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Recursos e tecnicas em fisioterapia respiratoria- aula 29.04

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Recursos e Técnicas em Fisioterapia Respiratória 
- TÉCNICA: OSCILAÇÃO ORAL EXPIRATÓRIA FINAL DE ALTA FREQUÊNCIA OU PRESSÃO 
EXPIRATÓRIA POSITIVA OSCILANTE 
- Indicação: obstrução brônquica, hipersecretividade e tosse não produtiva, bronquite, 
asma, bronquiectasia, pré e pós-operatório, pneumopatias hipersecretivas (profilático e 
terapêutico), fibrose cística, DPOC (irá depender do perfil do paciente), asma, pacientes > 
7 anos de idade (consegue tossir e ter controle da respiração), instabilidade bronquial e 
colapso prematuro das vias aéreas (efeito secundário). 
- Objetivos: gerar vibrações endobrônquicas, proporcionar deslocamento de secreção, 
promover toillete brônquica/desobstrução brônquica, melhorar e ativar transporte 
mucociliar e as trocas gasosas, aumento do transporte mucociliar, prevenir fechamento 
precoce dos brônquios, melhorar ventilação pulmonar e facilitar expectoração (que o 
paciente consiga deslocar secreção de menores calibres (mais distais da arvore brônquica) 
até maiores calibres). 
- Descrição/execução: nomes comerciais→ Flutter/Shaker- forma correta: oscilação oral 
expiratória final de alta frequência; 
- Mecanismo irá ser o mesmo, entretanto, dependendo do fabricante ou modelo irá ter 
alguma modificação; 
- Ideia é ter um canal onde o ar irá passar e na borda superior, onde fica a esfera e os 
orifícios, o ar expirado irá passar empurrando a esfera para cima, que bate na tampa e volta 
para dentro do cone, fica subindo e descendo, essa oscilação vai gerar um impacto 
mecânico, fazendo com que essas ondas retornem para a arvore brônquica, causando uma 
vibração endobronquica. Dependendo da velocidade do equipamento, pode-se ter uma 
frequência de 7 a 19 Hz (batimento ciliar de 13 Hz), podendo chegar em pressões de até 18 
cmH2O. 
 
- Posicionamento: paciente sentado, inclinação do corpo em 30 graus (cotovelos apoiados 
na mesa) ou em Fowler- 30 a 60 graus (pacientes no leito- posicionamento inicial). 
Paciente segura o aparelho com a boca, respiração ocorre somente dentro do aparelho, a 
ideia é relaxar a musculatura (orientar) para que não ative a musculatura acessória durante 
o ato e não faça compensação. A posição do equipamento também é importante. 
Irá realizar uma inspiração nasal, seguida de uma expiração de forma que a musculatura 
oral fique estabilizada, é necessário ter contração de bucinador. 
Duração: 10 a 15 min/dia (OBS: iniciar com 3 min→ manhã, tarde e noite ou 5 min- manhã, 
tarde e noite); iniciar com períodos menores até adaptação do paciente e entender a 
técnica. 
Fibrose cística: 40 min; 
Outra opção: 10 a 15 ciclos respiratórios 
OBS: paciente DPOC cansado/encurtado, ao utilizar esse equipamento irá subir mais ainda 
esse traço. 
➔ Outras opções/recomendações: desprendimento e mobilização do muco 
(começa com fluxo + lento em pequenas vias aéreas, paciente irá inspirar, realizar 
uma pausa (apnéia 2 a 3 seg), e realiza a expiração em uma velocidade razoável 
sem soltar todo o ar (VR), 5 a 10 respirações) e eliminação do muco (paciente irá 
puxar todo o ar (CPT), sustenta (apnéia 2 a 3 seg) e realiza expiração em uma 
velocidade mais rápida, até chegar no volume residual (VR), 1 a 2 respirações e na 
sequência tossir, pois irá ter carreado secreção para via aérea de maior calibre). 
 
- Sialorreia= saliva excessiva; 
- A técnica pode ser associada a drenagem postural + vibração; também a compressão e 
ETGOL→ se for indicado ao paciente. 
- Contraindicação: incapacidade de gerar fluxo expiratório, broncoespasmo, doença 
cardíaca descompensada (Flutter; aumento da pressão intratorácica), hemodinâmica 
instável, fraturas faciais instáveis ou de tórax, traumatismo torácico, doenças da pleura 
sem drenagem prévia, grau 4 de dispneia, distensão abdominal (compreender de onde 
vem, se é um problema respiratório que está ocasionando isso, está contraindicado), 
neoplasia pulmonar (respeitar estadiamento da doença), hemoptise e pneumotórax. 
 
- TÉCNICA: VENTILAÇÃO PERCUSSIVA INTRAPULMONAR (IPV) 
- Como curiosidade/não tem esse recurso; 
- Deriva da ventilação percussiva de alta frequência, ciclado a tempo, pressão limitada, 
fornece volumes correntes sub fisiológicos. 
- Indicação: hipersecretividade, atelectasia, bronquiectasia, fibrose cística, doenças 
neuromusculares, DPOC, lesões inalatórias e cirurgia pós-operatório abdominal e 
torácico. 
- Objetivos: facilitar remoção das secreções pulmonares; expandir/recrutar unidades 
alveolares- tratar atelectasia. 
- Descrição/execução: equipamento portátil acionado pelo próprio paciente; mini 
explosões de ar + solução de aerossol→ bucal, é possível gerar com essas explosões uma 
frequência em Hz de 3 a 5, chegando a pressões orais de 10 a 20 cmH2O, ajudando no 
carreamento de secreção. 
Cuidado: com os sinais vitais do paciente; interromper dieta- risco de aspiração. 
 
- TÉCNICA: CORNETA 
- Recursos + internacionais, pode-se fazer uma adaptação; 
- Quando o paciente assopra, o material interno irá ficar oscilando- favorece o ato 
expiratório. 
 
 
➔ Terapia de higiene brônquica (THB), paciente em ventilação espontânea. 
➔ Técnicas para o aumento do volume inspiratório; 
 
- TÉCNICA: PADRÕES VENTILATÓRIOS SELETIVOS (PVS) 
- Indicação: higiene brônquica; desobstrução, seguintes técnicas: frenolabial, lapema 
e buyteko (não tem comprovação). 
- Objetivos: facilitar remoção das secreções, melhorar ventilação pulmonar e 
expectoração, entre outros. 
- Contraindicação: incapacidade de gerar fluxo expiratório, fraturas/traumas de tórax, 
broncoespasmo, taquipneia, dispneia e outros. 
- Descrição/execução: FRENOLABIAL 
Paciente fica com a boca fechada ou semiaberta, lábios semicerrados e solta o ar 
devagar→ realiza uma inspiração nasal e lenta (pode ser diafragmática, com cintura 
escapular relaxada) e uma expiração oral lenta e prolongada com lábios cerrados. 
Somente para, durante ou após qualquer atividade que faça o paciente apresentar 
taquipneia ou dispneia- paciente DPOC, apresentando cansaço e esforço. 
A ideia é prolongar tempo expiratório, para ter mais tempo de esvaziamento do pulmão, 
os lábios cerrados fazem com que aumente a pressão interna dentro do pulmão, sendo 
mais difícil da via aérea fechar/colabar. 
Ao soprar o ar muito rápido, a via aérea se colaba, ao soltar devagar com os lábios 
cerrados, o ar vai saindo devagar e a via aérea não colaba/não fecha de uma vez. 
 
- Descrição/execução: LAPEMA 
Associar atividade física, junto com a respiração, por exemplo, no momento do esforço 
EXPIRAR, se o paciente irá subir uma escada, puxando o ar pelo nariz e ao subir o 
degrau (que irá realizar a força), faz a frenolabial, para cada ato de esforço, o paciente 
realiza uma inspiração e faz o movimento na expiração. 
 
 - Descrição/execução: técnica de respiração- BUTEYKO 
- Indicação: desobstrução nasal; 
A ideia é liberar as narinas direita e esquerda, existe uma modulação no nariz que ao 
passar do dia, uma narina se abre mais e outra se fecha. A técnica consiste, em iniciar 
uma respiração normal diafragmática, inspira e prende a respiração e obstruir uma 
narina, e ficar respirando apenas de um lado e depois desobstruir/soltar uma narina. 
Paciente irá ter uma percepção de alivio depois da técnica. 
 
 
- TÉCNICA: DRENAGEM AUTÓGENA 
- Fluxo lento, técnica ativa caracterizada por expirações lentas e ativas; alteração da 
frequência e profundidade da ventilação. 
- Indicação: indivíduos com vias aéreas instáveis, fibrose cística, pacientes 
colaborativos, idade > 5 anos e hipersecretividade. 
- Objetivos: proporcionar máximo fluxo aéreo nas vias aéreas e deslocar e mobilizar 
secreções para vias aéreas centrais. 
- Contraindicação: instabilidade hemodinâmica, PO de toracotomia e laparotomia, 
doença respiratória aguda e baixo nível cognitivo. 
- Descrição/execução: respiração em 3 volumes pulmonares; 
Baixo volume= deslocar muco (+ distais) - inspiração +pausa inspiratória de 2 a 3 seg 
+ 4 a 5x de respiração e depois, realizar expiração oral lenta e forçada ocorrendo no 
VRE (ideia é retirar o muco de distal e levar para proximal) 
Médio volume= deslocar muco (vias aéreas médio calibre) – coleta de muco; 
expiração até VRE. 
Grande volume= expelir o muco (vias aéreas proximais) - Inspiração (VRI) + pausa na 
ins de 2 a 3 seg por 4 a 5 vezes, expiração até (VRE) ou em nível de VC 
Duração: 30 a 45 min, 2x/dia. 
OBS: paciente pode apresentar tontura e cefaleia. 
 
- TÉCNICA: CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO (CAR) 
- Técnica de expiração forçada; 
- Indicação: a partir dos 2 anos (terapia lúdica)- soprar velinha, cheirar flor; acima de 8 
ou 9 anos com auxílio e acima de 12 ou 13 anos com independência. 
- Objetivos: deslocar/mobilizar e expulsar secreções pulmonares, melhorar a 
ventilação pulmonar, melhorar a função pulmonar e outros. 
- Descrição/execução: 3 etapas; 
1. Controle respiratório (sequencias de 3 a 4 ciclos)→ respiração diafragmática (puxa 
o ar pelo nariz e solta pela boca) 
2. Técnica de expansão torácica (sequencias de 3 a 4 ciclos), puxando ar mais fundo 
(inspiração profunda) com ou sem pausa (3 seg) e expiração calma→ encher o pulmão 
de ar e depois esvaziar tudo. 
3. Técnica de expiração forçada (TEF), (sequencias de 1 ou 2x) tosse ou huffs 
intercalados períodos de CR. 
O tempo de execução depende da quantidade de secreção, localidade e fadiga do 
paciente. 
- Contraindicação: desconforto, tontura, cefaleia, fadiga muscular (usando demais 
musculatura acessória, deve-se explicar ao paciente sobre a consciência corporal, 
liberar o tecido e tentar a técnica novamente). 
 
➔ Terapia de higiene brônquica (THB), paciente em ventilação espontânea 
➔ Técnicas para aumento da CRF (Capacidade residual funcional) - para que a via 
aérea não colabe/feche; 
 
- TÉCNICA: PEEP- PRESSÃO EXPIRATÓRIA POSITIVA 
- Pressão + gerada apenas ao final da expiração (resistor de mola ou selo d´àgua) 
 
- Conforme vai torcendo a mola do aparelho, fica mais difícil para o paciente expirar, 
gerando a pressão positiva expiratória, essa pressão na saída de ar faz com que o ar não 
saia bruscamente, gerando uma pressão interna expiratória, aumentando a CRF 
(capacidade residual funcional), evitando que tenha atelectasia, dando estabilidade. 
- Se tenho uma pressão positiva e deixo alvéolo aberto, em relação a Lei de Fick, aumento 
a área e consequentemente melhoro a relação V/Q, tendo chances de aumentar a 
ventilação alveolar e arterial. Ao diminuir a espessura, não deixa com que o líquido entre, 
acesse o surfactante (que diminui a tensão superficial do líquido), a peep irá segurar. 
- Diminuí auto-PEEP: paciente hiperinsuflado (DPOC) que não consegue exalar todo ar, 
se a via aérea fecha muito rapidamente fica ar, se colocar uma pressão positiva, essa 
estrutura irá fechar mais devagar e não irá colabar, conseguindo esvaziar o alvéolo. O auto-
PEEP, também pode ocorrer devido ao ponto de igual pressão, se fecha mais distal, o ar 
consegue esvaziar, se fechar bruscamente, irá acumular ar, e na expiração o paciente não 
irá conseguir soltar o ar, então ao vir com a terapêutica em que aumenta a pressão 
expiratória, essa via não irá fechar tão rapidamente, tendo tempo e condições do alvéolo 
começar a esvaziar ou não colabar. 
 
- Indicação: FiO2 incapaz de elevar a Pao2 acima de 70 mmHg- hipoxemia; SDRA; 
atelectasias: pós-operatório; hipersecretividade: DPOC, fibrose cística; otimização do uso 
de broncodilatador (se aumento a área o remédio irá fazer mais efeito). 
- Objetivos: aumento da CRF, prevenir colapso alveolar, mobilizar secreções e prevenir 
atelectasias, expansão e recrutamento alveolar (> 10 cmH2O), melhorar oxigenação 
arterial, redistribuir líquido extravascular pulmonar, diminuir shunt intrapulmonar, 
melhorar relação V/Q, aumentar PaO2 e diminuir auto-PEEP. 
- Contraindicação: instabilidade hemodinâmica, enfisema pulmonar, pneumotórax não-
tratado (extravasamento de ar do pulmão para a pleura- se isso está ocorrendo e exercer 
uma pressão positiva, irá piorar a condição do paciente), aumento da PIC (pressão 
intracraniana) > 15 mmHg, insuficiência respiratória aguda, aumento Wresp após 
aplicação→ hipoventilação e hipercapnia, hemoptíase e epistaxe ativa, fistula 
traqueobrônquica, aerofagia (presença de ar no estomago), sinusite aguda e otite média, 
traumatismo ou cirurgias recentes de face e cirurgias de esôfago. 
 
- Execução: EPAP 
- Quando respiro espontaneamente e realizo pressão apenas na expiração, é chamado de 
EPAP; utiliza bucal, paciente puxa pelo nariz e solta pela boca; também pode utilizar uma 
máscara e conectar a válvula de PEEP, paciente irá inspirar e expirar, quando expira a 
membrana fecha e o ar vai para baixo gerando uma pressão. 
 
 
- Execução: CPAP 
- Irá ter uma pressão de gás na via aérea continua, tanto na inspiração como na expiração- 
pressurização; 
- Paciente inspira vem a pressão e quando inspira também há pressão. 
- Nesta técnica não tem como utilizar o bucal, apenas com a máscara. 
- Paciente irá respirar, e dentro dessa respiração irá vir uma pressão nesse circuito, o 
aparelho estará ‘’jogando’’ ar o tempo todo e no momento, em que o paciente expira tem-
se a PEEP funcionando. 
1. Adequar/ajustar a máscara sem a válvula (PEEP)→ 2 a 3 min para que o 
paciente se acostume com a máscara/aparelho; 
2. Adicionar a válvula (PEEP); 
3. Conforme o paciente se acostuma, irá aumentando as pressões e 
verificando se irá melhorar a saturação. 
 
- Cuidado: pacientes claustrofóbicos- pode ser uma contraindicação; 
- A válvula de PEEP vai até 40 cmH2O, irei começar com essa medida? Não, sempre iniciar 
com medidas baixas para adaptação e observar se não há compensação, e se há melhora 
nos sinais respiratórios. Graduação lenta- começando com pressões baixas (5 cmH2O), 
depois aumentar para valores maiores, em 20 cmH2O, por exemplo. A ideia é manter os 
alvéolos abertos; 
- O parâmetro de sinal vital para verificar se o paciente está melhorando→ Saturação; se 
aumentei a relação V/Q, estou mantendo os alvéolos abertos, a saturação tende a melhorar 
e/ou manter. 
- Parâmetro: frequência respiratória 
- Se os parâmetros não aumentarem em torno de 5 a 10 minutos a técnica não está mais 
recomendada. 
- A PEEP pode ser associada com exercício físico- há pacientes que desaturam durante o 
aeróbio, pois pode estar colabando/fechando via aérea porque aumentou o fluxo de ar, 
gerando hiperinsuflação- a técnica pode ajudar nesse processo. 
 
- TÉCNICA: OOAF + PEEP→ ACAPELLA (nome comercial) 
- Associa oscilação oral de alta frequência + PEEP, são dois mecanismos no mesmo 
aparelho; 
- O paciente irá acoplar a boca no bucal, regulando a pressão na parte inferior do aparelho, 
quando o paciente expira dentro, ele vibra. Pode ser utilizado em diversas posições, pois 
ele da oscilação em qualquer posição. 
 
- TÉCNICA: THRESHOULD PEEP 
- Válvula de uma via independente do fluxo PEP em 1 cmH2O; 
- Bucal ou máscara; 
- Variação da válvula de PEEP, a diferença é que o paciente terá o bucal; 
- Paciente irá inspirar pelo nariz e expirar pela boca, aumentando as pressões para produzir 
os efeitos de prevenir o colapso alveolar e outros. 
- Não há indicação para fortalecer a musculatura expiratória (é uma consequência 
indireta); 
- Consigo fortalecer musculatura expiratória? Sim, através de exercícios de abdominal, 
transverso, pilates, prancha e outros. 
- Indicação: pacientes obstrutivos; desobstrução 
- Objetivos: promove padrões respiratórios eficazes e melhora a troca gasosa, impede ou 
reverte a atelectasia, melhora a mobilização e evita a acumulação de secreções e melhora 
a função da via aérea central e periférica, reduz a dispneia em pacientes com DPOC. 
- Contraindicação: 
- Instabilidade hemodinâmica; 
- Pneumotórax; 
- Aumento da PIC > 15 cmH2O; 
- Hemoptise e epistaxe ativa; 
- Aerofagia;- Traumatismo ou cirurgia recentes de face e abdominal alta. 
 
 
- TÉCNICA: ASPIRAÇÃO 
Técnica para remoção de secreção com o auxílio de sonda que irá adentrar a via aérea 
através da pressão negativa (vácuo) gerada; 
- Indicação: tosse ineficaz, IOT (entubados), TQT (traqueostomia); ineficácia nas técnicas 
ativas e passivas da tosse. 
- Objetivos: eliminar e retirar secreção em vias aéreas, seja superior ou inferior. 
- Execução: dois sistemas de aspiração (aberto e fechado); 
- Sonda conectada ao vácuo (gerador de pressão negativa- 100-160 mmHg), irá sugar toda 
secreção, a aspiração pode ser feita orotraqueal (da boca até a traqueia) ou nasotraqueal 
(do nariz até a traqueia), o paciente deve estar posicionado com flexão de pescoço e 
hiperextensão de cabeça, essa posição irá ajudar no trajeto da sonda. 
A técnica do sistema de respiração aberta, deve ser realizada com assepsia- não pode 
haver contaminação; 
Deve-se introduzir a sonda (sem aspirar) até chegar próximo a região (não passando da 
traqueia), em seguida, aspirar e retirar a sonda com movimentos rotacionais e circulares. 
No sistema aberto obrigatoriamente precisa usar luva estéril; A sequência é do menos 
contaminado para o mais contaminado, ou seja, primeiro a traqueostomia e/ou tubo, nariz 
e por último a boca (entre a bochecha e os dentes). 
No sistema fechado (paciente obrigatoriamente está em via aérea artificial- entubado ou 
traqueostomizado; usado em pacientes graves, alta necessidade de PEEP, fração expirada 
de oxigênio e para doenças respiratórias, como: tuberculose, covid)→ minimiza efeito 
hipoxemia, não interrompe ventilação mecânica, diminui infecções cruzadas e diminui 
gastos (luvas, sonda). 
 
- Tamanho da sonda: < ou igual a ½ do diâmetro interno da via aérea artificial (número: 12 
a 14- adulto). 
- Duração: 10 a 15 seg; 
- Contraindicação: PIC elevada (a tosse aumenta a pressão intracraniana), 
broncoespasmo severo, pós-operatório imediato de craniotomia (avaliar), instabilidade 
hemodinâmica, sangramento ativo excessivo, SDRA (sistema aberto), nas primeiras 6h 
após administração do surfactante e HAP grave. 
- Após a aspiração o paciente melhora de imediato a saturação, ausculta desaparece; 
 
- Complicações decorrentes da aspiração: 
- Hipóxia (tirou o oxigênio, está ‘’puxando’’ gás lá de dentro- paciente pode desaturar)- se 
caso isso acontecer deve-se ofertar oxigênio na próxima aspiração; 
- Estimulação vagal (pode ocorrer queda de pressão, desmaio, broncoespasmo); 
- Lesão de mucosa traqueal- pode ‘’puxar’’ tecido, sair sangue; 
- Microatelectasias; 
- Aumento da PIC; 
- Parada cardíaca e morte súbita (se o paciente estiver hipotenso, não pode aspirar).

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