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Apostila-UeceVest-2011-modulo-4

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Prévia do material em texto

Universidade Estadual do Ceará
REITOR
Francisco de Assis Moura Araripe
VICE-REITOR
Antônio de Oliveira Gomes Neto
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Luis Carlos Mendes Dodt
PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO
Vladimir Spinelli Chagas
PRÓ-REITOR DE POLÍTICAS ESTUDANTÍS – PRAE
João Carlos Holanda Cardoso
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO
Josefa Lineuda da Costa Murta
PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
José Jackson Coelho Sampaio
PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO
Celina Magalhães Ellery
UECEVEST
NÚCLEO DE AÇÃO COMUNITÁRIA
Zoraide Braga Nogueira Marques
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Abníza Pontes de Barros Leal
COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA
Magali Mirian Milfont Teófilo
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA POR ÁREA
Eddie William de Pinho Santana – Biologia
Eveline Solon Barreira Cavalcanti – Química
Francisco Agileu Lima Gadelha – História
Francisco José Pereira – Língua Portuguesa
José Stenio Rocha – Física
Maria Ivonisa Alencar Moreno – Matemática
Maria Liduina dos Santos Rodrigues – Espanhol e Inglês
Rejanny Mesquita Martins Rosa – Geografia 
SECRETÁRIAS
Daniela Cláudia Matos dos Santos
Fabiana Moraes Frota
APOIO DE SECRETARIA
Antônio Albert Vidal Almeida
Apostilas UECEVEST mod4.indb 1 03/04/2011 19:17:43
Língua Portuguesa
Francisco José Pereira (Coordenador)
Emanoel Pedro Martins Gomes
Esdras Pereira Antão
Eulidiane Morais da Silva
Francisco Roque Magalhães Neto
Jefrei Almeida Rocha
Marcos Alberto Xavier Barros
Nathalia Barreto de Queiroz
Nathalia Mugnaro
Língua Estrangeira
Maria Liduina dos Santos Rodrigues (Coordenadora)
Igor Augusto de Aquino Pereira
Ivana Roberta Siqueira Marreio
Janaina Rodrigues Freitas
Karoline Matos Monteiro
Márcio Freitas de Alcântara
Matemática
Maria Ivonisa Alencar Moreno (Coordenadora)
Artur Teixeira Pereira
Anderson Douglas Freitas Pedrosa
Francisco de Paula Rego Carvalho
Hudson de Souza Felix
Redomarck Barreira Cunha
Rafael Pereira Eufrazio
Wesley Liberato Freire
Waldeglace Rodrigues Pereira
Física
José Stenio Rocha (Coordenador)
Adriano Oliveira Alves
Dimitry Barbosa Pessoa
Francisco de Assis Leandro Filho
Paulo Vicente de Cassia L. Pimenta
Pedro Augusto Martins Sarnento
Rodrigo Alves Patricio
Rogério dos Santos Andrade 
Wendel Macedo Mendes
Geografia
Rejanny Mesquita Martins Rosa (Coordenadora)
Naiana Paula Lucas dos Santos
Robson Almeida Machado
Washington Bezerra de Oliveira
Química
Eveline Solon Barreira Cavalcanti (Coordenadora)
Alan Ibiapina de Andrade
Celso Pires de Araujo Junior
Everardo Paulo de Oliveira Junior
João Rufino Bezerra Neto
Levy Bruno Correia Bezerra
Regina Amanda Franca Almeida
Wallysson Gomes Pereira
História
Francisco Agileu Lima Gadelha (Coordenador)
Flavio da Conceição
Jose René de Franca Silva
Vicente Gregório O. M do Amaral
Wendell Guedes da Silva
Waldejares Silva de Oliveira
Biologia
Eddie William de Pinho Santana (Coordenador)
André Luiz B..S. Brasilino
Antonio Carlos Nogueira Sobrinho
Camylla Alves do Nascimento
Donisethi Teixeira Lélis Júnior
Karoline Soares Garcia
Maria da Conceição de Souza
Michael Robert Martins Rocha
PROFESSORES ORGANIZADORES
Copyright © 2011 Curso Pré-Vestibular UECEVEST
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial desta edição, por qualquer meio ou 
forma – seja mecânica ou eletrônica, fotocópia, scanner, gravação, etc –, nem apropriada ou estocada em 
sistema de banco de dados, sem a expressa autorização do Curso Pré-Vestibular UECEVEST.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
Pró-Reitoria de Políticas Estudantís – PRAE
Curso Pré-Vestibular UECEVEST
Fone: (85) 3101.9658
Av. Parajana, 1700 – Campus do Itaperi – 60.740-903
Fortaleza – Ceará
O presente material é uma ação conjunta da Secretaria de Educação do Estado do Ceará – SEDUC, com a 
Universidade Estadual do Ceará – UECE, através do Convênio de Cooperação Técnica Científica nº 07/2009.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 2 03/04/2011 19:17:43
SUMÁRIO
Gramática ....................................................................................................................................... 05
Literatura ........................................................................................................................................ 21
Redação ........................................................................................................................................... 43
Inglês ............................................................................................................................................... 53
Espanhol ......................................................................................................................................... 61
Geografia ......................................................................................................................................... 71
História Geral II ............................................................................................................................. 115
História do Brasil ............................................................................................................................ 147
História do Ceará ............................................................................................................................. 167
Matemática I .................................................................................................................................... 189
Matemática II .................................................................................................................................. 203
Física I ............................................................................................................................................. 215
Física II ............................................................................................................................................ 227
Química Geral ................................................................................................................................ 237
Química Orgânica .......................................................................................................................... 253
Físico-Química ............................................................................................................................... 265
Biologia I ......................................................................................................................................... 279
Biologia II ....................................................................................................................................... 295
Apostilas UECEVEST mod4.indb 3 03/04/2011 19:17:44
Apostilas UECEVEST mod4.indb 4 03/04/2011 19:17:44
G R A M Á T I C A
P R É - V E S T I B U l A R
Apostilas UECEVEST mod4.indb 5 03/04/2011 19:17:50
Caro(a) Aluno(a),
O módulo que você tem em mãos possui conteúdos relacionados às Matrizes de Referência para a área de 
Linguagem, Códigos e suas Tecnologias, do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Abaixo, há a indicação 
das competências da área e de suas habilidades que, neste módulo, são contempladas, e, em seguida, dos objetos 
de conhecimento associados às Matrizes.
Competência de área 1 - Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e 
em outros contextos relevantes para sua vida.
H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos siste-
mas de comunicação.
H4 - Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação 
e informação.
H3 - Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social 
desses sistemas.
Competência de área 6 - Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como 
meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e 
informação. 
H18 - Identificar os elementos que concorrem paraa progressão temática e para a organização e estruturação de 
textos de diferentes gêneros e tipos.
Competência de área 7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas ma-
nifestações específicas. 
H21 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de 
criar e mudar comportamentos e hábitos. 
H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. 
H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos 
procedimentos argumentativos utilizados. 
H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como 
a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
Competência de área 8 - Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de sig-
nificação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. 
H25 - Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguís-
ticas sociais, regionais e de registro. 
H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. 
H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
OBJETO DE CONHECIMENTO 
Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos 
de construção e recepção de textos – organização da macroestrutura semântica e a articulação entre ideias 
e proposições (relações lógico-semânticas). Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos 
da língua: norma culta e variação lingiística – uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto em 
que o texto é constituído: elementos de referência pessoal, temporal, espacial, registro linguístico, grau de 
formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais; uso dos recursos linguísticos em processo de coesão 
textual: elementos de articulação das sequências dos textos ou à construção da microestrutura do texto. 
Apostilas UECEVEST mod4.indb 6 03/04/2011 19:17:50
7 UECEVEST
GRAMÁTICA
PAlAVRAS E lOCUçÕES DENOTATIVAS
São palavras que, embora em alguns aspectos (ser invariável, 
por exemplo), assemelhem-se a advérbios, não possuem, segun-
do a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), classifi cação 
especial. Do ponto de vista sintático, são expletivas, isto é, não 
assumem nenhuma função; do ponto de vista morfológico, são 
invariáveis (muitas delas vindas de outras classes gramaticais); do 
ponto de vista semântico, são inegavelmente importantes no con-
texto em que se encontram (daí seu nome). Classifi cam-se em 
função da ideia que expressam.
Classificação das palavras e locuções denotativas:
•	 Adição: ainda, além disso, etc. Ex: Comeu tudo e ainda repetiu.
•	 Afastamento: embora. Ex: Foi embora daqui.
•	 Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente. Ex: Ainda 
bem que passei de ano.
•	 Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, 
etc. Ex: Ela quase revelou o segredo.
•	 Designação: eis. Ex: Eis nosso carro novo.
•	 Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, 
exceto, senão, sequer, apenas, exceto, fora, etc. Ex: Não me 
descontou sequer um real. 
•	 Explicação ou Explanação: isto é, por exemplo, a saber, etc. 
Ex: Li vários livros, a saber, os clássicos.
•	 Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, ademais, 
etc. Ex: Eu também vou viajar.
•	 Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc. Ex: Só ele 
veio à festa.
•	 Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, mesmo, embora, só, 
sobretudo, etc. Ex: E você lá sabe essa questão? O que não diria 
essa senhora se soubesse que já fui famoso.
•	 Retifi cação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, digo, etc. Ex: 
Somos três, ou melhor, quatro.
•	 Situação: então, mas, se, agora, afi nal, etc. Ex: Mas quem foi 
que fez isso?
 OBS.: 
As palavras denotativas frequentemente são usadas em fra-
ses e textos diretamente envolvidos com as estratégias argu-
mentativas. Por essa razão, fi que atento para o papel de pala-
vras como até, aliás, também, etc., e para os efeitos de sentido 
que produzem nas situações efetivas de interlocução. Podem 
ser difíceis de classifi car, mas isso não impede que sejam im-
portantes e necessárias.
Concordância
“Aquilo”
Outra vez a mesma história
volta sempre a acontecer
vai passar de hora em hora
depois que ligarem a TV.
Vejo as sobras coloridas
sussurrando em sensurround
deslizando na avenida
meio alheio ao temporal.
Lulu Santos
“Meio” ou “meia”? “Ela está meio cansada” ou “ela está meia 
cansada”? Diz a letra da música: “...deslizando na avenida meio 
alheio ao temporal...”. Se fosse uma mulher, em vez de “alheio” 
teríamos “alheia”. Mas deveríamos também substituir a palavra 
“meio” por “meia”?
Para fazer o teste, utilize “muito” no lugar de “meio”:
Meio alheia → muito alheia
Meio nervosa → muito nervosa
Meio cansada → muito cansada
Temos aqui uma palavra que modifi ca um adjetivo: o advér-
bio. Como sabemos que os advérbios não variam, então, mesmo 
que a letra da música de Lulu Santos estivesse se referindo a uma 
mulher, não seria correto utilizar meia alheia. 
Em português a concordância consiste em se adaptar a pala-
vra determinante ao gênero, número e pessoa da palavra determi-
nada. A concordância pode ser nominal ou verbal. 
Concordância nominal
A concordância nominal considera as fl exões de gênero e 
número entre o substantivo e o adjetivo, o artigo, o numeral e o 
pronome. É o princípio de acordo com o qual toda palavra va-
riável referente ao substantivo deve se fl exionar (alterar a forma) 
para se adaptar a ele.
Ex: Os nossos lindos e queridos alunos uecevesteanos passarão 
no vestibular. 
Principais regras de concordância nominal
•	 Adjetivos, artigos numerais e pronomes adjetivos concordam 
em gênero e número com o substantivo a que se referem:
As nossas duas amigas italianas nos visitarão em dezembro.
Os nossos primeiros e decisivos resultados foram positivos. 
•	 O adjetivo ligado a substantivo do mesmo gênero e número vai 
normalmente para o plural:
Pai e fi lho estudiosos ganharam o prêmio.
Mãe e fi lha estudiosas ganharam o prêmio. 
•	 O adjetivo ligado a substantivo de gênero e número diferentes 
vai para o masculino plural:
Meninos e meninas estudiosos ganharam o prêmio.
•	 O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo 
mais próximo:
Comprei livros e revista atualizada.
•	 O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais 
próximo:
Dedico este poema à querida tia e primos.
•	 O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda 
com o sujeito:
Meus amigos são esforçados.
•	 O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o 
predicativo no gênero da pessoa a quem se refere:
Sua Excelência, o Governador, foi compreensivo.
•	 Quando mais de um numeral se referir a um mesmo substantivo, 
existem duas maneiras de concordâncias possíveis: esse substantivo 
fi ca no singular ou vai para o plural, se os numerais forem 
precedidos de artigo, ou vai somente para o plural se não houver a 
repetição do artigo e/ou o substantivo aparecer antes do numeral.
A primeira e a segunda fase do vestibular são complicadíssimas.
A primeira e a segunda fases do vestibular são complicadíssimas.
A terceira e quarta etapas do concurso são decisivas.
As etapas terceira e quarta do concurso são decisivas.
Casos especiais de concordância nominal
•	 Nos adjetivos compostos de adjetivo, o primeiro elemento é 
invariável:
Curso de letras anglo-germânicas. 
Apostilas UECEVEST mod4.indb 7 03/04/2011 19:17:51
GRAMÁTICA
8 UECEVEST
•	 Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de ar-
tigo vão para o singular ou plural:
Já li o primeiro e o segundo livro (livros).
•	 Vão para o plural os substantivos acompanhados de numerais 
em que o primeiro vier precedido de artigo e o segundo não:
Já li o primeiro e segundo livros.
•	 O substantivo antepostoaos numerais vai para o plural:
Estudei os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
•	 As expressões anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio, quite, 
junto, leso e meio concordam com a palavra à qual se referem:
Vai anexa a duplicata. 
Os recibos vão anexos.
 OBS.: 
Anexo precedido da preposição em fi ca imutável. Ex. Em 
anexo, seguem faturas.
A fotografi a segue inclusa.
Os documentos estão inclusos.
Ele respondeu: muito obrigado.
Ela respondeu: muito obrigada.
Os alunos disseram: muito obrigados.
Ela mesma escreveu a carta.
Nós mesmos fazemos as reclamações.
 OBS.: 
Mesmo signifi cando de fato, realmente, é invariável. Ex. Ela 
fará mesmo a prova?
Ela própria fez o comunicado.
Eles próprios receberam o prêmio.
Estou quite com meu cartão de crédito.
Todos vocês estão quites com a tesouraria do Uecevest?
João e Pedro sempre chegam juntos.
Aquelas alunas nunca estudam juntas. 
 OBS.: 
Junto funcionando como advérbio (juntamente) ou com-
pondo locução prepositiva (junto com..., junto de...) é invariá-
vel. Ex. Junto, remeto-lhe as cobranças.
Cometeu um crime de lesa-pátria.
Foi um crime de leso-patrimônio.
Compramos meio quilo de soja.
Serviu-nos meia porção de arroz.
 OBS.: 
Meio, quando advérbio, é invariável. Ex. As crianças acorda-
ram meio doentes.
•	 Os vocábulos muito, pouco, caro, barato, longe, ora funcio-
nam como adjetivos, concordando, portanto, com o substan-
tivo a que se referem, ora funcionam como advérbios, perma-
necendo invariáveis.
Poucos alunos tinham muitos motivos para a reclamação. (ad-
jetivos)
Eles estudam pouco e elas estudam muito. (advérbio)
Os livros estavam baratos, mas as outras mercadorias estavam 
caras. (adjetivos)
Estas bijuterias custam barato, mas as jóias originais custam 
caro. (advérbio)
Andei por longes terras. (adjetivo)
Moramos longe das badalações. (advérbio)
•	 Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a): após essas expressões 
o substantivo fi ca sempre no singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
•	 É bom, é necessário, é proibido: essas expressões não variam 
se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.
Canja é bom.
A canja é boa.
É necessário sua presença.
É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas.
A entrada é proibida.
•	 Só = apenas, somente (advérbio): invariável, e Só = sozinho 
(adjetivo): variável
Só consegui comprar uma passagem. 
Estiveram sós durante horas. 
E X E R C í C I O
01. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos pa-
rênteses.
a) Será que é __________________ essa confusão toda? 
(necessário/ necessária)
b) Quero que todos fi quem ______________. (alerta/ alertas)
c) Houve ____________ razões para eu não voltar lá. 
(bastante/ bastantes)
d) Encontrei ____________ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
e) A dona do imóvel fi cou __________ desiludida com o 
inquilino. (meio/ meia)
02. (FUVEST) “Na reunião do Colegiado, não faltou, no mo-
mento em que as discussões se tornaram mais violentas, argu-
mentos e opiniões veementes e contraditórias.” 
No trecho acima, há uma infração as normas de concordância.
a) Reescreva-o com devida correção.
b) Justifi que a correção feita.
03. Reescrever as frases abaixo, corrigindo-as quando necessário.
a) “Recebei, Vossa Excelência, os processos de nossa estima, 
pois não podem haver cidadãos conscientes sem educação.”
b) “Os projetos que me enviaram estão em ordem; devolvê-los-
ei ainda hoje, conforme lhes prometi.”
c) “Ele informou aos colegas de que havia perdido os 
documentos cuja originalidade duvidamos.”
d) “Depois de assistir algumas aulas, eu preferia mais fi car no 
pátio do que continuar dentro da classe.”
e) “Faziam apenas dois meses que ela fi cara viúva e mais de 
uma proposta de casamento apareceram; porém, deviam 
haver sérios motivos para ela recusá-las.”
f ) “Se for levado em consideração as necessidades imediatas da 
escola, a reforma das instalações terão prioridade.”
04. Colocar: “C” quando correto “E” quando errado
a) ( ) Amanhã se fará os últimos exames.
b) ( ) Restam-me alguns dias de férias.
c) ( ) Os Estados Unidos intervieram nos confl itos sul-
africanos há alguns meses.
d) ( ) É necessária liberdade de expressão.
e) ( ) São crianças a cuja situação muita gente é insensível.
f ) ( ) Envie algum dinheiro daquela casa de caridade.
g) ( ) Assisti e gostei muito daquele fi lme.
h) ( ) Não me pouparam esforços para que o rio fosse 
despoluído.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 8 03/04/2011 19:17:51
9 UECEVEST
GRAMÁTICA
05. (CESGRANRIO) “Noites pesadas de cheiros e calores 
amontoados...” Aponte a opção em que, substituídos os subs-
tantivos destacados acima, fi ca INCORRETA a concordância 
de “amontoado”.
a) nuvens e brisas amontoadas
b) odores e brisas amontoadas
c) nuvens e morros amontoados
d) morros e nuvens amontoados
e) brisas e odores amontoadas 
06. (PUC-CAMP) A frase em que a concordância nominal está 
correta é:
a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo 
era o melhor sinal de prosperidade da família.
b) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se 
encontravam as vítimas do acidente.
c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele 
cultivava na sua pacata e linda chácara do interior.
d) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o 
braço direitos, mas estava totalmente lúcido.
e) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser 
importante para a pesquisa que estou fazendo.
07. (UNEB – BA) Assinale a alternativa em que, pluralizando-se 
a frase, as palavras destacadas permanecem invariáveis:
a) Este é o meio mais exato para você resolver o problema: 
estude só.
b) Meia palavra, meio tom - índice de sua sensatez.
c) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em sua meia 
promessa.
d) Passei muito inverno só.
e) Só estudei o elementar, o que me deixa meio apreensivo.
08. (MACKENZIE) Veja os enunciados abaixo:
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! - disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora fi cou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:
a) em I e II d) apenas em III 
b) em II, III e IV e) apenas em IV
c) apenas em II
CONCORDÂNCIA VERBAl
A solidariedade entre o verbo e o sujeito, que ele faz viver no 
tempo, exterioriza-se na CONCORDÂNCIA, isto é, na varia-
bilidade do verbo para conformar-se ao número e à pessoa do 
sujeito. A concordância evita a repetição do sujeito, que pode ser 
indicada pela fl exão verbal a ele ajustada.
Ex: Alunos uecevesteanos passam no vestibular. Nossos alunos 
são os melhores.
Eu acabei por adormecer no regaço de minha tia. Quando acor-
dei, já era tarde, não vi meu pai.
(A. Ribeiro, Cinco réis de gente, 257.)
Leia:
Todo brasileiro lembra como era difícil e caro conseguir comu-
nicar-se com uma localidade do interior. O Brasil agora é outro.
Os avanços das nossas telecomunicações mudaram, para me-
lhor, a vida dos brasileiros.
(Revista isto é) 
Observe as formas verbais em destaque no trecho.
•	 Identifi que o sujeito desses verbos.
•	 O que se pode observar entre o sujeito e o verbo correspondente?
A concordância verbal considera as fl exões de número e pes-
soa entre o verbo e o sujeito.
Principais casos
•	 O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples.
A revista sumiu daqui.
•	 O sujeito composto por elementos da mesma pessoa gramatical 
leva o verbo para o plural:
A revista e o jornal chegaram agora.
•	 O sujeito composto por elementos de pessoa gramatical defe-
rente leva o verbo para o plural da pessoa predominante:
a) a 1ª pessoa predomina sobre a 2ª e a 3ª:
Tu, ela e eu somos os melhores.
b) a 2ª pessoa predomina sobre a 3ª:Tu e ela sois os melhores.
 
•	 O verbo concorda com o elemento mais próximo do sujeito 
composto:
Restou-me uma folha de papel, um lápis e uma borracha.
Casos especiais de concordância verbal
•	 O sujeito formado de substantivo coletivo, acompanhado de 
nome no plural, pede o verbo no singular ou plural:
Um bando de crianças quebrou o vidro.
•	 O sujeito que tem como núcleo uma forma pluralícia, acompa-
nhado de artigo no plural, pede o verbo plural:
Os Estados Unidos são uma grande nação.
•	 O verbo transitivo direto, ao lado do pronome se, concorda 
com o sujeito paciente:
Vende-se uma casa.
Vendem-se várias casas.
•	 A expressão um ou outro pede o verbo no singular:
Um ou outro doce me deliciava.
•	 A expressão mais de um pede o verbo no singular:
Mais de um membro da comissão fi cou descontente.
•	 Os verbos dar, bater, e soar, indicando horas, concordam com 
o sujeito da oração:
Deu uma hora.
Deram quatro horas.
Soaram três horas.
Bateu uma hora.
Concordância com o verbo ser
•	 Com as palavras tudo, isto, isso, aquilo e o predicativo no 
plural, o verbo ser também pode ir para o plural:
Isto não são coisas que você possa dizer.
•	 As expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de, é 
tanto, quando indicam preço, quantidade, peso, fi cam com o 
verbo na singular:
Quinhentos gramas é pouco.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 9 03/04/2011 19:17:52
GRAMÁTICA
10 UECEVEST
•	 Em horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal e con-
corda com o predicativo:
Hoje são vinte de janeiro.
É zero hora em Brasília.
São onze horas da manhã.
 OBS.: O correto é:
É meio-dia e meia (hora).
Concordância com o verbo haver e fazer
•	 O verbo haver apresenta as seguintes peculiaridades:
a) no sentido de existir é impessoal e conjuga-se apenas na 3ª 
pessoa do singular.
Havia muitas frutas na geladeira.
b) no sentido de existir, e ao lado de outro verbo, torna o ou-
tro também impessoal:
Deve haver belos espetáculos hoje.
c) no sentido de ter, conjuga-se normalmente:
Eles haviam chegado lá. 
 OBS.: Forma composta.
•	 O verbo fazer apresenta as seguintes peculiaridades:
a) no sentido de tempo é impessoal e conjuga-se apenas na 3ª 
pessoa do singular:
Faz muitos dias que não vou lá.
b) no sentido de fazer alguma coisa, conjuga-se normalmente:
Elas fazem doce pra vender.
Regência nominal e verbal
Regência nominal
Leia:
Adolescência
Quando tudo muda na vida
Cheio de paixão, transbordante de vitalidade, impelido por 
incríveis contradições, o jovem passa pela adolescência e se pre-
para para ser adulto. Sendo uma das épocas mais importantes da 
vida do homem, a adolescência precisa ser encarada com muito 
respeito e carinho.
No texto, os adjetivos cheio, transbordante e impelido, ter-
mos regentes – exigem as preposições de e por, respectivamente. 
Nesses casos, como os termos regentes são adjetivos, temos re-
gência nominal.
(Revista Pais e filhos.)
•	 Regência é o processo sintático no qual um termo depende 
gramaticalmente de outro.
•	 Termo regente é a palavra que precisa de outra para comple-
tar-lhe o sentido:
Ele tem amor à vida.
- amor (nome) → termo regente
•	 Termo regido é a palavra que completa o sentido de outra, às 
vezes ligado a ela por preposição:
Ele tem amor à vida
- vida → termo regido
Encontramos acima um caso de regência nominal, que é a 
que trata dos complementos dos nomes (substantivos e adjetivos). 
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome 
(substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse 
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. 
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários 
nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que 
derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, 
conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem com-
plementos introduzidos pela preposição “a”. Veja: Obedecer (a 
algo / a alguém) - Odediente (a algo / a alguém) 
A regência pode ser também verbal, que veremos adiante. 
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da pre-
posição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e 
procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a 
algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, 
com, por
Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, 
em, sobre
Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, 
para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, 
de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
 OBS.: 
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regi-
me dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente 
a; relativa a; relativamente a.
Regência verbal
Leia:
Um recente estudo mostrou o panorama da educação bra-
sileira, de cada 100 alunos matriculados na 1ª série do ensino 
fundamental, só 40 concluem o ensino médio.
(Revista Época).
A regência verbal analisa as relações sintáticas que se estabelecem 
entre os verbos e seus complementos. Para esse estudo, é conveniente 
relembrar a classificação dos verbos quanto à transitividade.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 10 03/04/2011 19:17:52
11 UECEVEST
GRAMÁTICA
•	 Classifi que o verbo do período destacado quanto à transitividade 
verbal e justifi que.
•	 Reescreva o período anterior, acrescentado o termo: “ao leitor”
•	 A transitividade do verbo se modifi cou? Explique sua resposta.
A regência verbal trata dos complementos dos verbos.
Aspiramos um ar poluído 
 
termo regente termo regido
(verbo) (complemento)
 
Alguns verbos e sua regência correta:
Aspirar no sentido de:
•	 atrair para os pulmões (transitivo direto)
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
•	 pretender (transitivo indireto) com a preposição a.
O time aspira ao troféu de campeão.
Assistir:
•	 presenciar, ver (transitivo indireto) com a preposição a.
Assisto a muitos fi lmes.
•	 ajudar (transitivo direto)
A enfermeira assiste os doentes.
Obedecer 
•	 transitivo indireto – com a preposição a. 
Obedeço aos sinais de trânsito.
Pagar
•	 Transitivo direto de coisa e indireto de pessoa
Já paguei um lanche aos amigos.
 O.D. O.I.
querer:
•	 desejar (transitivo direto)
Quero um lugar ao sol.
•	 gostar de (transitivo indireto) – com a preposição a.
Quero bem a vocês.
Visar:
•	 objetivar (transitivo indireto) – com a preposição a.
Os colégios visam à formação de seus alunos.
•	 apontar (transitivo direto)
Eu visava você naquele jogo.w
•	 pôr sinal de visto em (transitivo direto)
O gerente mandou visar o cheque.
Preferir
•	 querer mais (transitivo direto e indireto)
Prefi ro a Ciência à Comunicação.
Informar
•	 (transitivo direto e indireto)
Informei-o do problema.
Informe-lhe o problema.
Precisar:
•	 ter necessidade (transitivo indireto) – com a preposição de.
O país precisa de moralização.
•	 indicar com exatidão (transitivo direto)
Precisei bem a questão.
E X E R C í C I O
01. (UFPA) Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, 
involuntariamente, prejudicou toda uma família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a fi rma a 
aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desdecriança sempre aspirava a uma posição de destaque, 
embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de fl ores que enfeitavam 
a sala, desmaiou.
a) II, III, IV d) I, III
b) I, II, III e) I, II
e) I, III, IV
02. (UFAM) Assinale o item em que há erro quanto à regência:
a) São essas as atitudes de que discordo.
b) Há muito já lhe perdoei.
c) Informo-lhe de que paguei o colégio.
d) Costumo obedecer a preceitos éticos.
e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente.
03. (UNIMEP-SP) Quando implicar tem sentido de “acarretar”, 
“produzir como consequência”, constrói-se a oração com objeto 
direto, como se vê em:
a) Quando era pequeno, todos sempre implicaram comigo.
b) Muitas patroas costumam implicar com as empregadas 
domésticas. 
c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.
d) O banqueiro implicou-se em negócios escusos.
e) Um novo congelamento de salários implicará uma reação 
dos trabalhadores.
04. (FMU-SP) Assinale a única alternativa incorreta quanto à 
regência do verbo.
a) Perdoou nosso atraso no imposto.
b) Lembrou ao amigo que já era tarde.
c) Moraram na rua da Paz.
d) Meu amigo perdoou ao pai.
e) Lembrou de todos os momentos felizes.
05. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que há erro de regência 
verbal.
a) Os padres das capelas que mais dependiam do dinheiro 
desfi zeram-se em elogios à garota.
b) As admoestações que insisti em fazer ao rábula acabaram por 
não produzir efeito algum.
e) Nem sempre o migrante, em cujas faces se refl etia a angústia 
que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
d) Era uma noite calma que as pessoas gostavam, nem fria nem 
quente demais.
e) Nem sempre o migrante, cujas faces refl etiam a angústia que 
lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 11 03/04/2011 19:17:53
GRAMÁTICA
12 UECEVEST
06. (UFG) Indique a alternativa correta.
a) Sempre pago pontualmente minha secretária.
b) Você não lhe viu ontem.
e) A sessão fora assistida por todos os críticos.
d) Custei dois anos para chegar a doutor.
e) O ideal a que visavam os parnasianos era a perfeição estética.
07. (UFSCar-SP) Assinale a alternativa correta quanto à regência:
a) A peça que assistimos foi muito boa.
b) Estes são os livros que precisamos.
c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.
d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.
e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
08. (Mack-SP) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência verbal:
a) Ele custará muito para me entender.
b) Hei de querer-lhe como se fosse minha fi lha.
c) Em todos os recantos do sítio, as crianças sentem-se felizes, 
porque aspiram o ar puro.
d) O presidente assiste em Brasília há quatro anos.
e) Chamei-lhe sábio, pois sempre soube decifrar os enigmas da vida.
09. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que apresenta incorreção 
quanto à regência verbal:
a) Nós nos valemos dos artifícios que dispúnhamos para vencer.
b) Ele preferiu pudim a groselha.
c) O esporte de que gosto não é praticado no meu colégio.
d) Sua beleza lembrava a mãe, quando apenas casada.
e) Não digo com quem eu simpatizei, pois não lhe interessa.
10. (Conc. Investigador de Policia) Assinale a alternativa que 
apresenta um desvio em relação à regência verbal.
a) Simpatizei com toda a diretoria e com as novas orientações.
b) Há alguns dos novos diretores com os quais não simpatizamos.
c) A fi rma toda não se simpatizou com a nova diretoria.
d) Somente o tesoureiro não simpatizou com a nova diretoria.
11. (Conc. Escrivão de Polícia) Assinale a alternativa em que o 
signifi cado do verbo apontado entre parênteses não corresponde 
à sua regência.
a) Com sua postura séria, o diretor assistia todos os 
funcionários dos departamentos da empresa. (ajudar)
b) No grande auditório, o público assistiu às apresentações da 
Orquestra Experimental. (ver)
c) Esta é uma medida que assiste aos moradores da Vila 
Olímpia. (caber)
d) Estudantes brasileiros assistem na Europa, durante um ano. 
(observar)
12. (Conc. Analista de Sistemas - Banco Central) Os trechos a 
seguir constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro 
de regência.
a) Desde abril, já é possível perceber algum decréscimo da 
atividade econômica, com queda da produção de bens de 
consumo duráveis, especialmente eletrodomésticos, e do 
faturamento real do comércio varejista.
b) Apesar da queda da infl ação em maio, espera-se aceleração 
no terceiro trimestre, fenômeno igual ao observado nos dois 
últimos anos, em decorrência da concentração de aumentos 
dos preços administrados.
c) Os principais focos de incerteza em relação às perspectivas para 
a taxa de infl ação nos próximos anos referem-se a evolução do 
preço internacional do petróleo, o comportamento dos preços 
administrados domésticos e o ambiente econômico externo.
d) Desde maio, porém, entraram em foco outros fatores: o 
racionamento de energia elétrica, a intensifi cação da instabilidade 
política interna e a depreciação acentuada da taxa de câmbio.
e) A mais nova fonte de incerteza é o choque derivado da limitação 
de oferta de energia elétrica no País, pois há grande difi culdade 
em se avaliar seus efeitos com o grau de precisão desejável.
(Trechos adaptados do Relatório de Infl ação - Banco Central do Brasil, junho de 
2001- v. 3, 1° 2, p. 7 e 8)
 E X E R C í C I O
01. (UECE) Está consoante a norma culta a concordância em:
a) Há menas campanha de opinião pública.
b) É necessário disposições para a preservação da vida.
c) As crianças estão bastantes purifi cadas.
d) A loucura entra através dos fatos, das imagens e da 
comunicação modernas.
02. (PUC-SP) Assinale a alternativa correspondente à frase em 
que a concordância verbal e a nominal esteja correta.
a) Qualquer que tivessem sido as decisões da chefi a, a reação 
dos funcionários seria a mesma, sempre, pois discórdias é 
que não faltava lá.
b) Eles são tão pouco esclarecidos, que com meias palavras não 
entendem nada; é necessário, sempre, as explicações mais 
detalhadas.
c) Quando já passava das dez horas, atribui-se o atraso do juiz 
a problemas de saúde e dispensaram-se as testemunhas.
d) Vai ser avaliado, no mês que vem, os danos da seca e serão 
anunciados os prejuízos correspondentes.
e) Eles parecem, cada vez mais, serem os únicos responsáveis 
pelo ocorrido, por mais inacreditável que possa ser os fatos.
03. (F.C.Chagas-SP) Assinale a alternativa em que a concordân-
cia verbal e a nominal está correta.
a) Já é meio-dia e meia; faltam poucos minutos para começar 
a reunião.
b) Comprei um óculos escuro nesta loja. Consegue-se bons 
descontos aqui.
c) Vão fazer dez anos que trabalho aqui e ainda é proibido a 
minha entrada na sala da Diretoria!
d) Duzentas gramas de queijos são demais para fazer a torta.
e) A gente fomos ao cinema no domingo, e lá haviam amigos 
nossos na fi la.
04. (Santa Casa- SP) Não chove _______ meses, mas a esperan-
ça e o vigor que sempre ________ no sertanejo não o _______.
a) faz, existiu, abandonou.
b) faz, existiram, abandonaram.
c) fazem, existiu, abandonaram.
d) fazem, existiram, abandonaram.
e) fazem, existiu, abandonaram.
05. (F.C.Chagas- BA) Assinale:
a) se todos forem corretos.
b) se forem corretos somente os textos 1 e 2.
c) se forem corretos somente os textos 1 e 3.
d) se forem correto somente os textos 2 e 3.
e) se nenhum deles for correto.
1. Vossa Excelência sois um ótimo professor.
2. Tu e eles ireis à conferência.
3. Passará o céu e a terra, mas não passarão minhas palavras.
06. (UECE) Não ocorre erro de regência em:
a) A equipe aspirava o primeiro lugar.
b) Obedeça aos mais experientes.
c) Deu a luz à vizinha a três crianças sadias.
d) Vise ao cheque com caneta de tinta azul.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 12 03/04/2011 19:17:54
13 UECEVEST
GRAMÁTICA
07. (UNIFOR) Na carta, informavam-_____ seria convidado 
__________ ocupar o posto ___________ almejava.
a) lhe de que – a- que. d) no que- em – que.
b) lhe que-em- a que. e) no que- a – que.
c) no de que- a – a que.
08. (UFC) Aponte a opção correta quanto à regência.
a) Laurindo preferia a conversa do que história de assombração.
b) O rapaz não obedeceu a ordem de seu pai.
c) Ela assistia os moradores da fazenda.
d) Os mais novos assistiram a conversa dos mais velhos.
e) Li o livro que você me falou.
09. (UECE) Assinale a opção em que o verbo chegar apresenta 
regência censurada pela Gramática.
a) Ele chegou na hora do almoço.
b) Ao chegar a casa, o fi lho pródigo foi bem recebido.
c) Era muito tarde quando cheguei ao colégio.
d) O noivo chegou atrasado na igreja.
10. (UECE) Segue a norma culta a regência da opção:
a) A criança obedece aos pais.
b) Os americanos esqueceram a guerra.
c) Eles chegaram cedo nos Estados Unidos.
d) Alguns preferem muito mais o pássaro que o gato.
11. (Fuvest-SP) Indique a alternativa correta.
a) Tratavam-se de questões fundamentais.
b) Comprou-se terrenos nos subúrbios.
c) Precisam-se de datilógrafos.
d) Reformam-se ternos.
e) Obedeceram-se aos severos regulamentos.
12. (Santa Casa- SP) Supondo que meios para que se _________ 
os cálculos de modo mais simples.
a) devem haver, realize. d) deve haver, realizem.
b) devem haver, realizem. e) deve haver, realize.
c) devem haverem, realize.
13. Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à concor-
dância nominal, exceto:
a) Foi acusado de crime de lesa-justiça.
b) As declarações devem seguir anexas ao processo.
c) Eram rapazes os mais elegantes possível.
d) É necessário cautela com os pseudolíderes.
e) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados.
14. (F.C.Chagas- SP) Elas ___________ providenciaram os ates-
tados, que enviaram ___________ às procurações, como instru-
mentos ___________ para os fi ns colimados.
a) mesmas, anexos, bastantes.
b) mesmo, anexo, bastante.
c) mesmas, anexo, bastante.
d) mesmo, anexos, bastante.
e) mesmas, anexos, bastante.
15. (UFC) O verbo “esquecer” apresenta regência correta em:
I. Esqueci-me dos presentes de Natal;
II. Esquecemos os presentes de Natal
III. Esqueceste dos presentes de Natal.
É correto o que se afi rma:
a) em I e II. d) em todas.
b) em I e III. e) em nenhuma.
c) em II e III.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 13 03/04/2011 19:17:54
GRAMÁTICA
14 UECEVEST
PARTíCUlA “qUE”
Para analisar a partícula que, veja o quadro a seguir:
Classe gramatical Função sintática Exemplo
Substantivo – é precedida de determinante e 
vem acentuada.
Exerce as funções pró-prias do substantivo 
(sujeito, objeto, predicativo...).
Paula tem um quê de misteriosa.
Estes quês estão mal empregados na 
frase.
Pronome interrogativo adjetivo – 
acompanha o Substantivo;
substantivo – substitui o substantivo. Junto 
do ponto de interrogação, leva acento.
Adjunto adnominal.
Tem todas as funções do substantivo 
(sujeito, objeto...).
Que clube você frequenta?
 substantivo
Que aconteceu?
 verbo
Aconteceu o quê?
Pronome relativo (o qual, os quais – 
substitui o ante-cedente.
Introduz oração adjetiva e tem muitas 
funções (sujeito, objeto...). Veja página 362.
O cantor que (o qual) chegou é muito 
famoso.
Encontrei as chaves que (as quais) 
estavam perdidas
Pronome indefinido ( = quão, quanto, 
quanta) — acompanha substantivo. Será 
sempre pronome adjetivo. Adjunto adnominal.
Que horas são? (quantas) Que 
dinheiro gasto à toa! 
(quanto)
Que coisa interessante! 
(quanta)
Advérbio de intensidade (quão, como) – 
acompanha adjetivo ou advérbio.
Adjunto adverbial de intensidade. Que bom você ter vindo! 
 adjetivo
Preposição (de) – vem junto ao verbo ter. Liga palavras (conetivo).
Não tem função sintática.
Tenho que estudar. (de)
Interjeição – vem seguido de ponto de 
exclamação e é acentuado.
Não tem função sintática. Quê! Você fez isso?
Conjunção coordenativa aditiva (e) Introduz oração coorde-nada sindética 
aditiva.
Fala que fala e nunca diz nada.
Conjunção coordenativa explicativa 
(= pois, precedida de verbo no imperativo)
Introduz oração coordenada sindética 
explicativa.
Não vá, que sentirei saudade.
 (pois)
Conjunção subordinativa integrante Introduz oração subordinada substantiva Não quero que você vá.
Conjunção subordinativa causal (= porque) Introduz oração subordinada adverbial 
causal.
Não irei ao show que vai chover. 
(porque)
Conjunção subordinativa comparativa 
(precedida de mais, menos)
Introduz oração subordinada adverbial 
comparativa
Fiquei mais triste (do) que você.
Conjunção subordinativa consecutiva 
(precedida de tanto, tal, tão, tamanho...)
Introduz oração subordinada adverbial 
conse-cutiva.
Fez tanto exercício que cansou.
Conjunção subordinativa final (= para que) Introduz oração subordinada adverbial final. Faço votos que vocês se entendam.
Conjunção subordinativa temporal 
(= quando)
Introduz oração subordinada adverbial 
temporal
Abertos que foram os portões, todos 
entraram.
Partícula expletiva ou de realce — pode 
ser retirada da frase. Aparece também na 
expressão é que.
Não tem função sintatica. Eu é que sei.
Que todos entrem.
Partícula “se”
Leia as frases e observe a partícula se:
“Se a Europa não é um ‘produto acabado’, muito menos o 
Brasil.”(Renato Baiard)
No exemplo acima, a partícula “se” classifica-se como con-
junção subordinativa condicional e introduz oração subordinada 
adverbial condicional, servindo de conetivo.
Lixo atômico, chuva ácida, efeito estufa, extinção de espécies, 
desertificação: 
Viva-se em um mundo desses!
Nesse caso, a partícula “se” classifica-se como pronome pesso-
al do caso oblíquo átono e é considerada partícula expletiva ou de 
realce, podendo ser retirada da frase.
Os jovens sabem se divertir!
Nessa frase, a palavra “se” classifica-se como pronome pessoal 
do caso oblíquo átono e exerce. a função sintática de objeto direto.
Assim, observa-se que a partícula se admite várias classifica-
ções, exercendo funções sintáticas diferentes. 
Para saber quais as classes gramaticais e as funções sintáticas 
da partícula se, veja o quadro a seguir:
Classe gramatical Função sintática Exemplo
Substantivo – vem precedido de determinante: Exerce as funções do substantivo 
(sujeito, objeto direto...).
Este se me deixou confuso.
Identifique a função do se.
Pronome oblíquo átono: Partícula apassivadora: com verbo 
transitivo direto.
Cobrem-se botões.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 14 03/04/2011 19:17:55
15 UECEVEST
GRAMÁTICA
Pronome oblíquo átono:
Índice de indeterminação do sujeito. Come-se bem neste restaurante chinês.
Objeto direto: quando for pronome 
refl exivo com verbo transitivo direto.
Ela se penteou.
(ela mesma)
Objeto indireto: quando for pronome 
refl exivo com verbo transitivo indireto.
Ela se dá muita importância.
(a si mesma)
Partícula expletiva ou de realce (pode 
ser retirada da frase).
Todos se foram, logo que amanheceu.
Elemento integrante dos verbos 
pronominais.
Pedro arrependeu-se.
Sujeito de verbo no infi nitivo. Ele deixou-se fi car ali mesmo.
Conjunção subordinativa integrante: Introduz oração subordinada 
substantiva.
Ela não disse se virá.
Conjunção subordinativa condicional (= caso): Introduz oração subordinada adverbial 
condicional.
Só irei, se você também for.
 (caso)
 ATENÇÃO:
Observe bem a diferença:
Se
Partícula apassivadora
Se
Índice de indeterminação do sujeito
•	 Com verbo transitivo direto:
Comprou-se uma casa.
•	 O sujeito está expresso:
Comprou-se uma casa.
•	 Pode-se passar para a voz passiva analítica (verbo ser):
Uma casa foi comprada.
•	 O verbo pode vir na 3ª pessoa do singular ou plural, 
concordando com o sujeito expresso.
Comprou-se uma casa.
Compraram-se casas.
•	 Com verbo transitivo indireto, intransitivo e de ligação:
Precisa-se de empregada.
Vive-se mal aqui.
Não se é feliz neste lugar.
•	 O sujeito é indeterminado.
•	 Não tem voz passiva.
•	 O verbo só pode vir na 3ª pessoa do singular (não admite 
plural):
Precisa-se de empregada.
Precisa-se de empregados.
E X E R C í C I O
01. Atentando paraas funções morfossintáticas da palavra que, 
enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.
a) Você tem um quê que me agrada.
b) Que tens na cabeça?
c) Que delicioso este sorvete.
d) Alguns já perceberam que algo aconteceu.
e) Nunca que eu faria isso.
( ) Advérbio de intensidade e adjunto adverbial de intensidade.
( ) Conjunção integrante.
( ) Pronome substantivo indefi nido e interrogativo e objeto direto.
( ) Substantivo e objeto direto / pronome relativo e sujeito.
( ) Palavra denotativa de realce.
02. Classifi que as funções morfossintáticas do que nas orações abaixo:
a) A criança mexe que mexe no berço.
b) Agora, que eu ia viajar, chove.
c) A cobra por que foste picado não é venenosa.
d) Comprei o livro de que você me falou.
e) Não chore, meu fi lho, que a vida é luta renhida.
03. “Gostar é tão fácil, que ninguém aceita aprender.”
Possuía a mesma relação semântica do “que” da frase da opção:
a) “Eu sei que existe por aí uma andorinha solta, procurando o 
verão que se perdeu no tempo...”
b) “ Indiquei-lhe o dedo que não permanecesse quieta, 
enquanto a acusavam.”
c) “ A felicidade era tal que começou aí o ufanismo.”
d) “ Que saudades tenho da Bahia...”
e) “ Era com difi culdades que prosseguia.”
04. Em “A ideia de matar é de tal forma inerente ao homem, que 
à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calma-
mente o tempo”, existe relação de:
a) causa e efeito. d) condição e proporção.
b) causa e fi nalidade. e) fi nalidade e conclusão.
c) causa e condição.
05. Leia atentamente o texto e responda, indicando a alternativa 
correta: “A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agres-
te, que me deu uma alma agreste.” (Graciliano Ramos) 
A função sintática do que é:
a) adjunto adnominal d) objeto direto.
b) complemento nominal e) objeto indireto.
c) sujeito.
06. Em “Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel se-
cundário que exerciam naquele período.” A função sintática do 
primeiro “que” é de:
a) pronome relativo.
b) objeto direto
c) conectivo subordinativo (integrante) 
d) sujeito
e) objeto indireto
Apostilas UECEVEST mod4.indb 15 03/04/2011 19:17:55
GRAMÁTICA
16 UECEVEST
07. Identifi que a alternativa que classifi ca corretamente a função 
do quê, nas frases a seguir:
I. — Espero que os homens pensem, com amor, em seu velho 
planeta.
II. — A criança doente que chorava, era a felicidade e a 
esperança da família.
a) pronome substantivo indefi nido –preposição 
b) conjunção integrante – pronome relativo
c) pronome relativo –substantivo 
d) advérbio –pronome adjetivo indefi nido 
e) conjunção subordinada causal –partícula expletiva
08. O pronome relativo que exerce função de sujeito em:
a) “Além, muito além daquela serra que ainda azula no 
 horizonte , nasceu Iracema.”
b) “Sofreu mais d’alma que da ferida.”
c) “O sentimento que ele pôs no rosto, não o sei eu.”
d) “Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje 
 tem os meus.”
e) “A alva rede, que Iracema perfumara com a resina do 
 benjoim, guardava-lhe um sonho calmo e doce.”
09. “ Ele se morria de ciúmes da esposa.” 
 O termo em destaque é:
a) pronome oblíquo refl exivo.
b) pronome oblíquo recíproco.
c) pronome apassivador.
d) conjunção subordinativa integrante.
e) expletivo, não exercendo nenhuma função.
10. A palavra “se” indica causa/consequência em:
a) Se todos tivessem estudado as notas seriam altas.
b) Se não houvesse afi rmado, ninguém o teria julgado.
c) Perguntaram se ele estava satisfeito.
d) Neste ano, se houve muita fartura e o aiocoense fi cou 
satisfeito, a prefeitura investiu muito dinheiro na agricultura.
e) Não se deve alugar uma casa na praia.
11. Não há pronome apassivador no item:
a) Esta escola faz-se de bons alunos.
b) Olhava-se no espelho e sorria.
c) Não se conheciam as razões.
d) Solicitaram-se novos pedidos.
e) Esta serra já se povoou de índios.
12. Quanto ao uso do se, a gramática tradicional não admite a 
construção:
a) vendem-se casas.
b) aluga-se apartamento.
c) não se vá tão cedo!
d) trabalhou-se muito hoje.
e) conserta-se sapatos.
13. A palavra se é conjunção subordinativa integrante ( por in-
troduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual 
das opções seguintes?
a) ele se morria de ciúmes pelo patrão.
b) a federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
c) o aluno fez-se passar por doutor.
d) precisa-se de pedreiros.
e) não sei se o vinho está bom.
14. “ Uma lagartixa passou correndo à sua frente e sumiu-se por 
entre as macegas.” A palavra se é:
a) pronome refl exivo e objeto direto.
b) pronome recíproco e objeto direto.
c) partícula de realce- sem função sintática.
d) pronome pessoal oblíquo e objeto direto.
e) parte integrante do verbo.
15. Na frase: “ Trabalhou-se com prazer”, a palavra se é:
a) partícula de realce.
b) partícula expletiva.
c) pronome refl exivo.
d) índice de indeterminação do sujeito.
e) nenhuma das alternativas.
16. Uma das alternativas apresenta o pronome refl exivo se, iden-
tifi que-a:
a) “Capitu deixou-se fi tar e examinar” (Machado de Assis)
b) Voltarei cedo se quiseres.
c) Queixou-se das questões do concurso.
d) Alugam-se apartamentos.
e) Precisa-se de pedreiros.
01.
S.O.S Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente 
da escrita? Pode-se refl etir sobre esse aspecto da língua com base 
em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dico-
tômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o 
entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu 
ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem 
a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite 
encarar as diferenças como um produto distinto de duas moda-
lidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre 
nos damos conta disso.
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº 231, abr. 2010 
(fragmento adaptado).
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e 
foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as ca-
racterísticas próprias desse tipo de texto, identifi cam-se as marcas 
linguísticas próprias do uso:
a) regional, pela presença de léxico de determinada região do 
Brasil.
b) literário, pela conformidade com as normas da gramática.
c) técnico, por meio de expressões próprias de textos científi cos
d) coloquial, por meio do registro de informalidade.
e) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.
02.
Carnavália
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim?
[...]
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento).
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção 
coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a ele-
mentos que compõem uma escola de samba e à situação emocio-
nal em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no 
ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a):
a) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em 
outras línguas e representativos de outras culturas.
b) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos 
mecanismos que o sistema da língua disponibiliza.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 16 03/04/2011 19:17:56
17 UECEVEST
GRAMÁTICA
c) gíria, que compõe uma linguagem originada em 
determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em 
uma comunidade mais ampla.
d) regionalismo, por ser palavra característica de determinada 
área geográfi ca.
e) termo técnico, dado que designa elemento de área específi ca 
de atividade.
03.
A Herança Cultural da Inquisição
A Inquisição gerou uma série de comportamentos humanos 
defensivos na população da época, especialmente por ter perdu-
rado na Espanha e em Portugal durante quase 300 anos, ou no 
mínimo quinze gerações.
Embora a Inquisição tenha terminado há mais de um século, 
a pergunta que fi z a vários sociólogos, historiadores e psicólogos 
era se alguns desses comportamentosculturais não poderiam ter-
se perpetuado entre nós.
Na maioria, as respostas foram negativas, ou seja, embora 
alterasse sem dúvida o comportamento da época, nenhum com-
portamento permanece tanto tempo depois, sem reforço ou estí-
mulo continuado.
Não sou psicólogo nem sociólogo para discordar, mas tenho 
a impressão de que existem alguns comportamentos estranhos 
na sociedade brasileira, e que fazem sentido se você os considerar 
resquícios da era da Inquisição. [...]
KANITZ, S. A Herança Cultural da Inquisição. In: Revista Veja. Ano 38, nº 5, 2 
fev. 2005 (fragmento).
Considerando-se o posicionamento do autor do fragmento a res-
peito de comportamentos humanos, o texto:
a) enfatiza a herança da Inquisição em comportamentos 
culturais observados em Portugal e na Espanha.
b) contesta sociólogos, psicólogos e historiadores sobre a 
manutenção de comportamentos gerados pela Inquisição.
c) contrapõe argumentos de historiadores e sociólogos a 
respeito de comportamentos culturais inquisidores.
d) relativiza comportamentos originados na Inquisição e 
observados na sociedade brasileira.
e) questiona a existência de comportamentos culturais 
brasileiros marcados pela herança da Inquisição.
04. Resta saber o que fi cou das línguas indígenas no português 
do Brasil. Serafi m da Silva Neto afi rma: “No português brasileiro 
não há, positivamente infl uência das línguas africanas ou ame-
ríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de 
bilinguismo de dois séculos não deixasse marcas no português 
do Brasil.
ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de 
Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado).
No fi nal do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pe-
dra de Roseta, que continha um texto escrito em egípcio antigo, 
uma versão desse texto chamada “demótico”, e o mesmo texto 
escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava 
decifrada. O inglês Th omas Young estudou o objeto e fez algumas 
descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura de-
veria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-François Champollion 
voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a 
partir do grego, provando que, na verdade, o grego era a língua 
original do texto e que o egípcio era uma tradução.
Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que:
a) cada língua é única e intraduzível.
b) elementos de uma língua são preservados, ainda que não 
haja mais falantes dessa língua.
c) a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a 
sociedade que a produzia é extinta.
d) o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura 
gramatical, assim como as línguas indígenas brasileiras e o 
português do Brasil.
e) o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, 
o que possibilitou a comparação linguística, o mesmo que 
aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e o português 
do Brasil.
05. O presidente Lula assinou, em 29 de dezembro de 2008, 
decreto sobre o Novo Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa. 
As novas regras afetam principalmente o uso dos acentos agudo 
e circunfl exo, do trema e do hífen. Longe de um consenso, muita 
polêmica tem-se levantado em Macau e nos oito países de língua 
portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçam-
bique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Compa-
rando as diferentes opiniões sobre a validade de se estabelecer 
o acordo para fi ns de unifi cação, o argumento que, em grande 
parte, foge a essa discussão é:
a) “A Academia (Brasileira de Letras) encara essa aprovação 
como um marco histórico. Inscreve-se, fi nalmente a Língua 
Portuguesa no rol daquelas que conseguiram benefi ciar-se 
há mais tempo da unifi cação do sistema de grafar, numa 
demonstração de consciência da política do idioma e de 
maturidade na defesa, difusão e ilustração da língua da 
Lusofonia.”
SANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponível em: http://www.academia.org.br. 
Acesso em: 10 nov. 2008.
b) “Acordo Ortográfi co? Não, obrigado. Sou contra. 
Visceralmente contra. Filosofi camente contra. 
Linguisticamente contra. Eu gosto do “c” do “actor” e o “p” 
de “cepticismo”. Representam um património, uma pegada 
etimológica que faz parte de uma identidade cultural. A 
pluralidade é um valor que deve ser estudado e respeitado. 
Aceitar essa aberração signifi ca apenas que a irmandade entre 
Portugal e o Brasil continua a ser a irmandade do atraso. 
COUTINHO, J. P. Folha de São Paulo. Ilustrada. 28 set.2008, E1 (adaptado).
c) “Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas 
com vista à internacionalização do português como 
identidade e marca econômica”. “É possível que o 
(Fernando) Pessoa, como produto de exportação, valha mais 
do que a PT (Portugal Telecom). Tem um valor econômico 
único”.
RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal. Disponível em: http://
ultimahora.publico.clix.pt. Acesso em: 10 nov. 2008.
d) “É um acto cívico batermo-nos contra o Acordo 
Ortográfi co”. “O acordo não leva a unidade nenhuma”. 
“Não se pode aplicar na ordem interna um instrumento que 
não está aceito internacionalmente” e nem assegura “a defesa 
da língua como património, como prevê a Constituição nos 
artigos 9º e 68º.”
MOURA, V. G. Escritor e eurodeputado. Disponível em: www.mundoportugues.org. 
Acesso em: 10 nov. 2008.
e) “Se é para ter uma lusofonia, o conceito [unifi cação da 
língua] deve ser mais abrangente e temos de estar em 
paridade. Unidade não signifi ca que temos que andar 
todos ao mesmo passo. Não é necessário que nos tornemos 
homogéneos. Até porque o que enriquece a língua 
portuguesa são as diversas literaturas e formas de utilização.”
RODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Português do Oriente, sediado em 
Macau. Disponível em: http://taichungpou.blogspot.com. Acesso em: 10 nov. 2008 
(adaptado).
06.
Texto I
O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não 
fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao 
Apostilas UECEVEST mod4.indb 17 03/04/2011 19:17:57
GRAMÁTICA
18 UECEVEST
seu redor. Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo pas-
sivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a 
respirar a fumaça dos outros. 
O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os 
países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas es-
tão expostas à fumaça “de segunda mão”, enquanto, nos Estados 
Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. 
A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo 
passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, 
depois do fumo ativo e do uso de álcool.
Disponível em: www.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).
Texto II
Disponível em:http://rickjaimecomics.blogspot.com. Acesso em: 27 abr.2010.
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I e II procuram 
demonstrar que:
a) a quantidade de cigarros consumidos por pessoa, 
diariamente, excede o máximo de nicotina recomendado 
para os indivíduos, inclusive para os não fumantes. 
b) para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, será 
necessário aumentar as estatísticas de fumo passivo.
c) a conscientização dos fumantes passivos é uma maneira de 
manter a privacidade de cada indivíduo e garantir a saúde de 
todos.
d) os não fumantes precisam ser respeitados e poupados, 
pois estes também estão sujeitos às doenças causadas pelo 
tabagismo.
e) o fumante passivo não é obrigado a inalar as mesmas toxinas 
que um fumante, portanto depende dele evitar ou não a 
contaminação proveniente da exposição ao fumo.
G A B A R I T O
Concordância nominal
01. * 02. * 03. * 04. *
05. e 06. e 07. e 08. d
01. a) necessária b) alerta c) bastantes
d) vazia e) meio
02. a) “Na reunião do colegiado, não faltaram, no momento 
em que as discussões se tornaram mais violentas, 
argumentos e opiniões veementes e contraditórias.”
b) Concorda com o sujeito “argumentos e opiniões”.
03. a) “Receba, Vossa Excelência, os protestos de nossa estima, 
pois não pode havercidadãos conscientes sem a educação.”
b) A frase está correta.
c) “Ele informou aos colegas que havia perdido (ou: ele 
informou os colegas de que havia perdido os documentos 
de cuja originalidade duvidamos.”
d) “Depois de assistir algumas aulas, eu preferia fi car no pátio 
a continuar dentro da classe.”
e) “Fazia apenas dois meses que ela fi cara viúva e mais de uma 
proposta de casamento apareceu; porém, devia haver sérios 
motivos para ela recusálas.”
f ) “Se forem levadas em consideração as necessidades imediatas 
da escola, a reforma das instalações terá prioridade.
04. a) e b) c c) c d) e e) c f ) e g) e h) c
Regencia nominal e veral
01. a 02. c 03. e 04. e 05. d 06. e
07. d 08. a 09. a 10. c 11. d 12. c
Concordância
01. b 02. c 03. a 04. b 05. d
06. b 07. c 08. c 09. d 10. a
11. d 12. d 13. c 14. a 15. c
Funções do que e do se
01. * 02. * 03. c 04. a 05. c 06. c
07. b 08. e 09. e 10. d 11. b 12. e
13. e 14. c 15. d 16. a
01. c, d, b, a, e.
02. a) Conectivo e conjunção coordenada aditiva.
b) Conjunção subordinada temporal
c) Pronome relativo e agente da passiva
d) Pronome relativo e adjunto adverbial de assunto.
e) conjunção coordenada explicativa
questões ENEM
01. c 02. b 03. b 04. b 05. c 06. d
REFERÊNCIAS BIBlIOGRÁFICAS
BECHARA, Evanildo – Gramática escolar da Língua 
Portuguesa – 1 ed. 4 reimp. – Rio de Janeiro: Lucena, 2004.
CEREJA, Willian Roberto & MAGALHÃES, Th ereza Cochar. 
Gramática Refl exiva: texto semântica e interação – São Paulo: 
Atual, 1999.
COMISSÃO COORDENADORA DO VESTIBULAR (CCV) 
– www.ufc.br.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 18 03/04/2011 19:17:58
19 UECEVEST
GRAMÁTICA
COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR(CEV) – www.
uece.br.
CUNHA, Celso & SINTRA, Luís. F. Lindley. Nova Gramática 
do Português Contemporâneo – 3 ed. – Rio de Janeiro: 
Lexikon Informática, 2007.
DIONÍSIO, A. P. et alii. O livro didático de português. Rio 
de Janeiro: Ed. Lucerna, 2001.
FARACO & MOURA. Gramática – 18 e.d. – Ática. São Paulo, 
1999.
FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática: teoria, 
síntese das unidades, atividades práticas, exercícios de 
vestibulares: 2 grau – São Paulo, FTD, 1992.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Concepção de língua falada 
nos manuais de português de 1º e 2º graus: uma visão 
crítica. Trabalhos em Linguística Aplicada, 1997, 30: 39-79
_________ . A gramática e o ensino de língua no contexto da 
investigação linguística. In:
MATTOS E SILVA, Rosa V. Contradições no ensino de 
português. São Paulo: Contexto, 1995.
MEC-Ministério da Educação e Cultura – INEP – Instituto Na-
cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Ma-
trizes de Referência para o ENEM
MIRA MATEUS, M.H. et alii. Gramática da língua 
portuguesa. 5a ed. Rev. Aum. Lisboa: Caminho, 2003
MONTEIRO, José Lemos – Morfologia portuguesa. 4 e.d . 
Pontes, 2002 
PERINI, Mário. A – Gramática descritiva do português. 4 ed. 
6 reimp. – Ática, 2003.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos – 2 ed. – São 
Paulo: Moderna, 2005.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma 
proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São 
Paulo: Cortez, 1996.
SILVA, Th aís Cristófaro – Fonética e fonologia do português. 
7 e.d. Contexto, São Paulo, 2003.
www.brasilescola.com/novoacordoortografi co.
Apostilas UECEVEST mod4.indb 19 03/04/2011 19:17:58
Apostilas UECEVEST mod4.indb 20 03/04/2011 19:17:58
P R É - V E S T I B U l A R
L I T E R A T U R A
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Apostilas UECEVEST mod4.indb 22 03/04/2011 19:18:04
23 UECEVEST
LITERATURA
SEGUNDA GERAçãO MODERNISTA 
BRASIlEIRA (1930-1945) 
“0 regionalismo é o pé-de-fogo da literatura... Mas, a dor é 
universal, porque é uma expressão de humanidade.”
(José Américo de Almeida, na abertura do romance A bagaceira).
Principais características da segunda geração modernista 
brasileira (1930-1945)
•	 Prolonga e aprofunda as propostas e realizações de 22.
•	 Concilia elementos da tradição ou elementos da modernidade.
•	 Concilia nacionalismo ou universalismo.
•	 Poesia: poetas de cosmovisão.
•	 Prosa: Neo-Realismo.
•	 Engajamento dos escritores nas questões sociopolíticas de seu 
tempo.
Segunda geração modernista
Prosa
Romances caracterizados pela denúncia social, verdadeiro do-
cumento da realidade brasileira, atingindo elevado grau de tensão 
nas relações do eu com o mundo. Uma das principais característi-
cas do romance brasileiro é o encontro do escritor com seu povo. 
Há uma busca do homem brasileiro nas diversas regiões, por isso 
o regionalismo ganha importância, com destaque às relações do 
personagem com o meio natural e o social.
Os escritores nordestinos merecem destaque especial, por sua 
denúncia da realidade da região pouco conhecida nos grandes 
centros. O 1° romance nordestino foi A Bagaceira, de José Améri-
co de Almeida. Esses romances retratam o surgimento da realida-
de capitalista, a exploração das pessoas, movimentos migratórios, 
miséria, fome, seca etc.
Graciliano Ramos
Alagoano, faz jornalismo e política, estre-
ando com Caetés (1933). Em Maceió conhe-
ceu alguns escritores do grupo regionalista: 
José Lins, Jorge Amado, Raquel de Queirós. 
Nessa época redige S. Bernardo e Angústia. 
Envolvendo-se em política, é preso e acu-
sado de comunista, essas experiências pesso-
ais são retratadas em Memórias do Cárcere. 
Em 1945 ingressa no Partido Comunista e 
empreende uma viagem aos países socialistas, narrada no livro 
Viagem.
Considerado o melhor romancista moderno da literatura bra-
sileira. Levou ao limite o clima de tensão presente nas relações 
entre o homem e o meio natural, o homem e o meio social. Mos-
trou que essas tensões são capazes de moldar personalidades e 
transformar comportamentos, até mesmo gerar violência.
A luta pela sobrevivência é o ponto de ligação entre seus per-
sonagens, onde a lei maior é a lei da selva. A morte é uma cons-
tante em suas obras como fi nal trágico e irreversível (suicídios 
em Caetés e São Bernardo, assassinato em Angústia e as mortes do 
papagaio e da cadela Baleia em Vidas Secas).
Principais obras: Caetés (1933), S. Bernardo (1934), An-
gústia (1936), Vidas Secas (1938), Dois Dedos (1945), Insônia 
(1947), Infância (1945), Memórias do Cárcere (1953), Histórias 
de Alexandre (1944), Viagem (1953), Linhas Tortas (1962) etc.
Cena do fi lme “Vidas Secas” de Nelson Pereira dos Santos, 
baseado no romance de Graciliano Ramos.
“Vidas Secas” - trechos comentados
Trecho 1
“A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o 
pêlo caíra em vários pontos, as costelas avultavam num fundo 
róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de 
moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços difi cultavam-
lhe a comida e a bebida. (...) Então Fabiano resolveu matá-la. 
Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o 
saca-trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não 
sofrer muito. Sinhá Vitória fechou-se na camarinha, rebocando 
os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansa-
vam de repetir a mesma pergunta: – Vão bulir com a Baleia? (...) 
Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. 
E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme.” 
Comentário 
Em “Baleia”, percebe-se como a cadela é humanizada. Esse 
processo, contudo, não pode ser lido ingenuamente. Os deva-
neios e os delírios do animal na hora da morte assemelham-se aos 
de um ser humano faminto que, no instante fi nal da vida, sonha 
com comida. Assim, o momento humano de Baleia equipara-se à 
vida da família de retirantes, que também sonha com dignidade, 
uma mesa farta e uma cama. 
Trecho 2
“Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segu-
rava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao 
mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado 
amarelo não lhe pisava o pé não. O que lhe amolecia o corpo 
era a lembrança da mulher e dos fi lhos. Sem aqueles cambões 
pesados, nãoenvergaria o espinhaço não, sairia dali como onça 
e faria uma asneira. Carregaria a espingarda e daria um tiro de 
pé de pau no soldado amarelo. Não. O soldado amarelo era um 
infeliz que nem merecia um tabefe com as costas da mão. Mataria 
os donos dele. Entraria num bando de cangaceiros e faria estrago 
Apostilas UECEVEST mod4.indb 23 03/04/2011 19:18:05
LITERATURA
24 UECEVEST
nos homens que dirigiam o soldado amarelo. Não ficaria um para 
semente. Era a ideia que lhe fervia na cabeça. Mas havia a mulher, 
havia os meninos, havia a cachorrinha.”
Comentário 
Esse é um exemplo do estilo seco e objetivo de Graciliano 
Ramos. Os períodos curtos e a economia de adjetivos, com ins-
piração em Machado de Assis, resultam no efeito áspero e rígido 
do texto. O autor utilizou aqui o discurso indireto livre, em que 
os pensamentos do personagem Fabiano se misturam com o dis-
curso do narrador.
Rachel de queiroz
Cearense, viveu na infância o pro-
blema da seca que atingiu uma pro-
priedade de sua família. Em 1930 (aos 
20 anos) publica o romance O Quinze, 
que lhe angaria um prêmio e reconhe-
cimento público.
Participa ativamente da políti-
ca, militando no Partido Comunista 
Brasileiro e é presa em 1937, por suas 
ideias esquerdistas. A partir de 1940 
dedica-se à crônica e ao teatro. Quebrou uma velha tradição, ao 
tornar-se (1977) a primeira mulher a ingressar na Academia Bra-
sileira de Letras.
Sua literatura caracteriza-se, a princípio, pelo caráter regio-
nalista e sociológico, com enfoque psicológico, que tende a se 
valorizar e a aprofundar-se à proporção que sua obra amadurece. 
Seu estilo é conciso e descarnado, sua linguagem fluente, seus 
diálogos vivos e acessíveis, o que resulta numa narrativa dinâmica 
e enxuta.
Em O Quinze e João Miguel há coexistência do social e do psi-
cológico. Caminho de Pedras é o ponto máximo de sua literatura 
engajada e de esquerda (mais social e político). As Três Marias 
abandona o aspecto social, enfatizando a análise psicológica.
Principais obras: Romances: O Quinze (1930) e João Miguel 
(1932) Caminho de Pedras (1937) e As Três Marias (1939); Memo-
rial de Maria Moura (1992; surpreende seu público e é adaptado 
para a televisão). Teatro: Lampião (1953), A Beata Maria do Egito 
(1958, raízes folclóricas), A Sereia Voadora. Crônica: Cem Crôni-
cas Escolhidas (1958). Literatura Infantil: O Menino Mágico.
O quinze
O título de seu romance de estreia faz referência à grande 
seca que assolou o Nordeste, no ano de 1915. A trama do livro 
desenvolve-se a partir do entrelaçamento de dois eixos narrativos:
•	 O êxodo dos trabalhadores rurais da região de Logradouro e 
do Quixadá para a capital, Fortaleza, em busca de condições 
de sobrevivência. Dentre os retirantes, destacam-se o vaqueiro 
Chico Bento e sua família, e o grande proprietário e criador de 
gado, Vicente.
•	 A história de amor impossível entre o caboclo Vicente, moço 
puro, mas rude, e Conceição, moça culta da cidade, que socor-
re os flagelados, procura sua identidade social dentro de uma 
sociedade patriarcal.
Texto 1 / Cap. 18
“Sentado na salinha da Rua de S. Bernardo, o velho chapéu 
entre as pernas, uma tira áspera de cabelos envesgando os olhos, 
Chico Bento conversava com Conceição e a avó sobre o futuro, o 
seu incerto futuro que a perversidade de uma seca entregara aos 
azares da estrada e à promiscuidade miserável dum abarracamen-
to da flagelados.
Tristemente contou toda a fome sofrida e as consequentes 
misérias.
A morte do Josias, afilhado do compadre Luís Bezerra, dele-
gado do Acarape, que lhes tinha valido num dia bem desgraçado! 
- a morte do Josias, naquela velha casa de farinha, deitado junto 
de uma trave de aviamento, com a barriga tão inchada como a de 
alguns paroaras quando já estão para morrer...
E aquele caso da cabra, em que – Deus me perdoe! – pela 
primeira vez tinha botado a mão em cima do alheio... E se saíra 
tão mal, e o homem o tinha posto até de sem-vergonha, e ele tão 
morto, tão sem coragem, que o que fez foi ficar agachado, aguen-
tando a desgraça....
Os olhos da moça se enchiam de água e, comovidamente, 
Dona Inácia levantou o óculos o lenço pelas pálpebras.
O vaqueiro continuou a falar, no mesmo jeito encolhido, esti-
rando apenas, uma vez ou outra, o braço mirrado, para vergastar 
o ar numa imagem de miséria mais aguda, ou de desespero mais 
pungente...
Depois era fuga do Pedro, e aquela noite na estrada em que 
a mulher, estirada no chão, com o Duquinha de banda, todo 
o tempo arquejou, variando, sem sentido, como quem está pra 
morrer.
E ele de cócoras, junto dela, com os dois outros meninos 
agarrados nas pernas, não teve forças nem de mexer, de caçar um 
recurso, nem de, ao menos, tentar descobrir um rancho...
Agora, felizmente, estavam menos mal. O de que carecia era 
arranjar trabalho; porque a comadre Conceição bem via que o 
que davam no Campo mal chegava para os meninos.
Conceição concordou:
- Eu sei, eu sei, é uma miséria! Mas você assim, compadre, 
tão fraco, lá aguenta um serviço bruto, pesado, que é só o que há 
para retirante?!
Ele alargou os braços, tristemente:
- A natureza da gente é que nem borracha... Havendo preci-
são, que jeito? dá pra tudo...
Ela lembrou:
- Olhe, todo dia, você ou a comadre apareçam por aqui, e o 
que nós juntarmos, em vez de se dar aos
outros, guarda-se só pra você. E eu vou ver se arranjo alguma 
coisa que lhe sirva... Assim uma vendinha de água, hein, Mãe 
Nácia?
Dona Inácia ajeitou os óculos...
- Sim, uma venda de água... A questão é o animal...
A caridade da moça esbarrou no animal. Onde iria buscar um 
jumento? E ampliou mais vagamente as promessas:
- Um endereço qualquer... Há de se dar um jeito!
Duro e seco na sua cadeira, Chico Bento ouvia. Depois, len-
tamente, lembrou:
- E o Tauape, comadre?
Conceição acolheu com calor aquela lembrança oportuna:
- Ah! O Tauape! Lá, naturalmente, é fácil de se arranjar!
Chico Bento retificou:
Fácil não era não... Que ele tinha visto muitos, bem recomen-
dados, voltando porque não tinha mais ferramenta.
- Só se a comadre arranjasse um cartãozinho do bispo! Fi-
que certo. Vou e arranjo. Mais um ou dois dias, e você está no 
Tauape...
O vaqueiro levantou-se para ir embora.
Conceição cochichou com a avó, e entrou pelo corredor, gri-
tando:
- Espere aí, compadre! Tenho uma encomendazinha para 
você levar pros seus meninos...”
José lins do Rego
Paraibano, é considerado um dos melhores representantes da 
literatura regionalista do Modernismo. Em Recife, aproxima-se 
de José Américo de Almeida e de Gilberto Freire, intelectuais 
responsáveis pela divulgação do modernismo no nordeste e pela 
Apostilas UECEVEST mod4.indb 24 03/04/2011 19:18:05
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LITERATURA
preocupação regionalista. Mais tarde tam-
bém conhece Graciliano Ramos, e depois 
vai para o Rio de Janeiro, onde participa 
ativamente da vida literária. Sua infância no 
engenho infl uenciou fortemente sua obra. 
Suas obras Menino de Engenho, Doidi-
nho, Banguê, Moleque Ricardo, Usina e Fogo 
Morto compõem o que se convencionou 
chamar de “ciclo da cana de açúcar”. Nessas 
obras J. L. Rego narra a gradativa decadên-
cia dos engenhos e a transformação pela qual passam a economia 
e a sociedade nordestinas. Sua técnica narrativa se mantém nos 
moldes tradicionais da literatura realista: linearidade, construção 
do personagem baseado na descrição dos caracteres, linguagem 
coloquial, registro da vida e dos costumes. O tom memorialista é o 
fi o condutor de uma literatura que testemunha uma sociedade em 
desagregação: a sociedade do engenho patriarcalista, escravocrata. 
As obras mais representativas dessa fase são Menino de Engenho 
e Fogo Morto. A primeira é a história de um menino, órfão de 
pai e mãe, que é criado no Engenho Santa Rosa, de seu avô José 
Paulino, típico representante do latifundiário nordestino. Há mo-
mento de grande emoção na obra, como a descrição da enchente, 
o castigo dos escravos, a descoberta da própria sexualidade. 
Fogo Morto é considerada sua

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