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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CURSO DE PSICOLOGIA
Cristiane Ferreira Olivi – 202108105
Rafaela da Fonção – 202101003
Gabriel Alexander Silva Martins - 202102165
Henrique Freire Pinhão – 202102200
Natália Seradim – 202103638
Renata Angelo Figueiredo – 002202003749
TEORIAS E TÉCNICAS PSICANALÍTICAS
Orientadora: Bruna Braga
ITATIBA – SP
2024
1. Introdução
Desde sua concepção por Sigmund Freud no final do século XIX, a psicanálise tem sido uma das abordagens mais influentes e controversas no campo da psicologia. Freud e seus seguidores fundaram a Escola Freudiana, um movimento que revolucionou nossa compreensão da mente humana, influenciando não apenas a psicologia clínica, mas também a cultura popular e outras disciplinas acadêmicas.
Este trabalho se propõe a explorar a Escola Freudiana e as contribuições de três de seus proeminentes membros: Anna Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham. Cada um desses psicanalistas desempenhou um papel crucial no desenvolvimento e na evolução da psicanálise, oferecendo insights únicos e abordagens inovadoras para entender e tratar os problemas mentais.
Primeiramente, será discutida a fundação e os princípios fundamentais da Escola Freudiana, delineando as ideias centrais de Freud que serviram como base para o movimento. Em seguida, serão exploradas as contribuições individuais de Anna Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham para a teoria, prática e técnica da psicanálise.Ao compreender as contribuições distintas de Anna Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham é possível perceber a riqueza e a diversidade do pensamento dentro da Escola Freudiana.
2. Desenvolvimento
2.1 Escola Freudiana
A Escola Freudiana surge como um desdobramento do pensamento revolucionário de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Fundada por Jacques Lacan em 1964, esta escola representa uma continuação e, ao mesmo tempo, uma reinterpretação das ideias freudianas originais1.
Em seu núcleo, a Escola Freudiana busca explorar as complexidades da mente humana, a natureza dos desejos inconscientes e os mecanismos pelos quais esses desejos se manifestam no comportamento humano. Ela abraça a visão de Freud sobre o inconsciente como a força motriz por trás do comportamento humano, mas também expande e questiona algumas de suas teorias.
Uma das contribuições mais significativas da Escola Freudiana é a introdução do conceito de linguagem e simbolismo na psicanálise. Lacan argumentou que a linguagem não é apenas uma ferramenta de comunicação, mas também molda fundamentalmente nossa percepção da realidade e influencia nossos desejos e identidades. Assim, a análise lacaniana se concentra na interpretação dos símbolos e significados subjacentes ao discurso do paciente2.
Além disso, a Escola Freudiana enfatiza a importância do complexo de Édipo e da sexualidade infantil no desenvolvimento psicológico. Para Freud, o complexo de Édipo era central na formação da personalidade; para Lacan, ele também era crucial, mas ele o reinterpretou como uma estrutura simbólica que organiza a relação do sujeito com o mundo.
No entanto, a Escola Freudiana não é imune a críticas. Algumas críticas argumentam que suas teorias são excessivamente focadas na sexualidade e negligenciam outros aspectos importantes da psique humana. Além disso, a abordagem lacaniana, com sua ênfase na linguagem e no simbolismo, pode ser considerada densa e difícil de acessar para muitos1.
Apesar das críticas, a Escola Freudiana continua a ser uma influência significativa na psicanálise e na psicologia contemporânea. Suas ideias moldaram a forma como entendemos a mente humana e continuam a inspirar pesquisas e debates em uma ampla gama de disciplinas. Como um legado do pensamento de Freud, a Escola Freudiana continua a desafiar e enriquecer nossa compreensão da natureza humana.
2.2 Principais teóricos da escola Freudiana
2.2.1 Anna Freud
Anna Freud, filha caçula de Sigmund Freud, nasceu em 1895 em Viena, Áustria. Ela cresceu em um ambiente intelectualmente estimulante, rodeada pelas discussões e teorias revolucionárias de seu pai sobre a mente humana. Desde cedo, Anna demonstrou interesse na psicologia e na obra de seu pai2. Apesar de inicialmente seguir os interesses de seu pai, ela gradualmente desenvolveu sua própria voz na psicanálise. Anna Freud fez importantes contribuições para a compreensão do desenvolvimento infantil, particularmente através de seu trabalho com crianças e suas teorias sobre os mecanismos de defesa. Durante sua vida profissional, Anna Freud fundou a Hampstead Child Therapy Course and Clinic em Londres, uma instituição dedicada ao tratamento de crianças com problemas emocionais e mentais. Seu trabalho com crianças traumatizadas pela Segunda Guerra Mundial ajudou a solidificar sua reputação como uma das principais especialistas em psicanálise infantil.
Além disso, Anna Freud é conhecida por seu conceito de "ego psicológico", uma teoria que enfatiza a importância do ego na regulação dos impulsos do id e na negociação com as demandas da realidade externa. Sua influência na psicanálise foi duradoura, e seu legado continua a inspirar profissionais da saúde mental em todo o mundo. Anna Freud faleceu em 1982, deixando para trás um corpo significativo de trabalho e uma influência duradoura na compreensão da psique humana3.
2.2.2 Sándor Ferenczi
Sándor Ferenczi nasceu em 1873 na Hungria e é conhecido como um dos primeiros discípulos de Sigmund Freud. Ele foi fundamental na expansão e desenvolvimento da teoria psicanalítica, particularmente em relação à técnica terapêutica e à compreensão da relação entre terapeuta e paciente. Ferenczi foi pioneiro na ideia de que a relação entre terapeuta e paciente é crucial para o sucesso da terapia psicanalítica. Ele introduziu o conceito de "empatia" na psicanálise, argumentando que o terapeuta deve se envolver emocionalmente com o paciente para compreender verdadeiramente seus conflitos internos1.
Além disso, Ferenczi desenvolveu técnicas terapêuticas inovadoras, como a análise ativa, que envolve uma participação mais ativa do terapeuta na sessão, e a análise mútua, na qual o terapeuta compartilha suas próprias associações e sentimentos com o paciente. No entanto, suas ideias nem sempre foram bem recebidas pela comunidade psicanalítica de sua época, e ele frequentemente enfrentou críticas e oposição por suas teorias e práticas. Apesar disso, seu trabalho teve um impacto duradouro na psicanálise e influenciou muitos terapeutas modernos. Ferenczi faleceu em 1933, deixando para trás um legado de inovação e um corpo significativo de trabalho que continua a inspirar e desafiar os profissionais da saúde mental em todo o mundo.
2.2.3 Karl Abraham
Karl Abraham foi um psiquiatra e psicanalista alemão, nascido em 1877 em Bremen e falecido em 1925. Ele é reconhecido como uma figura chave no desenvolvimento da psicanálise, especialmente no início do movimento psicanalítico. Abraham iniciou sua carreira médica estudando neurologia, mas seu interesse pela psicanálise foi despertado após ler as obras de Sigmund Freud. Ele se tornou um dos primeiros discípulos de Freud e desempenhou um papel fundamental na disseminação das ideias psicanalíticas na Alemanha e além2.
Uma das contribuições mais significativas de Abraham para a psicanálise foi sua investigação sobre a relação entre a psicologia infantil e a psicologia dos adultos. Ele foi pioneiro no estudo do desenvolvimento psicossexual infantil, explorando como as experiências da infância moldam a personalidade e os conflitos inconscientes na vida adulta. Além disso, Abraham contribuiu para a compreensão dos mecanismos de defesa, especialmente o conceito de "identificação projetiva", no qual uma pessoa atribui seus próprios sentimentos, impulsos ou características a outra pessoa. Esse conceito se tornou fundamental na compreensão dos processos psicológicos complexos subjacentes a muitos distúrbios mentais1.
Infelizmente, a carreira de Abraham foi interrompida precocemente por sua morte prematura em 1925. No entanto, seu legado como um dos primeirose mais influentes psicanalistas continua a ressoar na prática e na teoria psicanalítica até os dias atuais. Suas contribuições para o campo foram vastas e sua influência perdura como parte integrante da história e evolução da psicanálise.
2.3 Escolas associadas
· Anna Freud: Anna Freud é amplamente associada à Escola Psicanalítica de Viena, que se originou com seu pai, Sigmund Freud, e seus primeiros seguidores. Ela contribuiu significativamente para o desenvolvimento da psicanálise infantil e para a compreensão dos mecanismos de defesa e do funcionamento do ego.
· Sándor Ferenczi: Sándor Ferenczi também foi um membro proeminente da Escola Psicanalítica de Viena. Ele trabalhou em estreita colaboração com Freud e fez contribuições importantes para a teoria e a prática psicanalíticas, particularmente no que diz respeito à relação terapêutica e à técnica analítica.
· Karl Abraham: Karl Abraham foi um dos primeiros seguidores de Sigmund Freud e foi associado à Escola Psicanalítica de Berlim. Ele desempenhou um papel fundamental na expansão e na consolidação da psicanálise na Alemanha, contribuindo para o estudo do desenvolvimento infantil, dos distúrbios psicossomáticos e dos mecanismos de defesa.
2.4 Contribuições para a psicanálise
Anna Freud fez contribuições significativas para a prática da psicanálise infantil. Ela desenvolveu técnicas terapêuticas específicas para crianças, adaptando os métodos psicanalíticos para atender às necessidades da população infantil. Seu trabalho na Hampstead Child Therapy Course and Clinic, em Londres, proporcionou tratamento e cuidado a crianças traumatizadas pela guerra e influenciou a prática clínica em todo o mundo. Suas técnicas clínicas enfocavam a observação cuidadosa das crianças e a interpretação de seus jogos, desenhos e fantasias como expressões de seus conflitos inconscientes. Ela também desenvolveu a técnica da análise do jogo, que permitia às crianças comunicarem seus sentimentos e desejos de forma não verbal, facilitando o processo terapêutico2.
Ferenczi foi pioneiro na introdução de técnicas terapêuticas mais ativas e envolventes na prática psicanalítica. Sua abordagem terapêutica enfatizava a empatia e o envolvimento emocional do terapeuta com o paciente, buscando criar um ambiente terapêutico seguro e de confiança. Desenvolveu técnicas terapêuticas inovadoras, como a análise ativa e a análise mútua, que envolviam uma participação mais ativa do terapeuta na sessão e uma maior abertura à troca de associações entre terapeuta e paciente. 
Abraham contribuiu para a consolidação da prática psicanalítica na Alemanha e para a expansão do movimento psicanalítico internacionalmente. Ele ajudou a estabelecer a Sociedade Psicanalítica de Berlim e foi um dos primeiros a aplicar os princípios da psicanálise ao tratamento de distúrbios psicossomáticos. Suas contribuições teóricas se concentraram no estudo do desenvolvimento infantil e na compreensão dos mecanismos de defesa. Ele expandiu a teoria freudiana sobre o complexo de Édipo e introduziu o conceito de "identificação projetiva", destacando a importância dos processos inconscientes na formação da personalidade.
2.4 Críticas à psicanálise
Anna Freud:
Críticas Positivas:
· Contribuiu para a compreensão e tratamento dos distúrbios infantis, lançando luz sobre a importância do desenvolvimento psicológico na infância.
· Sua abordagem clínica, que se baseava na interpretação de brincadeiras e fantasias infantis, foi elogiada por sua sensibilidade e eficácia no tratamento de crianças.
Críticas Negativas:
· Alguns críticos argumentam que sua ênfase excessiva nos mecanismos de defesa e na adaptação social das crianças pode negligenciar a singularidade de suas experiências emocionais e conflitos internos.
· Sua abordagem terapêutica pode ser considerada restrita às técnicas tradicionais da psicanálise, com pouca flexibilidade para se adaptar a abordagens terapêuticas mais contemporâneas.
Sándor Ferenczi:
Críticas Positivas:
· Foi elogiado por sua ênfase na empatia e na relação terapêutica como componentes essenciais do processo de cura.
· Suas técnicas terapêuticas inovadoras, como a análise ativa e a análise mútua, foram vistas como uma abordagem refrescante e eficaz para a prática psicanalítica.
Críticas Negativas:
· Algumas críticas sugerem que sua abordagem terapêutica mais envolvente e participativa pode comprometer a neutralidade e a imparcialidade do terapeuta, dificultando a interpretação e a compreensão dos processos inconscientes do paciente.
· Sua teoria sobre a regressão do terapeuta e a necessidade de gratificação imediata do paciente levantaram preocupações sobre os limites éticos da relação terapêutica.
Karl Abraham:
Críticas Positivas:
· É elogiado por suas contribuições para o desenvolvimento da teoria psicanalítica, especialmente em relação ao estudo do desenvolvimento infantil e dos mecanismos de defesa.
· Sua abordagem clínica inovadora, especialmente no tratamento de distúrbios psicossomáticos, foi reconhecida por sua eficácia e relevância na prática psicanalítica.
Críticas Negativas:
· Alguns críticos argumentam que suas teorias sobre o desenvolvimento infantil podem ser excessivamente deterministas, reduzindo a complexidade da psique humana a uma série de estágios previsíveis.
· Sua abordagem terapêutica pode ser vista como rígida e presa a técnicas tradicionais da psicanálise, com pouca abertura para inovação e adaptação às necessidades individuais dos pacientes.
3. Conclusão
Com esse estudo foi possível concluir que a Escola Freudiana e as contribuições de Anna Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham tiveram um impacto profundo e duradouro que esses psicanalistas tiveram no campo da psicologia. A Escola Freudiana, com sua ênfase na compreensão do inconsciente, dos processos psicossexuais e dos mecanismos de defesa, continua a ser uma influência poderosa na prática clínica e na teoria psicanalítica.
Cada um desses teóricos trouxe perspectivas únicas e abordagens inovadoras para a compreensão e tratamento dos problemas mentais. Anna Freud destacou a importância do desenvolvimento infantil e da análise de jogos e fantasias na psicanálise infantil, enquanto Sándor Ferenczi enfatizou a relação terapêutica e a necessidade de uma abordagem mais ativa e envolvente na terapia. Por sua vez, Karl Abraham contribuiu significativamente para a compreensão dos distúrbios psicossomáticos e dos mecanismos de defesa, expandindo os horizontes da teoria psicanalítica.
Referências
1.ABRAHAM, K. Uma forma particular de resistência contra el métdodo psicoanalític. In: Psicoanalisis clinico. Buenos Aires: Paidós, 1959. p. 231-7. 
2. _______ . Un breve estudio de la evolucion de la libido, considerada a la luz de los transtornos mentales. In: Psicoanalisis clinico. Buenos Aires: Paidós, 1959.
3. ALVAREZ, A. Companhia viva. Porto Alegre: Artmed, 1994. AULAGNIER, P. A violência da interpretação: del pictograma al enunciado. Buenos Aires: Amorrotu, 1977

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