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m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED Prof. Hugo Brisolla | Leucemias agudasHEMATOLOGIA 2 PROF. HUGO BRISOLLA APRESENTAÇÃO: @estrategiamed /estrategiamedEstratégia MED t.me/estrategiamed Bem-vindo, Estrategista, ao nosso primeiro resumo sobre as doenças onco-hematológicas! Ainda que as anemias sejam o tema mais abordado da Hematologia nas provas de Residência, até 25% das questões serão sobre as neoplasias hematológicas, um grupo heterogêneo de condições com que você pode ter tido pouco contato na carreira médica, já que é composto por doenças relativamente raras e muito específicas da prática do Hematologista. Mas, calma, futuro Residente, simplificaremos o estudo das doenças onco-hematológicas ao máximo: trarei ao longo do texto todos os conceitos-chave de que você deve se lembrar para a prova, começando por uma curta introdução à onco-hematologia como um todo. Vamos lá! m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt https://www.facebook.com/estrategiamed1 https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw https://t.me/estrategiamed m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 3 SUMÁRIO 1.0 FUNDAMENTOS DA ONCO-HEMATOLOGIA 4 2.0 EXAMES USADOS NA ONCO-HEMATOLOGIA 7 3.0 TRATAMENTO DE DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS 8 4.0 INTERCORRÊNCIAS EM ONCO-HEMATOLOGIA - SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT) 11 5.0 LEUCEMIAS AGUDAS 14 5.1 LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA - LLA 15 5.2 LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) 18 5.3 LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA - LPA OU LMA M3 21 6.0 LISTA DE QUESTÕES 25 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26 8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27 m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 4 CAPÍTULO 1.0 FUNDAMENTOS DA ONCO-HEMATOLOGIA Neoplasias são populações de células de crescimento desregulado que compartilham características morfológicas, genéticas e fenotípicas comuns. Ou seja, são um clone de células, teoricamente derivando da proliferação desenfreada de um precursor anômalo comum. A onco-hematologia é justamente o estudo das neoplasias originadas de células hematológicas, levando a apresentações características, como leucemias e linfomas. Assim, as doenças onco-hematológicas são desvios da hematopoiese normal, o processo de produção de novas células hematológicas. Fisiologicamente, as células-tronco hematopoiéticas (stem cells), multipotentes, localizadas principalmente na medula óssea, são capazes de proliferar-se e diferenciar-se em um grande grupo de células hematológicas, agrupadas em duas linhagens gerais: a linfoide, responsável pela produção de linfócitos B, T e NK, e a mieloide, que dará origem às hemácias, granulócitos, monócitos e plaquetas. Isso explica aquela clássica imagem da maturação das células hematopoiéticas, Estrategista, que você já deve ter visto antes e pode revisar novamente abaixo! Figura 1 Hematopoiese normal: este é o processo de formação das células hematológicas, ocasionado pela proliferação e diferenciação celular de células-tronco indiferenciadas, multipotentes, que darão origem a progenitores mieloides e linfoides; estes, por sua vez, responsáveis pela formação das formas maduras e diferenciadas de cada linhagem. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 5 No adulto, as células-tronco hematopoiéticas estão localizadas principalmente na medula óssea. Contudo, na vida embrionária e fetal, esse órgão não está totalmente formado e, por isso, a produção de células hematológicas ocorre primeiramente no saco vitelino, passando ao fígado da sexta à vigésima quarta semana de gestação, com alguma participação do baço, timo e linfonodos. Após esse período, a medula óssea assume o papel de principal sítio de hematopoiese, o que será mantido no restante da vida fetal e na vida adulta. As neoplasias onco-hematológicas derivam justamente de distúrbios da hematopoiese normal: um clone de células adquire mutações somáticas ao longo de sua maturação, desregulando os mecanismos normais de proliferação e diferenciação celular, fazendo com que esse clone anômalo se expanda sem controle. A depender de qual foi a célula primária a dar origem ao quadro, teremos um tipo de doença, o que nos permite classificar as condições onco-hematológicas. Os linfomas, por exemplo, são tumores sólidos de linhagem linfoide, originados em tecidos linfoides periféricos, como os linfonodos e o baço. Já as leucemias são malignidades hematológicas originadas de progenitores hematológicos da medula óssea, podendo ser mieloides ou linfoides. No caso específico das leucemias, há ainda outra divisão, a depender da capacidade das células doentes em maturar-se, como vemos na imagem abaixo. Figura 10 Leucemias agudas e leucemias crônicas: normalmente, as células-tronco hematopoiéticas passam por processos de divisão e diferenciação celular, gerando todas as células maduras que compõem o sangue periférico. Nas leucemias crônicas, essa maturação está mantida, mas com proliferação aumentada de um clone neoplásico, gerando aumento de células maduras anômalas. Já nas leucemias agudas, há um bloqueio de maturação, fazendo com que as células neoplásicas permaneçam sob a forma de blastos, que se proliferam desordenadamente. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 6 Vamos juntar todas essas classificações das doenças hematológicas em só um esquema, Estrategista? Leia com atenção: Neoplasias hematológicas Linhagem mieloide Linhagem linfoide Leucemia mieloide aguda Leucemia mieloide crônica Leucemia aguda mais comum do adulto Segunda leucemia mais comum em adultos Originadas na medula Originadas em tecidos linfoides periféricos Leucemia linfoide aguda Leucemia linfoide crônica Leucemia mais comum em crianças Leucemia mais comum em adultos Linfomas Figura 11 Classificação das Neoplasias Hematológicas. Antes de estudarmos cada uma dessas doenças, revisaremos rapidamente alguns conceitos sobre os principais exames e tratamentos utilizados na onco-hematologia. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 7 CAPÍTULO 2.0 EXAMES USADOS NA ONCO-HEMATOLOGIA Os testes diagnósticos que usaremos para identificar as doenças onco-hematológicas dependem, obviamente, de nossa principal hipótese diagnóstica. Diante de um quadro suspeito de linfoma, por exemplo, o exame de eleição é a biópsia excisional do linfonodo acometido. Já as demais condições da onco-hematologia, raramente expressas por tumores sólidos, exigem a combinação de uma série de exames, como o mielograma e biópsia de medula óssea, usados para caracterizar a morfologia das células doentes; a imunofenotipagem por citometria de fluxo, capaz de identificar o fenótipo molecular do clone anômalo, definindo também sua linhagem; e, por fim, a análise genética pode ser feita pelo cariótipo convencional por bandas G, FISH (hibridização in situ com fluorescência) e/ou PCR (polymerase chain reaction). Todos esses exames e suas principais indicaçõesestão resumidos na tabela a seguir. Exames em Onco-Hematologia Exame Função Doenças em que é utilizado Mielograma Avalia a morfologia das células da medula óssea Leucemias agudas Biópsia de medula óssea Avalia a morfologia das células da medula óssea, além da arquitetura medular Mieloma múltiplo, doenças mieloproliferativas, mielodisplasias, mielofitise Imunofenotipagem por citometria de fluxo Avalia os marcadores moleculares das células hematológicas, sejam de origem da medula óssea ou do sangue periférico Leucemias em geral, mieloma múltiplo, linfomas Análise genética (cariótipo, FISH e/ou PCR) Avalia a presença de mutações, fornecendo informações diagnósticas e prognósticas Praticamente todas as doenças onco- hematológicas Agora que sabemos como fazer o diagnóstico dessas condições, é hora, Estrategista, de falarmos rapidamente sobre algumas medidas usadas em seu tratamento. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 8 CAPÍTULO 3.0 TRATAMENTO DE DOENÇAS ONCO- HEMATOLÓGICAS Os quimioterápicos ainda são a grande base terapêutica da onco-hematologia, medicações estas que agem extirpando o clone maligno por diversos mecanismos, em geral interferindo na produção de DNA e, assim, destruindo células que se proliferem muito. Você consegue enxergar o problema disso, Estrategista? A quimioterapia não age especificamente contra as células neoplásicas, mas sim contra toda célula que se prolifere, afetando também o trato gastrointestinal e a medula óssea. É por isso que a própria quimioterapia possui diversos efeitos colaterais e leva a citopenias, inclusive com neutropenias graves e ameaçadoras à vida pelo risco infeccioso. Por isso, nos últimos anos têm-se desenvolvido terapias- alvo, moléculas contra alvos específicos das células neoplásicas, que agem no próprio mecanismo de instalação da doença. O caso mais emblemático é dos inibidores de tirosina quinase, que agem diminuindo a proteína de fusão BCR-ABL e, assim, controlando a proliferação do clone neoplásico. Outro caso são os anticorpos monoclonais, desenvolvidos especificamente contra antígenos do clone tumoral, como o rituximabe, um anti-CD20. Além disso, alguns métodos específicos da onco-hematologia têm mecanismos ainda mais elaborados. É o caso do transplante de medula óssea ou, em uma nomenclatura mais adequada, transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH). Nesse procedimento, retiramos as stem cells de um doador e infundimos no paciente, após realizada uma quimioterapia intensa que “mata” todas as células-tronco hematopoiéticas dele. Existem três formas básicas de TCTH, a depender de quem é o doador. No TCTH autólogo, o doador é o próprio paciente, como mostra a imagem abaixo. A principal indicação atual desse procedimento é no tratamento de primeira linha do mieloma múltiplo. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 9 Figura 6 Transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas. Por outro lado, dizemos ter um TCTH singênico quando o doador é um gêmeo idêntico do paciente. Na prática, assemelha-se a um TCTH autólogo. Por fim, temos o TCTH alogênico, em que o doador é outro indivíduo, como vemos no esquema a seguir. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 10 Figura 7 Transplante alogênico de medula óssea. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 11 Nesse caso, contamos com dois efeitos: além do efeito da quimioterapia potente sobre as células doentes, mas também a medula óssea do paciente, teremos o chamado efeito GVL (graft- versus-leukemia, enxerto contra leucemia), em que as células da nova medula óssea reconhecerão o clone neoplásico como anômalo, atacando-o. Ou seja, estamos dando ao paciente um novo sistema imune, capaz de fazer o que o antigo falhou em executar: reconhecer e eliminar as células neoplásicas. O problema é que as novas células imunes também podem reconhecer as células do paciente, atacando órgãos como a pele, os olhos e o fígado. É uma das graves complicações do TCTH alogênico, a doença do enxerto contra o hospedeiro (GVHD – graft versus host disease). É pela GVHD que precisamos que o doador de medula seja compatível com o receptor, além de ser necessária a imunossupressão nos primeiros anos de transplante, contribuindo ao surgimento de complicações, como infecções graves. O TCTH alogênico é, portanto, um procedimento de considerável morbimortalidade, tanto pela GVHD quanto pela imunossupressão prolongada associada a ele. Assim, é reservado para pacientes com condições clínicas razoavelmente boas e que apresentem doenças de prognóstico adverso, como a leucemia mieloide aguda (LMA) ou algumas formas de leucemia linfoide aguda (LLA), em que o benefício de controle da doença supere o risco inerente ao transplante. Assim como o TCTH alogênico possui a GVHD como complicação, os tratamentos quimioterápicos frequentemente cursam com intercorrências, como a neutropenia febril e a síndrome de lise tumoral, nosso próximo tópico de estudo! CAPÍTULO 4.0 INTERCORRÊNCIAS EM ONCO-HEMATOLOGIA - SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT) A principal complicação onco-hematológica cobrada nas provas é a síndrome de lise tumoral (SLT), uma verdadeira emergência oncológica. Nessa condição, há destruição de grande quantidade de células neoplásicas, de forma espontânea (pelo seu metabolismo instável) ou provocada (por quimioterapia), fazendo com que se libere o conteúdo intracelular do clone maligno: potássio, fosfato, ácidos nucleicos, desidrogenase lática (DHL). Como vemos na imagem abaixo, essa liberação de metabólitos trará muitas consequências: o potássio em excesso pode causar arritmias e convulsões, enquanto o DNA será convertido em ácido úrico, causando lesão renal por formação de cristais urêmicos. Por fim, o fosfato liberado liga-se ao cálcio, causando hipocalcemia e também contribuindo para a insuficiência renal por deposição de cristais de fosfato de cálcio. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 12 Figura 8 Fisiopatologia da síndrome de lise tumoral: a liberação do conteúdo intracelular, seja espontânea ou provocada, faz com que grande quantidade de ácidos nucleicos, fosfato e potássio ganhe a circulação, levando à formação de cristais de ácido úrico e cristais de fosfato de cálcio, que, por sua vez, precipitam insuficiência renal. Por outro lado, a hipercalemia e hipocalcemia ocasionam diversos sintomas, como fraqueza muscular, tremores, arritmias e convulsões. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 13 A informação mais importante sobre a SLT para sua prova é sua apresentação laboratorial, composta por hipercalemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia e hipocalemia. O tratamento da SLT, resumido na tabela abaixo, age justamente sobre essas alterações, através do manejo dos distúrbios eletrolíticos, hidratação endovenosa vigorosa e uso deagentes hipouricemiantes, como o alopurinol e a rasburicase. Uma outra medida clássica, a alcalinização urinária, está em desuso, por sua eficácia controversa. Tratamento da síndrome de lise tumoral Medidas não medicamentosas Medidas medicamentosas Hidratação profusa com ou sem diuréticos, objetivando diurese de 200 a 300mL/hora Alopurinol – inibe a formação de ácido úrico Manejo de distúrbios hidroeletrolíticos Rasburicase – aumenta a conversão de ácido úrico em alantoína, uma substância solúvel, que não forma cristais Alcalinização urinária é controversa (em desuso) m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 14 CAPÍTULO 5.0 LEUCEMIAS AGUDAS Já sabemos, Estrategista, como é a hematopoiese normal, como surgem as neoplasias hematológicas e como as diagnosticamos e tratamos de uma forma geral. É hora de aprofundar nosso estudo da onco-hematologia tratando das leucemias agudas, aquelas em que um bloqueio de maturação aprisiona o clone leucêmico sob a forma imatura de blastos. Para tal, precisamos subcategorizar essas condições de acordo com a linhagem celular de origem do clone neoplásico, dividindo-as em leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfoide aguda (LLA). Na prática clínica, fazemos essa distinção principalmente pelo imunofenótipo dos blastos anômalos, ou seja, a presença de marcadores tipicamente relacionados à linhagem linfoide ou mieloide, identificados pela citometria de fluxo. Os principais desses marcadores estão resumidos na tabela abaixo. Marcadores imunofenotípicos das principais linhagens hematológicas Linhagem mieloide Linhagem linfoide B Linhagem linfoide T MPO CD13 CD33 CD19 CD20 CD22 CD3 CD7 CD4 e CD8 Decorar esses marcadores imunofenotípicos não é essencial para a prova, Estrategista, porque são pouco cobrados diretamente, mas você conseguirá identificar os diagnósticos muito mais rapidamente se deles se lembrar. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 15 5.1 LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA - LLA Começaremos nosso estudo das leucemias agudas pela mais cobrada nas provas: a LLA! Essa é uma doença típica de crianças, apesar de poder ocorrer em todas as idades. A maioria dos casos ocorre entre os 2 e 5 anos. Um segundo pico até ocorre após os 60 anos, mas muitíssimo menor do que a incidência pediátrica. De fato, a LLA não é só a leucemia mais comum da infância, como também é a neoplasia maligna mais comum em crianças, explicando sua importância na prática clínica e nas questões de Residência. A LLA é uma doença eminentemente pediátrica, com 75% dos casos ocorrendo em crianças menores de 6 anos. Chama atenção, no entanto, que, ainda que seja muito mais incidente em crianças, a maioria das mortes por LLA ocorra em adultos e idosos. Essa é uma característica marcante e abordada pelas provas: enquanto em adultos a doença é menos comum e mais letal, em crianças ela é extremamente frequente, mas com prognóstico favorável na maioria dos casos, especialmente na população de 01 a 09 anos. A LLA é uma doença neoplásica originada de um clone de progenitores linfoides anômalos incapazes de proceder à diferenciação normal. Assim, toda sua sintomatologia, mostrada no esquema abaixo, deriva da proliferação descontrolada de blastos linfoides, bem como da ocupação medular por essas células anormais. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 16 Figura 12 Quadro clínico-laboratorial da LLA. Devemos suspeitar de LLA em pacientes, especialmente crianças, com quadro clínico de fraqueza, infecções, sangramentos, dor óssea e linfadenomegalias, especialmente se associados à leucocitose à custa de blastos linfoides. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 17 Para confirmar o diagnóstico de LLA, devemos comprovar a presença de pelo menos 20% de blastos linfoides na medula óssea através do mielograma. Muitas vezes, apenas a análise morfológica do mielograma é incapaz de distinguir os blastos linfoides de blastos mieloides, já que a característica dos blastos é justamente serem células jovens e indiferenciadas. Por isso, a imunofenotipagem por citometria de fluxo tem um papel importante nessa distinção, ao conseguir identificar a presença de antígenos de cada linhagem. Mais ainda, a imunofenotipagem consegue separar a LLA-B, marcada pela presença do CD19, CD20 e CD22, da LLA-T, com antígenos como CD3, CD7, CD4 e CD8. Essa classificação, inclusive, tem valor prognóstico: enquanto as LLAs-B são responsáveis por mais de 85% dos casos e possuem prognóstico favorável, a minoria dos casos compostos por LLA-T evoluiu marcadamente mal. Em adultos, há uma incidência discretamente maior da LLA-T, perfazendo até 25% dos casos, o que explica em parte o pior prognóstico da doença nessa população. Formas da LLA LLA-B LLA-T 85% dos casos em crianças Marcadores imunofenotípicos: CD19, CD20 e CD22 Prognóstico melhor em relação à LLA-T 15% dos casos em crianças Marcadores imunofenotípicos: CD3, CD7, CD4 e CD8 Prognóstico desfavorável Você pode lembrar-se de que a LLA-B é a LLA-Boa, com bom prognóstico. No entanto, essa não é uma regra muito rígida: como veremos a seguir, muitas outras circunstâncias influenciam o prognóstico das LLAs, como observamos na tabela a seguir. Fatores prognósticos na LLA Prognóstico favorável Prognóstico desfavorável LLA-B Idade de 1 a 9 anos Hiperdiploidia (>50 cromossomos) LLA B comum (CD10 positivo) LLA-T Neonatos, idosos Hipodiploidia (<45 cromossomos) t(9;22) – cromossomo Philadelphia Leucometria acima de 50.000 células/mm3 ao diagnóstico LLA pró-B (CD10 negativo) e LLA pré-T m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 18 O cromossomo Philadelphia é resultado da t(9;22), isso é, a translocação entre os cromossomos 9 e 22. Essa mutação determina a produção de uma proteína quimérica chamada BCR-ABL, que estimula a proliferação das células neoplásicas, e está muito associada à leucemia mieloide crônica (LMC). Entretanto, a t(9;22) não é exclusiva da LMC: cerca de 3% a 5% das crianças e até 25% dos adultos com LLA terão essa alteração! Mais ainda, as LLA Ph-positivas são consideradas o subtipo com pior prognóstico de todas as LLAs, o que explica em parte porque a LLA em adultos é mais grave que em crianças: o próprio perfil mutacional da doença é diferente nas duas populações! Feito o diagnóstico e a estratificação prognóstica, é preciso proceder ao tratamento da LLA. A maioria dos casos será tratada com esquemas quimioterápicos complexos, combinando diversas drogas em estágios sucessivos chamados de indução da remissão (eliminação das células neoplásicas), consolidação da remissão (eliminação de quaisquer células residuais) e manutenção da remissão (prevenção de recaída). Em pacientes de alto risco, como com LLA Ph-positiva, considera-se o transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas como terapia de primeira linha, em conjunto à quimioterapia. Mas calma, Estrategista, você não precisa saber a fundo o tratamento da LLA nas provas: esse é um tópico raro nas questões. Mais importante é focar-se no quadro clínicoe fatores prognósticos dessa doença, sem esquecer-se da característica epidemiológica de incidir principalmente em crianças. Com isso, você garantirá a maioria das questões sobre a LLA! 5.2 LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) Agora que conhecemos a leucemia mais comum da infância, a LLA, é hora de abordarmos a leucose aguda mais frequente na população adulta: a LMA. Nesse caso, o clone neoplásico capaz de proliferar-se descontroladamente advém de uma linhagem mieloide, também apresentando o bloqueio de maturação que caracteriza as leucemias agudas e aprisiona as células malignas sob a forma de blastos. Como na LLA, a imensa maioria dos casos será idiopática, de novo, ainda que existam casos secundários, associados a fatores como exposição a benzeno, radiação ionizante ou quimioterápicos. Algumas vezes, o paciente desenvolve a LMA a partir de uma evolução clonal de outra doença mieloide: LMC, mielofibrose e mielodisplasias são algumas condições que classicamente podem se transformar em LMA a partir do acúmulo de mutações em precursores mieloides já doentes. A LMA é uma doença típica de idosos: ainda que possa ocorrer em qualquer idade, a maioria dos pacientes terá em média 65 a 70 anos no momento do diagnóstico. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 19 Como na LLA, o quadro clínico deriva da proliferação dos blastos anômalos na medula óssea. Ainda assim, existem algumas diferenças: a infiltração em linfonodos e a dor óssea são incomuns na LMA. Mais ainda, alguns subtipos específicos de LMA possuem sintomas marcantes: o sarcoma mieloide, verdadeiro “tumor de blastos mieloides”, é mais comum no subtipo M2, enquanto infiltração gengival marca os subtipos M4 e M5. As principais manifestações da LMA estão listadas no esquema abaixo. Figura 17 Quadro clínico da LMA. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 20 Pacientes com síndrome de Down possuem um risco muito aumentado de desenvolvimento de LMA, especialmente do subtipo M7, que acomete principalmente crianças portadoras da trissomia do 21 com até 3 anos. Entretanto, a LLA continua sendo a leucemia mais comum nessas crianças, mesmo com a incidência aumentada de LMA M7 nessa população. Assim como na LLA, o diagnóstico da LMA deve ser confirmado através da verificação de pelo menos 20% de blastos mieloides em medula óssea. A imunofenotipagem por citometria de fluxo auxilia o diagnóstico ao identificar antígenos típicos da série mieloide, como MPO, CD13 e CD33. A presença dos chamados bastonetes de Auer é um forte indício de LMA. Você pode ver essas alterações na imagem abaixo, mas o importante é lembrar-se dessa relação: LMA, LMAuer! Figura 16 Blasto mieloide com bastonetes de Auer. O tratamento da LMA visa eliminar o clone leucêmico através do uso de quimioterapia. O principal esquema usado na indução da remissão é a combinação de citarabina e um antracíclico (idarrubicina ou daunorrubicina). Após a remissão, a consolidação dar-se-á com novos esquemas de citarabina naqueles pacientes de baixo risco, enquanto pacientes de alto risco devem ser considerados para o TCTH alogênico, a medida terapêutica mais associada à manutenção da remissão a longo prazo. A idade é, contudo, um fator limitante: lembre-se de que a LMA é uma doença que acomete principalmente idosos, pacientes de menor performance status, muitas vezes incapazes de submeter-se à quimioterapia intensiva ou ao transplante de medula alogênico, ambos procedimentos associados à elevada morbimortalidade. Por isso, nos últimos anos têm-se estudado novas terapias mais toleráveis, como o venetoclax, medicação que age contra a Bcl-2, proteína antiapoptótica muito expressa na LMA. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 21 Essas novas medicações nunca foram cobradas nas provas de Residência, mas são um tema quente para os próximos anos. Apesar dos avanços, o prognóstico ainda é adverso. As taxas de remissão giram em torno de 90% em crianças, 70% em adultos e 40% em idosos. A sobrevida de longo prazo, no entanto, é menor, já que há grande chance de recaída. Um subtipo muito particular, a leucemia promielocítica aguda, foge ao padrão de prognóstico desfavorável que caracteriza as LMAs. Altamente curável, a LPA será nosso último tema, Estrategista! 5.3 LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA - LPA OU LMA M3 Antigamente chamada de LMA M3, a leucemia promielocítica aguda (LPA) é uma das mais estudadas formas de leucemia e uma grande história de sucesso na onco-hematologia: antigamente letal, hoje essa condição é altamente curável, algumas vezes com terapias que nem mesmo utilizam quimioterapia! Justamente por isso, é o tipo de LMA mais cobrado nas provas. Isso porque a LPA está associada a uma grave complicação que ocasiona grande mortalidade precoce: a coagulação intravascular disseminada (CIVD). A maioria das células leucêmicas está bloqueada na forma de promielócitos, células grandes e repletas de grânulos, consideradas as responsáveis pelo mecanismo fisiopatológico básico do quadro: a liberação do conteúdo pró-coagulante dos grânulos promielocíticos desencadeia a ativação da cascata de coagulação, com consequente consumo de fatores séricos e desenvolvimento de múltiplas complicações hemorrágicas. Sempre devemos pensar em LPA quando estivermos diante de um quadro suspeito de leucose aguda, como pancitopenia ou leucocitose a custa de blastos, associado a queixas hemorrágicas marcantes, como hemoptise, hematúria, melena, hematêmese, hemorragia pulmonar e sangramento intracraniano. O laboratório da coagulação mostra as alterações típicas esperadas da CIVD: alargamento de TAP e TTPA, além de aumento de D-dímero e consumo de fibrinogênio. Geneticamente, a LPA é associada à translocação entre os cromossomos 15 e 17, a t(15;17), responsável pela transcrição da proteína de fusão PML-RARα, que leva ao bloqueio de maturação sob a forma de promielócitos. Um análogo da vitamina A, o ácido transretinóico (ATRA), é capaz de ligar-se à PML-RARα, impedindo sua ação e, assim, induzindo a maturação dos promielócitos anômalos, que se diferenciam em granulócitos maduros e sofrem apoptose. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 22 Figura 19 Tratamento da LPA: o sucesso do tratamento da LPA relaciona-se ao fato de atuar diretamente no mecanismo patogênico dessa doença. Medicações como o ATRA e o ATO agem sobre a PML-RARA, proteína de fusão resultante da t(15;17), levando a sua degradação e, assim, vencendo o bloqueio de maturação e forçando as células leucêmicas a sofrer apoptose. Através desse efeito, essa medicação mudou a história natural da LPA. Enquanto antigamente muitos pacientes morriam precocemente por quadros hemorrágicos graves decorrentes da CIVD, a introdução rápida do ATRA é capaz de induzir a remissão e, assim, controlar a coagulopatia. A importância dessa terapia é tão grande que devemos institui-la antes mesmo de confirmar o diagnóstico por mielograma e pesquisa molecular de PML-RARα. A LPA é uma emergência médica! Quando estivermos diante de um quadro suspeito de LPA, a primeira medida deve ser a rápida introdução do ATRA, associada à agressiva correção da coagulopatia com suporte transfusional. Lembre-se: LPA, LPATRA! me d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 23 Além de introduzir o comprimido da ATRA na menor suspeita de LPA, devemos manter um suporte transfusional agressivo, com transfusão de plaquetas se os níveis estiverem abaixo de 30.000/mm3 e transfusão de plasma ou crioprecipitado se a dosagem de fibrinogênio cair a menos de 150 mg/dL. Com a indução da remissão pelo ATRA, a coagulopatia progressivamente atenua-se, até que não sejam mais necessárias as transfusões. Alguns casos, no entanto, evoluirão com uma complicação do tratamento: a síndrome ATRA. A síndrome ATRA, síndrome retinoide ou síndrome de diferenciação ocorre em 25% dos pacientes com LPA em uso do ATRA. Trata-se de uma complicação grave e potencialmente fatal caracterizada por um quadro inflamatório generalizado, iniciado 2 a 21 dias após o uso do ATRA. Seu mecanismo fisiopatológico é atribuído a uma resposta inflamatória decorrente da diferenciação de inúmeros promielócitos ao mesmo tempo, levando a um quadro marcado por febre, edema, infiltrados pulmonares e serosite levando a derrames pleural e pericárdico. Alguns casos podem evoluir para insuficiência respiratória e óbito. O tratamento é feito com dexametasona. Apesar de o ATRA isolado ser capaz de induzir a remissão, essa terapia não é capaz de eliminar totalmente o clone neoplásico, com recaídas ocorrendo em algumas semanas. Classicamente, a associação de quimioterápicos ao ATRA é a terapia de escolha. Mais recentemente, protocolos sem quimioterapia têm sido usados através da combinação de ATRA com o ATO (trióxido de arsênico), principalmente em pacientes de risco baixo e intermediário. Isso, no entanto, nunca foi abordado pelas provas. O importante é lembrar que a LPA se associa à t(15;17) e ao desenvolvimento de CIVD, devendo ser prontamente tratada com o ATRA. Essa simples informação garantirá a você muitas questões na prova, futuro Residente, ainda que a LPA seja menos cobrada que a LLA. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 24 TCTH � Transplante de células-tronco hematopoiéticas: tratamento de diversas doenças onco-hematológicas. � TCTH autólogo: doador é o próprio paciente. É, basicamente, uma quimioterapia muito forte. Principal indicação: mieloma múlti- plo. � TCTH alogênico: doador é outro indivíduo. Verdadeiro transplan- te, exige compatibilidade e imunossupressão. Principal indicação: LMA e LLA de alto risco. SLT � Síndrome de lise tumoral: destruição maciça das células tumorais. � Espontânea ou provocada por tratamento. � Hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hiperuricemia. � Tratamento: hidratação, manejo dos distúrbios hidroeletrolíticos, agentes hipouricemiantes (alopurinol, rasburicase). Alcalinização urinária é controversa. LLA � Leucemia linfocítica aguda. � Leucemia e neoplasia mais comuns das crianças: pico entre 2 e 5 anos. � Leucocitose à custa de blastos linfoides. � Esplenomegalia, linfoadenomegalias, dor óssea. � Fatores de pior prognóstico: cromossomo Philadelphia, LLA-T, adultos e idosos. � Leucemia aguda mais comum do adulto, predomínio em idosos. � Leucocitose à custa de blastos mieloides. Bastonetes de Auer. � LMA M2: cloroma/sarcoma mieloide. � LMA M3: CIVD. � LMA M4/M5: hiperplasia gengival. � LMA M7: mais comum em pacientes com síndrome de Down. LMA � Leucemia promielocítica aguda ou LMA M3. � População mais jovem em relação à LMA em geral. � Muito associada à CIVD: emergência hematológica! � Tratar precocemente com ATRA. � Complicação do tratamento: síndrome ATRA. LPA m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 25 Estratégia MED Baixe na Google Play Baixe na App Store Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Baixe o app Estratégia MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computador Copie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app https://estr.at/3fFsFZw m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ https://estr.at/3fFsFZw m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 26 CAPÍTULO 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Williams Hematology, 9th edition. Kenneth Kaushansky, Marshall A. Lichtman, Josef T. Prchal, Marcel M. Levi, Oliver W. Press, Linda J. Burns, Michael Caligiuri, 2016. 2. Clinical Laboratory Hematology, 2nd Edition. Shirlyn B McKenzie, J. Lynne Williams, 2010. m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 27 CAPÍTULO 8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com isso, encerramos nosso resumo de leucemias agudas. Espero que a onco-hematologia tenha ficado mais simples e clara para você, Estrategista, e que as dicas dadas aqui consigam lhe ajudar na aprovação. Foque sobretudo na LLA, principal tópico deste resumo, mas note que saber algumas informações pontuais sobre a LPA e a LMA não é tão difícil e irá diferenciá-lo de muitos concorrentes. Antes de terminar, acrescento um último resumo rápido das informações mais importantes. Como sempre, estou à disposição para tirar quaisquer dúvidas. Boa prova! m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ Estratégia MED HEMATOLOGIA Leucemias agudas Prof. Hugo Brisolla | Resumo Estratégico | Junho 2021 28 m e d v i d e o s . c o m Có pi a nã o é ro ub o ♥ https://med.estrategiaeducacional.com.br/ https://med.estrategiaeducacional.com.br/ 1.0 FUNDAMENTOS DA ONCO-HEMATOLOGIA 2.0 EXAMES USADOS NA ONCO-HEMATOLOGIA 3.0 TRATAMENTO DE DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS 4.0 INTERCORRÊNCIAS EM ONCO-HEMATOLOGIA - SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT) 5.0 LEUCEMIAS AGUDAS 5.1 LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA - LLA 5.2 LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) 5.3 LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA - LPA OU LMA M3 6.0 LISTA DE QUESTÕES 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS