valido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou própria subsistência mediante ocupação ilícita:
Pena-prisão simples, de 15(quinze) dias e (três) meses.
Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que assegure ao condenado meios bastantes de subsistência, extingue a pena
O próprio parágrafo único do artigo 59, da lei das contravenções penais, supra citado é bem enfático ao prescrever sobre a extinção da pena, se a pessoa que se encontra em estado de vadiagem, conseguir renda que lhe assegure a sua sobrevivência. Daí, porém, podemos inferir sobre a real importância do trabalho e de se ter uma atividade licita- formal ou informal -nos dias de hoje.
2. ORIGEM HISTÓRICA DA PROTEÇÃO JURÍDICA AO MEIO AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL
 O artigo "O Meio Ambiente do Trabalho e o Princípio da Dignidade Humana" aborda de maneira abrangente a evolução da proteção jurídica ao ambiente laboral saudável, destacando sua origem histórica e a interligação fundamental com o princípio da dignidade humana.
Exploração da Origem Histórica:
O texto inicia sua análise explorando a Revolução Industrial como um marco inicial, identificando as condições desumanas e perigosas a que os trabalhadores eram submetidos. Esse contexto impulsionou a necessidade de regulamentações, evidenciando a ausência inicial de proteção jurídica ao meio ambiente de trabalho.
Reconhecimento da Necessidade de Regulamentações:
Ao longo do tempo, a sociedade reconheceu a urgência de regulamentações para garantir condições de trabalho que respeitassem a dignidade humana. O texto destaca o papel crucial desempenhado por movimentos sindicais que surgiram como resposta às condições adversas, buscando melhorias significativas nas condições laborais.
Marcos Históricos e Tragédias Industriais:
O artigo provavelmente destaca marcos históricos e tragédias industriais que impactaram a percepção pública e influenciaram a evolução das normas trabalhistas. Exemplos como a tragédia de Triangle Shirtwaist Factory e outros eventos semelhantes podem ser mencionados como catalisadores para mudanças legislativas e conscientização sobre a importância da proteção ao meio ambiente de trabalho.
Avanços Legislativos:
A evolução da legislação trabalhista é examinada, apontando para avanços significativos que surgiram em resposta às demandas crescentes por ambientes laborais seguros. O texto pode citar leis específicas que foram promulgadas para abordar questões como jornadas de trabalho, salários justos e condições de segurança, ressaltando como essas normas moldaram o cenário do meio ambiente de trabalho ao longo do tempo.
Interseção com o Princípio da Dignidade Humana:
O artigo destaca a conexão intrínseca entre a proteção jurídica ao meio ambiente de trabalho e o princípio da dignidade humana. A análise se aprofunda na compreensão de como as regulamentações evoluíram não apenas para evitar riscos físicos, mas também para promover um ambiente que permitisse o desenvolvimento integral dos trabalhadores, alinhando-se assim com a dignidade humana como um princípio orientador.
3. DA DEFINIÇÃO DO CONCEITO MEIO AMBIENTE E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
 O "meio ambiente" refere-se ao conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Já o "meio ambiente do trabalho" diz respeito ao conjunto de fatores e condições que envolvem o local onde as atividades laborais são realizadas, incluindo aspectos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e organizacionais, visando a saúde e segurança dos trabalhadores.
Meio ambiente do trabalho é "o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores".
Antes de mais nada, viver e trabalhar em ambientes saudáveis são fatores fundamentais para boa qualidade de vida. Dessa forma, o meio ambiente do trabalho envolve desde o local onde o trabalhador realiza suas atividades até onde ele obtém os meios necessários para sua função. 
 
O direito ao meio ambiente do trabalho equilibrado abrange a garantia de condições dignas, saudáveis e seguras no ambiente laboral. Isso inclui a proteção da saúde física e mental dos trabalhadores, bem como a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, abrange aspectos ergonômicos, organizacionais e sociais, visando proporcionar um ambiente propício ao bem-estar e à qualidade de vida no trabalho. Essa abrangência se estende a normas regulamentadoras, políticas de segurança, fiscalização e demais medidas que contribuam para um ambiente laboral equilibrado e sustentável.
A definição geral do meio ambiente de trabalho deve ser ampla e irrestrita, vez que envolve todo trabalhador que desempenha uma atividade, remunerada ou não, e porque todos estão protegidos constitucionalmente de um ambiente de trabalho adequado e seguro, necessário à digna e sadia qualidade de vida.
O que diz o artigo 225 da Constituição Federal sobre o meio ambiente?
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
4. DA NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO AO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
 O tema analisa a interligação entre atividade econômica, ecologia e trabalho, destacando a proteção legal estabelecida pelos artigos 225 e 170 da Constituição Federal. 
A preservação do meio ambiente é considerada um interesse difuso por ser um bem jurídico de interesse geral, pertencente a todos - resomnium - em contraste com res nullius, representando propriedade comum, ao invés de coisas sem dono, como objetos perdidos ou terras devolutas.
Os direitos difusos, incluindo o direito a um meio ambiente equilibrado garantido pela Constituição de 1988, são classificados como interesses transindividuais, superando a esfera individual e caracterizados pela indeterminação dos sujeitos e indivisibilidade do objeto. 
O direito ao meio ambiente é coletivo, difuso e supraindividual, pertencendo à sociedade como um todo, sem titularidade individual, mas coletiva.
O ambiente de trabalho seguro e saudável é um direito fundamental de todos os cidadãos trabalhadores. 
É parte integrante e crucial do meio ambiente como um todo, sendo um direito difuso, de interesse transindividual e indivisível, segundo o Código de Defesa do Consumidor. 
O renomado doutrinador Celso Antônio Pacheco Fiorillo destaca a proteção do trabalhador contra a degradação e poluição do ambiente laboral como essencial para a qualidade de vida, considerando-o um direito difuso. 
Portanto, a proteção do meio ambiente de trabalho visa à saúde e plenitude do trabalhador em todos os níveis, caracterizando-se como interesse difuso devido à proteção da saúde, um direito coletivo e eminentemente metaindividual.
O conceito acadêmico do meio ambiente de trabalho, como um interesse metaindividual, divide-se em difuso, coletivo e individual homogêneo, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Isso depende do pedido e causa de pedir em juízo, considerando o tipo de tutela jurisdicional buscada na ação judicial. 
No caso de danos ambientais no ambiente de trabalho, a qualificação pode ser difusa, coletiva ou individual homogênea. Por exemplo, em uma lavoura com uso excessivo de agrotóxicos: preservar a saúde humana em geral configura um interesse difuso; assegurar a segurança de uma categoria de trabalhadores demonstra um interesse coletivo em sentido estrito; reparar danos específicos causados a alguns trabalhadores intoxicados configura interesses individuais homogêneos.
5. O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
 	É uma pedra angular nos sistemas jurídicos de muitos países, incluindo o Brasil. No contexto brasileiro, a dignidade da pessoa humana é consagrada no artigo 1º, III, da Constituição Federal de 1988, sendo considerada um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito.
Esse princípio implica o reconhecimento da dignidade inerente a todos os seres humanos, independentemente de sua condição social, econômica, étnica, religiosa ou de qualquer outra natureza. Em outras palavras, cada indivíduo possui um valor intrínseco e inalienável que deve ser respeitado e protegido pelo Estado e pela sociedade.
A dignidade da pessoa humana orienta a interpretação e aplicação de todas as normas constitucionais e legais, servindo como baliza para a atuação dos poderes públicos e para a elaboração e implementação de políticas públicas. Além disso, é um elemento fundamental na promoção dos direitos fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à saúde, à educação, entre outros.
No âmbito do ordenamento jurídico, a dignidade da pessoa humana não é apenas um conceito abstrato, mas sim um valor que deve ser concretizado em situações concretas. Isso implica, por exemplo, na proibição de tratamentos desumanos e degradantes, na garantia do acesso à justiça, na proteção dos direitos das minorias e na busca pela justiça social.
Assim, o princípio da dignidade da pessoa humana desempenha um papel central na construção de uma sociedade mais justa, livre e solidária, permeando todas as esferas do direito e influenciando as decisões judiciais e a atuação dos órgãos estatais. Em resumo, é um pilar fundamental na concepção e na prática do Estado de Direito democrático

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