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Estado de Goiás Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Ensino Médio Gerência da Mediação Tecnológica 2023 ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Governador do Estado de Goiás Ronaldo Ramos Caiado Vice Governador do Estado de Goiás Lincoln Graziane Pereira da Rocha Secretária de Estado da Educação Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente de Ensino Médio Osvany da Costa Gundim Cardoso Gerente de Mediação Tecnológica Wanda Maria de Carvalho Coordenadora Pedagógica de Mediação Tecnológica Luciane Aparecida de Oliveira Rodrigues ELABORARDORES/AS Linguagens e suas Tecnologias Daniela de Souza Ferreira Mesquita – Coordenadora de Área/Língua Portuguesa Guilherme Francisco Oliveira Cruvinel – Língua Estrangeira/Inglês Ivair Alves de Souza – Língua Portuguesa Luciana Evangelista Mendes – Língua Estrangeira/Espanhol Luiz Carlos Silva Junior – Educação Física Maria Caroline Guimarães Leite Logatti – Arte/Mundo do Trabalho Matemática e suas Tecnologias Luan de Souza Bezerra – Coordenador de Área Evandro de Moura Rios Luara Laressa Ferreira dos Santos Lima Ujeverson Tavares Sampaio Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Pedro Ivo Jorge de Faria – Coordenador de Área/História Alejandro de Freitas Paulino Matos – Geografia Carlos César Higa – Sociologia/Mundo do Trabalho Gustavo Henrique José Barbosa – Sociologia/Filosofia/Projeto de Vida Ciências da Natureza e suas Tecnologias Rosimeire Silva de Carvalho – Coordenadora de Área/ Química Francisco Rocha – Física George Fontenelle Costa – Física Luiz Carlos Silva Júnior – Biologia Núbia Pontes Pereira – Biologia Revisão Daniela de Souza Ferreira Mesquita Designer Gráfico Hugo Leandro de Leles Carvalho – Capa EQUIPE GOIÁS TEC TELEFONE: 3201-3253 E-MAIL: gmt@seduc.go.gov.br © Copyright 2022 – Goiás Tec Ensino Médio ao Alcance de Todos “Todos os direitos reservados” Sumário LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS ............................................................................ 5 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS .........................................................63 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................................ 133 CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS .............................................................147 PROJETO DE VIDA ..................................................................................................... 219 Linguagens e suas Tecnologias Linguagens e LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 6 COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS HABILIDADE (EM13LGG402)Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos con- textos de uso. OBJETIVO DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG402A) Conhecer o vocabulário dos te- mas propostos em gêneros textuais injuntivos e dis- sertativos orais e escritos (propagandas educativas na TV, curta-metragem, documentários, folhetos de campanhas, artigos científicos, receitas etc), destacando palavras desconhecidas, inferindo seu significado pelo contexto [e/ou pesquisando em dicionários digitais ou impressos] para relacionar o conteúdo às realidades locais e planetárias. (GO-EMLGG402C) Localizar elementos da lingua- gem não verbal específicas em gêneros textuais injuntivos/dissertativos, identificando seus signi- ficados empregados no contexto, fatos implícitos, efeitos de ironia e humor para relacionar o uso e a forma desses ícones linguísticos. OBJETO DE CONHECIMENTO Campanhas educativas. Anúncios publicitários e propaganda. Linguagem verbal e não verbal. He- terotônicos e heterosemânticos. Verbos de cambio. Tiras cômicas. Charge. HQs. Consumo sustentável. Economia. Globalização e outras temáticas relacio- nadas. Efeitos de sentidos - conotação e denotação. CLASS 01 - ENGLISH CONCEITO: PERFIS EM REDES SOCIAIS Nesta primeira aula vamos discutir sobre o núme- ro de usuários de redes sociais no Brasil e sua implica- ção nos hábitos e até na personalidade das pessoas. Let’s check?! COMO USAMOS AS REDES SOCIAIS? Grande parte da população brasileira tem acesso a Internet, e o Brasil é um dos países em que mais se utilizam as redes sociais. Pesquisas como a feita pelo World Internet Stats indicam que no Brasil existem 149,1 milhões de usuários na internet, ficamos atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos da América. Esse número representa cerca de 70% da popu- lação brasileira e 85% desses usuários de internet no Brasil navegam na web todos os dias. Um relatório revelou que o Brasil é o terceiro no ranking de quem passa mais tempo na Internet. Os brasi- leiros gastam, em média, 9 horas e 14 minutos navegan- do na Internet, através de qualquer dispositivo. Somos o terceiro povo no mundo que mais passa tempo na rede. Em primeiro lugar, estão os tailandeses, com 9h38m, seguidos pelos filipinos, com uma média de 9h29m. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 7 MAIS DE 3 HORAS PASSADAS NA INTERNET SÃO PARA ACESSAR AS REDES SOCIAIS Sim, nós passamos, em média, 3 horas e 39 minutos, todos os dias nas redes sociais. Ocupamos, assim, a segunda colocação entre os países que usam por mais tempo essas plataformas, atrás dos filipinos, que gastam 3h57m diários e à frente dos tailandeses, que detêm a marca de 3h23m. 62% DA NOSSA POPULAÇÃO ESTÁ CONECTADA ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS Isso mesmo: 130 milhões de brasileiros utilizam as redes sociais. Desses, 120 milhões realizam o acesso através de seus celulares. Esse número representa 57% do total da população brasileira. https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/02/10-fatos-sobre-o-uso-de-redes-sociais-no-brasil-que-voce-precisa-saber.ghtml Nesse caso, reflita e escreva em seu caderno sobre algumas questões importantes: • Por que você possui um perfil em alguma rede social? • Você interage nas redes sociais? Por quê? • Quantas horas diárias você imagina que passa nas redes sociais? • Quais são suas atividades nessas redes sociais? • Por que você acha importante ter um perfil em rede social? • Em sua opinião quais são as vantagens e desvantagens da interação nas redes sociais. MUNIZ, Mariana Lima; ROCHA Maurilio Andrade; CHRISTÓFARO, Gabriela Córdova. Novo Ensino Médio - Projetos Integradores. 1. ed. São Paulo: Ed. Scipione, 2020. SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. Você reconhece essas redes sociais? Escreva seus nomes. a) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 8 b) c) a) ____________________________________ b) ____________________________________ c) ____________________________________ 2. Compare os três perfis de rede social. Escreva uma pequena lista mencionando as diferenças e semelhanças entre eles? 3. Você conhece as pessoas dos perfis da atividade anterior? Sabe de que país elas são? Qual a pro- fissão dessas pessoas? Que tipo de trabalho já fizeram? Pesquise ou dê uma olhada nos perfis para responder esta atividade. Name: Country: Occupation: Films or TV Programs: CLASS 02 - ENGLISH CONCEITO: COGNATE AND FALSE COGNATE WORDS Caro/a estudante, nesta segunda aula vamos co- nhecer um pouco mais sobre as PALAVRAS COGNATAS E FALSAS COGNATAS, que é uma das várias estratégias de leitura usadas para a compreensão dos textos em inglês. Let’s go!!! COGNATE AND FALSE COGNATE WORDS Algumas palavras em língua inglesa podem pare- cer com outras em português, são as chamadas pa- lavras cognatas. Porém, é preciso ter atenção, pois nem todo aquele termo que se escreve de forma se- melhante tem o mesmo significado nos dois idiomas. PALAVRAS COGNATAS ou palavras transparentes são vocábulos em diferentes idiomas que possuem a mesma origem, escrevem-se de maneira parecida, e possuem o mesmo significado em inglês e em por- tuguês. A seguir, conheça algumas dessas palavras cognatas para que não erre mais ao interpretar textos em inglês, escrever ou ao falar durante uma conversa na língua inglesa. • comedy: comédia • connect: conectar • different:diferente • emotion: emoção • idea: ideia • important: importante • material: material • pages: páginas • positive: positivo • regular: regular Porém, não é sempre que essa lógica funciona, e por isso nós também iremos conhecer os FALSOS COGNATOS, também conhecidos como “falsos amigos ou false friends” em inglês. Neste caso, os termos são escritos com semelhanças em determinadas palavras da língua portuguesa, mas têm tradução totalmente diferente, podendo comprometer a comunicação se usados no contexto errado. Veja a seguir alguns exemplos de falsos cognatos em língua inglesa: • argument: discussão • fabric: tecido • intend: pretender • library: biblioteca • novel: romance (literário) • pretend: fingir • prejudice: preconceito • sensitive: sensível • supper: ceia • support: apoiar LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 9 SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. Nesta atividade, você vai ler o perfil de uma jovem no Twitter. A ideia é começarmos com textos mais simples, portanto, leia o texto com bastante aten- ção e procure identificar as palavras cognatas. Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de- aula/3004/perfil-pessoal-online#. Acesso em: 21 mar. 2020. a) Como você deve ter notado, o nome da garota na foto é Malala. Malala não é um nome co- mum no Brasil. Você já ouviu falar dela ou pode deduzir de qual região do mundo ela seja? b) Pode-se dizer que o perfil de Malala é popu- lar? Quantas pessoas ela segue e quantas a seguem? 2. Retire as seguintes informações sobre a perso- nagem do texto acima: a) idade: _______________________________ b) data de nascimento: ____________________ 3. Qual a profissão de Malala? O que, exatamente, as pessoas com a profissão dela fazem? 4. Quais palavras cognatas podem ser encontradas nesse perfil? 5. Os exercícios abaixo, que tratam de palavras falsas cognatas em inglês, exigem conhecimentos sobre a tradução correta das palavras. Preste atenção e marque a resposta correta: 5.1 “I study Law at college”. Neste caso, “college” significa... a) colégio b) casebre. c) universidade. d) escola. 5.2 Se alguém disser “I want to order a dessert after dinner.” “Dessert”, significa que a pessoa deseja... a) um deserto. b) uma viagem. c) uma refeição. d) uma sobremesa. 5.3 “Marilia bought avocado to make a mexican recipe.” “Avocado” quer dizer... a) sair correndo. b) dizer que conhece um advogado. c) um abacate. d) dizer que é invocado. 5.4 “Some people are prejudiced against their social status”. A palavra “prejudiced”, refere-se a... a) prejuízo b) preconceito c) nocivo d) proibição LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 10 5.5 “During the chat conversation, Samuel pretended to be his brother.” A melhor tradução para este trecho seria: a) Durante a conversa no chat, Samuel queria ser o seu irmão. b) Durante a conversa no chat, Samuel pretendia ser o seu irmão. c) Durante a conversa no chat, Samuel planejou ser o seu irmão. d) Durante a conversa no chat, Samuel fingia ser o seu irmão. CLASS 03 - ENGLISH CONCEITO: PERFIS EM REDES SOCIAIS SUGESTÃO DE ATIVIDADE Read the texts and answer the following activities: Text I WHO IS ANGELA DAVIS? Angela Davis studied philosophy with Herbert Marcuse in Brandeis University, Massachusetts and became a master scholar who studied at Sorbonne University. Known for books like Women, Race & Class, she has worked as a professor and activist who advo- cates gender equity, prison reform and other social issues. Davis is retired but has been giving important lectures all over the world. Adaptado. Disponível em: <https://www.biography.com/ activist/angela-davis>/Acesso em: 31 mar. 2020 Text II scholar: estudiosa book: livro gender: gênero color: cor line: linha, padrão, tipo retired: aposentada/o give: oferecer, dar lecture: palestra world: mundo 1. Em relação ao texto I, retire as seguintes infor- mações: a) Área de conhecimento em que se graduou: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 11 b) Universidade onde fez seu mestrado acadêmico: c) Nome de um livro que escreveu: 2. Ainda no texto I, escreva a profissão de Angela Davis e com quais causas ela tem trabalhado? 3. No texto II, identifique a data de nascimento da nossa personagem e encontre também a época em que ela se tornou uma ativista. 4. Quais informações sobre Davis podem ser encon- tradas nos dois textos? 5. Pode-se dizer que Davis é uma usuária frequente do Twitter? Por quê? CLASS 04 - ENGLISH CONCEITO: REGULAR AND IRREGULAR VERBS Hoje, faremos um estudo sobre Regular and Irregular Verbs, o que basicamente é uma introdução ao tempo verbal Simple Past, no qual faremos uma reflexão nas próximas aulas. A ideia é reconhecer esses a forma escrita destes verbos, e suas possíveis traduções. No final da apostila, encontra-se uma lista de verbos irregulares. Consulte-a sempre que achar necessário. Let’s start?! Para começar, o objetivo de se ter a noção sobre a identificação e escrita destes verbos serve para identi- ficar a forma escrita do passado (simples e particípio) do verbo. Para tal, necessita-se verificar o infinitivo do verbo (presente) para identificar a sua forma no passado. • Regular verbs – São mais fáceis de serem distinguidos; – Aqui, ocorre a aplicação da regra dos sufixos -d / -ed / -ied; – Não necessita de leitura das formas verbais com lista de verbos. ü “Regra geral”: acrescenta-se o sufixo -ed ao infinitivo do verbo. to work – worked to listen – listened to start – started ü verbos terminados em “e”: acrescenta-se -d ao infinitivo do verbo. to love – loved to dance – danced to change – changed ü verbos terminados em “consoante + y”: reti- ra-se o “y” e acrescenta-se -ied ao infinitivo do verbo. to carry – carried to hurry – hurried to study – studied ü verbos monossílabos com C.V.C.: se o verbo monossílabo terminar em “consoante + vogal + consoante” (C.V.C), dobra-se a última conso- ante e acrescenta-se -ed ao infinitivo do verbo principal. to drop – dropped to stop – stopped to plan – planned LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 12 ü verbos dissílabos com C.V.C. tônico: se o ver- bo dissílabo terminar em “consoante + vogal + consoante” (C.V.C), verifica-se a tonicidade da vogal desta terminação e, caso ela seja tônica, dobra-se a última consoante e acrescenta-se -ed ao infinitivo do verbo principal. to occur (oc + cur) – occurred to permit (per + mit) – permitted to prefer (pre + fer) – preferred *** EXCEÇÕES!! *** ü verbos terminados em “vogal + y”: apenas acrescenta-se -ed ao infinitivo do verbo. to play – played to destroy – destroyed ü verbos dissílabos com C.V.C. átono: no verbo dissílabo, se a vogal tônica estiver na primeira sílaba (ou seja, fora da terminação “consoante + vogal + consoante”), apenas acrescenta-se -ed ao infinitivo do verbo principal (não se do- bra a última consoante). to travel (tra + vel) – traveled to rival (ri + val) – rivaled • Irregular verbs – São mais difíceis de serem distinguidos; – Aqui, ocorre a aplicação da regra das formas (uni, bi, triforme); – Necessita de leitura das formas verbais com lista de verbos (formato padrão de leitura: In- finitive – Past simple – Past participle – Trans- lation. ü verbos irregulares uniformes: possuem apenas uma única forma escrita. to cut – cut – cut – cortar to put – put – put – colocar to read – read – read – ler ü verbos irregulares biformes: possuem duas formas escritas iguais (e uma diferente). to bring – brought – brought – trazer to come – came – come – vir to beat – beat – beaten – derrotar • verbos irregulares triformes: possuem três for- mas escritas diferentes. to go – went – gone – ir to forgive – forgave – forgiven – perdoar to drink – drank – drunk – beber • Leitura da lista de verbos de acordo com a re- gularidade verbal Infinitive Past simple Past participle Translation to decide decided decided decidir RE GU LA RE S to talk talked talked falar to study studied studied estudar to jog jogged jogged caminhar to admitadmitted admitted admitir to enjoy enjoyed enjoyed apreciar to open opened opened abrir to cost cost cost custar IR RE G. to understand understood understood entender to swim swam swum nadar LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 13 CLASS 05 - ENGLISH CONCEITO: SIMPLE PAST Hoje, faremos um estudo/revisão do SIMPLE PAST em inglês, no qual faremos uma reflexão sobre os usos e as formas deste tempo verbal. A ideia é reconhecer esses verbos dentro dos textos. No final da apostila, encontra-se uma lista de verbos irregulares. Consul- te-a sempre que achar necessário. Let’s start?! SIMPLE PAST TENSE É um tempo verbal da Língua Inglesa que é empre- gado para se referir a situações e fatos que já aconte- ceram e se limitaram àquele tempo, ou seja, tiveram um início e um fim no passado. EXEMPLO(S): • I met him last week. (Eu o conheci semana passada.) • Eric helped Paul yesterday. (Eric ajudou Paul ontem.) • The World Cup finished last year. (A Copa do Mundo terminou ano passado.) • Paula did not pay the bill last week. (Paula não pagou as contas semana passada.) • I didn’t work yesterday. (Eu não trabalhei ontem.) • Did you clean the bathroom? (Você limpou o banheiro?) • Did I pay the bills yesterday? (Eu paguei as contas ontem?) Formação estrutural: Na forma afirmativa, para verbos regulares, acrescenta-se -d / -ed / -ied ao infinitivo do verbo principal; para os irregulares, verifica-se a sua forma (uni, bi, triforme) do passado. Nas formas negativas e interrogativa, utiliza-se o verbo auxiliar did, e o verbo principal fica no infinitivo sem “to”. Afirmativa Negativas Interrogativa I watched the news yesterday. She watched the news yesterday. They watched the news yesterday. I did not (didn’t) watch the news yesterday. She did not (didn’t) watch the news yesterday. They did not (didn’t) watch the news yesterday. Did I watch the news yesterday? Did she watch the news yesterday? Did they watch the news yester- day? Afirmativa Negativas Interrogativa SI N G U LA R I met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did I meet him last week? You met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did you meet him last week? He met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did he meet him last week? She met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did she meet him last week? It met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did it meet him last week? PL U RA L We met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did we meet him last week? You met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did you meet him last week? They met him last week. did not (didn’t) meet him last week. Did they meet him last week? LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 14 CLASS 06 - ENGLISH CONCEITO: SIMPLE PAST Estudante, ainda dando continuidade com a te- mática sobre Simple Past, vamos iniciar esta aula com a produção de exercícios. Para isso, procure utilizar seu conhecimento prévio, bem como as estratégias de leitura para compreender o texto a seguir. SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. Observe the excerpt from the interview and answer the questions. a) Which period in time are the question and the answer referring to: the past, the present or the future? b) How do you know that? In the excerpt, find a verb that justifies your answer. 2. Observe the words in bold in the excerpt and answer the questions below. a) Which auxiliary verb is used to form the question? b) What is the main verb in the question? 3. Observe another excerpt of the original interview with Howardena Pindell and find what is requested. a) Three verbs in the affirmative form of the Simple Past. b) One verb in the negative form of the Simple Past. 4. Complete the dialogues with the past simple of the verbs in parentheses. a) A: Where ______ the 5th edition of FLUPP ______________ (to happen)? B: It ____________________ (to happen) in City of God. b) A: ______ you ______________ all the activities (to enjoy)? B: Not all of them. For example, I ____________________ (to love) the storytelling, but I ____________________ (to like) some of the workshops. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 15 CLASS 07 - ENGLISH CONCEITO: PERFIL EM REDES SOCIAIS Na aula de hoje, iremos apresentar atividades com estratégias de leituras diversificadas. O objetivo deste exercício é verificar se as previsões feitas se confirmam. Let’s start! SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. Before reading the texts, make predictions about them. Focus on their structure, source and pic- tures to choose the correct item that completes each sentence below. 1.1 The photographs show two... a) famous people from Brazil. b) Brazilians with the same occupation. 1.2 The texts are... a) profiles. b) biographies. 1.3 The main objective of both texts is to... a) describe importante events in a person’s life. b) provide personal information about someone. 2. Now read the texts below to check your predic- tions. TEXTO I TEXTO I 3. A partir das informações apresentadas no texto II, é possível inferir que a brasileira Any Gabrielly... a) dirigiu uma animação. b) prefere atuar a cantar. c) trabalhou como dubladora. d) canta em um grupo de pop nacional. e) deseja estrelar uma série de televisão. 4. Answer the questions below: a) How old is Eduardo Kobra? b) What technique does he use to create three- -dimensional murals? c) What kind of music does Any Gabrielly sing? 5. Based on the texts, choose the statements below that are correct about Eduardo Kobra and Any Gabrielly: a) Eduardo Kobra is not popular on social media. b) Eduardo Kobra creates two-dimensional mu- rals. c) Any Gabrielly is known as the voice of a pro- tagonist of a TV series. d) Any Gabrielly is a part of a global pop group. e) Eduardo Kobra and Any Gabrielly are both from São Paulo. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 16 CLASS 08 - ENGLISH CONCEITO: SIMPLE PAST O texto apresentado nesta aula traz uma breve biografia de uma mulher em destaque na sua área de atuação. Realizem a leitura do texto, empregando as estratégias já conhecidas para responderem a atividade que se segue. SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. The following text is about another inspiring woman, Wangari Maathai. Read and do the exercises. a) Where was she born? b) When was she born? c) What is she internacionally famous for? d) What award did she receive in 2004? 2. Reorder the words in the items below to write sentences about Wangari Maathai. a) to obtain a Ph.D. /She / the first woman in East and Central Africa / was b) was / the first female professor / She / at the University of Nairobi c) for environmental conservation / became / She / famous for Fighting LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 17 3. Write below two phrases in the past tense taken from the text. CLASS 09 - ENGLISH CONCEITO: TEXT COMPREHENSION Na atividade de hoje vamos navegar um pouco dentro das redes sociais. Empregaremos as estratégias de leitura e inferências para coletar alguns dados. Se necessário recorra ao dicionário ou tradutor. SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. Now it’s your turn! Na aula de hoje você deverá escolher o perfil de uma pessoa famosa, em uma rede social de sua escolha, e falar um pouco sobre esta pessoa. Para tanto, você deverá recorrer aos conhecimentos em língua inglesa. Em seguida, complete o quadro abaixo, escrevendo o que se pede em língua inglesa. 2. Após a coleta dos dados dessa pessoa. Reflita e escreva: a) Qual a razão de você seguir essa pessoa? b) Quantos seguidores esta pessoa possui? LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 18 c) Quando foi a sua últi ma postagem? d) O que você gostou de observar nas publicações desta pessoa? e) Essa pessoa interage com os seguidores dela? f) Quantas pessoas ele(ela) segue? E quantos o seguem? g) A pessoa que você segue possui algum trabalho social relevante? Se sim, qual/quais? CLASS 10 - ENGLISH CONCEITO: TEXT COMPREHENSION WITH ENEM QUESTIONS Let’s check your knowlwdge!!!Caro/a estudan- te, o objeti vo agora é apresentar algumas questões apresentadas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), simulando uma prova já aplicada. SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1. (ENEM/2019) Is this life Sitti ng on a park bench Thinking about a friend of mine He was only twenty-three Gone before he had his ti me It came without a warning Didn’t want his friend to see him cry He knew the day was dawning And I didn’t have a chance to say goodbye MADONNA. Eroti ca. Estados Unidos. Marverick, 1992. A canção, muitas vezes, é uma forma de manifes- tar senti mentos e emoções da vida coti diana. Por exemplo, o sofrimento retratado nessa canção foi causado: (A) pela morte precoce de um amigo jovem. (B) pelo término de um relacionamento amoroso. (C) pela mudança de um amigo para outro país. (D) pelo fi m de uma amizade de mais de vinte anos. (E) pela traição por parte de pessoa próxima. 2. (ENEM/2020) Disponível em: htt ps://sites.psu.edu. Acesso em: 12 jun. 2018. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 19 Os recursos usados nesse pôster de divulgação de uma campanha levam o leitor a refletir sobre a necessidade de: (A) criticar o tipo de tratamento dado à mulher. (B) rever o desempenho da mulher no trabalho. (C) questionar a sobrecarga de atribuições da mulher. (D) analisar as pesquisas acerca dos direitos da mulher; (E) censurar a mulher pelo uso de determinadas palavras. 3. (ENEM/2018) Lava Mae: Creating Showers on Wheels for the Homeless San Francisco, according to recent city numbers, has 4,300 people living on the streets. Among the many problems the homeless face is little or no access to showers. San Francisco only has about 16 to 20 shower stalls to accommodate them. But Doniece Sandoval has made it her mission to change that. The 51-year-old former marketing executive started Lava Mae, a sort of showers on wheels, a new project that aims to turn decom- missioned city buses into shower stations for the homeless. Each bus will have two shower stations and Sandoval expects that they’ll be able to pro- vide 2,000 showers a week. ANDREANO, C. Dísponível em: abcnews.go.com. Acesso: 26 jun. 2015 (adaptado). A relação dos vocábulos shower, bus e homeless, no texto, refere-se a (A) empregar moradores de rua em lava a jatos para ônibus. (B) criar acesso a banhos gratuitos para morado- res de rua. (C) comissionar sem-teto para dirigir os ônibus da cidade. (D) exigir das autoridades que os ônibus munici- pais tenham banheiros. (E) abrigar dois mil moradores de rua em ônibus que foram adaptados. 4. (ENEM/2016) Disponível em: www.colintfisher.com. Acesso em: 30 maio 2016. Anúncios publicitários buscam chamar a atenção do consumidor por meio de recursos diversos. Nesse pôster, os números indicados correspon- dem ao (à) (A) comprimento do cigarro. (B) tempo de queima do cigarro. (C) idade de quem começa a fumar. (D) expectativa de vida de um fumante. (E) quantidade de cigarros consumidos. 5. (ENEM/2018) Don’t write in English, they said, English is not your mother tongue… ... The language I speak Becomes mine, its distortions, its queerness All mine, mine alone, it is half English, half Indian, funny perhaps, but it is honest, It is as human as I am human… ... It voices my joys, my longings my Hopes... (Kamala Das, 1965:10) GARGESH, R. South Asian Englishes. In: KACHRU, Y; NELSON, C. L. (Eds.). The Handbook of World English. Singapore: Blackwell, 2006. A poetisa Kamala Das, como muitos escritores indianos. escreve suas obras em inglês, apesar de essa não ser sua primeira língua. Nesses versos, ela (A) usa a língua inglesa como efeito humorístico. (B) recorre a vozes de vários escritores ingleses. (C) adverte sobre o uso distorcido da língua in- glesa. (D) demonstra consciência de sua identidade linguística. (E) reconhece a incompreensão na sua maneira de falar inglês. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 20 ANEXO 01 - LIST OF IRREGULAR VERBS BASE FORM PAST SIMPLE PAST PARTICIPLE TRANSLATION to be was, were been estar; ser to beat beat beaten bater; derrotar, vencer; superar to become became become tornar-se to begin began begun começar to bet bet bet apostar to blow blew blown soprar to break broke broken quebrar to bring brought brought trazer to build built built construir to buy bought bought comprar to catch caught caught capturar, pegar to choose chose chosen escolher to come came come vir to cut cut cut cortar to deal dealt dealt lidar; negociar, tratar to do did done fazer to draw drew drawn atrair, chamar (a atenção); desenhar to dream dreamed/dreamt dreamed/dreamt sonhar to drink drank drunk beber to drive drove driven dirigir to eat ate eaten comer to fall fell fallen cair to feel felt felt sentir to fight fought fought brigar; lutar to find found found encontrar to fit fit fit ajustar; caber, servir to flee fled fled escapar, fugir; evitar to forget forgot forgotten esquecer to get got got/gotten adquirir; conseguir, obter; receber to give gave given dar to go went gone ir to grow grew grown crescer; cultivar to have had had ter to hear heard heard ouvir to hide hid hidden esconder, ocultar to hold held held abraçar; segurar to keep kept kept manter to know knew known conhecer; saber to lay laid laid colocar, pôr; deitar to lead led led comandar, conduzir; levar LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 21 to learn learned/learnt learned/learnt aprender to leave left left abandonar, deixar; partir, sair to let let let deixar, permitir to lose lost lost perder to make made made fazer to mean meant meant significar to meet met met conhecer; encontrar to misunderstand misunderstood misunderstood entender mal, interpretar mal to overcome overcame overcome superar to pay paid paid pagar to put put put colocar, pôr to read read read ler to rise rose risen erguer, levantar to run ran run correr to say said said dizer to see saw seen ver to seek sought sought buscar; objetivar to send sent sent enviar to set set set ajustar, marcar, pôr em determinada to shake shook shaken sacudir to shine shone shone brilhar, reluzir to show showed showed/shown apresentar, mostrar to sing sang sung cantar to sit sat sat sentar to sleep slept slept dormir to speak spoke spoken falar to spend spent spent gastar (dinheiro); passar (tempo) to spread spread spread espalhar to stand stood stood ficar em pé; suportar to steal stole stolen roubar to strive strove striven esforçar-se, lutar to swim swam swum nadar to take took taken pegar to teach taught taught ensinar to tell told told contar, relatar to think thought thought achar, pensar to throw threw thrown arremessar, jogar to understand understood understood compreender, entender to wear wore worn usar (roupa, calçado, acessório), vestir LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 22 ANEXO 02 - DAILY ROUTINES IN ENGLISH LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 23 COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLP06B) Analisar as funções da linguagem como recursos expressivos da língua, consideran- do as diversas situações textuais para conhecer as intencionalidades comunicativas. (GO-EMLP06D) Reconhecer os diferentes recursos da linguagem verbal e não verbal em diferentes tipologias textuais e diferentes gêneros discursivos, descrevendo os recursos utilizados nos textos para analisar os efeitos de sentido desses usos linguísti- cos na construção de sentido. (GO-EMLP14A) Analisar os contextos de produção, circulação e recepção de informações, dados e ar- gumentos em diversas fontes, identificando os ele- mentos essenciais de garantia da credibilidade dos atos comunicativos da cultura audiovisual no meio digital de informação e comunicação (recursos lin- guísticos e multissemióticos e efeitos de sentido) para legitimar as escolhas e a exploração crítica. (GO-EMLGG201A) Sintetizar e resenhar textos, usando paráfrases, de marcas do discurso repor- tado e de citações, para empregar em textos de divulgação de estudos e pesquisas. (GO-EMLP53A)Avaliar, com o uso de textos literá- rios diversos, a produção de comentários de livros, filmes, canções e espetáculos, observando os crité- rios de composição de cada produto cultural para fazer produção oral e escrita do raciocínio crítico avaliativo sobre os principais artistas e suas obras. (GO-EMLP20A) Produzir discursos a partir do enten- dimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade as- sentados na democracia e nos Direitos Humanos, identificando afinidades e interesses comuns para compreender as diferenças e engajar-se em práticas coletivas. (GO-EMLGG203A) Questionar o uso de debates, quanto ao raciocínio crítico, analítico de questões sociais, presentes em textos midiáticos de âmbito nacional e local, analisando os processos de disputa nas práticas de linguagem para ampliar as possibi- lidades de construção de sentidos e de apreciação. (GO-EMLGG203B) Promover debates e discussões de temas de interesses da juventude, apropriando- -se de bases legais, como o Estatuto da Juventude e as políticas públicas vigentes para fazer-se protago- nista de ações que contemplem a condição juvenil. (GO-EMLP28A) Organizar estratégias de estudo, usando leituras, resolução de exercícios, interpreta- ção de vídeos, gráficos e imagens acerca do conte- údo em questão para produzir uma aprendizagem significativa e otimizar o tempo. OBJETOS DE CONHECIMENTO Gêneros discursivos (poemas, contos, crônicas, tiras, charges, diários, propagandas, classificados, receitas, reportagens). Elementos da comunicação. Funções da linguagem. Modalização. Elementos expressivos da linguagem teatral: voz, movimentos, gestos e ações. Estratégias de leitura e compreensão de textos. Gêneros discursivos e digitais. Análise, interpretação e produção de textos multi- modais. Informações no mundo globalizado. Inter- textualidade na Língua Portuguesa. Leitura branca e dramática de textos nas Línguas Espanhola, Inglesa e Portuguesa. Dramatização. Elementos da linguagem teatral e da música. Prá- ticas musicais envolvendo: composição e arranjo, uso de samplers, manipulação sonora, produção de trilhas sonoras e sonoplastia, observando ele- mentos significativos da cultura juvenil. Linguagens, seus diálogos e práticas culturais. Con- textos e práticas. Relação entre textos na Língua Portuguesa, reconstrução da textualidade e efeitos de sentido provocados pelos usos de Recursos lin- guísticos e multissemióticos. Linguagem e sentido. A dimensão discursiva da linguagem. Literatura e arte na Língua Portuguesa. Tipos de discursos. Intertextualidade. Interpretação na Libras de textos nas diversas lin- guagens (artísticas, corporais e verbais): configu- ração da mão, locação, movimento e orientação. Gêneros discursivos. A linguagem do gênero semi- nário, debate etc. Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto. Estratégias de escrita: textualização, re- visão e edição. Planejamento e produção de questionários. Organi- zação de cronograma de estudo. Forma de compo- sição do texto. Relação entre contexto de produção e características composicionais e estilísticas dos gêneros. Reconstrução da textualidade e compre- ensão dos efeitos de sentido provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 24 VAMOS REVISAR? (https://files.passeidireto.com/7f49add4-40a9-47e8-b65f-d7cc72f7e9ce/7f49add4-40a9-47e8-b65f-d7cc72f7e9ce.jpeg) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 25 (http://1.bp.blogspot.com/-WLsM4-en7Q0/T8Ixymx4CfI/AAAAAAAAAWE/AZSYQoQFElg/s1600/formacao-palavras.jpg) (https://i.pinimg.com/originals/40/ab/f4/40abf450ce2ae1a754d19d75c49cfc63.jpg) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 26 (https://cdn.culturagenial.com/imagens/cordel- nordestino-poemas-og.jpg) (https://i.pinimg.com/originals/a0/50/7b/ a0507b2d9a07f3fceed5262a0c693a3e.jpg) Leia o soneto de Vinícius de Morais e resolva às ques- tões 1 – 12: SONETO DE ANIVERSÁRIO Passem-se dias, horas, meses, anos Amadureçam as ilusões da vida Prossiga ela sempre dividida Entre compensações e desenganos. Faça-se a carne mais envilecida Diminuam os bens, cresçam os danos Vença o ideal de andar caminhos planos Melhor que levar tudo de vencida. Queira-se antes ventura que aventura À medida que a têmpora embranquece E fica tenra a fibra que era dura. E eu te direi: amiga minha, esquece... Que grande é este amor meu de criatura Que vê envelhecer e não envelhece. Vinicius de Moraes, Rio de Janeiro, 1954 1. Por que o poema acima é considerado um soneto? 2. O soneto de aniversário de Vinicius de Moraes demarca a posição do eu lírico de refletir sua vida a partir de: a) seus desejos. b) suas experiências. c) seus encantos. d) seu orgulho. 3. O eu lírico traz ao leitor uma reflexão entre pas- sado e futuro. Esse tipo de movimento apresen- tado pelo soneto é intercalado entre sentimentos opostos. Quais são eles? a) Vida e morte. b) Paz e guerra. c) Saudade e encontro. d) Felicidade e tristeza. 4. O soneto, no verso: “Queira-se antes ventura que aventura”, apresenta parônimos, pois há duas pa- lavras muito parecidas na grafia, mas com significa- dos diferentes. Elas expressam, respectivamente: a) curtição e sorte. b) azar e fortuna. c) destino e perigo. d) imprevisto e alegria. 5. Que efeito é produzido pelo uso das rimas no soneto? 6. Escreva o verso que revela o interlocutor do eu poético. 7. O poema aborda as transformações trazidas pelo passar do tempo. Contudo, segundo o texto, o que nunca envelhece? 8. No verso: “Vença o ideal de andar caminhos pla- nos”, a palavra destacada poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por: a) retos. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 27 b) tortos. c) semelhantes. d) altos. 9. O uso das reticências na última estrofe foi utili- zado pelo poeta para demonstrar: a) indecisão do eu lírico. b) omissão do discurso. c) interrupção da fala. d) hesitação profunda. 10. Escreva o verso que o eu lírico revela passagem de tempo. 11. A que se refere o pronome “ela” no verso: “Pros- siga ela sempre dividida”? 12. Localize no soneto uma palavra que significa: a) Avance: __________________________ b) Fantasias: ________________________ c) Perfeição: ________________________ d) Macia: ___________________________ e) Decepções: _______________________ LINGUAGEM LITERÁRIA (https://i.pinimg.com/originals/67/3e/ad/673eadad759ca40d050c4638de4115a0.jpg) (https://slideplayer.com.br/slide/1796350/9/images/9/Em+S%C3%ADntese+TEXTO+LITER%C3%81RIO+TEXTO+N%C3%83O- LITER%C3%81RIO.jpg) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 28 (https://i.pinimg.com/736x/33/03/a1/3303a17e70a26928e18136b0046a21e3.jpg) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 29 ATIVIDADES Asas de guarda–chuva Quando começa a chover, os morcegos se assanham. Abrem as asas pretas, e na chuva se banham. Passam em voos rasantes raspando por nossas cabeças. Alguns se agitam e dançam, outros voam com pressa. Mas quando a chuva para -zapt, zupt-, a asa se fecha, e eles dormem recolhidos atrás da porta, numa brecha. Alguns pobres coitados acabam esquecidos. Ficam tristes e pendurados entre achados e perdidos. Bichos da cidade São Paulo a. Quantos versos tem o poema “ “Asas de guarda- -chuva”? b. Quantas estrofes há no poema? c. Reescreva dois pares de rima do poema. 2. Identifique as figuras de linguagem nas frases abaixo: a. “Ficam tristes e pendurados entre achados e perdidos.” ( ) hipérbole ( ) antítese ( ) metáfora b. Ele cantou uma linda canção. ( ) hipérbole ( ) pleonasmo ( ) metáfora c. Ela viu com seus próprios olhos. ( ) hipérbole ( ) pleonasmo ( ) metáfora d. Aquela mulher é uma leoa. ( ) metáfora ( ) comparação ( ) hipérbole e. A vida vem em ondas como o mar. ( ) metáfora ( ) comparação ( ) prosopopeia f. Quero paz não guerra. ( ) antítese ( ) comparação ( ) metáfora g. Aquela moça não é legal, ela subtraiu dinheiro da minhaconta. ( ) hipérbole ( ) eufemismo ( ) metáfora h. A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança! ( ) hipérbole ( ) eufemismo ( ) prosopopeia 3. Leia o texto: Canibalismo entre insetos Seres que nascem na cabeça de outros e que consomem progressivamente o corpo destes até aniquilá-los, ao atingir o estágio adulto. ... Esse é um enredo que mais parece de ficção científica. No entanto, acontece desde a pré-história, tendo como protagonistas as vespas de certas espécies, e é um exemplo da curiosa relação dos ‘inimigos naturais’, aproveitada pelo homem no controle biológico de pragas, para substituir com muitas vantagens os inseticidas químicos. (Revista Ciên- cia Hoje, nº 104, outubro de 1994, Rio, SBPC) O texto apresenta linguagem denotativa ou co- notativa? Explique. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 30 4. Coloque ( D ) para denotativo e ( C ) para cono- tativo: ( ) Hoje irei ao cinema. ( ) João quebrou o espelho do banheiro. ( ) Esse menino tem um coração de ouro. ( ) A Praça do peixe fica no coração de Bataguassu. ( ) Fiz um transplante de coração. ( ) Karina é mesmo má tem um coração de pedra. ( ) Para vencer a luta era preciso alcançar o co- ração do país. ( ) Kelly completou vinte primaveras. ( ) Na primavera as flores abrem suas pétalas. ( ) Correu muito, porém não pegou o trem para São Paulo. ( ) A tempestade foi terrível no Rio de Janeiro. ( ) Minha mãe é meu espelho. ( ) Carla superou seus problemas conjugais. ( ) ”O amor é fogo que arde sem se ver...” ( ) Pedro mora no coração de São Paulo. 5. Observe a imagem abaixo e responda: a. A imagem mostra uma pessoa prestes a abo- canhar a Terra que está espetada num garfo. Podemos comparar essa imagem a frase ES- TAMOS DEVORANDO O PLANETA no sentido real, portanto a esse sentido sobrepõe-se: ( ) a conotação ( ) a denotação b. Ao sentido de “comer a Terra” sobrepõe-se, a ____________ pois está no sentido figurado. ATIVIDADE Você já ouviu falar em paródias? A paródia é a criação de um texto a partir de um bastante conhecido, ou seja, com base em um texto consagrado alguém utiliza sua forma e rima para criar um novo texto cômico, irônico, humorístico, zombeteiro ou contestador, dando um novo sentido ao texto. Parte da intertextualidade, a paródia é um intertexto, ou seja, é um texto resultante de um texto origem que pode ser escrito ou oral. Essa intertextualidade também pode ocorrer em pinturas, no jornalismo e nas publicidades. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 31 ELEMENTOS TEXTUAIS E FUNÇÃO SOCIAL Quando usamos a língua, organizamos as frases com o objetivo de produzir um texto que se comuni- que com o interlocutor. A produção do texto é orga- nizada, por sua vez, com base numa tradição discur- siva que prevê determinadas sequências e elementos textuais. Assim, reconhecemos uma entrevista, uma conversa em rede social, um contrato de aluguel ou uma aula. Nessa seção, vamos estudar os gêneros textuais com ênfase nos elementos que compõem o texto de determinado gênero e na função que os textos daquele gênero desempenham na sociedade. Tipos e gêneros textuais Tipos e gêneros textuais são duas categorias di- ferentes de classificação textual. Os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a estrutura e os aspectos linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e explicação. Exemplos de tipos textuais: • Texto narrativo; • Texto descritivo; • Texto dissertativo expositivo; • Texto dissertativo argumentativo; • Texto explicativo injuntivo; • Texto explicativo prescritivo. Os aspectos gerais dos tipos de texto concreti- zam-se em situações cotidianas de comunicação nos gêneros textuais, textos flexíveis e adaptáveis que apresentam um intenção comunicativa bem definida e uma função social específica, adequando-se ao uso que se faz deles. Gêneros textuais pertencentes aos textos nar- rativos: • romances; • contos; • fábulas; • novelas; • crônicas; Gêneros textuais pertencentes aos textos des- critivos: • diários; • relatos de viagens; • folhetos turísticos; • cardápios de restaurantes; • classificados ... Gêneros textuais pertencentes aos textos expo- sitivos: • jornais; • enciclopédias; • resumos escolares; • verbetes de dicionário... Gêneros textuais pertencentes aos textos argu- mentativos: • artigos de opinião; • abaixo-assinados; • manifestos; • sermões... Gêneros textuais pertencentes aos textos injun- tivos: • receitas culinárias; • manuais de instruções; • bula de remédio... Gêneros textuais pertencentes aos textos pres- critivos: • leis; • cláusulas contratuais; • edital de concursos públicos... Gêneros textuais e gêneros literários Conforme o próprio nome indica, os gêneros tex- tuais se referem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros literários se referem apenas aos textos literários. Os gêneros literários são divisões feitas segundo características formais comuns em obras literárias, agrupando-as conforme critérios estruturais, con- textuais e semânticos, entre outros. Exemplos de Gêneros Literários: • Gênero lírico; • Gênero épico ou narrativo; • Gênero dramático. ROMANCE LONGA NARRATIVA DE FICÇÃO - Definição de He- gel (epopeia burguesa moderna) – consolidação no séc. XVIII - momento em que a epopeia era sufocada e no qual o Romance ascendeu. Obra precursora do romance moderno: Publicação: entre 1605 e 1612 Dom Quixote de La Mancha (Miguel de Cervantes) CARACTERÍSTICAS DO ROMANCE • História complexa (leitor se aprofunda na trama / conhece bem cada protagonista) • personagens (várias) • cenário (variado) • tempo (período de duração) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 32 • enredo (vários fatos) • narrador (foco narrativo) • nem todo romance é romântico - (podem ser românticos, de suspense, aventura, policial, etc.) Tipos de romance: abordagem (tema principal) • Romance Urbano : critica os costumes da so- ciedade (século XIX - sinônimo de romance re- alista) Principais representantes: Jorge Amado (Capi- tães da Areia); José de Alencar (Senhora) • Romance Sertanejo ou Regionalista: aborda questões sociais – condição de subdesenvol- vimento (especialmente da região Nordeste) Visão crítica das relações sociais e do impacto do meio sobre o indivíduo. Principais representantes: Bernardo Gui- marães (O Ermitão de Muquém), Graciliano Ramos, (Vidas secas), Rachel de Queiroz, (O Quinze), José Lins do Rego, (Menino de enge- nho, Bangüê, Usina), Érico Veríssimo, (Clarissa, Caminhos cruzados – (pampas gaúcho), Jorge Amado (Terras do sem-fim, conta histórias de Salvador). • Romance Histórico: reconstrução dos cos- tumes, da fala e das instituições do passado (início do século XIX ). Mistura de personagens históricos e de ficção. Primeiro romance histó- rico - literatura universal: Waverley (1814) de Sir Walter Scott. O maior de todos os romances históricos: Guerra e Paz (1869), de Tolstoi. • Romance Indianista: costumes indígenas como foco. Nosso representante: José de Alencar (O Guarani e Iracema). Indianismo moderno: Ma- cunaína, de Mário de Andrade, Cobra Norato, de Raul Bopp e Martin Cererê, de Casiano Ri- cardo. • Romance Psicológico: analisa os motivos ín- timos das decisões e indecisões humanas. O primeiro exemplo: As ligações Perigosas de Choderlos Laclos (1782) Na Literatura Brasilei- ra - marco inicial: Dom Casmurro, de Machado de Assis. • Romance Gótico: aborda toda série de horro- res, mistérios terrificantes, torturas etc. Alemanha - produziu: As Drogas do Diabo (1816) de Hoffmann. No Brasil, Álvares de Aze- vedo (1831-1852) - A Lira dos Vinte Anos (1853) e a coletânea de contos A Noite na Taverna (1855) - publicados após sua morte. • Romance Romântico: liberdade de criação e expressão da supremacia do indivíduo (final do século XVIII e início do século XIX). Ex: A Moreninha (Joaquim Manuel de Macedo). VAMOS RELEMBRAR? ROMANTISMO LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 33 CONTEXTO HISTÓRICO Teveinício na Europa no final do século XVIII, na Europa, obtendo maior destaque na França. Desenvol- veu-se em meio à Revolução Industrial e à Revolução Francesa. Acontece que a partir da segunda metade do sé- culo XVIII começou a constituir-se na Inglaterra a so- ciedade industrial. Passou-se bruscamente do sistema doméstico ao sistema fabril de produção, provocando o surgimento de várias cidades industriais. Assim, a burguesia começou a crescer econômica e politica- mente e o proletariado (trabalhadores) começou a crescer em número. Da antiga sociedade de senho- res e servos, passou-se à sociedade de operários e empresários. A Revolução Francesa, por sua vez, desencadea- da em 1789, acabou por levar a burguesia ao poder. Assim, ambas as revoluções incentivaram a livre-ini- ciativa, o individualismo econômico e o liberalismo político, estimulando também o nacionalismo. Esse clima de valorização da liberdade e renovação marcou muito a literatura romântica, afinal, principalmente baseados nessa liberdade, os poetas se sentiram livres para expressar seus sentimentos na poesia, além de não se sentirem mais presos à métrica dos versos que as escolas anteriores valorizavam. Nascia uma nova forma de escrever. Desse modo, o Romantismo é a escola da expres- são dos sentimentos, da liberdade de expressão. Por isso, alguns escritores passaram a falar da natureza e do amor num tom pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma forma de expressar seus sentimentos. Além disso, voltaram-se para os tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, exaltando o nacio- nalismo. E essa liberdade também fica evidente na forma de escrever, já que os escritores românticos abandonaram o tom solene e adotaram um estilo simples e comunicativo na escrita. AS PRINCIPAIS OBRAS ROMÂNTICAS NA EUROPA SÃO: • Contos e Inocência, de Willian Blake; • Os Miseráveis, de Victor Hugo; • Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. O Romantismo foi o principal movimento esté- tico do final do século XVIII e início do século XIX. O romance Os sofrimentos do jovem Werther, do ale- mão Goethe, é considerado a primeira obra romântica publicada. Não obstante, o movimento espalhou-se por toda a Europa e pelas então colônias, tais quais o Brasil. Podendo ser definido como a arte da nova burguesia, que ascendia ao poder, o Romantismo foi uma arte complexa, diversificada e rica. ROMANTISMO EM PORTUGAL Em Portugal o Romantis- mo surgiu em meio a uma grande agitação política. Em 1808 a corte de D. João VI se transfere para o Brasil, ame- açada pelas tropas de Napo- leão Bonaparte. Seu marco inicial foi em 1825 com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret, em que o autor faz uma espécie de biografia sentimental do poeta. O poema de Almeida Garrett possui característi- cas como subjetivismo, nostalgia, melancolia e outros considerados como definidores do estilo. Além disso, o movimento prezava a originalidade, fazendo oposi- ção aos modelos ou às regras impostas. Almeida Garret Precursor do Romantismo em Portugal, com a obra Camões; apesar disso ele não se intitulava nem clássico nem romântico e, de fato, suas criações como poeta, prosador e dramaturgo estavam longe do sen- timentalismo exagerado que caracteriza o típico es- critor romântico. Alexandre Herculano A característica principal de suas obras é a histo- riografia, o relato da história de Portugal; sua principal obra é Eurico, o Presbítero, que fala sobre a figura do Clero, destacando o amor proibido, além da retomada do poder de Portugal. Camilo Castelo Branco Foi o primeiro autor a ganhar a vida com a Litera- tura. Ele vivia dela, e escrevia sobre temas que seriam lucrativos para ele. É considerado o criador da novela passional portuguesa, isto é, das histórias que envol- vem a paixão; sua obra mais conhecida, e de maior destaque como novela passional, é Amor de Perdição. Julio Dinis Em sua obra não há o clima de tragédia e fatalismo que marca, por exemplo, a novela passional de Camilo Castelo Branco. Ainda que fale de amor e paixão, fala de um jeito mais simples e, no final, os mal entendi- dos se esclarecem e tudo se resolve. Sua obra possui um ar de otimismo e esperança; obra mais conhecida, inclusive com grande repercussão no Brasil: As Pupilas do Senhor Reitor. CARACTERÍSTICAS GERAIS • Liberdade de criação e expressão; • Individualismo / subjetivismo; • Valorização das emoções; LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 34 • Nacionalismo; • Escapismo / fuga da realidade; • Pessimismo; • Valorização da natureza; • Religiosidade / Cristianismo; • Idealismo. GERAÇÕES DO ROMANTISMO O Romantismo pode ser dividido em 3 gerações que possuem algumas características que as diferem. Primeira Geração Quando o Romantismo surgiu os autores ainda mantinham em seus textos algumas características clássicas, seguindo regras da produção literária refe- rentes ao período. As obras desse período abordam a natureza, o país e idealizam tudo maravilhoso, por isso alguns estudiosos chamam essa geração de nacionalista. Em Portugal, os temas mais frequentes eram o nacionalis- mo, o romance histórico e o medievalismo. No Brasil, esse apego ao passado era visto no indianismo. Os versos de Gonçalves Dias ilustram bem a pri- meira geração romântica que tem como principais características a referência ao índio, aos negros, à natureza brasileira. Segunda Geração A segunda geração é o período conhecido como Ultrarromântico, em que o mal do século tem papel de destaque e as obras acabam sendo mais pesadas. Suas características marcantes são o exagero no subjetivismo e emocionalismo. As menções ao tédio e desejo de morte são frequentes. O poema de Alvares de Azevedo retrata muito bem segunda geração. O verso” se eu morresse ama- nhã” nos dá essa visão da geração melancólica, do conhecido mal do século (uma visão depressiva das coisas; culto da noite; doenças psíquicas; angústia e morbidez) e a fuga da realidade (através de sonhos, da morte, loucura, embriaguez) Terceira Geração Nesse período os escritores quebraram regras da literatura. Os poemas começaram a ser escritos de maneira diferente e na prosa começam a aparecer palavras que antes não eram da literatura, ou seja, palavras mais usadas pelo povo. No poema de Castro Alves percebemos a figura feminina denotando um amor mais real, desper- tando a sensualidade e a concretização do contato físico. Diferente das donzelas virginais e inacessíveis representadas pela segunda geração, a mulher se entrega aos encantos de seu admirador, levando- -nos a crer que o encontro amoroso foi realmente consumado. Nessa geração os autores também começaram a falar de questões sociais. Foi o primeiro passo para o realismo, próximo movimento literário. CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO • Liberdade de expressão e de criação • Rebeldia e Idealismo • Individualismo • Nacionalismo • Valorização da Natureza • Pessimismo e Escapismo • Sentimentalismo ROMANTISMO NO BRASIL LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 35 CONTEXTO HISTÓRICO DO ROMANTISMO NO BRASIL Um marco que aponta para o início do Roman- tismo no Brasil foi o livro “Suspiros Poéticos e Sau- dades” de Gonçalves de Magalhães, no ano de 1836. Veja o trecho inicial do prefácio, que expõe como o Romantismo não está ligado a um lugar ou vertente específica, mas principalmente ao compromisso do escritor consigo, não podendo ser as obras julgadas pela forma e, sim, sentidas pelo leitor. CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO NO BRASIL • o rompimento com a cultura precedente, a es- cola literária do Arcadismo com o predomínio da racionalidade, ciência e cultura pagã; • a subjetividade e valorização das expressões dos sentimentos e manifestações do eu; • a arte voltada para o povo, surgimento de um público consumidor da cultura (com o surgi- mento de tecnologias que agilizavam a produ- ção, surgiram os folhetins); • a liberdade e originalidade, com a criação da forma livrede regras; • a idealização da mulher, muitas vezes culmi- nando no amor platônico; • o indianismo, no qual o índio é apresentado como herói; • a evasão, ou um escape (escapismo) do mundo real; • o patriotismo, com expressões de nacionalis- mo chegando à sua forma exacerbada, que é o ufanismo; • a religiosidade, na qual o escritor ou poeta se sustenta como resposta para a insegurança e incerteza, além do contraponto ao cientificismo presente no Neoclassicismo (ou Arcadismo); • a exaltação da natureza. O Romantismo no Brasil representou historica- mente três grandes momentos que foram: o fim do Brasil Colônia e início do Brasil Império, a luta contra a escravidão e a favor do Brasil República. Marcado pelo sentimentalismo exacerbado e fim da preocu- pação com a forma. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Pode ser que você ache o nome “colocação pro- nominal” difícil e esteja puxando pela memória onde é que você já ouviu falar sobre isso. A colocação pronominal nada mais é que a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam dentro da sentença. Essa posição está ligada ao verbo e a que ou quem esses pronomes fazem referência. Como assim? O que são pronomes pessoais? O que são pronomes pessoais oblíquos? Calma, calma, não precisa se desesperar, vamos explicar cada uma dessas questões detalhadamente, para que você consiga enfim entender o que é colo- cação pronominal. O que são pronomes pessoais? Os pronomes são uma classe de palavras que sofre flexão em relação ao gênero (feminino e masculino) e ao número (singular e plural). São usados para acom- panhar, substituir ou fazer referência ao nome. Podem substituir os substantivos, adjetivos ou mesmo toda uma oração. Eles são de extrema importância dentro de qual- quer gênero textual, uma vez que possuem a função de não deixar o seu texto repetitivo. Os pronomes podem ser de 6 tipos, e os pronomes pessoais é uma dessas tipologias. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do dis- curso, você se lembra quem são elas? Veja-as a seguir: O emissor é a 1ª pessoa do discurso, é aquele que fala, representado pelo pronome pessoa “eu”. O receptor é a 2ª pessoa do discurso, com quem se fala, representado graficamente pelo pronome “tu”. E a terceira pessoa não participa do diálogo, é de quem se fala, representada pelo pronome “ele”. Bom, os Pronomes Pessoais podem ser de dois casos: retos e oblíquos. Interessa-nos neste momento o caso oblíquo. Mas vamos passar brevemente pelos do caso reto para que consiga entender bem todo o conteúdo. 1. Pronomes Pessoais do caso Reto Os pronomes do caso reto são utilizados na con- jugação de verbos, sabe? Dentro da oração, eles ge- ralmente exercem a função de sujeitos ou predicados. Relembre: 1ª pessoa do singular: eu; 2ª pessoa do singular: tu; 3ª pessoa do singular: ele/ela; 1ª pessoa do plural: nós; 2ª pessoa do plural: vós; 3ª pessoa do plural: eles/elas. Exemplo: “Eu sou responsável por minha felici- dade.” 2. Pronomes Pessoais do caso Oblíquo Já os pronomes do caso oblíquo são usados para complementar, e por isso podem vir na oração nas funções de objeto direto ou indireto e complemento nominal; são divididos em átonos e tônicos e corres- pondem a cada um dos pronomes do caso reto. Veja exemplos: Átonos: 1ª pessoa do singular: me; 2ª pessoa do singular: te; LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 36 3ª pessoa do singular: o, a, lhe; 1ª pessoa do plural: nos; 2ª pessoa do plural: vos; 3ª pessoa do plural: os, as, lhes. Exemplo: “Ela me deu um beijo.” Tônicos: 1ª pessoa do singular: mim, comigo 2ª pessoa do singular: ti, contigo; 3ª pessoa do singular: ele, ela; 1ª pessoa do plural: nós, conosco; 2ª pessoa do plural: vós, convosco; 3ª pessoa do plural: eles, elas. Exemplo: “Não houve acusação sobre mim.” O que é a colocação pronominal? Bom, a colocação pronominal faz uso dos prono- mes pessoais do caso oblíquo átono. Os pronomes me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos poderão vir na sentença em três diferentes posições, e essa posição tem a ver com os verbos. Vamos ver cada uma das três posições a seguir: 1. Próclise A próclise é quando o pronome vem antes do ver- bo. Isso poderá acontecer quando termos da oração atraírem o pronome. Veja algumas das partículas de atração do pronome, ocasionando a próclise: • Palavras negativas, como não, nunca e nin- guém, atraem o pronome. Então, o pronome virá antes do verbo. Veja um exemplo: “Nunca o vi tão feliz.” • Pronomes relativos também atraem os prono- mes do caso oblíquo. Veja um exemplo: “Iden- tificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.” • Pronome indefinidos também atraem os pro- nomes do caso oblíquo, causando a próclise. Exemplo: “Alguns te deram a oportunidade de crescer profissionalmente.” • Pronomes demonstrativos também atuam como partículas de atração do pronome oblí- quo átono. Veja um exemplo: “Disso me acu- saram, porém, sem evidências.” 2. Ênclise A ênclise é o nome que se dá quando o pronome vem posterior ao verbo dentro de uma sentença. A ênclise só acontecerá quando: • O verbo estiver no imperativo afirmativo. Exem- plo: “Quando eu pedir, silenciem-se todos.” • O verbo estiver no infinitivo impessoal. Veja um exemplo: “Não era minha intenção machucar- -te.” • O verbo estiver no gerúndio. Exemplo: “Recu- sou a proposta fazendo-se de desentendido.” • O verbo iniciar a sentença. Exemplo: “Vou-me embora neste instante.” 3. Mesóclise Já a mesóclise é quando o pronome aparece no meio do verbo, ela será usada quando o verbo esti- ver flexionado no presente ou no futuro do pretérito. Vamos ver exemplos: • “Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.” • “Não fosse os meus compromissos, acompa- nhar-te-ia nessa viagem.” Bom, ela não é muito atual e está em desuso no português falado no Brasil. Mas o seu conhecimento é muito válido. ATIVIDADES 1. Indique a alternativa em que há erro de colocação pronominal. a) Ninguém viu-o sair para o trabalho. b) Alguém o viu sair esta manhã. c) Não o vejo desde ontem. d) Foram eles que o viram. e) Certamente o viram sair esta manhã. 2. Corrija as orações em que há erro de colocação pronominal. a) Lhe cantei lindas canções ao ouvido. b) Aquilo diz-te algo? c) Atrever-me-ia a dizer que a carta foi escrita por ele. d) Assim como nos disse, cumpriu com a sua pa- lavra. e) Quisera nos trouxessem boas notícias. 3. Classifique em próclise, mesóclise e ênclise. a) Onde te deram os livros usados? b) Tinham-lhe chamado antes do almoço. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 37 c) Todos lhe aconselham a ficar. d) Vender-lhes-ei todos os quadros que pintei. e) O autor, cujo livro nos deu. f) Quem nos convidou? g) Esteve contando-me os pormenores da festa. h) Levaram-na para casa. 4. Justifique a colocação pronominal utilizada na oração abaixo: Não te devolveria os livros se você não tivesse lembrado. 5. Complete a frase: Senhores, __________ quando __________. a) me avisem, telefonarem-vos b) avisem-me, telefonarem-vos c) avisem-me, vos telefonarem d) me avisem, vos telefonarem 6. Indique quais alternativas são verdadeiras. a) Nas locuções verbais, utiliza-se sempre a pró- clise. b) Na colocação pronominal deve ser seguida a seguinte prioridade: ênclise, mesóclise e pró- clise. c) A mesóclise é utilizada com verbos conjugados no futuro do presente e no futuro do pretérito. d) Advérbios e adjetivos são palavras que atraem a próclise. e) A ênclise deve ser utilizada quando as orações começam com um verbo. 7. Complete a frase: Nada __________ conter. a) poderia-a b) poder-lhe-ia c) a poderia d) poderia a 8. Reescreva as orações inserindo o pronome entre parênteses na posição correta. a) Tomara possamos ver. (nos) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 38 b) Peça uma senha nova. (lhe) c) Algo diz que ele não vem. (me) d) Quanto pagaram pela casa? (te) e) Gostaria de atender amanhã. (lhe) MACHADO DE ASSIS Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor bra- sileiro,um dos nomes mais importantes da literatura do século XIX. Escreveu poesias, contos e romances. Foi também jornalista, teatrólogo, crítico de teatro e crítico literário. Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na Chá- cara do Livramento no Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Foi o primeiro filho de Francisco José de Assis, um decorador de paredes, e da imigrante portuguesa Maria Leopoldina. Machado de Assis passou sua infância e adoles- cência no bairro do Livramento. Seus pais viviam na propriedade do falecido senador Bento Barroso Pe- reira e D. Leopoldina era a protegida de D. Maria Jose Pereira. Machado fez seus primeiros estudos na escola pública do bairro de São Cristovão. Tornou-se amigo do padre Silveira Sarmento, o ajudava nas missas, fa- miliarizava-se com o latim. Quando tinha dez anos perdeu sua mãe. Viúvo, seu pai saiu da Chácara e foi morar em São Cristovão. Logo passou a viver com Maria Inês da Silva, só vindo a casar-se em 1854. Sua madrasta trabalhava como doceira em uma escola e levava o enteado para assistir algumas aulas. À noite, Machado ia para uma padaria, local onde aprendia francês com o forneiro. À luz de velas, Machado lia tudo que passava em suas mãos e já escrevia suas primeiras poesias. Em busca de um emprego, com 15 anos, conheceu Francisco de Paula e Brito, dono da livraria, do jornal e da tipografia. Daí por diante não parou de escrever na Marmo- ta e de fazer amizades com os políticos e literatos, frequentadores da livraria, onde o assunto principal era a poesia. Em 1856, Machadinho, como era conhecido, en- trou para a Imprensa Oficial como aprendiz de tipó- grafo, mas além de mau funcionário, escondia-se para ler tudo que lhe interessava. O diretor decidiu incentivar o jovem e o apresen- tou a três importantes jornalistas: Francisco Otaviano, Pedro Luís e Quintino Bocaiúva. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 39 Otaviano e Pedro dirigiam o Correio-Mercantil e para lá foi Machado de Assis, em 1858, como revisor de provas. Colaborava também para outros jornais, mas ganhava pouco e estava sempre sem dinheiro. Com 20 anos, Machado de Assis já frequentava os círculos literários e jornalísticos do Rio de Janeiro, capital política e artística do Império. Em 1960, Machado de Assis foi chamado por Quin- tino Bocaiúva para trabalhar na redação do “Diário do Rio de Janeiro”, que estava sendo preparado para re- aparecer sob a direção política de Saldanha Marinho. Além de escrever sobre todos os assuntos e man- ter uma coluna de crítica literária, Machado tornou-se o representante do jornal no Senado. Machado também escrevia no “Jornal das Famí- lias”, onde suas histórias inconsequentes e açucaradas eram lidas nos serões familiares. Em 1864, Machado de Assis publicou “Crisálidas”, uma coletânea de seus poemas. O livro foi dedicado a seus pais, Maria Leopoldina e a Francisco, que morrera naquele ano. Em 1867, o Imperador concedeu a Machado o grau de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por serviços prestados às letras nacionais. No dia 8 de abril Macha- do foi nomeado ajudante do diretor do Diário Oficial, iniciando sua “carreira burocrática”. Em 1868 ele conheceu Carolina Xavier de Novais, uma portuguesa culta, irmã do poeta português Faus- tino Xavier de Novais, que lhe revelou os clássicos lusitanos. No dia 12 de novembro de 1869, o casamento de Machado e Carolina é realizado, tendo como teste- munhas, Artur Napoleão e o Conde de São Mamede, em cuja residência se realizou a cerimônia. Em 1872, Machado de Assis publicou seu primei- ro romance, “Ressurreição”. No dia 30 de janeiro de 1873, a capa do décimo número do “Arquivo Contem- porâneo”, periódico do Rio de Janeiro, coloca lado a lado as fotos de José de Alencar, até então o maior romancista do Brasil, e a de Machado de Assis. Ainda em 1873, ele foi nomeado primeiro oficial da Secretaria da Agricultura e, três anos depois assu- miu a chefia da seção. Em 1881, Machado de Assis publica o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, que marca o início da fase acentuadamente realista de sua obra. A obra havia sido publicada, no ano anterior, em fo- lhetins na Revista Brasileira. Em 1896, fundou com outros intelectuais, a Aca- demia Brasileira de Letras. Nomeado para a cadeira n.º 23, tornando-se, em 1897, seu primeiro presiden- te, cargo que ocupou até sua morte. Na entrada do prédio há uma estátua de bronze do escritor. Em sua homenagem, a academia chama-se também “Casa de Machado de Assis”. Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, companheira de 35 anos, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois Machado de Assis tinha a saúde abalada pela epilepsia. Após a morte da esposa o romancista raramente saía de casa, em homenagem à sua amada, escreveu o poema “À Carolina”. Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908. Em seu velório, comparece- rem as maiores personalidades do país. Rui Barbosa, um dos juristas mais aplaudidos da época, fez um dis- curso de despedida com elogios ao homem e escritor. Levado em uma carreta do Arsenal de Guerra, só destinada às grandes personalidades, um grande cortejo fúnebre saiu da Academia para o cemitério de São João Batista, onde foi enterrado. Fases da obra de Machado de Assis Machado de Assis teve uma carreira literária inin- terrupta, produziu de 1855 a 1908. Escreveu poesias, romances, contos, crônicas, críticas e peças de teatro. O ponto alto de sua produção literária é o romance e o conto, onde se observa duas fases: Primeira fase A primeira fase das obras de Machado de Assis apresenta-se presa a algum aspecto do “Romantis- mo”, com uma história cheia de mistérios, com final feliz ou trágico e uma narrativa linear. Apresenta também traços inovadores, como uma linguagem menos descritiva, menos adjetivada e sem o exagero sentimental. As personagens têm um com- portamento não só movido pelo amor, mas também pela ambição e pelo interesse. São dessa fase os ro- mances: • Ressurreição (1872) • A Mão e a Luva (1874) • Helena (1876) • Iaiá Garcia (1878) Segunda fase (Realismo) A segunda fase das obras de Machado de Assis inicia-se com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), onde retrata a miséria humana, indo até seu último romance, “Memorial de Aires” (1908) - o livro da saudade, escrito após a morte de Carolina. É nesse período que se encontram suas mais ricas criações literárias. Diferente de tudo quanto havia sido escrito no Brasil, Machado inaugura o “Realismo”. O estilo realista de Machado de Assis difere de seus contemporâneos, porque ele aprofunda-se na análise psicológica dos personagens desvendando a fragilidade existencial na relação consigo mesmo e com os outros personagens. São dessa fase os ro- mances: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 40 • Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) • Quincas Borba (1891) • Dom Casmurro (1899) • Esaú e Jacó (1904) • Memorial de Aires (1908) Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narra- dor era um defunto que resolveu distrair-se um pou- co saindo da monotonia da eternidade escrevendo suas memórias, livre das convenções sociais, pois está morto. O narrador fala não só da vida, mas de todos os que com ele conviveram, revelando a hipocrisia das relações humanas. As personagens femininas As grandes “personagens femininas” das obras de Machado de Assis ou são adúlteras ou estão a pon- to de ser como Virgília de Memórias Póstumas que repele Brás Cubas quando podia casar-se com ele, mas torna-se sua amante depois que está casada com outro homem mais importante na escala social. Sofia, protagonista de Quincas Borba, fica no li- miar do adultério, tentando o pobre Rubião até levá-lo à loucura, para tirar dele seu último centavo e assim enriquecer seu esposo. Capitu, sua heroína mais famosa, personagem de Dom Casmurro, é o protótipo de mulher dissimulada, que engana vilmente o marido – ou parece enganá-lo. Apenas Fidélia, de Memorial de Aires, é a mulher ho- nesta e fiel,como seu próprio nome sugere. Contos de Machado de Assis • Papéis Avulsos (1882) • Histórias Sem Data (1884) • Várias Histórias (1896) • Páginas Recolhidas (1899) • Relíquias da Casa Velha (1906) Alguns dos melhores contos “realistas” contidos nes- ses livros e que abordam os mais diversos temas, são: • Cantigas de Exponsais – a desesperada busca da expressão, • Noites de Almirantes – análise de uma desilusão amorosa, • Trio em Lá Menor – o anseio da perfeição, • O Alienista – o problema da loucura, • Missa do Galo – o despertar do adolescente para o amor, • Teoria do Medalhão – como vencer na vida sem fazer força, • O Espelho – a dualidade da alma humana. O escritor Machado de Assis é uma figura tão importante para o nosso país que a sua biografia foi escolhida para figurar no artigo A biografia das 20 pessoas mais importantes para a história do Brasil. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 41 TRANSITIVIDADE VERBAL De maneira geral, a transitividade verbal é a rela- ção que um verbo transitivo tem com um determinado complemento, de acordo com a predicação verbal. Os verbos exercem funções muito importantes nas frases e orações e se ligam com os outros ele- mentos por meio da regência verbal. Existem os verbos de ligação, que não represen- tam nenhuma ação, como: ser, estar, parecer, conti- nuar, permanecer, ficar etc. Existem também os verbos significativos, que são os que nos importam aqui, aqueles que expressam alguma ação ou fenômenos da natureza, como: acre- ditar, dividir, comer, repartir, segurar, gostar, querer, estudar, ventar, chover, entre tantos outros. E por que eles nos importam? Porque a transiti- vidade verbal só existe para os verbos significativos! Os verbos de ligação não têm transitividade porque eles não têm objetos. Os objetos são os complementos verbais, algo que o verbo necessita para ter seu significado completo. Exemplo de transitividade verbal Júlia repartiu seu lanche. O verbo da frase é repartir. Quem reparte, reparte alguma coisa, então o verbo necessita de um comple- mento. O complemento é o que Júlia repartiu, seu lanche, que é o objeto. A transitividade, portanto, acontece quando esse verbo significativo necessita de um complemento, que é um objeto, que poder ser direto, indireto ou dire- to e indireto. Fique tranquilo que veremos tudo isso separadamente! Verbo transitivo direto Para saber se o verbo precisa de um complemen- to, é só transformar as orações em perguntas, veja só: Oração: Ricardo comeu. Se essa oração está fora de um contexto, não fará sentido. Pensemos no verbo comer: quem come, come alguma coisa, logo, se a oração necessita dessas perguntas para fazer sentido, o verbo será transitivo. Pergunta: Ricardo comeu o quê? Dessa forma, a oração só terá sentido completo, junto com o objeto: Ricardo comeu maçã. Nesse caso, temos um verbo transitivo direto e um objeto direto. Isso acontece porque o verbo transita diretamente para o objeto, sem necessitar de uma preposição. A transitividade direta nunca se inicia com uma preposição. É direta porque, após o verbo, já temos o objeto. Exemplos de verbo transitivo direto Vamos pensar em outras orações: Raquel lavou o carro. Thiago tirou os sapatos. Daniel escovou os dentes Em todas elas, o objeto aparece logo após o verbo e é muito fácil de o reconhecermos: O que Raquel lavou? O carro. O que Thiago tirou? Os sapatos. O que Daniel escovou? Os dentes. Temos, então, exemplos de verbos transitivos di- retos e de objetos diretos. Verbo transitivo indireto Os verbos transitivos indiretos são aqueles que não transitam diretamente para o objeto e que sem- pre precisam de uma preposição para dar sentido à frase. Exemplo: Mariana gosta de maçã. Como quem gosta, gosta de alguém ou de alguma coisa, o verbo pede a preposição de. Se o objeto é precedido de uma preposição, ele é indireto e o verbo, consequentemente, transitivo indireto. Veremos mais alguns exemplos de verbo transitivo indireto a seguir. Exemplos de verbo transitivo indireto Enquanto a pergunta para os verbos transitivos diretos é “o quê”, para os verbos transitivos indiretos as perguntas podem ser: “para quê”, “de quê”, “para quem”, “em quê” etc. Preciso de um lápis novo. Luto pelo meu país. Acredito em discos voadores. Em todas as orações, o objeto vem depois de uma preposição. Façamos as perguntas: Eu preciso de quê? De um lápis novo. Eu luto por quê? Pelo meu país. Eu acredito em quê? Em discos voadores. Verbo transitivo direto e indireto Sim, um verbo pode ter os dois tipos de comple- mento! E agora? Calma que não é nada complicado. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 42 Você aprendeu que o objeto direto nunca é prece- dido por uma preposição e que o objeto indireto sem- pre é precedido por uma preposição, certo? Quando uma oração tem um verbo que se refere a dois objetos e um deles não tem preposição e o outro tem, temos uma transitividade verbal direta e indireta. Exemplos de verbo transitivo direto e indireto Consideremos o verbo convidar. Quem convida, convida alguém para alguma coisa. Note então que, nesse caso, o verbo permite dois complementos. Raquel convidou Mariana para um chá da tarde. O primeiro objeto que aparece depois do verbo é Mariana (objeto direto) e, em seguida, a preposição para ligar o objeto indireto (um chá da tarde). Outro exemplo: Luana emprestou seus livros à Maria. Emprestou = verbo transitivo direto e indireto Seus livros = objeto direto À = preposição Maria = objeto indireto Lembre-se, dica importante: Nunca podemos ter dois objetos diretos e nem dois objetos indiretos em uma mesma oração! Obrigatoriamente, um objeto é direto e outro indireto. Transitividade verbal e intransitividade verbal Como já vimos, a transitividade é a relação que os verbos significativos estabelecem com os objetos em uma oração. O que seria então a intransitividade? Os verbos intransitivos são aqueles possuem o sentido completo, ou seja, eles não precisam de um complemento para ter sentido dentro da frase. Exemplo: Maria caiu. O verbo cair, por si só, já dá o sentido à frase. Podemos não saber de onde, e o porquê Maria caiu, mas a ação está dada. Alguns verbos intransitivos são: morrer, viver, brincar, chegar, dormir, errar, sumir, ir, voltar e chorar. Esses verbos, portanto, já significam uma ação completa. A oração pode seguir com um elemento que indicie o modo (Maria caiu sentada), o local (Maria caiu na rua), mas a ação de cair está fechada, mesmo sem esses elementos. ATIVIDADES Classifique os verbos quanto a sua transitividade: a) Ana vendia livros. b) Os passageiros esperavam o trem. c) João gosta de filmes. d) Oferecemos uma medalha ao primeiro colocado. e) Lívia comprou flores. f) Lívia gosta de flores. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS 43 EÇA DE QUEIRÓS Eça de Queirós foi um dos mais importantes escrito- res do realismo português sendo considerado o maior representante da prosa realista da língua portuguesa. Além de escritor, exerceu também a profissão de jornalista e advogado. Biografia José Maria de Eça de Queirós nasceu no dia 25 de novembro de 1845 em Póvoa do Varzim, cidade localizada no norte de Portugal. Era filho do brasileiro José Maria Teixeira de Quei- roz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça. Passou grande parte de sua infância na cidade de Aveiro aos cuidados de sua avó. Mais tarde, foi morar no Porto a fim de estudar no Colégio Interno da Lapa, no qual se formou em 1861. Seguiu os passos de seu pai (Magistrado e Par do Reino) e foi estudar Direito na Universidade de Coimbra, graduando-se em 1866. Chegou a exercer a profissão de advogado e, mais tarde, de jornalista na cidade de Lisboa. Além disso, entrou para a carreira política sendo nomeado Administrador do Concelho de Leiria (1870); Cônsul de Portugal em Havana (1872); Cônsul de New- castle e Bristol na Inglaterra (1874); e Cônsul de Por- tugal em Paris (1888). Já em Paris, em 1886, casou-se com Emília de Cas- tro Pamplona Resende