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Controle neuroendócrino do ciclo estral de fêmeas

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Mayra Rodrigues _ UFES _ Medicina Veterinária
Funções do aparelho reprodutivo .
- Produção de hormônios
- Produção e transporte de gametas: oócito e
espermatozoides
- Fecundação
- Crescimento e desenvolvimento do embrião/feto
- Parto
Como ocorre o controle neuroendócrino .
→Os sistemas regulatórios atuam sobre o sistema nervoso,
que libera neurotransmissores com funções endócrinas. Assim,
são liberados hormônios que estimulam, inibem e modulam as
fases do ciclo estral.
Há também a interferência dos fatores ambientais, que irão
influenciar a reprodução, a partir dos órgãos sensoriais.
⤷ ex: macho sentir feromônio da fêmea;
colocar porcos machos na baia de fêmea para elas
entrarem no cio
✧Ambiente→ órgãos sensoriais→cérebro→impulsos
nervosos→ órgãos-alvo✧
⤷órgãos sensoriais: tato
visão➪ luz, ver outros animais
olfato➪ feromônio
H�rmôni�s
→ Substância química secretada por células: exercem controle
sobre outras células
→Cada hormônio possui sítio de ação: age em receptores
específicos
Glândula Tecido
↓ ↓
Substância química
↓
Reação específica
↓
Sítio ou alvo
Mei�s de ação desses h�rmôni�s
→Autócrina: célula alvo é a própria célula produtora
→Parácrina: hormônio agem nas células e órgãos vizinhos
→ Endócrina: hormônios são liberados na corrente sanguínea
para atuar na célula alvo
→ Exócrina: hormônio secretado e atua na superfície
H�rmôni�s da repr�dução
Proteicos .
→São formados a partir de aminoácidos. Hidrossolúveis e
secretados por exocitose. Transportam livremente no sangue e
possuem meia-vida curta (dura minutos)
⤷ Ex: FSH, HCG, LH, prolactina, ocitocina e relaxina
Esteroides .
→ Estrógenos, andrógenos e progestágenos. São lipossolúveis
e fazem difusão. Transportados através de proteínas e possuem
meia-vida longa (dura horas)
Mecanismo de c�ntr�le neur�endócrino do ciclo
estral
→Hipotálamo: produz e libera GnRH➪ hormônio liberador de
gonadotrofina
⤷ GnRH estimula hipófise a liberar FSH e LH
⤷ FSH e LH vão para os ovários e estimulam o
crescimento folicular (FSH) , maturação, ovulação
(LH+FSH) e luteinização (LH).
➪As éguas só
conseguem
ovular pela
fossa de
ovulação
Neurotransmissores .
Adrenalina, noradrenalina, acetilcolina e gaba, aumentam o
GnRH, enquanto dopamina e serotonina diminuem esse
hormônio.
Inter-relação do eixo hip�talâmico- hipofisário-
g�nadal
Hormônios da hipófise anterior .
FSH: estimula o crescimento folicular
→atua junto com LH para secreção de estrógeno
(folículo maduro produz estrógeno)
LH: maturação folicular, ovulação e formação de CL
→sinergismo e E2 (cio)
Secreção da hipófise posterior
→Ocitocina: produzida no HPT, armazenada na hipófise
⤷ Atua na contração do miométrio e contração de células
mioepiteliais das glândulas mamárias (ejetar leite)
⤷Quando secretada pelo CL: estimula a secreção de
PGF2α➪ luteólise
Fisiopatologia da reprodução
Mayra Rodrigues _ UFES _ Medicina Veterinária
➥Quando CL está ativo ele tem receptores para o
PGF2α ➪ lisa CL e cai a progesterona
Isso faz com que diminua a inibição do eixo hipotálamo
hipofisário
→anticoncepcional: inibe o pico de LH
Hormônios ovarianos
A partir do colesterol, há uma série de ações enzimáticas,
convertendo-o em progesterona, testosterona e a seguir se
torna estradiol.
Existem enzimas que convertem no sentido contrário, isso
depende da enzima que está predominando
→ Estrógeno (E2): produzido na camada de células granulosas
e secretado pelos folículos. Estimula o desenvolvimento dos
órgãos sexuais femininos, desenvolvimento da glândula mamária,
características sexuais femininas. Age no SNC, induzindo
comportamento de cio. No útero, potencializa a ação da
ocitocina e PGF2α
⤷Quando o estrógeno está alto vai ter feedback negativo
com centro tônico do hipotálamo (torneira gotejando)➪ - FSH.
E feedback positivo com centro pré-ovulatório do hipotálamo
➪ + LH
→Progesterona: produzida nas células da teca, juntamente
com a testosterona e é secretada pelo CL. Tem sinergismo com
E2 (comportamento do cio), aumenta atividade secretora no
endométrio, preparando para a implantação do embrião. Inibe a
motilidade uterina, o cio e o pico pré-ovulatório e LH. E
estimula atividade secretora da glândula mamária.
→Inibina: produzida pelas células da granulosa do folículo
dominante, atua impedindo o desenvolvimento dos folículos
subordinados e reduz a secreção de FSH sem alterar LH.
Mecanismos
→ Folículo maduro vai sair na ovulação. Vai ter luteinização
com o espaço que ficou do folículo que saiu e formação de corpo
lúteo (CL). Assim, há produção de progesterona→ feedback
negativo da progesterona
→Ocitocina vinda do CL vai para o útero que libera a
PGF2α que faz vasoconstrição na parede do CL levando a
luteólise→ cai a progesterona e o PGF2α para
Regressão ou lise do corpo lúteo
Folículo manda E2 que se liga ao receptor de E2 no útero que
liga o receptor de ocitocina e aí o CL vai mandar ocitocina que
se liga a esse receptor no útero que vai ativar a PGF2α e
causa a luteólise
⚠fêmea prenha precisa de ter inibição dessa prostaglandina⚠
Mecanismo contracorrente→ ruminantes
Os ruminantes possuem uma anastomose entre ovário e útero,
isso faz com que a ocitocina e a prostaglandina “cortem
caminho” .
→Na prenhez: a presença do embrião altera receptores de
ocitocina .
Outros hormônios e fatores relacionados à reprodução
→ Ativina: proteína secretada pelo folículo➪ estimula a
secreção de FSH.
→ Folistatina: proteína presente no fluido folicular➪ inibe a
secreção de FSH e se liga a ativina, neutralizando sua atividade.
→ Leptina: proteína produzida pelo tecido adiposo➪ expressa
a quantidade de triglicerídeos nos adipócitos.
⤷Quando se tem ganho peso, terá mais leptina. E
quando se tem perda de peso há diminuição nas
concentrações plasmáticas de leptina
⤷ Ela age diretamente no eixo
hipotalâmico-hipofisário -ovariano ou na via NPY
(neuropeptídeo Y).
⤷ Sinaliza a condição corporal, informa ao SNC se os
estoques metabólicos estão adequados para a função
reprodutiva.
Relação do NPY com a leptina
O neuropeptídeo Y está distribuído no SNC, sistema nervoso
periférico e no hipotálamo. Tanto a leptina quanto o NPY estão
relacionados com o controle do apetite.
⤷ Se tem muita leptina, há diminuição do NPY e diminui o
apetite
⤷ Se tem pouca leptina, há aumento de NPY, estimulando o
apetite
⚠Obs: animal que está em subnutrição tem mobilização
excessiva de gordura e lipólise. Assim, teremos mais leptina e
menos NPY. Como consequência, há diminuição de GnRH,
FSH, LH, E2 e P4, além de também diminuir o apetite.⚠
Opi�ides endógen�s
Produzidos no SNC e hipófise, são liberados em situações de
estresse (ex: amamentação). Diminuem o GnRH, assim há
menor crescimento folicular.
⤷No hipotálamo:↑hormônio liberador de corticotrofina
⤷Na hipófise: ↑hormônio adrenocorticotrófico
⤷Na adrenal:↑cortisol ↑adrenalina
⤷No eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano:
↓foliculogênese
Puberdade
Início vida reprodutiva, capacidade produção de gametas viáveis.
A partir da dessensibilização do hipotálamo da fêmea→ faz o
eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano funcionar.
Fisiopatologia da reprodução
Mayra Rodrigues _ UFES _ Medicina Veterinária
⤷Dessensibilização: peso/ percentual de gordura corporal
(leptina)➪ concentração adequada de leptina estimula adrenal
a produzir estradiol 17β ( e ele vai dessensibilizar o
hipotálamo).
Fisiopatologia da reprodução